A Irmã Beck Compartilha Lições da História da Sociedade de Socorro
Contribuição de Melissa Merrill, Notícias e Acontecimentos da Igreja
“É importante conhecer nosso legado espiritual e história, cujos temas emergem deste legado espiritual e do que o Senhor quer que realizemos.” —Irmã Julie B. Beck, presidente geral da Sociedade de Socorro
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Durante a sessão geral da manhã de sexta-feira da Conferência de Mulheres, a irmã Julie B. Beck, presidente geral da Sociedade de Socorro, compartilhou lições importantes que aprendeu ao estudar a história da Sociedade de Socorro.
A irmã Beck observou que no decorrer do ano passado, suas conselheiras e ela visitaram milhares de mulheres ao redor do mundo e tiveram a oportunidade de ouvir e responder às perguntas delas — perguntas “muito boas” e “inspiradas” sobre nossa experiência mortal que a tocaram, disse ela.
Em seguida ela revisou brevemente tópicos abordados nas Conferências de Mulheres e reuniões gerais da Sociedade de Socorro dos últimos anos — incluindo a preparação de uma publicação da história da Socorro de Socorro, que será distribuído mais tarde este ano.
“Ao prepararmos essa história para vocês, surgiram muitas oportunidades de aprender”, disse a irmã Beck. “Há algumas coisas que apareceram nessa preparação que delinearam alguns temas para aprender. Não é tão importante ter uma história linear na Igreja, mas é importante conhecer nosso legado espiritual e nossa história, cujos temas emergem deste legado espiritual e do que o Senhor quer que realizemos. (…) a história nos ajuda aprender quem somos e nossa importância para o Senhor.”
Depois ela compartilhou diversas coisas que aprendeu enquanto ela e outros prepararam essa história.
Primeiro, a Sociedade de Socorro Fortalece e Apoia a Identidade Única das Filhas de Deus.
“Nosso Pai e Seu Filho, Jesus Cristo, amam, valorizam e confiam em suas filhas”, disse ela. “As filhas de Deus têm igual importância à Sua vista com Seus filhos.” Então ela afirmou que as mulheres têm alguns deveres e responsabilidades únicas no plano de salvação, e que compartilham outras responsabilidades com os homens“.
”A identidade feminina nesse plano, como compreendido no evangelho de Jesus Cristo é “interessante, emocionante e única” e “é de uma grandiosidade e riqueza, é uma escolha incomparável”, disse a irmã Beck. “O que está em contraste direto com a identidade rebaixada e desvalorizada frequentemente retratada no mundo hoje,” disse ela, “incluindo identidades baseadas na sensualidade, no prestígio, no poder, no dinheiro e no lazer”.
“A identidade que temos do Pai Celestial pode ser totalmente entendida somente por meio de confirmação espiritual”, disse ela. “Um estudo intelectual pode ser feito, mas uma confirmação espiritual ensina quem somos e o que devemos fazer. (…) A identidade de uma filha de Deus é incomparavelmente preciosa, é rica, é repleta.
Ela então disse que “como 'guardiãs do coração e da casa' as mulheres têm responsabilidade pelos 'corações e almas' dos filhos do Pai Celestial”.
“Foi-lhes dado esse poderoso e influente papel de liderança”, disse ela. “A responsabilidade feminina de ser esposa, mãe, avó, filha, irmã, tia e amiga (…) diz respeito a nutrir, ensinar e influenciar. Essas são responsabilidades inegociáveis. Não podemos delegá-las. Nós podemos aceitá-lo e vivê-lo. Essas são coisas que entendíamos antes de nascer e não podemos negociar com o Senhor se elas são parte do Seu plano, ou não? Essas são nossas responsabilidades inegociáveis.”
A irmã Beck também disse que as mulheres frequentemente perguntam sobre trabalhar fora de casa. “Em muitos lugares”, afirmou ela, “se as mulheres não trabalharem, eles não comem”. “De modo que a pergunta deve estar errada. Uma pergunta mais apropriada, disse ela, é essa: 'Estou alinhada com a visão do Senhor de mim e do que Ele precisa que eu me torne?'”.
“O Pai Celestial ama Suas filhas”, disse ela. “E porque a recompensa no final [desta vida] é tão gloriosa, não podemos nos esquivar das responsabilidades que nos foram dadas. Não podemos abrir mão delas. Elas são nossos deveres sagrados, e as cumprimos sob convênio.”
A irmã Beck disse que também lhe fazem perguntas sobre as coisas que mais a preocupam. ”Essas coisas“, disse ela, ”estão bem descrita em 2 Néfi 28, onde 'ouvimos o que está acontecendo nos corações e nas almas das mulheres nestes últimos dias'. Isso inclui raiva, ressentimento de coisas que são santas e importantes, apatia e senso de direito“.
“Há muitos sentimentos de direito, sentimentos de que alguém nos deve”, disse a irmã Beck. “Isso acontece até em famílias. Eu ouço uma esposa dizer ‘meu marido me deve isto,’ geralmente [no que diz respeito] a tempo e ajuda. (…) Quando me lembro do Salvador Jesus Cristo e de Seu sacrifício por nós, lembro-me de quem deve a Quem. Ninguém me deve nada, e eu devo tudo ao Senhor pelo Seu sacrifício.”
“Devemos precaver-nos dessas coisas que estão acontecendo em nossos dias”, acrescentou ela, “para que não nos aconteçam”. ”E aprendemos no final de 2 Néfi 28, disse a irmã Beck, “que o Senhor é misericordioso com aqueles que se achegam a Ele”.
Segundo, a Sociedade de Socorro é uma Restauração de uma Organização que Existia nos Tempos Passados
“Há conexões ou pistas que ensinam isso”, disse a irmã Beck. Ela explicou que a evidência disso se encontra nas escrituras, nos ensinamentos dos profetas vivos e na confirmação do Espírito. Conhecer esse legado, disse ela, “ajuda a entender que mulheres da Sociedade de Socorro não são apenas uma ‘nota de rodapé’ da história ou uma ‘barra lateral’ na obra Senhor. Somos uma parte essencial da obra do Senhor e estamos organizadas para isso.“ Ela, então, citou o exemplo de Marta e Maria em Lucas 10, onde o Senhor as convida a serem “participantes oficiais no trabalho do discipulado — (…) não para serem observadoras, mas para serem ativamente envolvidas”. ”Isso“, disse a irmã Beck, “foi ‘a boa parte’ (versículo 42) que não lhes seria tirada”.
A Sociedade de Socorro Tem um Propósito Específico.
“Por quê temos uma presidente da Sociedade de Socorro em âmbito geral e local?” disse a irmã Beck. “Para que tenhamos uma organização E temos uma organização porque temos um propósito. E quando temos um propósito, há um trabalho e um resultado esperado“.
”A Sociedade de Socorro não é apenas um lugar de sentir-se bem, reunir-se, desfrutar uns dos outros, fazer qualquer coisa em qualquer lugar por uma razão qualquer”, disse ela. “Isso é parte do trabalho do Senhor.”
“Porque os propósitos da Sociedade de Socorro de — aumentar a fé e a retidão pessoal, fortalecer famílias e lares e ajudar os necessitados (ver Manual de Administração da Igreja, 9.1.1)— foram determinados pelo Senhor, o resultado é que “tornaremos as mulheres melhores individualmente e como um todo”, disse a irmã Beck. “ (…) Não somos animadoras de plateia. Este é o trabalho de salvação do Senhor. Este é o trabalho no qual estamos envolvidas. Ensinamos como o Salvador ensinou, e ensinamos, e ensinamos. E construímos o reino do Senhor.”
“Não somos grupos que defendem ou advogam uma causa”, disse ela. “Nós temos um advogado. O Salvador Jesus Cristo é nosso Advogado junto ao Pai, e ficamos do Seu lado, fazendo seu grande trabalho por Sua grande causa.”
”A Sociedade de Socorro“, explicou ela, ”ajuda mulheres a serem organizadas sob a direção do sacerdócio para levar o trabalho do Senhor adiante. Estamos aqui para fornecer alívio e nos levantarmos acima da vida e vivermos mais plenamente o evangelho”, disse ela. “A Sociedade de Socorro não é uma organização ultrapassada ou cansada. Está em ascendência. Está crescendo e se desenvolvendo e se tornando de classe mundial. (…) Iremos, de maneira cada vez melhor, fornecer um exemplo ao mundo de como o povo do Senhor deveria viver e ser organizado.”
A Sociedade de Socorro, quando organizada adequadamente, é uma manifestação da caridade.
“A caridade”, ensinou a irmã Beck, “é mais do que um sentimento de benevolência, é mais do que um viver virtuoso. É mais do que gentileza. É viver como Cristo viveu e é o que devemos nos tornar”.
“Cem anos atrás, quando a presidência geral da Sociedade de Socorro elegeu ‘A Caridade Nunca Falha’ como o lema da Sociedade de Socorro, elas sabiam o que estavam fazendo”, disse a irmã Beck. “Esse lema foi criado por mulheres que foram ensinadas por Joseph Smith e por quem entendeu o propósito da Sociedade de Socorro. Joseph ensinou-lhes que fazer para tornar-se santas e como usar esta organização para tornar-se como o Salvador.”
“Tornar-se como o Salvador acontece quando nossa fé nele nos permite que “façamos coisas difíceis” e sobrepujemos a oposição. “Temos aprendido que provas podem ser suportadas e sobrepujadas somente por meio da fé — fé no Salvador, Jesus Cristo e em Seu poder expiatório e Sua capacidade de nos curar e nos fortalecer, fé no plano do Pai e em Sua missão e Sua capacidade de cumprir cada promessa”, disse ela. Enquanto sem fé, tornamo-nos temerosas, distraídas, perdidas e deprimidas, o Senhor pode usar a fé para “curar-nos e fortalecer-nos”, disse ela. E como o homem cego em Mateus 9, nós também podemos pedir ao Senhor que tenha misericórdia de nós”, disse ela.
“Teremos dias felizes e dias difíceis”, disse a irmã Beck. “Ele pode nos curar de nossas faltas e falhas, e Ele pode mudar-nos. Aprendi estudando a história da Sociedade de Socorro que a fé é possível, e com a força do Espírito Santo e a companhia dessa fé, tornamo-nos mais fortes e nossas dificuldades tornam-se nossas oportunidades e nossas bênçãos.”
A Sociedade de Socorro é conectada ao sacerdócio.
“Aprendi estudando a história da Sociedade de Socorro que temos e vivemos em uma conexão inseparável com o sacerdócio”, disse a irmã Beck. Ninguém precisa confundir a ideia daqueles que portam o sacerdócio com os dons, as bênçãos e os privilégios associados com o sacerdócio“, ela explicou.
“O sacerdócio é o poder de Deus”, disse ela. “É Seu poder de criar, de abençoar, de guiar, de servir como Ele faz.” O dever do sacerdócio de cada homem justo é qualificar-se para portar o sacerdócio para que possa abençoar sua família, enquanto o dever do sacerdócio para as irmãs é o de criar vida, nutrir os filhos de Deus e prepará-los para fazer convênios com o Senhor”.
“Não confundam o poder do sacerdócio com as chaves e os ofícios do sacerdócio”, disse a irmã Beck. “O poder é ilimitado e é compartilhado com aqueles que fazem e cumprem convênios. Coisas demais são ditas e mal compreendidas sobre o que irmãos têm e as irmãs não. Esta é a maneira que Satanás tem de confundir homens e mulheres para que nenhum deles entenda o que eles realmente são.”“Nossa responsabilidade, disse a irmã Beck é nos assegurarmos que nossos lares sejam abençoados com o poder do sacerdócio, como diz a canção da Primária, 'Fala-se com Amor' ( Músicas para Crianças, 102). 'Não é apenas quando o pai está lá. Não é apenas quando a mãe está lá. Não é apenas quando uma ordenação ou bênção do sacerdócio está sendo realizada. É a toda hora à medida que convênios são feitos e cumpridos'”.
A irmã Beck concluiu contando às irmãs que ela “espera que, quando a história da Sociedade de Socorro estiver à disposição delas, a força dessas coisas se estabeleça em seus corações e que outras que o Senhor tem para ensinar-lhes possa emergir em seu estudo”.
“Ao invés de se prepararem para um produto (o livro a ser publicado), preparem a si mesmas”, disse ela. “Preparem-se para receber a mensagem do Senhor para vocês. Vão ao templo. Orem. Vivam para tornarem-se o que o Senhor gostaria que todos nos tornássemos.”
“Sou grata pela Sociedade de Socorro, não apenas pelo seu início, mas pelo que ela é hoje”, disse a irmã Beck. “Estou apenas começando a ter um vislumbre do que o Senhor tem em mente para Suas filhas. A visão que me vem, às vezes é tão gloriosa, e impressionante, e tocante, e emocionante que é difícil de contemplar. É parte da visão de Daniel e a pedra rolando para abençoar a toda a Terra (ver Daniel 2:34–35). O Senhor espera e requer que Suas filhas estejam envolvidas.”
A Conferência de Mulheres, co-patrocinada pela organização da Sociedade de Socorro, foi realizada de 28 a 29 no campus da Universidade Brigham Young. Para mais informações, visite womensconference.byu.edu.
