Ver — e ouvir — o indivíduo: Usar princípios para ouvir com eficácia
Reserve alguns instantes para observar cada jovem adulto em uma sala de aula do instituto na foto acima. O que observou nos alunos? O que consegue dizer apenas observando-os na foto? O que você acha que cada um estava pensando ou sentindo no momento em que a foto foi tirada?
A verdade pura e simples é que não sabemos tudo sobre nossos alunos só por observá-los. Porém, este ano a prioridade Ver o indivíduo nos desafiou a desenvolver a capacidade cristã de ver as necessidades, os pontos fortes e o potencial divino de cada aluno. Ouvir com mais eficácia é uma das habilidades mais importantes e mais simples que podemos usar para alcançar essa meta.
Como ouvir com eficácia é uma habilidade tão importante ao ensinar, devemos reservar um tempo para avaliar se estamos ouvindo bem os alunos. Leve em consideração o seguinte:
- É possível melhorar a maneira que ouço meus alunos?
- Você já fez uma interpretação equivocada do que um aluno estava pensando com base em sua expressão facial?
- O seu humor afeta a eficácia com que você ouve e responde aos alunos?
- Já notou que a participação dos alunos nos debates em aula pode depender se eles gostaram ou entenderam o que foi ensinado?
Por querermos que nossos alunos saibam que nos preocupamos com eles, tentamos evitar diálogos que os deixem com a impressão de que não os ouvimos ou de que tiramos conclusões equivocadas sobre eles.
Os quatro princípios para ouvir com eficácia
Reserve um tempo para estudar cuidadosamente os quatros princípios a seguir para ouvir com eficácia.
Seja rápido para observar e discernir (ver Mórmon 1:2)
O primeiro princípio para ouvir com eficácia é ser rápido para observar e discernir. A maioria das razões para um comportamento inadequado e a necessidade de disciplina decorrem de necessidades não atendidas. Muitas vezes, somos rápidos em corrigir comportamentos e não reservamos um tempo para saber qual é a necessidade não atendida implícita.
Preste atenção às emoções, aos comportamentos e às preocupações. Busque mais entendimento ao se comunicar com o indivíduo sobre sua observação. Dizer algo simples como “Eu notei que muitas vezes você fica cabisbaixo. Como você está? Está tudo bem?” podem ter um grande impacto.
Faça uma pausa e pense antes de responder (ver Tiago 1:19)
Tenha cuidado para não presumir ou responder muito rápido aos comentários e comportamentos do aluno. Fazer uma pausa antes de responder a um comentário ou comportamento pode parecer uma coisa simples, mas pode fazer uma diferença significativa no relacionamento com o aluno. Reserve um tempo para refletir e considere três motivos possíveis pelos quais um aluno pode reagir de certa maneira ao invés de tirar conclusões equivocadas.
Por exemplo, imagine que um aluno em sua sala de aula está sempre usando o celular para jogar ou enviar mensagens. Você já pediu para ele guardar o celular, mas ele se recusa. Reserve alguns instantes para pensar em três motivos para esse comportamento.
Um motivo pode ser que ele está desinteressado e realmente não se importa. Este pode ser realmente o motivo desse comportamento. Porém, quais podem ser alguns outros motivos? Pode ser que esse jovem não consiga ler muito bem e pense que se ele estiver sempre no celular e parecer desinteressado você não o chamará para ler? Ou, pode ser que o testemunho dele esteja abalado e ele queira algo que o distraia de pensar em suas dificuldades?
Como pensar em várias possibilidades para o comportamento desse jovem ao invés de simplesmente concluir que ele é desinteressado, muda a maneira como você pode abordá-lo e ajudá-lo? Empenhe-se em reservar um tempo para considerar por que seus alunos podem estar agindo de maneiras especificas antes de reagir a isso.
Confirme seu entendimento.
Reservar um tempo para fazer perguntas de esclarecimento pode ajudar seus alunos a evitar que se sintam incompreendidos. A próxima vez que um aluno tiver uma reação ou expressar um sentimento, tente essa frase: “Acho que o que você quis dizer é (…)” Então repita o que você entendeu. Por fim, faça mais uma pergunta: “Entendi corretamente?”
Fazer essas perguntas vai ajudar a garantir que você realmente entenda o que seus alunos estão pensando e sentindo e vai também ajudar que você responda as dúvidas que seus alunos possam ter, mas não perguntam diretamente.
Expresse gratidão
Quando um jovem ou jovem adulto permite que você conheça seus sentimentos ou o que está acontecendo em sua vida, permita que saibam que você é grato por esse relacionamento de confiança que foi demonstrado. Os alunos não nos devem nenhuma explicação sobre o motivo de estarem agindo ou reagindo de uma certa maneira. Expresse sua gratidão por eles confiarem em você o suficiente para compartilhar o que está acontecendo na vida deles.
Possível ideia para treinamento de professores em serviço
Como professores, pratique os seguintes princípios para ouvir com eficácia:
- Pense nos indivíduos de sua sala de aula que tem algumas dificuldades de comportamento.
- Faça uma lista de três motivos potenciais pelos quais eles estejam agindo assim.
- Antes de falar com os alunos que precisam de ajuda, pratique o que vai dizer. Lembre-se de usar a frase: “Acho que o que você quis dizer é (…)”
- Pratique expressar gratidão por aquilo que os alunos compartilharem com você.