Adquirir conhecimento espiritual

Deus é a fonte de toda a verdade

1. Deus conhece todas as coisas e é a fonte de toda a verdade. Como nosso Pai Celestial nos ama e quer que continuemos a progredir para nos tornarmos semelhantes a Ele, fomos incentivados a “[procurar] conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé” (Doutrina e Convênios 88:118). Em nossa busca da verdade, podemos confiar Nele completamente — confiar em Sua sabedoria, Seu amor e Seu poder de nos ensinar e nos ajudar. Deus prometeu revelar a verdade à nossa mente e ao nosso coração por meio do Espírito Santo se O buscarmos diligentemente.

2. Para nos ajudar, o Pai Celestial nos ensinou como adquirir conhecimento espiritual. Ele estabeleceu as diretrizes que precisamos seguir para obter tal conhecimento. Seu padrão divinamente ordenado exige que tenhamos um desejo sincero de conhecer a verdade e que estejamos dispostos a viver de acordo com o que Deus revelou. O desejo sincero nos levará a buscar a verdade por meio da oração e a estudar diligentemente a palavra de Deus.

3. Às vezes podemos descobrir novas informações ou ter dúvidas quanto à doutrina, às práticas ou à história da Igreja que parecem difíceis de entender.

   Fazer perguntas e buscar respostas é uma parte fundamental de nosso esforço para aprender a verdade. Algumas das perguntas que nos vêm à mente podem ser inspiradas pelo Espírito Santo. Perguntas inspiradas devem ser consideradas dádivas de Deus, que proporcionam oportunidades para aumentar nosso entendimento e fortalecer nossa certeza de que o Senhor está disposto a nos ensinar. Qualquer que seja a fonte de nossas perguntas, fomos abençoados com a capacidade de pensar e raciocinar, e ter a influência do Senhor para expandir nossa mente e aprofundar nossa compreensão. A atitude e a intenção com que fazemos perguntas e buscamos respostas vão afetar significativamente nossa capacidade de aprender por meio do Espírito Santo.

4. Os três princípios a seguir podem nos orientar ao tentarmos conhecer e entender a verdade eterna, responder perguntas ou resolver problemas:

   • Agir com fé.

   • Examinar conceitos e perguntas com uma perspectiva eterna.

   • Buscar mais entendimento por meio de fontes divinamente atribuídas.

Princípio 1: Agir com fé

5. Agimos com fé quando escolhemos confiar em Deus e O buscamos em primeiro lugar, por meio de oração sincera, estudo de Seus ensinamentos e obediência a Seus mandamentos.

6. Ao buscarmos aumentar nosso entendimento e tirar dúvidas, é importante confiarmos no testemunho que já temos de Jesus Cristo, da Restauração de Seu evangelho e dos ensinamentos de Seus profetas ordenados. O élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Quando chegarem esses momentos e surgirem esses problemas, cuja resolução não seja iminente, preservem o que já conquistaram e permaneçam firmes até adquirirem conhecimento adicional” (“Eu creio, Senhor”, A Liahona, maio de 2013, p. 94). O próprio Senhor nos convidou a “[buscá-Lo] em cada pensamento; não [duvidar], não [temer]” (Doutrina e Convênios 6:36).

7. Nos momentos em que talvez não encontremos respostas às nossas perguntas imediatamente, é bom lembrar que, embora o Pai Celestial tenha revelado tudo o que é necessário para nossa salvação, Ele ainda não revelou toda a verdade. À medida que procuramos respostas, devemos viver pela fé — confiando que, por fim, receberemos as respostas que buscamos. Se formos fiéis à verdade e à luz que já recebemos, receberemos mais. As respostas às nossas perguntas e orações, muitas vezes, vêm “linha sobre linha, preceito sobre preceito” (2 Néfi 28:30).

Princípio 2: Examinar conceitos e perguntas com uma perspectiva eterna

8. Para examinar conceitos doutrinários, perguntas e problemas sociais com uma perspectiva eterna, devemos considerá-los no contexto do plano de salvação e dos ensinamentos do Salvador. Devemos buscar a ajuda do Espírito Santo a fim de ver as coisas como o Senhor as vê. Isso nos permite reformular a pergunta (ver a pergunta de modo diferente) e encarar ideias com base no padrão de verdade estabelecido pelo Senhor, em vez de aceitar as premissas ou suposições do mundo. Podemos fazer isso com perguntas como: “O que já sei sobre o Pai Celestial, Seu plano e como Ele lida com Seus filhos?” e “Quais ensinamentos do evangelho se relacionam com esse conceito ou problema ou o esclarecem?”

9. Até mesmo perguntas relacionadas a eventos históricos precisam ser examinadas com uma perspectiva eterna. À medida que permanecemos firmes em nossa confiança em nosso Pai Celestial e em Seu plano de salvação, somos capazes de ver os problemas de maneira mais clara. Também pode ser útil analisar as questões históricas no contexto histórico, considerando a cultura e as normas da época, em vez de impor perspectivas e atitudes atuais.

10. É importante lembrar que detalhes históricos não possuem o poder salvador dos convênios, das ordenanças e da doutrina. Distrair-nos com detalhes menos importantes e acabar perdendo o desenrolar do milagre da Restauração é como passar um longo tempo analisando uma caixa de presentes e ignorar a maravilha do presente em si.

Princípio 3: Buscar mais entendimento por meio de fontes divinamente atribuídas

11. Como parte do processo que o Senhor designou para adquirirmos conhecimento espiritual, Ele estabeleceu fontes por meio das quais Ele revela a verdade e dá orientação a Seus filhos. Essas fontes incluem a luz de Cristo, o Espírito Santo, as escrituras, os pais e os líderes da Igreja. A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos — os profetas do Senhor na Terra hoje — são uma fonte fundamental da verdade. O Senhor escolheu e ordenou essas pessoas para falar por Ele.

12. Podemos também aprender a verdade por meio de outras fontes confiáveis. No entanto, os que buscam sinceramente a verdade devem ser cautelosos com fontes não confiáveis. Vivemos numa época em que muitos “ao mal chamam bem, e ao bem, mal” (Isaías 5:20). Satanás é o pai das mentiras e procura distorcer a verdade e nos persuadir a nos afastarmos do Senhor e de Seus servos escolhidos. Aprender a reconhecer e evitar as fontes não confiáveis pode nos proteger de informações erradas e daqueles que procuram destruir nossa fé. Ao buscarmos a ajuda do Espírito Santo e nos voltarmos para as fontes divinamente atribuídas pelo Senhor para encontrarmos respostas e orientação, podemos ser abençoados com a capacidade de discernir entre a verdade e o erro. Podemos confiar na promessa do Senhor: “Pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas” (Morôni 10:5).

Ajudar outras pessoas a adquirir conhecimento espiritual

13. Quando outras pessoas nos fazem perguntas ou pesquisam a doutrina, as práticas ou a história da Igreja, qual a melhor forma de ajudá-las em sua busca da verdade? Estas são algumas maneiras pelas quais podemos ajudá-las:

14. Ouça com atenção e em espírito de oração. Ouça atentamente antes de responder, procurando esclarecer e compreender as verdadeiras perguntas que estão sendo feitas. Procure entender o verdadeiro intento das perguntas que as pessoas fazem, os sentimentos dessas pessoas e suas crenças. Ore pedindo orientação sobre a melhor maneira de ajudar aqueles que têm dúvidas.

15. Ensine e testifique a respeito das verdades do evangelho. Compartilhe ensinamentos práticos das escrituras e dos profetas modernos, comentando sobre a diferença que fizeram em sua vida. Ajude aqueles com quem conversa a analisar e reformular as perguntas deles no contexto do evangelho e do plano de salvação.

16. Convide-os a agir com fé. Lembre-se de que o Senhor exige que busquemos conhecimento espiritual por nós mesmos. Devemos, portanto, convidar outras pessoas a agir com fé por meio da oração, da obediência aos mandamentos e do estudo diligente da palavra de Deus, usando fontes divinamente atribuídas, especialmente o Livro de Mórmon. Se aplicável, incentive-as a se lembrarem de experiências que tiveram ao sentir o Espírito Santo e a se agarrarem com firmeza à verdade aprendida, até adquirirem mais conhecimento.

17. Acompanhe. Ofereça-se para procurar respostas e então fale sobre o que aprendeu. Vocês também podem procurar respostas juntos. Expresse confiança na promessa de que o Senhor nos concederá revelação pessoal.