Ensinamentos dos Presidentes
A vida e o ministério de Thomas S. Monson


“A vida e o ministério de Thomas S. Monson”, Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Thomas S. Monson, 2020

“Vida e ministério”, Ensinamentos: Thomas S. Monson

A vida e o ministério de Thomas S. Monson

Em um dia frio de abril de 1972, o élder Thomas S. Monson foi com sua família a um dos hospitais de Salt Lake City. Por mais de duas décadas, ele frequentou hospitais para dar bênçãos e animar membros da ala, familiares, amigos e outras pessoas. Naquela ocasião, ele estava indo visitar sua querida mãe.

Ao concluir a visita, ele foi ver o élder Spencer W. Kimball, um de seus irmãos do Quórum dos Doze, que havia sido recentemente submetido a uma cirurgia de coração aberto. O élder Kimball estava descansando, e o élder Monson não queria perturbá-lo, então saiu para retornar ao seu carro. No elevador, ele encontrou duas mulheres que perguntaram se ele poderia dar uma bênção ao pai delas. Ele as acompanhou até a unidade de terapia intensiva do hospital, onde administrou a bênção ao pai delas.

Quando o élder Monson se levantou para sair do quarto, ele ouviu um homem chamar seu nome. Ele olhou para o leito do homem e o reconheceu como um membro de sua antiga ala. “Fiquei feliz em poder lhe dar uma bênção”, registrou o élder Monson. Ao sair do quarto, ele foi abordado por uma enfermeira em lágrimas que perguntou se ele estava indo para o Hospital Infantil da Primária. Ele disse que não tinha planejado ir àquele hospital naquele dia, mas que ficaria feliz em ir se ela quisesse que ele visse alguém lá. A enfermeira lhe contou sobre um primo que havia contraído pólio muitos anos antes e que estava tendo complicações.

Quando o élder Monson chegou ao hospital infantil, encontrou um homem que o levou ao primo da enfermeira, a quem ele deu uma bênção. O homem perguntou então ao élder Monson se ele tinha tempo para abençoar uma menina de 10 anos que sofria de leucemia. Eles foram juntos para lhe dar uma bênção.

A respeito de suas visitas no hospital naquele dia, o élder Monson escreveu em seu diário: “Fui embora tendo percebido que nosso Pai Celestial está muito atento àqueles que sofrem aqui na mortalidade e que desejam, das mãos do sacerdócio, uma bênção”.1

O presidente Monson cumprimentando um homem no hospital

O presidente Monson ministra com amor a um amigo de longa data em Toronto, Canadá.

Tais experiências foram frequentes na vida de Thomas S. Monson. Depois de um dia semelhante, no qual ele passou quase duas horas em um hospital, ele escreveu: “Sinto que fiz algo de bom e que estive onde o Senhor queria que eu estivesse neste dia”.2

O presidente Monson tinha um compromisso vitalício de estar onde o Senhor queria que ele estivesse. Ele falava frequentemente sobre o privilégio de estar “no caminho do Senhor” — de ser as mãos do Senhor na Terra, especialmente ao cuidar de pessoas necessitadas. Ele disse: “Quero sempre que o Senhor saiba que, se Ele precisar que um serviço seja feito, Tom Monson o fará para Ele”.3

Nascimento, infância e juventude

“O que você acha do trem do Mark, Tommy?”, foi a pergunta que Gladys Monson fez ao seu filho de 10 anos.

“Espere um pouco”, respondeu ele. “Já volto.” Ele atravessou a porta correndo e foi para casa. Ele tinha algo a fazer.

Naquela manhã, o jovem Tommy havia recebido o presente de Natal que ele havia desejado — um trem elétrico que seus pais compraram com muito sacrifício durante os dias da Grande Depressão. Depois que ele brincou por algumas horas, sua mãe lhe disse que havia comprado um trem de corda para Mark Hansen, o filho de uma viúva que morava nas proximidades. Quando ela o mostrou a Tommy, ele notou que o trem de Mark tinha um vagão-tanque, que o dele não tinha. Ele insistiu com sua mãe para ficar com o vagão-tanque, até que ela finalmente o entregou a ele, dizendo: “Se você precisa dele mais do que Mark, então fique com ele”.

Gladys e Tommy levaram as peças restantes do trem para Mark, que ficou radiante com o inesperado presente. Ele deu corda na locomotiva e, enquanto o trem seguia pelos trilhos, Gladys Monson fez uma pergunta simples e penetrante a seu filho: O que ele achava do trem de Mark? Posteriormente, ele registrou: “Tive um profundo sentimento de culpa e me dei conta de quanto havia sido egoísta”.

Quando chegou em casa, ele pegou o vagão-tanque — com mais um vagão de seu próprio trem — e correu para entregá-los a Mark, que alegremente os conectou à sua locomotiva. “Ao ver a locomotiva seguindo com esforço pelos trilhos”, declarou o élder Monson posteriormente, “senti uma alegria imensa, indescritível e impossível de esquecer”.4

A alegria de dar, a alegria do sacrifício, a alegria de cuidar dos outros — estas foram as lições que Tommy Monson aprendeu durante sua infância, lições que moldariam o coração e o caráter de um futuro profeta.

o jovem Thomas S. Monson

Tom Monson na juventude

Thomas Spencer Monson nasceu em Salt Lake City, em 21 de agosto de 1927, o primeiro menino e o segundo filho de G. Spencer e Gladys Condie Monson. Ele foi recebido no mundo por sua irmã, Marjorie, e por uma família unida de avós, tias, tios e primos, muitos dos quais viviam em seu mesmo quarteirão. Os ancestrais de sua mãe estavam entre os primeiros conversos da Igreja na Escócia e tinham chegado ao Vale do Lago Salgado em 1850, três anos após a companhia pioneira de Brigham Young. O pai de Tom tinha ancestrais ingleses e suecos que imigraram para o território de Utah a partir de 1865.

“Para conhecer o homem que Thomas Spencer Monson se tornou, é importante conhecer suas raízes e o ambiente em que foi criado”, disse o élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze.5 Atendendo pelo apelido “Tommy” quando jovem, ele cresceu em uma casa e em um bairro humildes, cerca de um quilômetro a sudoeste do centro de Salt Lake City. Ele cresceu quase que inteiramente durante a Grande Depressão (que irrompeu quando ele tinha 2 anos de idade) e durante a Segunda Guerra Mundial. Ao atravessar aqueles tempos difíceis, seus pais e outros lhe ensinaram a caridade e a compaixão, a lealdade e o trabalho árduo — qualidades que se enraizaram profundamente em seu caráter.

Ele contou que sua mãe incutiu nele “sentimentos de ternura e de cuidado para com os outros”.6 Ela procurava edificar as pessoas e mostrar compaixão especial por aqueles que estavam acamados. Ela também alimentava homens que pegavam carona em trens durante a Depressão em busca de trabalho e cuidava deles (ver o capítulo 17). “Minha mãe me ensinou por suas ações e sua vida o que [a Bíblia continha]”, declarou o élder Monson. “Cuidar dos pobres, doentes e necessitados era uma coisa cotidiana e um exemplo que jamais poderá ser esquecido.”7

Seu pai era tão quieto e reservado quanto sua mãe, e sua caridade cristã também lhe causou uma forte impressão. Um tio que morava nas proximidades sofria tanto com artrite que não conseguia andar. Spencer Monson com frequência dizia: “Venha, Tommy, vamos dar um passeio com o tio Elias”. Spencer dirigia até a casa de Elias, carregava-o para fora e o colocava suavemente no banco da frente para que ele tivesse uma boa visão. O élder Monson recordou: “O passeio era breve e a conversa, limitada, mas que legado de amor!”8 Essa lição, disse ele, “ficou gravada em mim”9 (ver o capítulo 17).

Com seu pai, ele também aprendeu a trabalhar arduamente. Aos 14 anos, Spencer Monson havia deixado a escola e começado a trabalhar em uma gráfica porque seu pai estava gravemente doente e sua família precisava da renda. Após se casar com Gladys, Spencer começou a trabalhar em outra gráfica, onde se tornou gerente e permaneceu por mais de 50 anos, trabalhando seis dias por semana e muitas noites. Quando Tom tinha 12 anos, ele começou a trabalhar com seu pai depois da escola e aos sábados, a princípio fazendo pequenas tarefas e gradualmente aprendendo sobre a indústria gráfica, até se tornar um aprendiz. A partir daí, ele acabaria por estabelecer uma carreira na indústria gráfica.

O jovem Tommy Monson também foi nutrido por seus líderes e professores na Igreja. Recordando uma época em que a presidente da Primária, Melissa Georgell, ofereceu uma correção amorosa, disse ele: “Nossa postura na Primária nem sempre foi como deveria ser. Eu tinha muita energia e achava difícil ficar sentado pacientemente”.10 Um dia a presidente da Primária pediu para falar com ele e, enquanto ela colocava o braço em volta do ombro dele, ela começou a chorar. Surpreendido pelas lágrimas, ele perguntou por que ela estava chorando. Ela respondeu: “Não consigo fazer com que os meninos fiquem reverentes na abertura da Primária. Gostaria de me ajudar, Tommy?” Ele prometeu que ajudaria.

“Por estranho que me parecesse, mas não para [ela], aquilo deu fim ao problema de reverência na Primária”, recorda ele. “Ela tinha ido à fonte do problema: eu. A solução foi o amor.”11 Ao longo de sua vida adulta, ele continuou a visitar aquela querida irmã, até que ela falecesse aos 97 anos de idade12 (ver o capítulo 11).

Um consultor do quórum de mestres presenteou Tom com dois pombos e os usou para ensinar sobre as responsabilidades que ele teria, como presidente do quórum, de resgatar os membros do quórum.13 Um professor da Escola Dominical ensinou que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20:35) ao sugerir aos alunos que o dinheiro que haviam juntado para fazer uma festa fosse dado à família de um colega que havia perdido a mãe recentemente (ver o capítulo 19). Com um líder escoteiro que tinha uma perna protética e havia sido alvo de zombaria de um dos meninos, Tom aprendeu a responder com gentileza e não com raiva (ver o capítulo 21).

Suas experiências de infância durante os verões em Provo Canyon, ao sul de Salt Lake City, também tiveram uma influência duradoura. Lá ele aprendeu a adorar nadar, pescar e fazer outras atividades ao ar livre. Posteriormente, ele usaria essas experiências para ilustrar os princípios do evangelho. As corridas de barcos de brinquedo no rio Provo se tornariam uma forma de ensinar sobre os dons que o Pai Celestial dá para guiar Seus filhos durante a mortalidade (ver o capítulo 7). Provocar um incêndio que levou várias horas para ser controlado se tornaria uma forma de ensinar sobre obediência (ver o capítulo 12).

Universidade, marinha e casamento

Depois de concluir o Ensino Médio em 1944, Tom teve que tomar muitas decisões cruciais. Naquele outono, ele se matriculou na Universidade de Utah, com a certeza de que seria chamado para o serviço militar no ano seguinte, quando fizesse 18 anos, uma vez que a Segunda Guerra Mundial ainda estava cobrindo a Europa e o Pacífico.

Durante aquele ano na escola, Tom conheceu Frances Johnson, aquela que se tornaria o amor de sua vida. Na primeira vez que ele a levou para sair, o pai dela perguntou: “Monson… esse nome não é sueco?”

“Sim”, Tom respondeu.

O pai de Frances então lhe mostrou uma foto de dois missionários e perguntou se ele era parente daquele que se chamava Elias Monson. Tom respondeu que Elias era irmão de seu avô.

Ao ouvir aquilo, o pai de Frances começou a chorar. Sua família tinha conhecido o élder Elias Monson enquanto eles viviam na Suécia. O pai de Frances beijou o rosto de Tom, e a mãe dela chorou e também o beijou.14 Aquele encontro, pensou ele, foi um bom começo. Ele e Frances compartilhavam muitos dos mesmos interesses, como passar tempo na natureza, passar tempo com a família e dançar ao som de grandes bandas de jazz. “Ela ria prontamente”, relembrava ele; ela era “caridosa e gentil” e demonstrava “grande empatia”.15

Em julho de 1945, após um ano na universidade, Tom se alistou nas Forças Armadas. A guerra na Europa havia terminado em maio, mas os combates continuavam no Pacífico. Orando por orientação no posto de recrutamento, Tom optou por se alistar na Reserva Naval dos Estados Unidos em vez de na Marinha — uma decisão que, posteriormente, ele diria que mudou o curso de sua vida (ver o capítulo 5). A guerra no Pacífico terminou logo após seu alistamento, e ele honrosamente completou seu serviço militar após um ano em San Diego, Califórnia. Foi um ano memorável para ele, que lhe proporcionou oportunidades de defender suas convicções com coragem, de dar o exemplo e de dar uma bênção do sacerdócio pela primeira vez (ver os capítulos 823). Não querendo que Frances esquecesse dele, Tom escreveu para ela todos os dias em que estava em San Diego.

Quando voltou a Salt Lake City em 1946, Tom retomou os estudos na Universidade de Utah e obteve o bacharelado em marketing, graduando-se com honras em 1948. Ele também continuou a namorar Frances e, enquanto o amor deles florescia, ele a pediu em casamento. Eles se casaram no Templo de Salt Lake, em 7 de outubro de 1948. O presidente Monson falava frequentemente sobre os conselhos que eles receberam naquele dia, a respeito de como manter bons sentimentos no casamento (ver o capítulo 17). Após a recepção, eles começaram a vida juntos no mesmo quarteirão onde Tom havia crescido.

Foto da cerimônia de casamento de Thomas e Frances Monson

Tom e Frances Monson na recepção de seu casamento em 1948

Bispo da Ala Sessenta e Sete

No dia em que Thomas S. Monson nasceu em 1927, um novo bispo foi apoiado na ala de sua família. Quando Spencer Monson foi ao hospital para ver sua esposa e seu filho recém-nascido, ele anunciou: “Temos um novo bispo”. Então, segurando o pequeno Tom nos braços, Gladys Monson disse: “E eu tenho um novo bispo para você”.16

Quer tenha sido ou não um momento de presságio para Gladys, suas palavras foram cumpridas antes do que se poderia esperar. Em 7 de maio de 1950, quando Tom Monson tinha apenas 22 anos de idade, ele foi chamado como bispo da ala em que havia crescido. A ala tinha mais de mil membros, incluindo seus pais, seus irmãos e suas irmãs, e outros parentes. Tom e Frances estavam casados há apenas 19 meses.

O bispo Monson descreveu a Ala Sessenta e Sete como “uma humilde ala pioneira, em uma humilde estaca pioneira”.17 Naquela época, havia muitos desafios. Um grande número de membros não frequentava a Igreja e precisava de amor e amizade para ajudá-los a voltar à atividade. Como muitos deles eram pobres, a ala tinha as maiores necessidades de bem-estar na Igreja.18 Os membros idosos, incluindo mais de 80 viúvas, também precisavam de cuidados especiais. A ala era altamente transitória, com muitas pessoas chegando e indo embora a cada mês. Anos mais tarde, o presidente Monson lembrou seus sentimentos — e sua fé — enquanto enfrentava tantos desafios como um jovem bispo:

“A magnitude do chamado era esmagadora e alarmante sua responsabilidade. Minha incapacidade me humilhava. O Pai Celestial, contudo, não me deixou vagar sozinho pelas trevas e pelo silêncio, sem diretriz ou inspiração. Revelou as lições que eu devia aprender à Sua própria maneira”.19

Algumas das lições reveladas ao bispo Monson vieram por meio da ajuda e orientação de outros. Outras lições ele aprendeu por meio da oração. “Todo bispo necessita de um bosque sagrado ao qual poderá se retirar para meditar e orar, pedindo orientação”, disse ele. “O meu era a capela de nossa velha ala. Não posso nem começar a contar as ocasiões em que, tarde da noite, eu me dirigia ao púlpito onde havia sido abençoado, confirmado, ordenado, ensinado e eventualmente chamado para presidir. Com a mão apoiada no púlpito, eu me ajoelhava e partilhava com o Pai Celestial meus pensamentos, minhas preocupações e meus problemas.”20

Um a um, o bispo Monson procurou os membros que não estavam frequentando a Igreja. À porta de um lar, ele disse a um pai: “Vim conhecê-lo e convidá-lo a frequentar nossas reuniões com sua família”. O homem o mandou embora, e a família logo se mudou para a Califórnia. No entanto, muitos anos mais tarde, ele procurou o élder Monson, que nessa época já era membro do Quórum dos Doze. “Vim me desculpar por não ter me levantado da poltrona e deixado você entrar naquele dia quente de verão, há muitos anos”, disse ele. “Sou o segundo conselheiro do bispado de minha ala. Seu convite para que eu fosse à Igreja e minha recusa me incomodaram tanto que tive de fazer algo a respeito”21 (ver o capítulo 2). Embora a família tenha retornado à atividade na Igreja depois de deixar a Ala Sessenta e Sete, muitos outros membros retornaram durante o serviço do bispo Monson. A frequência às reuniões sacramentais aumentou bastante.22

O bispo Monson se dedicou aos jovens da ala e procurou mantê-los dentro do rebanho da Igreja. Certa vez ele se sentiu inspirado ao sair de uma reunião do sacerdócio para procurar um jovem que raramente frequentava a Igreja. Ele então o encontrou trabalhando no poço de troca de óleo de uma oficina de automóveis. O bispo Monson disse ao jovem o quanto sentia falta dele e o quanto precisava dele, de maneira que ele voltou a frequentar a igreja23 (ver o capítulo 2). Posteriormente, ele serviu missão e foi chamado para servir como bispo por duas vezes. Entre suas muitas expressões de gratidão, estava uma carta, escrita 40 anos depois, na qual ele dizia:

“Ao refletir sobre os acontecimentos de minha vida, sou muito grato por um bispo que me procurou, encontrou e mostrou um grande interesse em alguém que estava perdido. Agradeço do fundo do meu coração por tudo o que você fez e tem feito por mim pessoalmente. Eu o amo”.24

O bispo Monson prestou especial cuidado às viúvas de sua ala. Ele as ajudava quando corriam o risco de perder sua casa, quando precisavam de itens essenciais à vida e quando apresentavam problemas de saúde. Ele as animava com visitas em tempos de solidão e tristeza. Durante a época de Natal, ele usava parte de suas férias para visitar cada uma delas, presenteando-as com uma caixa de doces ou um frango para assar. Ele continuou a visitar muitas delas depois de ter sido desobrigado como bispo, inclusive muitas que ficaram viúvas depois dele ter servido como bispo. Um exemplo foi uma mulher que ficou viúva em 1965 — 10 anos após sua desobrigação —, a quem ele visitou regularmente até a morte dela em 2009, aos 98 anos de idade, quando ele era presidente da Igreja. “Pearl era uma das viúvas que visitei ao longo dos anos”, registrou ele no diário. “Ela teve uma vida difícil, mas perseverou.”25 Ele falou no funeral dela alguns dias depois, um dos mais de 800 funerais em que ele falou depois de ter sido chamado para o Quórum dos Doze.

O bispado da Ala Sessenta e Sete

Bispo Thomas S. Monson com seus conselheiros no bispado da Ala Sessenta e Sete

Com tantas pessoas precisando de ajuda temporal, o bispo Monson procurou formas inovadoras e inspiradas de ajudar, muitas vezes criando oportunidades de serviço para os membros. Em dezembro, ele soube que uma família da Alemanha logo se mudaria para a ala. Algumas semanas antes da chegada da família, o bispo Monson foi ver o apartamento que havia sido alugado para ela e descobriu que era tão escuro e triste que ficou com o coração pesado. “Que boas-vindas desanimadoras para quem já sofreu tanto”, pensou ele.26

Na manhã seguinte, ele levantou o assunto em uma reunião com os líderes da ala. O bispo Monson escreveu que um “espírito de amor genuíno permeou o coração e a alma de cada membro” à medida que eles ofereciam voluntariamente seu serviço.27 Durante as duas ou três semanas seguintes, os membros da ala trabalharam juntos para preparar o apartamento.

Quando a família chegou, derramaram lágrimas ao verem um apartamento brilhando, com carpetes novos, pintura nova, armários cheios de comida e uma árvore de Natal enfeitada pelos jovens. O pai agarrou a mão do bispo Monson e tentou agradecer, mas estava emocionado demais. Em vez disso, “ele encostou a cabeça em meu ombro”, afirmou o bispo Monson, “e repetiu as palavras: ‘Mein Bruder, mein Bruder, mein Bruder’”.28 Quando os membros da ala foram embora naquela noite, uma moça perguntou: “Bispo, sinto-me melhor do que jamais me senti antes. Pode me dizer por quê?” Ele respondeu com as palavras do Mestre: “Quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).

Em 1955, após cinco anos de serviço, o bispo Monson foi chamado como conselheiro na presidência da estaca. Embora não tivesse mais o chamado de bispo, ele manteve o coração de um bispo pelo resto de sua vida, continuando a cuidar dos membros da Ala Sessenta e Sete e usando as lições que aprendera para ensinar os outros e para guiar seu futuro serviço. Ao refletir sobre aquela época, ele disse posteriormente: “Sempre me considerei um bispo que errou para o lado da generosidade; e, se eu tivesse que servir novamente, seria ainda mais”.29

A capela da Ala Sessenta e Sete foi demolida em 1967, mas não sem que antes o bispo Monson recuperasse algo que tinha um significado especial para ele: o belo púlpito onde ele havia se ajoelhado em oração quando era bispo.30 Em 2009, como presidente da Igreja, ele falou daquele púlpito quando dedicou a nova Biblioteca de História da Igreja. Foi uma experiência emocional porque o púlpito trazia muitas lembranças de sua infância, de sua juventude e de seu ministério como bispo. “Este púlpito, em parte, conta a história de minha própria fé”, declarou ele na época. “Para mim, [ele] é uma grata lembrança de sagradas experiências.”31

Família

Tom e Frances Monson ficaram muito contentes quando seu primeiro filho, a quem deram o nome de Thomas Lee, nasceu em 1951, um ano depois que Tom começou a servir como bispo. A única filha do casal Monson, Ann Frances, também nasceu quando Tom servia como bispo, em 1954. Seu terceiro e último filho, a quem chamaram de Clark Spencer, nasceu em 1959, durante sua missão no Canadá.

Fotografia da família Monson

A família Monson em 1962. Da esquerda para a direita: Frances, Tom (filho), Clark, Tom (pai) e Ann

Enquanto trabalhava longas horas em sua profissão e no serviço da Igreja, Tom era um marido e pai dedicado. Seus filhos recordam que “os pais das outras crianças pareciam ficar em casa mais do que nosso pai ficava, mas não pareciam fazer tanto com seus filhos quanto nosso pai fazia conosco. Estávamos sempre fazendo coisas juntos, e nos lembramos disso com muito carinho”.32

O jovem Tom relembra que, enquanto seu pai presidia a Missão Canadense, eles tinham pouco tempo livre juntos. Mas, todas as noites antes de ir para a cama, ele ia ao escritório do pai na casa da missão para eles jogarem damas. “À sua própria maneira, essa lembrança é tão querida para mim quanto a da ocasião em que, anos mais tarde, meu pai viajou de avião até Louisville, Kentucky, a fim de me dar uma bênção para que eu sarasse da pneumonia que havia contraído durante meu treinamento militar básico naquele lugar”, disse Tom.33

Ann gostava de como seu pai compartilhava experiências relacionadas a suas designações na Igreja: “Minhas lembranças mais queridas são as de vê-lo voltar para casa, no domingo à noite, depois de participar de uma conferência de estaca ou de uma visita a uma missão e ouvi-lo contar a inspiração especial que teve ao chamar um patriarca ou as experiências inspiradoras que teve ao entrevistar missionários”.34 Posteriormente, quando Ann formou sua própria família, ela apreciou a oportunidade que seus filhos tiveram de trabalhar ao lado do avô, bem como suas experiências no Provo Canyon: “Todos na família adoraram a oportunidade de sentar ao redor de uma fogueira na cabana da família, assar marshmallows e ouvir o avô contar histórias”.35

Clark disse que, embora seu pai viajasse com frequência em designações da Igreja, ele “sempre arranjava tempo para os filhos. Nunca me senti privado da presença de meu pai. Quando ele estava em casa, brincava conosco e nos levava para tomar sorvete. Quando criança, passei horas intermináveis pescando com ele”.36 Durante uma pescaria, Clark ficou impressionado quando seu pai lhe pediu que enrolasse o molinete e comentou: “Daqui a cinco minutos, seu irmão Tom vai começar a fazer o exame da ordem, que o autorizará a praticar a advocacia. Ele se esforçou muito nesses três anos da faculdade de direito e deve estar um pouco apreensivo. Vamos nos ajoelhar aqui no barco. Vou fazer uma oração por ele, e depois você fará uma também”.37

Frances se dedicou a criar os filhos e estabelecer um lar feliz e acolhedor. Pouco antes de o pai dela morrer em 1953, ele lhe disse: “Estou muito orgulhoso de você, Frances. Estou orgulhoso de seu marido, Tom. Vocês receberão muitas bênçãos por causa de sua lealdade e devoção ao evangelho, a seu lar e a sua família”.38

Carreira

Depois que Tom se formou na Universidade de Utah em 1948, ele recebeu muitas ofertas de trabalho, inclusive de grandes empresas fora do estado. Ele decidiu aceitar um cargo na Deseret News como representante de vendas de anúncios de classificados. Em poucos meses, ele se tornou gerente assistente de anúncios de classificados e, no ano seguinte, gerente.

O presidente Monson e uma prensa gráfica

Thomas S. Monson verifica uma chapa de impressão na Deseret News Press.

Em 1953, Tom começou a trabalhar na Deseret News Press, um dos maiores estabelecimentos gráficos do oeste dos Estados Unidos. De certa forma, isso foi um retorno às suas raízes na adolescência, quando trabalhava com seu pai em uma gráfica. Na Deseret News Press, ele se tornou gerente assistente de vendas e depois gerente de vendas. Uma de suas contas era a da Deseret Book e, como ajudava os líderes da Igreja a publicar seus livros, ele desenvolveu muitas amizades e teve muitas experiências de mentoria. “Considero um dos pontos altos de minha vida ter sido capaz de trabalhar tão próximo das autoridades gerais e de outras pessoas, ajudando-os a converter seus manuscritos em um produto final”, escreveu ele.39 Ele também cuidava da maior parte das publicações da Igreja, incluindo a literatura missionária e a impressão do Livro de Mórmon em vários idiomas.

Presidente da Missão Canadense

Julho de 1957 foi um mês de grandes mudanças para a família Monson. Além de ser gerente de vendas na Deseret News Press, Tom foi nomeado gerente geral assistente. No final do mês, a família se mudou para uma nova casa no subúrbio de Salt Lake City, deixando o bairro onde Tom havia crescido e servido como bispo.

E as mudanças não pararam por aí. Menos de dois anos depois, Tom foi chamado para presidir a Missão Canadense, com sede em Toronto. Mais uma vez, ele assumia uma pesada responsabilidade com apenas 31 anos, mas desta vez a família precisaria fazer uma longa mudança. Frances, que estava passando por dificuldades de saúde relacionadas à gravidez, também teria muitas novas responsabilidades. O élder Harold B. Lee, do Quórum dos Doze, ofereceu úteis conselhos que se tornariam temas de destaque nos ensinamentos do presidente Monson:

“O Senhor qualifica aquele a quem chama”.

“Quando estamos a serviço do Senhor, temos direito à Sua ajuda.”

“O Senhor moldará o ombro para que suporte o fardo nele depositado.”40

Em abril de 1959, a família Monson embarcou em um trem para Toronto, onde viveriam por quase três anos. Os dois filhos, Tommy e Ann, tinham 7 e 4 anos de idade. Frances tinha lágrimas nos olhos quando saíram de casa, mas a família fez aquele sacrifício voluntariamente, com fé de que estavam fazendo a vontade de Deus.

No Canadá, eles se envolveram imediatamente no trabalho missionário. O presidente Monson começou a supervisionar o trabalho de 130 missionários (que posteriormente chegariam a mais de 180), que estavam espalhados pelas grandes províncias de Ontário e Quebec. Como havia feito como bispo, ele liderou com otimismo e amor, ajudou a edificar a fé e inspirou confiança. Ele também confiou no Senhor. Um de seus missionários disse: “As escolhas dele sempre pareceram se encaixar no plano maior do Senhor”.41 Outro missionário relembrou: “Ele teve um impacto dramático sobre a missão. Depois de uma rápida viagem por toda a missão, ele sabia o nome de cada missionário e conhecia muitos dos membros. Levantava o ânimo de todos em todo lugar pelo qual passava — deu vida a toda a missão”.42

Foto em grupo da Missão Canadense

O presidente e a irmã Monson (segunda fileira, centro) com alguns dos missionários da Missão Canadense

Sob a direção do presidente Monson, a missão prosperou. “O Senhor derramou Seu espírito sobre o povo”, relatou ele à Primeira Presidência. “Cidades que nunca haviam tido batismos antes estão agora gerando conversos todos os meses.”43 Em grande medida, ele atribuiu o sucesso aos membros que se envolveram mais na busca de pessoas para os missionários ensinarem e no companheirismo com eles.

O terceiro filho do casal Monson, Clark, nasceu seis meses após a chegada da família em Toronto. Além de cuidar de três crianças pequenas, receber missionários e outros na casa da missão, e servir como presidente da Sociedade de Socorro da missão, a irmã Monson ajudou com o trabalho missionário. Certo dia, ela recebeu uma ligação de um homem que disse: “Viemos da Holanda, onde tivemos a oportunidade de saber algo sobre os mórmons. Minha esposa gostaria de saber mais. Mas eu não”. A irmã Monson passou para os missionários o nome e o endereço daquele homem, mas eles demoraram para entrar em contato. Ela sempre perguntava a eles: “E aquela família holandesa? Vão visitá-los hoje à noite?” Após várias semanas, ela disse que, se eles não visitassem a família em breve, ela e o presidente Monson o fariam. Dois élderes foram visitá-los, e a família de Jacob e Bea de Jager se filiou à Igreja. O irmão de Jager, que inicialmente disse não estar interessado na Igreja, serviu como setenta autoridade geral de 1976 a 1993.44

Quando a família Monson chegou ao leste do Canadá, não havia nenhuma estaca na missão; portanto, além de supervisionar o trabalho dos missionários, o presidente Monson era responsável pelos sete distritos da missão. Os missionários de tempo integral presidiam muitos dos distritos e ramos, e uma das prioridades do presidente Monson era chamar portadores do sacerdócio locais para servir naquelas posições. Essa abordagem desenvolveu a liderança local e permitiu que os missionários passassem mais tempo fazendo proselitismo e ensinando. Em 1962, cada unidade da Igreja na missão era presidida por um líder local.45

Quando a família Monson chegou ao leste do Canadá em 1959, a Igreja tinha apenas duas pequenas capelas em toda a missão, de modo que a maioria das congregações se reunia em salões alugados. Sentindo a necessidade de melhorar os locais de reuniões, o presidente Monson iniciou um programa de construção. A construção de capelas para as reuniões também ajudou nos esforços missionários, proporcionando um senso de permanência aos edifícios dedicados. Quando a família Monson finalizou a missão, sete novas capelas haviam sido construídas ou estavam em construção, e outras dez estavam em fase de planejamento.46

A Igreja atingiu um marco histórico em agosto de 1960, com a criação da Estaca Toronto. Foi a primeira estaca no leste do Canadá, a estaca de número 300 da Igreja. “Um ponto alto de nossa missão foi ver os membros se tornarem uma estaca de Sião”, escreveu o presidente Monson. “[Eles] se regozijaram com essa conquista.”47 Mais estacas seriam criadas no futuro, assim como a construção de um templo na área de Toronto, do qual ele fez a abertura de terra em 1987.

Em uma missão repleta de bons momentos, o presidente Monson disse que o melhor de todos foi a possibilidade de servir com sua família. “[Aquele] período de três anos foi um dos mais felizes de nossa vida, pois nos dedicamos em tempo integral a compartilhar o evangelho de Jesus Cristo com os outros”, refletiu ele.48

Após quase três anos de serviço, Thomas S. Monson foi desobrigado como presidente da Missão Canadense em janeiro de 1962. A família tinha desenvolvido um profundo amor pelo Canadá, por seu povo e pelos missionários. Assim como o presidente Monson manteve fortes laços com os membros da Ala Sessenta e Sete depois de ser desobrigado como bispo, ele permaneceu intimamente ligado aos missionários e membros com quem havia servido no Canadá. Ele falou em mais de 50 reencontros com esses missionários — assim como com familiares deles e outras pessoas — de 1962 a 2015.

Chamado como apóstolo

Quando a família Monson retornou do Canadá em fevereiro de 1962, Tom voltou ao trabalho na Deseret News Press. Em março ele foi promovido a gerente geral, um cargo desafiador, especialmente porque precisou conduzir uma grande mudança para novos processos e equipamentos de impressão. Ele também serviu em quatro comitês gerais da Igreja.

Na tarde de 3 de outubro de 1963, Tom estava conversando com um cliente em seu escritório quando a secretária o informou que ele precisava atender uma ligação. Ao atender o telefone, ele ficou surpreso ao ouvir o secretário do presidente da Igreja, David O. McKay, dizendo que o presidente McKay queria falar com ele. Após uma breve conversa ao telefone, o presidente McKay perguntou a Tom se ele poderia vir ao seu escritório naquela tarde.

O carro de Tom estava na oficina, então ele pegou um veículo emprestado e dirigiu até o escritório do presidente McKay. Por causa de seu serviço nos comitês da Igreja, ele pensou que o presidente McKay queria discutir uma dessas designações, mas o presidente tinha algo diferente em mente. “Ele pediu que eu me sentasse em uma cadeira ao lado de sua mesa, de frente para ele”, lembrou Tom, e então disse: “Indiquei o élder Nathan Eldon Tanner como meu segundo conselheiro na Primeira Presidência, e o Senhor chamou você para ocupar o lugar dele no Conselho dos Doze Apóstolos. Você aceita o chamado?”49

Surpreendido pelo pedido do presidente McKay, Tom não sabia o que dizer. “Meus olhos se encheram de lágrimas”, disse ele, “e, depois de uma pausa que pareceu uma eternidade, respondi assegurando ao presidente McKay que qualquer talento com o qual eu pudesse ter sido abençoado seria usado a serviço do Mestre”.50

Naquela noite, Tom pediu a Frances que eles fossem dar uma volta de carro. Levando também Clark, com 4 anos de idade, eles dirigiram até um monumento em Salt Lake City e, enquanto andavam ao redor dele, Frances pôde sentir que Tom tinha algo em mente. Quando ela perguntou o que era, ele contou sobre o chamado para o santo apostolado. Frances disse posteriormente: “Fiquei surpresa e me senti humilde. Aquele foi um chamado muito significativo e uma tremenda responsabilidade”.51 Como sempre, ela o apoiou incondicionalmente.

O élder Monson na congregação da conferência geral

O élder Thomas S. Monson na congregação da Conferência Geral de Outubro de 1963, antes do anúncio de seu chamado como apóstolo

Na conferência geral da manhã seguinte, Thomas S. Monson foi apoiado como membro do Quórum dos Doze Apóstolos, como testemunha especial “do nome de Cristo em todo o mundo”.52 Aos 36 anos, ele era o apóstolo mais jovem a ser chamado desde Joseph Fielding Smith em 1910, e ele era 17 anos mais novo do que o segundo apóstolo mais jovem da época.

Nessa mesma sessão da conferência, o élder Monson fez seu primeiro discurso como autoridade geral. Depois de expressar gratidão, ele prestou o seguinte testemunho e assumiu o seguinte compromisso:

“Sei que Deus vive, meus irmãos e minhas irmãs. Não há qualquer dúvida em minha mente. Sei que esta é Sua obra e sei que a experiência mais doce em toda esta vida é sentir Seus sussurros nos orientando na execução de Sua obra. Senti essa inspiração quando era um jovem bispo guiado a lares onde havia necessidades espirituais e talvez físicas. Senti-a novamente no campo missionário enquanto trabalhava com seus filhos e suas filhas, os missionários desta grande Igreja.

Dedico minha vida, tudo o que tenho. Vou me esforçar ao máximo de minha capacidade para ser o que vocês desejam que eu seja. Sou grato pelas palavras de Jesus Cristo, nosso Salvador, quando prometeu:

‘Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele, comigo’ (Apocalipse 3:20).

Oro sinceramente para que minha vida seja digna dessa promessa de nosso Salvador”.53

Seis dias depois, em 10 de outubro de 1963, o élder Monson foi ordenado apóstolo e designado por imposição de mãos como membro do Quórum dos Doze pelo presidente Joseph Fielding Smith, que era presidente do quórum.

Thomas S. Monson

Envolvido no ministério apostólico

Quando o élder Monson foi chamado como apóstolo, a Igreja estava se expandindo globalmente a um ritmo sem precedentes. Como outras autoridades gerais, não tardou para que ele começasse a viajar ao redor do mundo a fim de orientar esse crescimento. Às vezes, ele ficava ausente por cinco semanas seguidas, ensinando membros e missionários, organizando novas unidades da Igreja, dedicando capelas e implementando programas da Igreja.

O élder Monson guardou no coração as palavras de um membro dos Doze que disse que o serviço como apóstolo exigia “total compromisso com o trabalho do Mestre para animar e inspirar, ensinar e treinar, liderar e dirigir os santos de Deus. Significa aceitar os encargos e fortalecer as esperanças da Igreja e de seu povo”.54

As questões administrativas ficavam em segundo plano em relação à procura de formas de abençoar as pessoas. Um dos diversos exemplos foi o serviço que prestou a Paul C. Child, que havia sido presidente de estaca do élder Monson durante a juventude. No final dos anos 1970, o presidente Child e sua esposa, Diana, estavam com a saúde precária e viviam em uma casa de repouso. O élder Monson os visitava frequentemente e, uma vez, durante as reuniões dominicais na casa de repouso, ele prestou homenagem àquele amado líder. Quando voltou para casa, ele disse a Frances: “Acho que fiz mais bem nessa visita em particular do que em muitas conferências”.55

Em suas designações na sede da Igreja, o élder Monson influenciou quase todos os aspectos da estrutura e dos programas da Igreja. De 1965 a 1971, ele serviu como presidente do Comitê de Correlação de Adultos, ajudando a unificar os manuais, os guias e as organizações da Igreja. Ele também era consultor das organizações dos Rapazes e das Moças. Ele serviu no Comitê Executivo Missionário de 1965 a 1982, presidindo-o nos últimos sete anos dessa designação. Durante esse tempo, ele participou da designação de dezenas de milhares de missionários, selecionando presidentes de missão, criando novas missões, desenvolvendo programas de treinamento missionário e supervisionando os centros de visitantes. “Foram muitas as experiências de promoção da fé que ocorreram na designação de missionários”, escreveu ele.56

Em 1965, o presidente McKay designou o élder Monson para supervisionar o trabalho da Igreja no Pacífico Sul. Essa tarefa exigia que ele viajasse das ilhas do Pacífico para o continente da Austrália. O élder Monson desenvolveu um profundo amor pelos santos daqueles lugares, tendo sido inspirado por sua devoção ao evangelho e por sua fé.

Quando o élder e a irmã Monson visitaram Samoa pela primeira vez em 1965, foram a um vilarejo onde se encontraram com quase 200 crianças em uma escola da Igreja. Ao final da reunião, o élder Monson se sentiu inspirado a cumprimentar as crianças individualmente, mas olhou o relógio e viu que não havia tempo suficiente antes do horário programado para que seu avião partisse. No entanto, quando a inspiração veio novamente, ele contou ao instrutor da escola sobre seu desejo de apertar a mão de cada criança. O instrutor ficou muito contente porque as crianças haviam orado para que tivessem essa experiência. “Não conseguimos reter as lágrimas”, disse o élder Monson, “quando aqueles maravilhosos meninos e meninas caminharam timidamente até nós e sussurraram o doce cumprimento samoano: ‘talofa lava’”.57

Quando o élder Monson visitou Sydney, na Austrália, em 1967, um homem contou que seu testemunho durante uma visita anterior o havia levado a decidir ser batizado. “Tal comentário me deixou profundamente humilde”, escreveu o élder Monson em seu diário, “e despertou uma verdadeira consciência sobre a responsabilidade que tenho”.58

Durante todo o ministério apostólico do presidente Monson, sua principal preocupação era com cada indivíduo. Guiado pelo Espírito e por sua própria observação, ele procurou ajudar aqueles que estavam tendo dificuldades ou se sentindo sobrecarregados. Ao participar de conferências de estaca e de área, bem como de dedicações de templos, e ao servir em comitês, ele teve oportunidades não apenas para oficiar e instruir, mas também para mostrar o quanto ele se importava com as pessoas.

Ministração e milagres na República Democrática Alemã

Em junho de 1968, após o élder Monson ter supervisionado o trabalho no Pacífico Sul por três anos, a Primeira Presidência o designou para supervisionar as missões da Igreja na Alemanha, Itália, Áustria e Suíça. Na Alemanha, cerca de 5 mil membros da Igreja viviam atrás da Cortina de Ferro, na República Democrática Alemã. Na época, essa parte da Alemanha estava sob o domínio comunista, o que restringia severamente a liberdade e reprimia as atividades religiosas. Principalmente por causa das restrições governamentais, nenhuma autoridade geral havia estado lá desde que o Muro de Berlim fora construído em 1961. Uma das principais prioridades do élder Monson em sua nova designação era ajudar os membros da Igreja que viviam lá.

A viagem para a República Democrática Alemã era repleta de riscos. O élder Monson entrou em contato com um funcionário do governo dos Estados Unidos, que desencorajou a viagem e advertiu: “Se algo acontecer, não poderemos tirá-lo de lá”. Mesmo assim, ele sentiu que devia ir. “Simplesmente era preciso perceber que o objetivo era maior do que qualquer autoridade terrestre”, explicou ele posteriormente, “e, com a confiança no Senhor, fui”.59

Ele fez sua primeira visita em 31 de julho de 1968. Ele e Stan Rees, presidente da Missão Alemanha Norte, passaram pelo posto de controle fortemente vigiado no Muro de Berlim e passaram parte do dia em Berlim Oriental. Embora a visita fosse breve, ela deu início ao notável ministério do élder Monson na República Democrática Alemã — um ministério que continuaria por mais de duas décadas e se tornaria uma parte determinante de seu serviço como apóstolo.

O élder Monson retornou em novembro de 1968. Com tensões em alta, ele, o presidente Rees e a irmã Helen Rees viajaram até Görlitz, onde foram para um velho armazém que havia sido bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial. Eles chegaram sem aviso prévio e encontraram mais de 200 membros da Igreja reunidos no segundo andar. Naquele encontro, o élder Monson teve uma das experiências mais inspiradoras de sua vida.

Os oradores deram mensagens que demonstraram uma profunda compreensão do evangelho, e o canto foi mais fervoroso do que o élder Monson jamais havia ouvido, o que encheu o salão de fé e devoção. Apesar das dificuldades, da pobreza e das privações que aqueles santos enfrentavam, ele viu sua resiliência, esperança e fé. Posteriormente, ele disse: “Visitei poucas congregações que demonstraram maior amor ao evangelho”.60

Embora o élder Monson tenha se alegrado com a fidelidade daqueles santos, ele também se entristeceu porque eles não tinham patriarcas, nem alas ou estacas, nem oportunidades de receber as bênçãos do templo. Durante a reunião, ele foi ao púlpito com lágrimas nos olhos e prometeu: “Se permanecerem leais e fiéis aos mandamentos de Deus, todas as bênçãos desfrutadas por qualquer membro da Igreja em qualquer outro país serão suas”.61

Durante os anos seguintes, o élder Monson e os líderes e membros da Igreja na República Democrática Alemã trabalharam incansavelmente a fim de fazer sua parte para que aquela promessa fosse cumprida. O élder Monson voltou lá frequentemente para fortalecer os santos e dar bênçãos e incentivo. Ele recebeu a ajuda de Henry Burkhardt, que presidiu a Missão Dresden por dez anos, e de muitos outros líderes locais da Igreja. Os membros jejuaram, oraram e deram ouvidos ao conselho do élder Monson de cumprirem a décima segunda regra de fé — respeitar as leis do país.

Pouco a pouco, a promessa começou a ser cumprida. Em 1969, a Primeira Presidência aprovou a ordenação de um patriarca em Salt Lake City e o autorizou a viajar para a República Democrática Alemã a fim de dar bênçãos patriarcais. No início dos anos 1970, os líderes governamentais começaram a permitir que alguns poucos líderes da Igreja deixassem o país brevemente para participar da conferência geral.

O élder Monson e um grupo de santos da Alemanha Oriental

Líderes reunidos com o élder Monson (primeira fileira, extrema direita) após uma reunião do sacerdócio na recém-criada Missão Dresden, na República Democrática Alemã.

Em abril de 1975, o élder Monson se sentiu inspirado a dedicar a República Democrática Alemã para que o trabalho fosse apressado. Ele reuniu alguns líderes em uma clareira cuja vista dava para o rio Elba e ofereceu a oração dedicatória, na qual suplicou que o caminho pudesse ser aberto para que os membros recebessem as ordenanças do templo. Ele orou para que as pessoas fossem receptivas ao evangelho e para que os líderes governamentais permitissem que o trabalho progredisse. Ele também orou para que os missionários fossem novamente autorizados a ensinar o evangelho lá.62

“A principal bênção necessária era que nossos membros dignos tivessem o privilégio de receber a investidura e o selamento”, afirmou posteriormente o élder Monson. “Estudamos cada possibilidade. Uma única viagem ao Templo da Suíça? O governo não aprovaria. Talvez pai e mãe pudessem ir à Suíça, deixando os filhos em casa. Não daria certo. Como seria possível selar os filhos aos pais sem estarem ajoelhados juntos no altar? Era uma situação trágica.”63

O élder Monson discutiu a situação e possíveis soluções com a Primeira Presidência e outros líderes em Salt Lake City. Na primavera de 1978, o presidente Spencer W. Kimball disse a ele que o Senhor não negaria as bênçãos do templo àqueles membros, então sorriu e complementou: “Você encontra o caminho”.64

Pouco tempo depois, ocorreu um progresso. Visto que Henry Burkhardt continuava pedindo aos líderes governamentais que permitissem que as famílias fossem ao templo na Suíça, eles perguntaram a ele: “Por que vocês não constroem um templo aqui?”65 Henry ficou chocado, afinal o governo que havia monitorado de perto as atividades religiosas durante anos permitiria que a Igreja construísse um templo que seria aberto apenas aos membros que tivessem uma recomendação para o templo.

A Igreja aceitou a oferta, e gradualmente o Senhor abriu o caminho para a construção de um templo na República Democrática Alemã. O terreno foi comprado em Freiberg, e o élder Monson presidiu a abertura de terra em 23 de abril de 1983. “Isto é o milagre dos milagres”, exultou ele. “[Senti] alegria em meu coração e em minha alma.”66 Pouco mais de dois anos depois, em 29 e 30 de junho de 1985, o presidente Gordon B. Hinckley dedicou o Templo de Freiberg Alemanha e convidou o élder Monson para ser o primeiro orador. Expressando seus sentimentos sobre aquele evento histórico, o élder Monson registrou no diário:

“Este foi um dos dias mais marcantes de minha vida. Foi difícil para mim controlar as emoções enquanto falava, pois vinham à minha mente exemplos de fé dos santos dedicados daquela parte do mundo. Com frequência, as pessoas perguntavam: ‘Como a Igreja conseguiu obter permissão para construir um templo atrás da Cortina de Ferro?’ Simplesmente sinto que a fé e a devoção dos santos dos últimos dias naquela área trouxe à luz a ajuda do Deus Todo-Poderoso e providenciou-lhes as bênçãos eternas que eles tanto mereciam”.67

Grupo em frente ao Templo de Freiberg Alemanha

O presidente e a irmã Monson na dedicação do Templo de Freiberg Alemanha, em junho de 1985. Da esquerda para a direita: Emil Fetzer, Elisa Wirthlin, élder Joseph B. Wirthlin, Mary Hales, élder Robert D. Hales e o casal Monson.

Naquela noite, o élder Monson refletiu sobre seu ministério na República Democrática Alemã, desde sua primeira visita 17 anos antes, sua oração dedicatória 10 anos antes, culminando com a dedicação do templo. Embora tenha desempenhado um papel central em “um dos capítulos mais históricos e cheios de fé da história da Igreja”, ele registrou, “toda honra e glória pertencem a nosso Pai Celestial, pois só por intermédio de Sua intervenção divina é que esses eventos aconteceram”.68

Em 1982, a primeira estaca da República Democrática Alemã foi organizada em Freiberg. Dois anos mais tarde, o élder Monson e o élder Robert D. Hales criaram a segunda estaca em Leipzig. Com isso, todos os membros da Igreja no país faziam parte de uma estaca de Sião.

Restava mais uma bênção a ser alcançada: permissão para que missionários de outras nações ensinassem o evangelho na República Democrática Alemã e para que missionários daquela nação servissem em outros países. Em 1988, o presidente Monson solicitou permissão diretamente a Erich Honecker, o líder do país.

Quando o presidente Monson e seu grupo chegaram, o sr. Honecker disse: “Sabemos que os membros de sua Igreja acreditam no trabalho; vocês provaram isso. Sabemos que acreditam na família; vocês demonstraram isso. Sabemos que são bons cidadãos em qualquer país que têm por pátria; observamos isso. Dou-lhes a palavra. Digam o que desejam”.69

Entre outras coisas, o presidente Monson expressou gratidão pela permissão para construir o Templo de Freiberg. Ele então relatou que quase 90 mil pessoas haviam participado da casa aberta do templo e que outras dezenas de milhares haviam participado da casa aberta de novas capelas em Leipzig, Dresden e Zwickau. “Querem saber no que acreditamos”, disse ele. “Gostaríamos de dizer que acreditamos na honra, na obediência e no apoio à lei do país. Gostaríamos de lhes explicar nosso desejo de criar unidades familiares fortes. Essas são apenas duas de nossas crenças.”

O presidente Monson explicou a necessidade de missionários, então acrescentou: “Os rapazes e as moças que gostaríamos de enviar ao seu país como missionários amariam sua nação e seu povo. Mais particularmente, deixariam com seu povo uma influência enobrecedora”.

E o último pedido do presidente Monson foi: “Gostaríamos de ver rapazes e moças de sua nação e que são membros da Igreja servirem como representantes missionários em outros países, como nos Estados Unidos, no Canadá e em vários outros”. Ele prometeu que, quando aqueles missionários voltassem para casa, estariam “mais bem preparados para assumir posições de responsabilidade em sua nação”.

Quando o presidente Monson concluiu, o sr. Honecker falou por cerca de 30 minutos. O presidente Russell M. Nelson, que estava presente na reunião, disse que “todos aguardaram (…) com ansiedade” para ouvir como o sr. Honecker responderia ao pedido.70 No fim, ele disse: “Nós os conhecemos. Confiamos em vocês. Temos experiência com vocês. Seu pedido referente aos missionários está aprovado”. O presidente Monson disse que, quando ouviu essas palavras, seu espírito “elevou-se nas alturas”.71

Em março de 1989, missionários de tempo integral vindos de fora da República Democrática Alemã começaram a servir ali pela primeira vez em 50 anos. Em maio de 1989, os primeiros dez missionários daquela nação entraram no Centro de Treinamento Missionário em Provo, Utah. O governo não impôs restrições sobre onde eles poderiam servir.72

Por meio de muitos milagres ocorridos durante um período de 20 anos, as promessas feitas pelo élder Monson em um antigo armazém em 1968 — e as bênçãos pelas quais ele havia orado ao dedicar a República Democrática Alemã em 1975 — foram cumpridas. Com relação a essas bênçãos, anos mais tarde, ele registrou em seu diário: “Aprendi com minha experiência que a calamidade para o homem não passa de oportunidade para Deus. Sou testemunha viva de como a mão do Senhor se manifestou, zelando pelos membros da Igreja no que antes eram países de governo comunista”.73

Novas edições das escrituras

Na juventude, durante uma reunião sacramental, Tom Monson ouviu um membro da presidência de estaca ensinar sobre a seção 76 de Doutrina e Convênios de uma forma que despertou nele o desejo de estudar as escrituras. Seus líderes do Sacerdócio Aarônico, que ele descreveu como “homens sábios e pacientes que nos ensinavam a partir das sagradas escrituras”, também o ajudaram a desenvolver amor pelas escrituras.74 Uma de suas professoras da Escola Dominical, Lucy Gertsch, “trouxe para nossa sala de aula convidados de honra: Moisés, Josué, Pedro, Tomé, Paulo e, claro, Cristo. Embora não os víssemos, aprendemos a amá-los, honrá-los e imitá-los”.75

Seu amor pelas escrituras se aprofundou durante o serviço como bispo e a carreira desenvolvida na indústria gráfica. Percebendo que um melhor conhecimento das escrituras o ajudaria como bispo, ele leu todas as obras-padrão até o final do primeiro ano de seu chamado. Na Deseret News Press, “o trabalho mais importante era fazer pedidos de exemplares do Livro de Mórmon”.76 Essas experiências com as escrituras ajudaram a prepará-lo para uma designação singular como membro do Quórum dos Doze.

Em 1972, o presidente Harold B. Lee designou o élder Monson para presidir o Comitê de Auxílios de Estudos Bíblicos, com o encargo de encontrar maneiras de melhorar o estudo das escrituras entre os membros da Igreja. Posteriormente, esse comitê se tornou o Comitê de Publicação das Escrituras, com o encargo de preparar novas edições das escrituras que facilitassem um melhor estudo. A criação dessas novas edições exigiu um longo e intenso esforço dos membros do comitê, bem como de mais de cem acadêmicos, especialistas em informática e outros especialistas que trabalharam sob sua direção.

Uma tarefa desafiadora era criar notas de rodapé que integrassem referências cruzadas de todas as quatro obras-padrão: a Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor. Para a edição SUD da versão do rei Jaime da Bíblia em inglês, outra enorme tarefa foi criar o Topical Guide, que consistia em mais de 2.800 tópicos do evangelho com referências de estudo das escrituras das quatro obras-padrão. Além disso, a nova edição incluía o Bible Dictionary e trechos da Tradução de Joseph Smith da Bíblia. Foram escritos novos cabeçalhos para os capítulos, que enfatizavam o conteúdo doutrinário, e foram acrescentadas 24 páginas de mapas.

Quando essa edição da Bíblia foi publicada em 1979, o élder Monson registrou que ela foi “provavelmente o avanço acadêmico mais significativo da Igreja em um século”. Ele disse ainda que “o revolucionário sistema de notas de rodapé com referências para as outras obras-padrão”, com o Topical Guide, fazia dela “uma Bíblia de estudos sem igual”.77

Dois anos depois, foram publicadas novas edições do Livro de Mórmon, de Doutrina e Convênios e da Pérola de Grande Valor. Aquelas edições incluíam novas notas de rodapé, introduções, cabeçalhos de capítulos, cabeçalhos de seções e resumos de versículos, com um índice expandido que integrava referências daqueles três livros de escritura. Duas novas seções foram adicionadas a Doutrina e Convênios (137 e 138), com a Declaração Oficial 2.

O presidente Monson com as escrituras

O presidente Monson desempenhou um papel fundamental na publicação de novas edições das escrituras que facilitassem um melhor estudo.

O élder Monson sentiu a mão de Deus guiá-lo durante todo o processo de preparação daquelas novas edições das escrituras. As pessoas com as habilidades necessárias vieram na hora certa, assim como as novas tecnologias de informática. “O Senhor abriu muitas portas em vários momentos de necessidade à medida que o trabalho avançava”, afirmou ele, “e milagres discretos ocorreram para mantê-lo em movimento”.78

O élder Monson liderou o Comitê de Publicação das Escrituras por dez anos e sentiu que aquela era uma de suas designações mais significativas como apóstolo.79 Por fim, ele esperava que os membros da Igreja utilizassem aquelas novas edições das escrituras e os auxílios de estudo aprimorados para se engajarem em estudos mais profundos das escrituras que fortalecessem seu testemunho.

Depois que as novas edições foram publicadas em inglês, a tradução para outros idiomas se tornou uma alta prioridade. Ao final do serviço do presidente Monson como presidente da Igreja, o Livro de Mórmon havia sido traduzido para 91 idiomas, e trechos selecionados do livro haviam sido traduzidos para outros 21 idiomas. Uma edição da Bíblia em espanhol, com base na tradução da Reina-Valera, também foi publicada em 2009.

Conselheiro em três Primeiras Presidências

Na manhã do domingo, 10 de novembro de 1985, Thomas S. Monson visitou uma casa de repouso para idosos, como fazia com frequência, para assistir às reuniões da Igreja e animar os moradores. Naquela tarde, ele se reuniu com seus companheiros apóstolos no Templo de Salt Lake para reorganizar a Primeira Presidência após a morte do presidente Spencer W. Kimball. Na reunião, Ezra Taft Benson foi ordenado e designado por imposição de mãos como presidente da Igreja. Ele chamou Gordon B. Hinckley como primeiro conselheiro e Thomas S. Monson como segundo conselheiro. Aos 58 anos, o presidente Monson se tornara o membro mais jovem da Primeira Presidência em mais de 80 anos.

A Primeira Presidência, 1988

O presidente Monson foi conselheiro na Primeira Presidência de 1985 a 2008. Aqui ele é retratado com Ezra Taft Benson (presidente da Igreja, ao centro) e Gordon B. Hinckley (primeiro conselheiro, à esquerda) em 1988.

Uma das muitas novas oportunidades que o presidente Monson teve foi a de presidir a dedicação de templos. Cerca de dois meses após ser chamado para a Primeira Presidência, ele dedicou o Templo de Buenos Aires Argentina. Em seu diário, ele registrou que “corações foram enternecidos e lágrimas não foram contidas, pois os membros da Igreja reconheceram que as bênçãos eternas que um templo proporciona agora finalmente estavam ao seu alcance”.80

Em junho de 1986, o presidente Monson ajudou a criar a Estaca Kitchener Ontario no Canadá, a estaca de número 1.600 da Igreja. Ele refletiu sobre seu serviço como presidente de missão naquela área 26 anos antes, quando havia sido criada a estaca de número 300 da Igreja em Toronto. No ano seguinte, ele retornou ao leste do Canadá para conduzir a cerimônia de abertura de terra do Templo de Toronto Ontário e, em agosto de 1990, ele retornou novamente para o que chamou de “o evento culminante” — a dedicação do templo.81

Como conselheiro na Primeira Presidência, o presidente Monson também fez chamados de presidente de missão e esposa. Ele dedicava bastante tempo para conhecer cada casal, dando conselhos e expressando seu amor. Quando ele chamou Neil L. Andersen, então com 37 anos, para ser presidente de missão, ele declarou: “Você é jovem. Nunca deixe que sua juventude sirva de desculpa. Joseph Smith era jovem; o Salvador era jovem”. Ao ouvir aquelas palavras, o élder Andersen pensou: “E Thomas Monson era jovem”.82

O presidente Ezra Taft Benson faleceu em 30 de maio de 1994, depois de ter servido por quase nove anos como presidente da Igreja. Quando a Primeira Presidência foi reorganizada em 5 de junho, seu sucessor, Howard W. Hunter, chamou Gordon B. Hinckley e Thomas S. Monson para continuarem servindo como conselheiros. O presidente Hunter fez tudo o que pôde para se reunir com os santos e fortalecê-los, mas sua saúde estava frágil e ele serviu como presidente por apenas nove meses antes de falecer em 3 de março de 1995.

Em 12 de março, os apóstolos se reuniram novamente para reorganizar a Primeira Presidência. Gordon B. Hinckley foi ordenado e designado por imposição de mãos como presidente da Igreja, e chamou Thomas S. Monson e James E. Faust para serem seus conselheiros. O presidente Monson serviu nesse cargo durante todo o ministério do presidente Hinckley, totalizando 22 anos como conselheiro na Primeira Presidência.

O presidente Hinckley viajou mais de um milhão e seiscentos mil quilômetros, para mais de 60 países, tornando-se o presidente que mais viajou na história da Igreja. “[Ele] está se reunindo com membros que raramente, ou mesmo nunca, viram um presidente da Igreja vivo”, declarou o presidente Monson.83 Durante essas viagens, o presidente Monson e o presidente Faust administraram grande parte do trabalho da Primeira Presidência na sede da Igreja.

O presidente Monson continuou viajando para conferências regionais, dedicação de templos e outros eventos. Em 1995, ele foi a Görlitz, Alemanha, para dedicar uma capela 27 anos depois de ter se reunido lá, pela primeira vez, com uma congregação de santos dos últimos dias (ver as páginas 23–24). “A gratidão encheu meu coração e minha alma pelo privilégio de ver a mão do Senhor abençoando este povo escolhido”, registrou ele em seu diário.84 Em 2000, ele presidiu seis dedicações de templos, uma das quais foi em Tampico, uma cidade mexicana onde ele havia organizado a primeira estaca 28 anos antes.

Com relação ao serviço do presidente Monson como conselheiro de três presidentes da Igreja, o élder Quentin L. Cook observou que ele “claramente tinha opiniões formadas; claramente tinha uma vasta experiência. Devido à força de sua personalidade, não há dúvidas de que ele oferecia seus melhores conselhos e opiniões. Ele valoriza a união, ele valoriza a lealdade, ele faz com que sua voz seja ouvida quando é apropriado fazê-lo. Mas, quando uma decisão é tomada, ele a apoia plena e sinceramente. A união da Primeira Presidência em suas importantes decisões é um grande exemplo para toda a Igreja”.85

Presidente da Igreja

Em 27 de janeiro de 2008, o presidente Monson foi visitar seu querido amigo e líder, Gordon B. Hinckley, que estava acamado, para lhe dar uma bênção do sacerdócio. Desde 1963, os dois haviam servido juntos por mais de 44 anos no Quórum dos Doze e na Primeira Presidência. Eles tinham desenvolvido profundo amor e respeito um pelo outro.

O presidente Hinckley havia liderado a Igreja com visão, vigor e inspiração por quase 13 anos. Em janeiro de 2008, aos 97 anos de idade, ele continuava desempenhando a maior parte de suas atividades, mas sua força estava minguando. Após se despedir do presidente Hinckley em 27 de janeiro, o presidente Monson registrou: “Eu o segurei pelo pulso e tive a nítida sensação de que esta seria a última vez que veria meu amado presidente e amigo vivo na mortalidade”.86 O presidente Hinckley faleceu naquela noite.

“Não tenho palavras para expressar o quanto sinto sua falta”, disse o presidente Monson no funeral alguns dias depois. “Ele era nosso profeta, vidente e revelador, uma ilha de calmaria num mar tempestuoso. Era um farol para o navegante perdido. Era seu amigo e meu amigo. Ele nos consolava e acalmava quando as condições do mundo eram amedrontadoras. Ele nos guiou sem se desviar do rumo que nos levará de volta ao nosso Pai Celestial.”87

Como apóstolo sênior, o presidente Monson sentiu o peso que a morte do presidente Hinckley significava para ele pessoalmente. A respeito disso, ele disse: “A melhor coisa que pude fazer foi me ajoelhar e agradecer ao meu Pai Celestial pela vida, pelas experiências e pela minha família, em seguida, pedindo-Lhe diretamente que fosse adiante de mim, que estivesse à minha direita e à minha esquerda; que Seu espírito estivesse no meu coração e Seus anjos ao meu redor para me suster” (ver Doutrina e Convênios 84:88).88

Em 3 de fevereiro de 2008, os apóstolos se reuniram no Templo de Salt Lake para reorganizar a Primeira Presidência. Nessa reunião, Thomas S. Monson foi ordenado e designado por imposição de mãos como presidente da Igreja, o 16º homem a servir nesse chamado. Ele havia considerado cuidadosamente o chamado de seus conselheiros e recebeu a confirmação do Senhor para chamar Henry B. Eyring, que vinha servindo como segundo conselheiro do presidente Hinckley após a morte do presidente Faust, e Dieter F. Uchtdorf, membro do Quórum dos Doze.

Primeira Presidência, 2013, na conferência

Presidente Thomas S. Monson (ao centro) com seus conselheiros, presidente Henry B. Eyring (à esquerda) e presidente Dieter F. Uchtdorf (à direita), na conferência geral

No dia seguinte, o presidente Monson e seus conselheiros falaram aos repórteres jornalísticos no edifício dos escritórios da Igreja. Em parte, ele disse:

“Sinto-me humilde diante de vocês hoje. Testifico que esta obra, na qual estamos engajados, é a obra do Senhor, e que tenho sentido sua influência sustentadora. Sei que Ele guiará nossos esforços enquanto O servimos com fé e diligência.

Como Igreja, nós nos dirigimos não apenas ao nosso próprio povo, mas também àquelas pessoas de boa vontade do mundo todo, naquele espírito de irmandade que vem do Senhor Jesus Cristo. Tenho tido a oportunidade de trabalhar de perto com líderes de outras religiões para encontrar soluções para alguns dos desafios enfrentados por nossa comunidade e, de fato, pelo mundo inteiro. Vamos continuar esse esforço cooperativo”.

Referindo-se à união que ele e o presidente Hinckley haviam desenvolvido após décadas de serviço conjunto, ele declarou: “Não haverá nenhuma mudança abrupta no curso que temos seguido. Daremos continuidade ao compromisso daqueles que nos precederam, o compromisso de ensinar o evangelho, de promover a cooperação com pessoas do mundo inteiro e de prestar testemunho da vida e da missão de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.89

Os membros da Igreja apoiaram o presidente Monson como profeta, vidente e revelador em uma assembleia solene na Conferência Geral de Abril de 2008. Em seu primeiro discurso aos membros da Igreja, sua mensagem salientou aspectos que já haviam sido — e continuariam a ser — o foco de seu ministério. Ele convidou os membros que não estavam participando da Igreja a “voltarem” e desfrutarem dos frutos da fraternidade. Referindo-se ao exemplo do Salvador de fazer o bem, ele disse: “Sigamos esse exemplo perfeito”. Ele incentivou os membros da Igreja a agirem “com bondade e respeito para com todas as pessoas em todos os lugares”. Ele os incentivou também a fazer de seus lares santuários “onde o Espírito de Deus possa habitar, onde reinem o amor e a paz”.

Com relação à “dor de corações quebrantados, [ao] desapontamento de sonhos desfeitos e [ao] desespero de esperanças perdidas”, ele suplicou aos membros que se voltassem para o Pai Celestial com fé. “Ele vai erguê-los e guiá-los”, prometeu o presidente Monson. “Nem sempre Ele eliminará suas aflições, mas vai consolá-los e mostrar-lhes o caminho com amor, através de todas as tempestades que tiverem de enfrentar.”90

Templos: Faróis para o mundo

Com frequência, o presidente Monson dizia que “nenhum edifício construído pela Igreja é mais importante do que um templo”.91 Visto que tantas bênçãos para os vivos e os mortos estão disponíveis apenas nos templos, ele quis ampliar o acesso dos membros da Igreja a esses edifícios sagrados. Ele ensinou que somente nos templos os membros podem receber as maiores bênçãos que a Igreja tem a oferecer.92

Em especial, o presidente Monson queria que os membros recebessem as ordenanças do templo que permitem que “um relacionamento [seja] selado para durar por toda a eternidade”.93 Ele também enfatizou a importância do trabalho em favor dos mortos que é realizado nos templos. Ao declarar que Deus está apressando Seu trabalho no mundo espiritual, ele conclamou os membros da Igreja a ajudar a fazer o trabalho de história da família e realizar ordenanças vicárias no templo em favor de seus parentes falecidos.94 O presidente Monson também ensinou que os templos são santuários onde os membros podem receber orientação celestial, descanso das tempestades da vida e força para suportar as provações e resistir às tentações.

A Igreja tinha 12 templos em funcionamento quando o presidente Monson foi chamado como apóstolo em 1963. Durante seu serviço como conselheiro na Primeira Presidência, ele participou de uma extraordinária aceleração da construção de templos. Quando ele se tornou presidente da Igreja em 2008, havia 124 templos. Durante seu ministério como presidente, ele deu continuidade a esse ritmo acelerado, anunciando 45 novos templos em 21 países. Uma semana após se tornar presidente, ele dedicou o Templo de Rexburg Idaho, o primeiro dos 46 templos que foram dedicados ou rededicados durante sua presidência. Ele pessoalmente dedicou ou rededicou 19 desses templos, inclusive o Templo de Kiev Ucrânia, o primeiro construído em uma nação da antiga União Soviética.

O presidente Monson ensinou que um elemento de sacrifício está sempre associado aos templos, e ele prometeu que os membros da Igreja seriam abençoados por fazer tais sacrifícios. Para algumas pessoas, ele disse, “seu sacrifício pode ser o de tornar sua vida condizente com o que é exigido para receber uma recomendação”.95 Para outros, “seu sacrifício talvez seja o de reservar um tempo em sua vida atarefada para irem ao templo regularmente”.96 Para incentivar a frequência ao templo sempre que possível, ele exortou: “Meus amados irmãos e irmãs, que façamos todo e qualquer sacrifício necessário para frequentar o templo”.97

Obra missionária

Na Conferência Geral de Outubro de 2012, o presidente Monson fez um anúncio significativo, reduzindo a idade em que rapazes e moças seriam elegíveis para servir missão. Todos os rapazes dignos e capazes poderiam “ser recomendados para o serviço missionário a partir dos 18 anos de idade, em vez de aos 19 anos”. Todas as moças dignas e capazes que tivessem o desejo de servir poderiam “ser recomendadas para o serviço missionário a partir dos 19 anos de idade, em vez de aos 21 anos”.98

Esse anúncio trouxe “uma inegável manifestação espiritual”, disse o élder Neil L. Andersen, do Quórum dos Doze. Na Conferência Geral de Abril de 2013, ele relatou que muitos haviam respondido imediatamente à nova oportunidade:

“Na quinta-feira depois da conferência, fui designado a recomendar chamados missionários para a Primeira Presidência, e fiquei admirado de ver rapazes de 18 anos e moças de 19 anos que já tinham feito seus planos, consultado o médico, sido entrevistados pelo bispo e pelo presidente de estaca e enviado seus papéis para a missão — tudo isso em apenas cinco dias. Outros milhares se juntaram a eles agora”.99

missionários estudando

O anúncio feito pelo presidente Monson reduzindo a idade com que moças e rapazes poderiam ser recomendados para o serviço missionário levou a um aumento do número de missionários.

Seis meses após o anúncio, o presidente Monson disse que “a resposta de nossos jovens tem sido extraordinária e inspiradora”. A força missionária havia aumentado de 59 mil para mais de 65 mil, com outros 20 mil tendo recebido o chamado.100 O número de missionários continuou a aumentar até atingir um pico de 88 mil em 2014.101 Esse número diminuiu à medida que a onda inicial de missionários voltava para casa e, no final de 2017, havia 68 mil missionários servindo em todo o mundo.

O número de missionários de serviço da Igreja também cresceu durante a liderança do presidente Monson, de cerca de 12 mil em 2008 para mais de 33 mil. Os missionários de serviço da Igreja apoiavam todos os departamentos da Igreja, inclusive as operações de bem-estar, história da família, escritórios de missão, propriedades recreativas e muitas outras áreas.

Cuidar dos necessitados

O cuidado com os necessitados sempre foi um foco da Igreja de Jesus Cristo. O profeta Joseph Smith ensinou que os membros da Igreja têm a responsabilidade de “alimentar os famintos, vestir o nu, prover o sustento das viúvas, enxugar as lágrimas dos órfãos e consolar os aflitos seja nesta ou em outra igreja, ou em nenhuma igreja, onde quer que estejam”.102 O presidente Monson viveu, ensinou e liderou de acordo com essas palavras. “Desde muito jovem, desenvolvi um espírito de compaixão por aqueles que poderiam estar em necessidade, independentemente da idade ou das circunstâncias”, disse ele.103

Em 1936, a Primeira Presidência havia anunciado um programa de assistência social para ajudar a cuidar dos necessitados. Na época, muitas pessoas estavam desempregadas e na pobreza devido à Grande Depressão. O programa de bem-estar da Igreja era “uma aplicação moderna de princípios eternos”, tais como trabalho, autossuficiência, gestão financeira sábia, preparação e serviço.104 A aplicação desses princípios atende tanto às necessidades imediatas quanto ao bem-estar espiritual e físico de cada pessoa a longo prazo, abençoando aqueles que dão e aqueles que recebem.

Enquanto servia como bispo de 1950 a 1955, o presidente Monson viu em primeira mão como o programa de bem-estar da Igreja ajudou a aliviar as dores da fome e o desespero da carência. Esse plano, disse ele, “é inspirado pelo Deus Todo-Poderoso. De fato, o Senhor Jesus Cristo é seu Arquiteto”.105 Ele foi instruído em princípios de bem-estar por professores que, segundo ele, foram enviados pelo céu. Uma vez, J. Reuben Clark, da Primeira Presidência, leu para ele o relato sobre a viúva de Naim, no Novo Testamento, depois fechou as escrituras e disse, chorando: “Tom, seja gentil com as viúvas e cuide dos pobres”106 (ver Lucas 7:11–15). O presidente Monson guardou aquelas palavras no coração.

Durante seus 22 anos como membro do Quórum dos Doze e outros 22 anos como conselheiro na Primeira Presidência, ele foi uma força motriz para ampliar o alcance dos esforços de bem-estar da Igreja. Ele também foi uma influência orientadora para refinar esses esforços. “Nós, como Igreja, continuamos a receber orientação divina [em questões relacionadas ao bem-estar] conforme as circunstâncias exigiram”, disse ele. “Os programas e procedimentos usados para implementar os princípios de bem-estar foram modificados e provavelmente continuarão a mudar de tempos em tempos a fim de atender às necessidades em constante mudança. Mas as doutrinas e os princípios básicos não mudam. Eles não mudam. Eles são verdades reveladas.”107

voluntários no Peru

Ao longo de seu ministério, o presidente Monson foi uma força motriz ao estender o alcance dos esforços da Igreja para cuidar dos necessitados.

Em 1981, o presidente Spencer W. Kimball anunciou que “a missão da Igreja é tríplice”: proclamar o evangelho, aperfeiçoar os santos e redimir os mortos.108 O presidente Monson desejou acrescentar “cuidar dos pobres e necessitados” como a quarta parte da missão da Igreja, e a Primeira Presidência aprovou essa adição em 2008, formalizando-a no lançamento de um novo manual da Igreja em 2010.109 Em vez de se referir a esses quatro grandes esforços como a “missão” da Igreja, o novo manual se refere a eles como “responsabilidades divinamente atribuídas”.110

Os resultados dessa ênfase tiveram grande alcance. Os membros da Igreja responderam generosamente ao chamado para ajudar a atender às necessidades humanitárias em larga escala, permitindo que a Igreja mais do que duplicasse seus esforços de ajuda humanitária durante o serviço do presidente Monson. Essa ajuda incluiu levar água potável a milhões de pessoas, fornecer cadeiras de rodas a centenas de milhares e oferecer cuidados oftalmológicos para ajudar a prevenir e tratar a cegueira. Também incluiu fornecimento de alimentos e roupas, atendimento materno e neonatal, treinamento médico e suprimentos hospitalares, material educacional e campanhas de vacinação.111

“Sinto-me profundamente grato por continuarmos, como Igreja, a oferecer auxílio humanitário nos lugares em que ele é extremamente necessário”, afirmou o presidente Monson. “Fizemos muito nesse sentido e abençoamos a vida de milhares e milhares de filhos de nosso Pai que não são de nossa religião, bem como de nossos membros. Pretendemos continuar a ajudar sempre que necessário.”112

Algumas das mais significativas respostas da Igreja a emergências relacionadas a desastres naturais ocorreram sob a liderança do presidente Monson. Ele disse aos membros da Igreja: “Suas generosas contribuições para os fundos da Igreja permitem que respondamos quase imediatamente quando ocorrerem calamidades em qualquer lugar do mundo. Quase sempre estamos entre os primeiros que chegam ao local da tragédia para prover toda a assistência que podemos”.113

Por exemplo, ele contou sobre a resposta da Igreja após um terremoto que abalou o Haiti em 2010, matando e ferindo centenas de milhares de pessoas: “Uma hora após o terremoto, a Igreja já estava em ação, enviando imediatamente suprimentos de socorro. Fornecemos água, alimentos, suprimentos médicos, kits de higiene e outros itens. Enviamos equipes de médicos e enfermeiros para fornecer os tão necessários cuidados de saúde”.114

Além da resposta humanitária e de emergência que a Igreja forneceu como organização, o presidente Monson agradeceu aos milhares de membros que doaram de si mesmos — seus recursos, seu tempo e sua experiência — para ajudar os necessitados. Em seu discurso de abertura na Conferência Geral de Abril de 2011, ele falou brevemente sobre as toneladas de suprimentos que a Igreja havia entregue após um devastador terremoto e tsunami no Japão. A maior parte de seu relatório, no entanto, foi sobre o serviço cuidadoso oferecido pelas pessoas:

“Nossos jovens adultos solteiros ofereceram voluntariamente de seu tempo para localizar membros desaparecidos usando a internet, a mídia social e outros modernos meios de comunicação. Os membros estão levando ajuda, por meio de motonetas fornecidas pela Igreja, a áreas de difícil acesso por carro. Estão sendo organizados projetos de serviço para montar kits de higiene e kits de limpeza em várias estacas e alas de Tóquio, Nagoya e Osaka. Até o momento, mais de 40 mil horas de serviço foram doadas por mais de 4 mil voluntários”.115

Durante o tempo de Thomas S. Monson como presidente, os membros da Igreja doaram em média mais de 7 milhões de horas por ano, servindo em instalações de bem-estar. A cada ano, cerca de 10 mil voluntários prestaram serviço de diversos tipos em todo o mundo. A Igreja também respondeu a centenas de desastres naturais — terremotos, tornados, furacões, tsunamis, incêndios, enchentes, fome e crises de refugiados — em até 89 países anualmente.116

A autossuficiência é outro princípio de bem-estar que o presidente Monson enfatizou para ajudar as pessoas necessitadas. “A autossuficiência sustenta todas as outras práticas de bem-estar”, ensinou ele. “É um elemento essencial de nosso bem-estar espiritual e físico.”117 Em 2012, a Primeira Presidência autorizou uma iniciativa de autossuficiência para países fora da América do Norte a fim de ajudar indivíduos e famílias a melhorar sua educação, obter melhores empregos, iniciar e desenvolver um negócio e administrar melhor suas finanças. Em quatro anos, mais de 500 mil membros da Igreja, em mais de 100 nações, haviam participado dessa iniciativa.118 Devido a esse sucesso, em 2015, a Primeira Presidência disponibilizou a iniciativa de autossuficiência também na América do Norte.

Frances — Uma companheira devotada

“Agradeço a meu Pai Celestial por minha querida companheira, Frances”, declarou Thomas S. Monson na conferência geral em que foi apoiado como presidente da Igreja. “Eu não poderia pedir uma companheira mais leal, amorosa e compreensiva.”119

O presidente e a irmã Monson

Presidente Thomas S. Monson e irmã Frances Monson, 2009

As pesadas responsabilidades do presidente Monson na Igreja começaram menos de dois anos depois que ele e Frances se casaram, quando ele foi chamado como bispo. Essas responsabilidades aumentaram ao longo da vida e também exigiram muito da irmã Monson. Ela oferecia apoio com alegria. “Nunca foi um sacrifício ver meu marido fazer a obra do Senhor”, afirmou ela. “Isso tem abençoado a mim e também a nossos filhos.”120

Reconhecendo a fidelidade de Frances, o presidente Monson disse: “Frances só me deu apoio e incentivo”.121 Suas viagens para cumprir as designações da Igreja às vezes exigiam que ele ficasse longe de casa por longos períodos, deixando Frances sozinha para cuidar de seus filhos. “Desde quando fui chamado como bispo, aos 22 anos de idade, raramente tivemos o privilégio de nos sentar juntos durante uma reunião da Igreja”, declarou o presidente Monson.122 Ele também observou que, “em cada chamado, descobri constantemente novas habilidades e talentos [nela]”.123

A filha do casal Monson, Ann, relembrou como sua mãe liderava a família enquanto seu pai estava fora de casa a serviço da Igreja:

“Muitas vezes meu pai visitava missões pelo mundo. Minha mãe nos explicava que ele estava fazendo seu dever e que seríamos cuidados e protegidos sempre que ele estivesse fora. Ela nos transmitia essa mensagem não apenas com palavras, mas com sua maneira tranquila de cuidar para que tudo que precisasse ser feito sempre fosse realizado. Ao refletir sobre as muitas bênçãos que recebi como filha de um apóstolo do Senhor, a que tem mais significado para mim é a dádiva e a bênção que foi a mulher com quem ele se casou: minha mãe”.124

A irmã Monson passou por sérias dificuldades de saúde durante seus últimos anos de vida, e o presidente Monson fez tudo o que pôde para cuidar dela até sua morte, em 17 de maio de 2013, aos 85 anos de idade. Na conferência geral seguinte, ele falou com ternura sobre a morte dela, expressando seu testemunho da vida eterna:

“Ela era o amor da minha vida, minha confidente leal e minha melhor amiga. Dizer que sinto saudades dela é muito pouco para transmitir a profundidade de meus sentimentos. (…)

Meu maior consolo neste momento terno de despedida tem sido o testemunho do evangelho de Jesus Cristo e o conhecimento que tenho de que minha querida Frances ainda vive. Sei que nossa separação é temporária. Fomos selados na casa de Deus por alguém que tinha autoridade para unir na Terra e no céu. Sei que seremos reunidos um dia e que nunca mais nos separaremos. É esse conhecimento que me dá alento”.125

A expansão da Igreja

“A Igreja continua a crescer e a mudar a vida de um número cada vez maior de pessoas a cada ano”, afirmou o presidente Monson em seu discurso de abertura da Conferência Geral de Outubro de 2013.126 Quando ele se tornou presidente da Igreja, havia 13,2 milhões de membros. A Igreja cresceu constantemente durante sua presidência, com o número de membros aumentando para 16 milhões, o número de estacas aumentando de 2.791 para 3.322, e o número de templos aumentando de 124 para 159. Durante esse tempo, foram organizadas estacas pela primeira vez em 21 países, o que demonstra outra dimensão do crescimento da Igreja.

O presidente Monson enfatizou que o crescimento da Igreja requer o serviço, o sacrifício e o bom exemplo dos membros da Igreja. “Fomos enviados à Terra nesta época para podermos participar do aceleramento desta obra grandiosa”, ele disse.127 Ele também enfatizou a importância do crescimento e do progresso pessoal de cada membro.

Testemunho de Jesus Cristo

“Observe a bondade que transparece no olhar. Veja a expressão terna. Quando enfrento situações difíceis, muitas vezes olho para o quadro e me pergunto: ‘O que Ele faria?’ Em seguida, procuro agir da mesma maneira.”128 O presidente Monson estava conversando com o élder Jeffrey R. Holland sobre seu quadro favorito do Salvador, de Heinrich Hofmann, que estava emoldurado em frente a sua mesa. “Sinto-me mais forte quando o tenho por perto.”

pintura de Jesus Cristo

O presidente Monson encontrava força e inspiração por meio dessa pintura de Jesus Cristo, de Heinrich Hofmann.

A primeira vez que o presidente Monson teve uma cópia desse quadro foi no bispado da antiga capela da Ala Sessenta e Sete. Posteriormente, ele levou o quadro consigo para o Canadá, quando serviu como presidente de missão. Ele colocou o mesmo quadro em seu escritório quando foi chamado como apóstolo, levando-o consigo de lugar em lugar até, finalmente, pendurá-lo em seu escritório quando se tornou presidente da Igreja. “Tento fazer com que minha vida siga o padrão do Mestre”, declarou o presidente Monson ao élder Holland. “Sempre que (…) preciso decidir atender a um pedido para dar uma bênção ou cuidar de toda a papelada que está em minha mesa, olho para esse quadro e me pergunto: ‘O que Ele faria?’” Então, com um sorriso, ele acrescentou: “Posso garantir que a escolha nunca é a de permanecer aqui e cuidar da papelada!”129

O presidente Monson também buscava encontrar perspectiva por meio desse quadro quando tinha que fazer julgamentos difíceis. Ele ponderava: “Nesta mão há misericórdia, [e] nesta mão há justiça. Qual é a mão mais pesada?” Ao olhar para o quadro e considerar o que o Salvador faria, ele geralmente escolhia a misericórdia.130

“O quadro é mais do que um lembrete de quem é a ‘principal pedra da esquina’ (Efésios 2:20) de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, afirmou o élder Holland. “É mais do que uma declaração de que o homem chamado para ser o presidente da Igreja deve ser a principal testemunha viva do Salvador. O quadro representa um ideal: o Mestre segundo o qual Thomas Monson moldou sua vida. ‘Adoro esse quadro’, comentou o presidente Monson ao olhá-lo mais uma vez.”131

O presidente Monson compartilhou seu testemunho da missão divina do Salvador em todo o mundo por mais de cinco décadas. Sua vida também foi uma expressão desse testemunho. Vivendo de acordo com uma escritura que ele citava frequentemente para encorajar mais fidelidade no discipulado, assim como o Salvador, ele “andou fazendo o bem” (Atos 10:38). Seu propósito sempre foi o de ajudar as pessoas a edificar a fé em Jesus Cristo para que pudessem experimentar as bênçãos dessa fé — conforto, paz, força, esperança, alegria e exaltação.

Vários meses antes de se tornar presidente da Igreja, o presidente Monson testificou:

“De todo o coração e com todo o fervor de minha alma, ergo a voz em testemunho, como uma testemunha especial, e declaro que Deus, de fato, vive. Jesus é o Seu Filho, o Unigênito do Pai na carne. Ele é nosso Redentor, nosso Mediador junto ao Pai. Foi Ele que morreu na cruz para expiar nossos pecados. Tornou-Se as primícias da Ressurreição. Ele morreu para que todos possam viver de novo. ‘Clamemos, hoje, com fervor: ‘Eu sei que vive meu Senhor!’’ (“Eu sei que vive meu Senhor”, Hinos, nº 70.)”132

Finalizando o serviço do Senhor

Thomas S. Monson serviu como presidente da Igreja por quase dez anos, até sua morte em 2 de janeiro de 2018, aos 90 anos de idade. Ele havia servido durante 54 anos no Quórum dos Doze Apóstolos, como conselheiro na Primeira Presidência e como presidente. Apenas quatro homens haviam servido por mais tempo nessas funções. “[Ele] influenciou a vida e moldou o destino de milhões de pessoas ao redor do mundo”, disse o presidente Russell M. Nelson no funeral.133

À medida que a Igreja crescia, passando de 2,1 milhões de membros quando ele foi ordenado apóstolo para 16 milhões de membros durante o tempo em que ele a presidiu, Thomas S. Monson continuou a ministrar às pessoas por toda a vida. Ele incentivava os outros a fazerem o mesmo. O presidente Nelson citou algumas das frequentes maneiras pelas quais ele expressava esse incentivo:

“Envie uma mensagem para um amigo com quem há muito você não conversa”.

“Abrace seu filho.”

“Diga ‘Eu te amo’ com mais frequência.”

“Sempre expresse gratidão.”

“Nunca permitam que um problema a ser resolvido se torne mais importante do que uma pessoa a ser amada.”

Prosseguindo, o presidente Nelson disse: “O presidente Monson (…) era um modelo de altruísmo. Ele personificava a declaração do Mestre, que disse: ‘O maior dentre vós será vosso servo’ (Mateus 23:11). Ele doou seu tempo para visitar, abençoar e amar as pessoas. Mesmo no final de sua vida, ele continuou a ministrar, visitando com frequência hospitais e asilos”.134

Procurar estar a serviço do Senhor foi o modo de vida que Thomas S. Monson aprendeu na infância e viveu como bispo, presidente de missão, apóstolo e profeta. “Queria que o Senhor soubesse que, se Ele quisesse que algo fosse feito, poderia contar com Tom Monson”, disse ele.135 “Onde houver necessidade e onde houver sofrimento, é onde eu gostaria de estar, para oferecer uma mão que ajuda.”136

O presidente Monson acenando na conferência geral

O presidente Monson acena para a congregação ao sair de uma sessão da Conferência Geral de Abril de 2008. Ele foi apoiado como presidente da Igreja durante essa conferência.

Seja ao abençoar alguém doente, resgatar um jovem, cuidar de uma viúva, confortar os enlutados ou oferecer o serviço humanitário da Igreja, Thomas S. Monson foi guiado pelo exemplo do Salvador e por seus muitos convites ao discipulado. “Você desenvolve apreço pelo fato de o Pai Celestial saber quem você é”, refletiu ele, “e então Ele diz: ‘Agora, faça isso por mim’. Sempre agradeço a Ele”.137 Como o presidente Monson ouvia essas inspirações, ele construía pontes até o coração das pessoas e espalhava fé, esperança e caridade pelo mundo inteiro. O Senhor qualifica a quem Ele chama.

Notas

  1. Thomas S. Monson, diário, 27 de abril de 1972.

  2. Thomas S. Monson, diário, 25 de julho de 1982.

  3. Em On the Lord’s Errand (vídeo), ChurchofJesusChrist.org/study/video/feature-films/2009-09-01-on-the-lords-errand-the-life-of-thomas-s-monson; citado por William R. Walker, “Seguir o profeta”, A Liahona, março de 2014, p. 24.

  4. Thomas S. Monson, “O seu caminho de Jericó”, A Liahona, setembro de 1989, pp. 3, 5.

  5. Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre”, em Presidente Thomas S. Monson: Décimo Sexto Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, suplemento da revista A Liahona, junho de 2008, p. 4.

  6. Em Gerry Avant, “On Lord’s Errand Since His Boyhood”, Church News, 9 de fevereiro de 2008, p. 4; ver também “Elder Monson: Caring”, Church News, 23 de junho de 1985, p. 4.

  7. Thomas S. Monson, “Gratidão”, A Liahona, maio de 2000, p. 4.

  8. Thomas S. Monson, “Garantias de um lar feliz”, A Liahona, outubro de 2001, p. 7.

  9. Em On the Lord’s Errand (vídeo).

  10. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre”, p. 5.

  11. Thomas S. Monson, “Natal é amor”, devocional de Natal da Primeira Presidência, 2 de dezembro de 2012, ChurchofJesusChrist.org/broadcasts/article/christmas-devotional/2012/12/christmas-is-love; ver também “A porta do amor”, A Liahona, outubro de 1996, p. 3.

  12. Ver Thomas S. Monson, diário, 8 de dezembro de 1984.

  13. Ver Thomas S. Monson, “Ocupar-se zelosamente”, A Liahona, novembro de 2004, pp. 56–57.

  14. Thomas S. Monson, “Altamente abençoado”, A Liahona, maio de 2008, p. 111. O tio-avô do presidente Monson, Elias Monson, serviu na Missão Sueca de 1906 a 1908.

  15. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue: The Biography of Thomas S. Monson, 2010, p. 92. Usado com permissão da Deseret Book Company.

  16. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 131.

  17. Thomas S. Monson, em Conference Report, outubro de 1963, p. 14.

  18. Ver Thomas S. Monson, “O bispo — O elemento central no programa de bem-estar”, A Liahona, março de 1981, p. 130.

  19. Thomas S. Monson, “Canários amarelos salpicados de cinzentos”, A Liahona, novembro de 1973, p. 41.

  20. Thomas S. Monson, “O bispo — Elemento central no programa de bem-estar”, p. 131.

  21. Thomas S. Monson, “Permaneçam firmes no ofício que lhes foi designado”, A Liahona, maio de 2003, p. 57.

  22. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 136.

  23. Ver Thomas S. Monson, “Beterrabas e o valor de uma alma”, A Liahona, julho de 2009, pp. 4–5.

  24. Carta de Richard Casto, em Heidi S. Swinton, To the Rescue, pp. 158–159; ver também On the Lord’s Errand (vídeo).

  25. Thomas S. Monson, diário, 7 de julho de 2009.

  26. Thomas S. Monson, “Um plano previdente — Uma promessa”, A Liahona, julho de 1986, p. 64.

  27. Thomas S. Monson, On the Lord’s Errand: Memoirs of Thomas S. Monson (autopublicação, 1985), p. 137.

  28. Thomas S. Monson, “Um plano previdente — Uma promessa”, p. 65. Essas palavras em alemão significam “meu irmão” em português. Ver também On the Lord’s Errand (vídeo).

  29. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 150.

  30. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 243.

  31. Thomas S. Monson, discurso dado na dedicação da Biblioteca de História da Igreja, 20 de junho de 2009, p. 3, Biblioteca de História da Igreja, Salt Lake City.

  32. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Sempre ‘empenhado no serviço do Senhor’”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 16.

  33. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 17; ver também On the Lord’s Errand (vídeo).

  34. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 17.

  35. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre”, p. 9.

  36. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre”, p. 8.

  37. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 17.

  38. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 112.

  39. On the Lord’s Errand: Memoirs of Thomas S. Monson, p. 177.

  40. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 173. Extraído do discurso de Thomas S. Monson proferido na dedicação da Biblioteca Harold B. Lee, 15 de novembro de 2000, p. 3.

  41. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 184.

  42. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 15.

  43. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 196.

  44. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue, pp. 186–187; Thomas S. Monson, Faith Rewarded: A Personal Account of Prophetic Promises to the East German Saints, 1996, pp. 27–28. Usado com permissão da Deseret Book Company.

  45. Ver On the Lord’s Errand: Memoirs of Thomas S. Monson, p. 240.

  46. Ver On the Lord’s Errand: Memoirs of Thomas S. Monson, p. 241.

  47. On the Lord’s Errand: Memoirs of Thomas S. Monson, p. 207; ver também On the Lord’s Errand (vídeo).

  48. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 176.

  49. On the Lord’s Errand: Memoirs of Thomas S. Monson, pp. 245–246; ver também On the Lord’s Errand (vídeo).

  50. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 216.

  51. Em Gerry Avant, “From Tomboy to Apostle’s Ideal Wife”, Church News, 26 de abril de 1975, p. 13.

  52. Doutrina e Convênios 107:23.

  53. Thomas S. Monson, em Conference Report, outubro de 1963, p. 14; ver também o trecho em vídeo do discurso em On the Lord’s Errand (vídeo).

  54. Thomas S. Monson, “Mark E. Peterson: A Giant among Men”, Ensign, março de 1984, p. 11.

  55. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 239.

  56. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 411.

  57. Thomas S. Monson, “O farol do Senhor: Mensagem para os jovens da Igreja”, A Liahona, maio de 2001, p. 6; ver também Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 265.

  58. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 274.

  59. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 279.

  60. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 291.

  61. Thomas S. Monson, “Paciência — Uma virtude celestial”, A Liahona, setembro de 2002, pp. 6–7.

  62. Ver Thomas S. Monson, Faith Rewarded, pp. 35–38.

  63. Thomas S. Monson, “Graças a Deus”, A Liahona, julho de 1989, pp. 59–60.

  64. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 309.

  65. Thomas S. Monson, “Graças a Deus”, pp. 59–60.

  66. Thomas S. Monson, Faith Rewarded, pp. 88, 91.

  67. Thomas S. Monson, Faith Rewarded, pp. 104–105.

  68. Thomas S. Monson, Faith Rewarded, p. 106.

  69. Thomas S. Monson, “Graças a Deus”, p. 60.

  70. Russell M. Nelson, “Somos melhores por causa dele”, Em memória: Presidente Thomas S. Monson, 1927–2018, suplemento da Liahona, fevereiro de 2018, p. 30.

  71. Thomas S. Monson, “Graças a Deus”, p. 60.

  72. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue, pp. 334–335.

  73. Thomas S. Monson, Faith Rewarded, p. 165.

  74. Thomas S. Monson, “Quem honra a Deus, é por Ele honrado”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 52.

  75. Thomas S. Monson, “Exemplos de grandes professores”, A Liahona, junho de 2007, p. 77.

  76. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 120.

  77. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 389.

  78. Thomas S. Monson, “Come, Learn of Me”, Ensign, dezembro de 1985, p. 48.

  79. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 385.

  80. Thomas S. Monson, diário, 18 de janeiro de 1986.

  81. Em “Toronto Temple Dedicated”, Ensign, novembro de 1990, pp. 104–105; ver também Thomas S. Monson, “Estes foram dias inolvidáveis”, A Liahona, janeiro de 1991, p. 79.

  82. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 433.

  83. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 471.

  84. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, pp. 488–489.

  85. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, pp. 467, 470.

  86. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 493.

  87. Em Julie Dockstader Heaps, “He Was a ‘Giant’ of Faith, Love, and Vision”, Church News, 9 de fevereiro de 2008, p. 10.

  88. Em “16th President Fields Questions from Media”, Church News, 9 de fevereiro de 2008, p. 15.

  89. Em “The Lord’s Work Will Continue Forward”, Church News, 9 de fevereiro de 2008, p. 3.

  90. Thomas S. Monson, “Olhar para trás e seguir em frente”, A Liahona, maio de 2008, p. 90.

  91. Thomas S. Monson, “Ao voltarmos a nos encontrar”, A Liahona, novembro de 2011, p. 4.

  92. Ver Thomas S. Monson, “O templo sagrado — Um farol para o mundo”, A Liahona, maio de 2011, p. 93.

  93. Thomas S. Monson, “Ao voltarmos a nos encontrar”, p. 4.

  94. Ver Thomas S. Monson, “Acelerar o trabalho”, A Liahona, junho de 2014, p. 4.

  95. Thomas S. Monson, “O templo sagrado — Um farol para o mundo”, p. 93.

  96. Thomas S. Monson, “O templo sagrado — Um farol para o mundo”, p. 92.

  97. Thomas S. Monson, “O templo sagrado — Um farol para o mundo”, p. 94.

  98. Thomas S. Monson, “Bem-vindos à conferência”, A Liahona, novembro de 2012, pp. 4–5.

  99. Neil L. Andersen, “É um milagre”, A Liahona, maio de 2013, p. 78.

  100. Thomas S. Monson, “Bem-vindos à conferência”, A Liahona, maio de 2013, p. 5.

  101. Ver Thomas S. Monson, “Bem-vindos à conferência”, A Liahona, novembro de 2014, p. 5.

  102. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 449.

  103. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 132.

  104. Thomas S. Monson, “Princípios orientadores para o bem-estar pessoal e familiar”, A Liahona, fevereiro de 1987, p. 3.

  105. Thomas S. Monson, “À maneira do Senhor”, A Liahona, fevereiro de 1978, p. 9.

  106. Thomas S. Monson, “O bispo — O elemento central no programa de bem-estar”, p. 130.

  107. Thomas S. Monson, “Princípios orientadores para o bem-estar pessoal e familiar”, p. 3.

  108. Spencer W. Kimball, “Relatório de minha mordomia”, A Liahona, agosto de 1981, p. 6.

  109. Registro da ata, reunião da Primeira Presidência, 29 de agosto de 2008.

  110. Manual 2: Administração da Igreja, 2010, item 2.2.

  111. Ver os dados de bem-estar, 2008–2016; os dados de bem-estar de 2012–2016 estão disponíveis em ChurchofJesusChrist.org/topics/welfare/the-church-welfare-plan.

  112. Thomas S. Monson, “Até voltarmos a nos encontrar”, A Liahona, maio de 2009, p. 114.

  113. Thomas S. Monson, “Deus vos guarde”, A Liahona, novembro de 2008, p. 107.

  114. Em Gerry Avant, “Church Welfare Program”, Church News, 16 de abril de 2011, p. 4.

  115. Thomas S. Monson, “Estamos novamente em conferência”, A Liahona, maio de 2011, pp. 5–6.

  116. Ver os dados de bem-estar, 2008–2016.

  117. Thomas S. Monson, “Princípios orientadores para o bem-estar pessoal e familiar”, p. 3.

  118. Ver “Sejamos autossuficientes e independentes”, Liahona, outubro de 2017, p. 33.

  119. Thomas S. Monson, “Olhar para trás e seguir em frente”, p. 89.

  120. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 14.

  121. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Acabar a carreira, guardar a fé”, A Liahona, outubro de 1994, p. 22.

  122. Thomas S. Monson, “Olhar para trás e seguir em frente”, p. 89.

  123. Em Dorothy O. Rea, “Frances Johnson Monson”, Church News, 30 de maio de 1964, p. 6.

  124. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Acabar a carreira, guardar a fé”, p. 22.

  125. Thomas S. Monson, “Não te deixarei nem te desampararei”, A Liahona, novembro de 2013, p. 85.

  126. Thomas S. Monson, “Bem-vindos à conferência”, A Liahona, novembro de 2013, p. 4.

  127. Thomas S. Monson, “Acelerar o trabalho”, p. 4.

  128. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre”, p. 2.

  129. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Acabar a carreira, guardar a fé”, p. 19.

  130. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue, p. 525.

  131. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre”, p. 2.

  132. Thomas S. Monson, “Eu sei que vive meu Senhor!”, A Liahona, maio de 2007, p. 25.

  133. Russell M. Nelson, “Somos melhores por causa dele”, p. 29.

  134. Russell M. Nelson, “Somos melhores por causa dele”, pp. 29–30.

  135. Citado por Sheri Dew, em Tad Walch, “Tears, Pain, Joyful Memories as Mormon Leaders Remember President Monson”, Deseret News, 3 de janeiro de 2018, deseret.com/2018/1/3/20637926.

  136. Em Sarah Jane Weaver, “Those with Much Should Reach Out”, Church News, 6 de fevereiro de 2010, p. 5, thechurchnews.com/archives/2010-02-06/helping-hand-should-reach-out-66954.

  137. Em Gerry Avant, “Oct. 4 Is President Monson’s 50-Year Anniversary as Apostle”, Church News, 3 de outubro de 2013, p. 4, ChurchofJesusChrist.org/church/news/oct-4-is-president-monsons-50-year-anniversary-as-apostle.