“A oração de Rosi”, Meu Amigo, maio de 2023, pp. 14–15.
A oração de Rosi
Rosi estava cansada de sentir que não pertencia àquele lugar.
Essa história aconteceu nos EUA.
Rosi largou a mochila no chão. Ela havia acabado de voltar do segundo dia em sua nova turma na escola. E não tinha sido um bom dia.
“O que houve?”, perguntou sua mãe.
Rosi se afundou no sofá. “Algumas crianças na minha turma me disseram coisas ruins”, respondeu ela. “Sobre minha pele morena.”
Não havia muitas pessoas na escola com o mesmo tom de pele de Rosi, então ela sentia que não pertencia àquele lugar. Mas a provocação fez com que se sentisse cem vezes pior.
Sua mãe parecia preocupada. “Sinto muito”, disse ela e deu um abraço em Rosi. “Vou falar com seu professor sobre isso.”
Mas, no dia seguinte, Rosi foi provocada novamente na escola. Um menino em sua turma foi maldoso com ela o dia inteiro.
Rosi ficou triste, mas também sentiu raiva. Às vezes, quando ele era rude com ela, Rosi revidava. Mas isso não a fazia se sentir melhor.
Um dia, quando Rosi chegou da escola, correu direto para seu quarto. Ela estava cansada de ser provocada. Estava cansada de sentir que não pertencia àquele lugar. Deitou o rosto no travesseiro e chorou.
O que devo fazer?, pensou. Ela não queria se sentir daquela forma pelo resto do ano letivo.
Rosi enxugou os olhos. Então olhou para a pequena estátua de Jesus que estava na estante. Sua mãe havia lhe dado de presente para ajudá-la a se lembrar de Jesus.
Talvez eu devesse orar, pensou. Ela se ajoelhou e cruzou os braços.
“Querido Pai Celestial, estou sofrendo muito. Meus colegas são maus comigo por causa da minha pele morena, e isso faz com que me sinta péssima. Por favor, peço que me ajude.”
Ela se sentiu bem ao contar ao Pai Celestial sobre seus sentimentos. Sabia que Ele estava ouvindo. Sentiu-se acolhida e amada, como se um cobertor macio a estivesse envolvendo. Sentiu que a cor de sua pele era linda. Ela era filha de Deus, e Ele a amava.
Quando Rosi terminou de orar, teve uma ideia. Talvez houvesse algo que pudesse fazer para ajudá-la na escola.
Na semana seguinte, Rosi e sua mãe conversaram com os responsáveis pela escola sobre o que estava acontecendo na sala de aula. Rosi procurou por outras crianças que estavam sofrendo bullying na escola e se tornou amiga delas. Ela tentou ignorar o menino que a provocava. E, no domingo, quando estava na igreja, ela compartilhou seu testemunho de que o Pai Celestial amava a todos.
As coisas na escola não melhoraram imediatamente. Mas, quando as coisas ficavam difíceis, Rosi se recordava do que havia sentido durante sua oração. Ela era uma filha de Deus, e Ele a amava. E, sabendo disso, ela podia fazer qualquer coisa.
Ilustrações: Shawna J. C. Tenney