“Estávamos procurando por você”

Em 1977, Monique Paduachy saiu das Ilhas Maurício para ficar com sua irmã, Marlene, e sua família em Strasbourg, França. Poucos meses depois, Monique e Marlene encontraram duas missionárias da Igreja. “Enquanto entrava na capela, senti paz”, recordou Marlene. “Embora tenha vindo de uma cultura diferente, os membros nos receberam e foram gentis comigo e com minha irmã.” Elas ficaram profundamente tocadas pelos princípios do evangelho de Jesus Cristo e foram batizadas em 1978. As duas irmãs foram as primeiras mauricianas a se filiarem à Igreja em 1970 enquanto moravam na Europa ou nos Estados Unidos.

Logo após o batismo delas, Marlene e Monique tiveram um forte desejo de compartilhar o evangelho com a família delas e com todas as pessoas das Ilhas Maurício. “Um dia, espero que tenhamos a Igreja [nas Ilhas Maurício] em nosso próprio idioma”, Marlene disse à sua irmã. Logo depois, Monique escreveu para o presidente da Igreja, Spencer W. Kimball solicitando o envio de missionários para as Ilhas Maurício. Em 31 de janeiro de 1979, o élder Carlos E. Asay, dos setenta, respondeu afirmando a ela que os líderes da Igreja estavam trabalhando para enviar representantes para o seu país de origem.

Em dezembro de 1981, Marlene Padiachy e suas duas filhas se mudaram para as Ilhas Maurício. Sem saber onde a Igreja havia se estabelecido nas Ilhas Maurício, Marlene se sentiu sozinha e desolada ao viver o fardo de ensinar o evangelho a suas filhas sozinha. Durante aquela época, Marlene teve um sonho onde viu pedaços de papel dobrados na frente dela. Quando ela abriu os papéis, descobriu uma referência de escritura do Livro de Mórmon escrita nele. Marlene acordou e leu o versículo, que a fez lembrar de que Jesus Cristo “tomará sobre si as dores (…) de seu povo” (Alma 7:11).

Meses depois, um carro parou na frente da casa de Marlene. Um casal missionário sênior, Donald B. e Doris N. Norton, saiu e se apresentou. “Estávamos procurando por você faz um bom tempo”, disse o élder Norton. Os Norton, que tinham chegado em julho, convidaram Marlene para as reuniões sacramentais na casa deles, onde ela se reuniu com os outros membros mauricianos pela primeira vez. Depois de muito tempo vivendo o evangelho sozinha, Marlene ficou muito feliz por ter a companhia deles. “Estar entre os membros mauricianos na igreja foi um milagre”, disse ela.