Perguntas e respostas

“Debato-me repetidamente com as mesmas tentações, embora me tenha comprometido a superá-las há anos e até agora venha resistindo. Por que o Senhor não reconhece meu compromisso e retira a tentação?” “A LIAHONA

Ser nefita não era fácil. Os lamanitas atacavam continuamente, mas durante boa parte de sua história de quase 1.000 anos, os nefitas resistiram. Não há dúvidas sobre o comprometimento dos nefitas. Então por que o Senhor não os poupou dos lamanitas?

Havia muitos motivos. Todavia, antes de qualquer coisa, recordemos que a vida é um teste. Estamos aqui para provar que escolheremos o Senhor a despeito de tudo. (Ver Abraão 3:25.)

Pode ser útil compreender o seguinte:

Primeiro, Deus não nos tenta; é Satanás que o faz.

Segundo, Deus permite que Satanás nos tente como parte do teste. Mas Ele limita Satanás. Não seremos tentados além de nossa capacidade de suportar. (Ver I Coríntios 10:13.)

Terceiro, ser tentado não constitui pecado. Pecamos caso cedamos à tentação.

Quarto, se falharmos, foi nossa própria decisão. Se a tentação pareceu grande demais, em geral é por que não resistimos quando tivemos a oportunidade. Na maioria das vezes, somos nossos piores inimigos, pois colocamo-nos em situações que nos levarão à queda. Mesmo depois de o Capitão Morôni ter preparado os nefitas com melhores armaduras e muralhas em volta das cidades, qualquer pessoa que optasse por andar fora dos limites era presa fácil.

Se pensamentos imorais constituírem tentação, vocês estão abstendo-se de programas, músicas, páginas da Internet e outras coisas que os desencadeiem? Ou será que estão fora das muralhas da cidade, só para ver se há lamanitas por perto? O verdadeiro comprometimento para obedecer aos mandamentos significa que tentamos viver o mais longe possível da tentação. (Ver D&C 20:22.)

Quinto, ao resistirmos às tentações atuais, ganhamos força para resistir às tentações futuras.

Sexto, podemos fazer todo o possível para escapar às tentações, mas ainda assim elas continuarão a vir. Satanás nunca desistirá. Mas ao empenharmo-nos ao máximo para seguirmos os padrões de Deus, estaremos preparados. Nossas muralhas serão elevadas, nossa armadura será resistente. Quando os nefitas eram mais justos, era mais fácil repelir o inimigo.

Sétimo, Deus “dará também o escape”, para que vençamos a tentação. (Ver I Coríntios 10:13.) Quando o adversário atacou no Bosque Sagrado, Joseph conseguiu escapar pelo poder da oração. (Ver Joseph Smith — História 1:15–16.)

Finalmente, se sucumbirmos à tentação — o que acontece a todos nós ocasionalmente — podemos reconciliar-nos com Deus por meio do arrependimento. Resistir à tentação é mais do que simplesmente fugir do pecado; é buscar a retidão de todo o coração.

Precisamos mostrar a Deus que, mesmo depois de resistirmos mil vezes, nós O escolheremos também a milésima primeira vez.

Leitores

O Senhor disse: “Esta casta (…) não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”. (Mateus 17:21) Ao orar, jejuar e obedecer, você encontrará forças que jamais sequer imaginou possuir. Converse com seu bispo. Busque o Senhor.

Dayne J. Linford, 15 anos, Ala Poquoson, Estaca Newport News Virginia

Pode ser que a tentação nunca vá embora, mas sua determinação de dar-lhe combate é o que importa. O Senhor reconheceu seu comprometimento, mas a tentação estará presente para testá-lo. Compete a você sobrepujá-la para que ela não volte a incomodá-lo.

Stephanie Hall, 15 anos, Ala Sageview, Estaca Idaho Falls Idaho Eagle Rock

Recordemos todos que a vida na Terra é o período para prepararmo-nos para encontrar a Deus e realizar nossos labores. (Ver Alma 34:32.) Deus tem um motivo para nossas provações, que é testar nossa paciência e perseverança. (Ver Mosias 23:21.)

Bernadette L. Aabuyan, 19 anos, Ramo Palauig, Distrito Iba Filipinas

O capitão Morôni e seu povo prepararam-se para suas batalhas. (Ver Alma 50:1–5.) Nós também temos batalhas para as quais precisamos preparar-nos a cada dia. Podemos superar as tentações por meio da oração, do estudo das escrituras, da freqüência às reuniões da Igreja e do empenho para guardar os mandamentos.

élder Peter J. Guiyab, 22 anos, Missão Austrália Sydney Norte

Resistir à tentação dá-nos a oportunidade de mostrar ao Pai Celestial que seremos obedientes a Seu conselho de perseverar até o fim. Lembre que o Senhor nos conhece pessoalmente e não nos dará tentações que não pudermos sobrepujar.

élder Craig A. Kelley, 21 anos, Missão Califórnia San Francisco

Continue a orar, a estudar as escrituras diariamente e a empenhar-se ao máximo para resistir. Você saiu-se bem até agora. O Pai Celestial o ama e nunca o fará cair propositalmente.

Sarah Robertson, 16 anos, Ala Hope Mills 1, Estaca Fayetteville Carolina do Norte

Nosso propósito ao virmos à Terra é sermos provados a fim de tornarmo-nos semelhantes ao Salvador. Ele deu-nos o arbítrio para escolhermos por nós mesmos o que faremos ao depararmo-nos com a tentação. Se o Senhor retirar a tentação, não poderemos provar nossa fidelidade ou herdar a vida eterna.

Rebecca L. Langham, 16 anos, Ala High Country, Estaca San Antonio Texas Leste

Podemos regressar à presença do Senhor se fizermos escolhas corretas. Em 2 Néfi 2:11, 16, o Senhor afirma que deve existir “oposição em todas as coisas” e que “o homem não poderia agir por si mesmo a menos que fosse atraído por um ou por outro”.

Anderson Swollon, 17 anos, Ala Pau Amarelo, Estaca Olinda Brasil Paulista

Não podemos esquecer que “esta vida é o tempo para os homens prepararem-se para encontrar Deus”. (Alma 34:32) Para resistir às tentações, devemos estar firmemente estabelecidos num alicerce seguro. (Ver Helamã 5:12.) Precisamos permanecer fortes em nosso compromisso para com os mandamentos do Senhor.

Célio Ferreira, 18 anos, Ala Queluz, Estaca Lisboa Portugal Oeiras

Não seremos tentados além dos limites de nossa resistência, como lemos em I Coríntios 10:13. Podemos receber forças para resistir ao orar. (Ver Alma 13:28.) O Senhor reconhece nossos esforços.

Françuelton Santos Callow, 17 anos, Ala Cascavel I, Estaca Cascavel Brasil

Respostas respondidas à guisa de orientação, não como pronunciamentos doutrinários da Igreja.

“Vocês (…) [receberão] inspirações aprovadoras ou de advertência quando tiverem decisões a tomar. O Espírito Santo pode guiá-los para longe do mal e trazê-los de volta caso tenham-se desviado do caminho e se perdido.”

Presidente Boyd K. Packer, Presidente Interino do Quórum dos Doze Apóstolos, “O Estandarte da Verdade Foi Erguido”, A Liahona, novembro de 2003, p. 26.