2005
Colômbia: Um Exemplo de Força
Março de 2005


Colômbia: Um Exemplo de Força

Guerras. Rumores de guerras. Violência. Corrupção. Medo. Essas palavras descrevem as condições mundiais que, em certo grau, afetam todos nós.

Paz. Segurança. Liberdade. Boa vontade. Essas palavras descrevem as condições que são possíveis, mesmo nos tempos mais caóticos e turbulentos.

Os membros da Igreja na Colômbia estão bem familiarizados com os dois cenários — e demonstram por seu exemplo que o evangelho de Jesus Cristo pode nos ajudar a encontrar paz onde quer que vivamos, sejam quais forem as circunstâncias. Os membros estão se tornando material e espiritualmente auto-suficientes e contribuindo para a cura de sua nação.

A “Guerra” Não É uma Desculpa

Durante décadas, o noticiário mundial tem alardeado histórias sensacionalistas a respeito dos cartéis de drogas, conflitos armados de guerrilha, seqüestros e outros crimes violentos colombianos.

Mas muitos colombianos vêem isso diferentemente. “Que guerra?” perguntam, quando são inquiridos sobre como suportam as batalhas. Sentem-se tristes porque seu belo país é julgado pelos atos de uns poucos. Alguns acham que não são mais vulneráveis à violência do que as pessoas que moram em qualquer outro lugar.

A realidade encontra-se em algum lugar do meio termo. Visto que a área rural é especialmente perigosa, as pessoas estão se mudando para as cidades, criando a superpopulação urbana e o desemprego. É comum ver soldados armados nas ruas das cidades e os cidadãos serem sujeitos a intensas revistas de segurança. Já houve algumas ameaças e incidentes violentos esparsos dirigidos à Igreja. Mas grande parte desses casos aconteceu há anos. Na maioria dos casos não houve feridos e apenas pequenos danos. Os membros limpam a sujeira, consertam as capelas e continuam a viver o evangelho. E o fazem com um grande espírito de otimismo.

“Temos alguns desafios aqui”, diz o Élder Cláudio R. M. Costa, dos Setenta, Presidente da Área Sul América Norte. “Mas os membros da Igreja na Colômbia não usam a guerra como uma desculpa para não fazer algo que devam fazer. Assumem a responsabilidade por seus próprios atos.”

Desenvolver a Auto-suficiência Material

“Um de nossos desafios é a grande pobreza de muitos membros”, diz Fabián Saavedra, presidente da Estaca Bogotá-Colômbia Kénnedy. A Igreja na Colômbia está envidando grandes esforços para ajudar os membros a se tornarem materialmente auto-suficientes.

Incentivar a educação. “Estamos assistindo a grandes milagres”, diz o Élder Costa. “Muitas pessoas são pobres quando se filiam à Igreja. Mas o profeta lhes diz que providenciem para que seus filhos obtenham instrução, e eles fazem grande sacrifício para consegui-lo. Seus filhos são os primeiros da família a freqüentar a universidade. Muitos conseguem bons empregos — e não continuam pobres.” Um exemplo é Luis Prieto, que cresceu em uma humilde casa em Bogotá. Foi batizado em 1972, juntamente com seus pais e irmãos. Os pais sacrificaram-se para que os filhos conseguissem instrução. Atualmente, Luis é um advogado bem-sucedido.

Cerca de 400 jovens colombianos, homens e mulheres, estão se beneficiando do Fundo Perpétuo de Educação (FPE). Certo rapaz casou-se no templo logo depois da missão. “Não estava preparado para sustentar uma família”, disse o pai. “E não temos meios de ajudá-lo em seus estudos. Ele inscreveu-se no FPE e está atualmente no segundo semestre do treinamento técnico.” Ao mesmo tempo, trabalha como professor no Centro de Treinamento Missionário e está procurando emprego em sua especialidade. “O Fundo Perpétuo de Educação trouxe esperança para nossos jovens”, disse o Élder Walter F. González, dos Setenta, Primeiro Conselheiro na Presidência de Área.

Ajudando os desempregados. Os líderes da Igreja ensinam os membros a abandonar as dívidas, pagar o dízimo e compartilhar idéias para ajudarem uns aos outros a terem sucesso. Incentivam os membros a não imigrar para outras nações, mas a permanecerem na Colômbia e ajudarem a Igreja a crescer.

“Quando um líder do sacerdócio fica desempregado, nós o aconselhamos imediatamente”, diz o Élder Costa. “Tentamos não deixar que passe mais de uma semana antes que os especialistas de emprego local e outros sentem-se com ele e troquem idéias. Ele sai com esperança e motivação para reiniciar e realizar alguma coisa.” Depois, esses líderes fazem o mesmo com outros membros que ficam desempregados.

Cultivar uma horta. Na parte de trás do centro da Estaca de Bogotá Kénnedy, existem duas pequenas hortas onde se cultivam legumes, cada uma delas medindo um metro quadrado — um cenário incomum nesse quadro urbano. O Presidente Fabián Saavedra e sua mulher, Rosa, exibem orgulhosamente a pequena safra. “Já plantamos rabanete, cenoura, tomate, batata, repolho, ervilha, alface e ervas nesses pequenos lotes”, diz a irmã Saavedra enquanto tira um rabanete do chão. “Algumas pessoas têm apenas um pequeno lugar para plantar algumas coisas. Mas estão aprendendo o princípio e obedecendo-o.”

“O propósito dessas hortas de capelas”, afirma o Presidente Saavedra, “é demonstrar o quanto pode ser cultivado em um pequeno espaço. Muitos membros fazem hortas e testificam das bênçãos de sua colheita. Mesmo em nosso apartamento, em que não temos nem quintal nem pátio, nossa horta é um vaso em que plantamos tomates. Nós o colocamos na janela e nossos tomateiros estão crescendo e ficando lindos!”

Em Popayán, Alfonso Tenório é um médico que também publica um jornal médico ilustrado. Além disso, trabalha com sua mulher, Lucía, em sua grande horta atrás da casa de seu pai. Eles ajudam na horta de sua tia. Verificam o trabalho que os jovens SUD estão fazendo nas hortas que plantaram em uma escola católica. Conversam com grupos e clubes de serviço da cidade, promovendo as hortas domiciliares. Em grande parte devido aos esforços do casal Tenório, as hortas tornaram-se moda em muitos lares de Popayán. “Consideramos nossos esforços como um meio de ajudar amigos e vizinhos a se tornarem mais auto-suficientes, para que possamos comer em ocasiões difíceis”, diz Alfonso.

Armazenar alimentos e água. Não importa o tamanho da casa, os membros encontram espaço para o armazenamento de alimentos. Na casa de Carmen Merisalde, em Bogotá, a mesinha de telefone, coberta por uma toalha que vai até o chão, é, na realidade, um barril cheio de sacos de alimentos secos empacotados.

Os membros são incentivados a economizar quanto puderem — mesmo que seja apenas um punhado — de arroz ou outros alimentos básicos todas as vezes que prepararem uma refeição. Dessa forma, mesmo quando o dinheiro é curto, eles armazenam pouco a pouco. Quando guardam o suficiente, empacotam a seco para armazenamento. A estaca possui uma máquina para armazenamento a seco e faz um rodízio, de ala em ala, para que todos tenham a oportunidade de usá-la. “Vocês deveriam ver as lágrimas nos olhos de muitos ao armazenarem seu primeiro saco de arroz que foi guardado de punhado em punhado”, diz o Presidente Saavedra.

Partilhar com os outros. Parte dos alimentos existentes nos armários da cozinha de Ivonne Palácio, em Bogotá, nunca irá para sua mesa. É reservada para os outros. A Presidência de Área incentiva os membros a armazenarem alimentos, a fim de compartilhar em casos de emergência. “Chamamos a isso o armazém do Senhor na casa dos membros”, diz o Élder Costa. “Os bispos pedem às famílias que tenham sempre à mão uma certa quantidade de arroz ou outro alimento básico que possam doar. Depois, quando ele os pede para alguma família necessitada, os membros os doam e compram mais para substituí-lo.”

Esse método traz muitos benefícios. “Primeiro, incentiva os membros a terem seu próprio armazenamento de alimentos”, diz o Élder Costa. “Em segundo lugar, estamos atendendo a emergências rapidamente. Terceiro, podemos economizar fundos de ofertas de jejum para situações em que seja necessário dinheiro, como para remédios ou aluguel. Embora a estaca Kénnedy seja uma das economicamente mais pobres, quase todas as famílias possuem armazenamento de algum alimento — e muitos têm um pouco para compartilhar. A estaca é auto-suficiente em fundos de ofertas de jejum.”

“Não estamos simplesmente armazenando alimentos e água, estamos armazenando bênçãos também!” diz a irmã Palácio. “O Pai Celestial está nos ensinando a ter o puro amor de Cristo.”

A irmã Piñeros, da Ala Banderas, Estaca Kénnedy, ensina costura na Sociedade de Socorro. “Certa irmã precisava de um meio para ganhar dinheiro trabalhando em casa”, conta ela. “Assim, eu lhe dei uma máquina de costura. Agora, ela pode sustentar a si e à sua família.”

“Em meio a grandes problemas econômicos”, diz Roberto Rubio, presidente do Templo de Colômbia-Bogotá, “os membros da Igreja possuem aquilo de que precisam — alimentos para comer e roupas para vestir. Ainda assim é uma luta para sobreviver, mas suas necessidades são atendidas de acordo com os padrões econômicos de nossa nação.”

“Nas conferências de estaca”, explica o Élder Costa, “peço aos membros que já estão na Igreja há alguns anos, que olhem para trás e procurem lembrar-se se estavam melhor antes de se filiarem à Igreja. Nunca encontrei uma pessoa que pudesse dizer que estava. Eles sempre possuem mais, não menos, por causa da Igreja.”

Desenvolver a Auto-suficiência Espiritual

Os santos da Colômbia estão seguindo o conselho do Senhor de “permanecei em lugares santos”. (D&C 87:8) “Estamos ensinando os membros a ser espiritualmente auto-suficientes”, diz o Élder Costa. “Se acontece alguma coisa e os membros ficam impossibilitados de se reunir com o resto dos santos, podem continuar ativos no evangelho em sua própria casa.”

Fortalecer os lares e as famílias. Como podem os membros colombianos sair — e deixar que seus filhos saiam — quando os riscos são tão grandes? Suas respostas são surpreendentemente semelhantes à dos membros de todo o mundo: “Dora e eu fazemos a oração familiar com nossos filhos toda manhã, antes de sairmos de casa”, diz Sergio Correa, presidente da Estaca Medellín-Colômbia. “Pedimos ao Senhor que nos ajude a evitar situações perigosas. Tomamos o Espírito Santo como nosso guia e tentamos usar de bom senso. Então, fazemos o que temos que fazer. Durante a oração familiar, à noite, agradecemos ao Senhor por ter cuidado de nós.” A fórmula não é nova. Mas resulta em paz.

“As bombas não destroem realmente”, acrescenta o Presidente Correa. “O pecado destrói. É por isso que incentivamos nossos membros a realizar a oração em família, estudar as escrituras e as palavras dos profetas modernos, realizar a noite familiar, freqüentar a igreja, e ir ao templo tantas vezes quanto possível.”

O Élder Roberto García, Setenta-Autoridade de Área e Segundo Conselheiro na Presidência de Área, serve como administrador do Sistema Educacional da Igreja e conhece muito bem os jovens santos dos últimos dias. “As drogas não são um grande problema entre os jovens da Igreja na Colômbia”, diz ele. “O maior problema de nossa sociedade são os pais que não ensinam o evangelho a seus filhos. Estamos mudando velhas atitudes e ciclos de comportamento, ensinando a doutrina correta às famílias.”

Preparar-se para o templo. O Presidente Spencer W. Kimball anunciou o Templo de Bogotá-Colômbia em abril de 1984. Mas, passaram-se 15 anos antes que o templo se tornasse uma realidade. Esses anos foram carregados de oposição, contendas legais, e desânimo. Foram também preenchidos por jejum, oração e trabalho árduo. Muitos não estavam dispostos a esperar; assim, fizeram longas viagens a templos de outros países. Outros usaram seu tempo de sobra para sobrepujar obstáculos pessoais. Quando as portas do templo se abriram, em abril de 1999, os santos foram ricamente abençoados por sua paciência e preparação.

“As dificuldades e protelações ajudaram a purificar as pessoas”, diz César A. Dávila, um arquiteto do templo que serve como Setenta-Autoridade de Área. “Esse período difícil ajudou-nos a aprender a valorizar as coisas mais importantes — nossa família e testemunhos.”

O Élder Dávila fala a respeito do sólido alicerce sobre o qual o templo repousa, que inclui mais de 200 colunas reforçadas fincadas 50 metros no chão. “Com a ajuda do Senhor, este templo permanecerá por séculos”, declara. Ele vê simbolismo no forte alicerce do templo. “Estamos edificados ‘sobre a rocha de nosso Redentor, que é Cristo, o Filho de Deus’?” (Helamã 5:12), pergunta ele. “Estamos edificados sobre pilares fortes como fé, testemunho, estudo das escrituras, oração, e obediência ao profeta vivo?”

Ser abençoados pelo templo. Os que freqüentam o templo, estão aperfeiçoando a qualidade espiritual de sua vida”, diz Carlos Vega, presidente da Estaca Bogotá-Colômbia El Dorado. “Atualmente temos líderes mais fortes, e mais membros estão obedecendo à lei da castidade e mantendo sagrado o seu casamento.”

“O enfoque de nosso trabalho é fortalecer as famílias”, declara Edgar J. Gómez, presidente da Estaca Bogotá-Colômbia Granada. “Estamos incentivando maridos e mulheres a amar uns aos outros, e os pais a amarem seus filhos. Freqüentemente usamos a proclamação da família como nosso recurso didático.”

Javier Tobón, gerente dos Serviços Latino-Americanos de Apoio à História da Família, compilou muitas gerações de sua própria história da família e está ensinando os outros a fazer o mesmo. “Estamos fazendo exatamente o oposto do que as guerrilhas fazem”, diz ele. “Elas estão destruindo famílias — nós as estamos unindo.”

Reter e ativar os membros. Muito embora a Colômbia apresente uma taxa alta de batismos, a freqüência à Igreja está aumentando mais depressa do que o número de batismos. “Isto significa ativação e retenção”, afirma o Élder Costa. Uma das razões para esse sucesso é a nutrição que os membros novos recebem. Imediatamente depois de ser batizados e confirmados, eles recebem um exemplar grátis da revista Liahona. As novas famílias também recebem uma carta de boas-vindas personalizada e uma caixa de materiais básicos, inclusive a proclamação sobre a família, “O Cristo Vivo”, e Para o Vigor da Juventude. A caixa inclui também materiais e informações selecionados sobre o trabalho do templo e da história da família. Os mestres familiares, professoras visitantes e líderes do ramo ajudam os novos membros a saber como usar os materiais. Eles acompanham o progresso dos novos conversos e os ajudam a preparar-se para o templo.

Para certificar-se de que os membros estão sendo bem alimentados, as estacas realizam aulas de aperfeiçoamento didático. “Incentivamos os professores a usar o currículo do Senhor, em vez de suas próprias idéias”, diz o Élder Costa. “E estamos desenvolvendo grandes líderes que seguem as Autoridades Gerais. À medida que demonstramos maior confiança nos presidentes de estaca, não recebemos tantas chamadas telefônicas deles, pois estão aprendendo que possuem chaves, poder, autoridade e o direito de receber inspiração.”

Deleitar-se com os frutos da fidelidade. Os membros refletem sobre a visita do Presidente Spencer W. Kimball, em 1977, e as do Presidente Gordon B. Hinckley, em 1996 e novamente em 1999, para a dedicação do templo. Lembram-se das promessas feitas e observam o crescimento da Igreja como cumprimento da profecia. A partir de um início humilde em meados de 1960, eles possuem atualmente perto de 145.000 membros na Colômbia. Quatro missões incluem cerca de 800 missionários de tempo integral, todos da Colômbia e de outros países da América Latina. O país é pontilhado de capelas, centros de história da família, institutos de religião, um Centro de Treinamento Missionário e o templo.

Historiadores como Ernesto Hernández, de Cali, estão documentando importantes acontecimentos em registros, diários e fotografias. As histórias estão também registradas na vida e coração dos membros. Quando Fabio e Luísa Fernanda Bohórquez, de Bogotá, assistiram a uma recente sessão do templo, sentiram-se humildes ao ver que os oficiantes eram Héctor e Marina Cano, casal que Fabio havia batizado anos antes como um missionário em Pereira. O casal Cano está servindo em uma missão no templo e planejam continuar servindo como missionários no futuro.

Roberto e Fabiola Juliao reúnem sua família em casa, em Barranquilla. Os netos acomodam-se no colo dos pais e avós quando o irmão e irmã Juliao relembram seu batismo em 1975, o selamento no templo em 1986 e outras experiências. Ela já serviu em todas as auxiliares e atualmente é a presidente da Primária da ala. Conta que já serviu em muitos chamados no sacerdócio e mostra a seus netos uma lembrança preciosa — a pá que usou para abrir a terra para o templo de Bogotá.

Um dos filhos, Cristian, não aceitou o batismo até o casal esperar o primeiro filho. Repentinamente, foram motivados a aprender a respeito do evangelho. Foram batizados e mais tarde selados no templo. Em certa ocasião, Cristian e o pai serviram juntos como conselheiros do presidente de missão. “Descobri que desejava ser como meu pai”, diz ele. “Compreendi que ele me havia ensinado os princípios mais importantes da vida. Espero transmitir essa herança para meus próprios filhos.”

Ser Bons Cidadãos

Ao se tornarem mais auto-suficientes, os membros estão começando a causar uma diferença em suas comunidades. A Igreja está sendo cada vez mais apreciada por seu papel como uma boa vizinha, por seus esforços humanitários e pelo patriotismo de seus membros.

Tornar-se parte da comunidade. As Sociedades de Socorro da Estaca de Medellín Colômbia Belén oferecem aulas de arte culinária, artesanato e artes e ofícios. Muitas pessoas que não são membros da Igreja vêm para aprender habilidades lucrativas. Elas apreciam a generosidade e boa vizinhança.

O Dr. Eduardo Pastrana, presidente da Estaca Medellín Belén, tem esclarecido os valores dos santos dos últimos dias em entrevistas televisadas. “Li que Medellín é classificada como uma das cidades mais violentas do mundo”, disse ele. “Em minha prática médica, encontro muitos que estão temerosos e desesperados por causa da situação social e econômica de nosso país. Mas minha mulher, filhos e eu sentimos paz em nossa casa por causa da luz do evangelho, e tentamos compartilhar dessa paz com meus pacientes.”

Outros membros colombianos também estão contribuindo para a sociedade em muitas diferentes profissões. Em Bucaramanga, Héctor Elias Ariza, um advogado, serviu como secretário geral do governador de Santander. Ele e o irmão, Sérgio, regem e acompanham um coro da estaca que apresenta audições de Natal para a comunidade. Sua irmã, Patrícia, é uma juíza. A mãe, Olga, professora aposentada, realiza regularmente animadas noites familiares para os colegas de profissão de seus filhos e outros amigos.

Combinar esforços com o presidente e a primeira dama. Os membros da Igreja têm participado em muitos projetos humanitários com Lina María Moreno de Uribe, a primeira dama da república — doando cadeiras de rodas, aparelhos de audição, cirurgias nos olhos e carteiras escolares. A primeira dama já assistiu a acontecimentos nas capelas SUD, para ajudar a distribuir materiais doados. Nessas ocasiões são oferecidas orações, e coros da estaca cantam hinos da Igreja. Muitas pessoas já compareceram, inclusive líderes do governo, diplomatas e representantes da imprensa.

A maioria dos recebedores dos materiais doados não são membros da Igreja. “Certo estudante, representando uma escola que recebia novas carteiras, perguntou ‘Como posso retribuir isso?’” conta o Élder Costa. “Respondi: ‘Sendo um bom cidadão, honesto, e um bom líder entre os estudantes.’ Ele respondeu: ‘Eu o farei’.”

A primeira dama planejou que a Presidência de Área e outros se reunissem com seu marido, Álvaro Uribe Vélez, presidente da Colômbia. A visita realizou-se no dia 7 de novembro de 2003, no palácio presidencial. O Presidente Uribe disse: “Estou muito agradecido por tudo que realizam e pelo que fazem como cidadãos. Em nome do governo, queiram aceitar meu apoio, endosso e gratidão”.

“O Presidente Uribe é um bom homem, um homem honesto, um homem de família”, disse o Élder Costa.

A posição da Igreja de neutralidade política torna claro que “nossos propósitos são religiosos e humanitários, não políticos”, continua o Élder Costa. “Quando alguém precisa de uma cadeira de rodas, não lhe perguntamos qual é sua preferência política ou religiosa. E ensinamos os membros a ser bons cidadãos desta nação, a respeitarem as leis, a votar e contribuir de maneira positiva.”

“Um profeta vivo prometeu-nos que, se fizermos nossa parte, a Colômbia mudará”, disse o Élder Roberto García. “Estamos trabalhando e orando para isso. E estamos orando pelos líderes de nossa nação.”

Os membros da Igreja na Colômbia estão permanecendo em lugares santos — seus lares, seu templo, suas capelas, seus locais de trabalho, suas escolas, sua comunidade. Ao seguirem a um profeta vivo, fortalecerem sua família e compartilharem as necessidades da vida com os outros, estão ajudando a curar e abençoar uma nação ferida.

Que reine a paz

O Presidente Gordon B. Hinckley disse durante a oração dedicatória do templo: “Invocamos Tua divina benevolência sobre esta nação da Colômbia. Abençoa seu povo e seu governo por sua bondade para com Teus servos. Que reine a paz no país e que o ruído do conflito seja silenciado. Que Tua obra prossiga sem impedimento e que os Teus servos, cuja mensagem é de paz, possam ser protegidos e orientados em seu ministério”. (“Thy People Will Enter into Covenants with Thee” [Teu Povo Fará Convênios Contigo], Church News, 1º de maio de 1999, pág. 10.)

Um farol espalhando esperança

Pessoas de outras religiões reconhecem a grande influência do templo, que tem hasteada a bandeira colombiana. Álvaro Uribe Vélez, presidente da Colômbia, chama o templo de “um tesouro magnífico em nossa cidade e nação”. Os vizinhos dizem estar felizes por morarem próximos; a maioria procura manter suas casas bonitas, para combinarem com o templo.

“Toda a cidade melhorou”, disse Carlos Vega, presidente da Estaca Bogotá-Colômbia El Dorado. “Cresceu o sentimento de paz em nossa cidade e lar. Ainda existe violência, mas não a sentimos tanto. É como se os gritos de violência estivessem sendo aplacados. Um profeta disse que seria assim, e assim é.”

“O templo eleva nossos sentimentos do que significa ser membros da Igreja”, declara Carlos Ospina, presidente da Estaca Bogotá-Colômbia Ciudad Jardín. “Quando as pessoas sabem a respeito do templo, torna-se mais fácil falar do evangelho.”

“O templo é como um farol”, afirma Roberto Rubio, presidente do templo. Ele, os dois conselheiros e quase todos os oficiantes do templo são naturais da Colômbia. “Ao fixarem o olhar no templo, os membros sentem esperança. É claro que existem tribulações e desafios, mas o Senhor torna mais leves suas cargas. Pode haver guerra e iniqüidade em toda nossa volta, mas, por causa do templo, podemos ter paz e gozar do amor de nossa família e do Senhor.Que mais poderíamos desejar?”

Viajar para o templo

Como viajar pelas áreas rurais é arriscado, alguns viajam para o templo de avião. Mas outros não têm outra opção a não ser ir por terra. Alguns usam o transporte público; outros viajam em comboios de ônibus fretados pelas estacas.

“Muitos dos que vêm são economicamente pobres”, diz o presidente do templo, Roberto Rubio, “mas são espiritualmente milionários. Certa mulher que veio recentemente de ônibus de Pereira tem mais de 80 anos e é extremamente pobre. Ela vende jornais e recolhe e vende garrafas velhas para vir ao templo. Existem muitos assim.”

Álvaro Emiro e Maritza Ariza levaram recentemente seus cinco filhos, de idades entre um e dez anos, ao templo. Primeiramente eles andaram durante 40 minutos para tomar um ônibus. Após uma viagem de ônibus de duas horas, chegaram a Barbosa, onde se juntaram a um grupo de membros que lotaram outro ônibus, liderados pelo irmão Ismael Carreño, presidente do Ramo de Barbosa, Distrito de Duitama-Colômbia. Depois de uma viagem de ônibus de cerca de cinco horas, chegaram ao templo e foram selados como família.

Os membros de Cartagena (acima) foram recentemente ao templo em dois ônibus lotados, uma viagem de 20 horas em cada direção. Johny San Juan, presidente do quórum de élderes; sua mulher, Everlides, presidente das Moças e seus três filhos estavam entre os viajantes. Por terem dedicado seu tempo completando quatro gerações de história da família, sua filha Estefanía, de 12 anos, foi batizada por alguns de seus ancestrais, e Johny e Everlides receberam a investidura e foram selados em seu nome.