De um Amigo para Outro
Orações Atendidas
Tirado de uma entrevista com Élder Gerald N. Lund dos Setenta, atualmente servindo na Presidência de Área Europa Ocidental; por Melvin Leavitt, Church Magazines (Revistas da Igreja)
“Aconselha-te com o Senhor em tudo o que fizeres e ele dirigir-te-á para o bem” (Alma 37:37).
Minha esposa e eu nos reunimos nos domingos de jejum com todos os netos que podem estar presentes para termos uma noite da família. Certa vez contei-lhes a respeito de ter perdido alguma coisa quando eu ainda era menino. Havia sido algo pequeno, mas de muita importância para mim. Olhei, e procurei, e fucei por todos os lados, e não consegui encontrá-la! Finalmente pensei: “Bem, por que não perguntar ao Pai Celestial?”, ajoelhei-me e orei, e quando abri os olhos lá estava bem diante de mim.
Embora todos nós também já tivemos experiências que não tiveram resultado semelhante a esse, nessa reuinão familiar eu perguntei aos meus netos: “Alguém dentre vocês já teve uma experiência como a minha?” e as todas as crianças levantaram as mãos.
Uma moeda, ou um brinquedo, pode parecer ter pouca importância no esquema eterno das coisas, mas é extremamente importante que você aprenda que o Pai Celestial responde às orações. Ele deseja que aprendamos enquanto ainda somos jovens, que Ele está lá, a espera de nosso contato. Ele quer que compreendamos Seu desejo de intervir em nossa vida para nos abençoar, proteger e preservar.
À medida que nos tornamos mais velhos, talvez tenhamos que orar com mais freqüência e por mais tempo antes de obtermos uma resposta, mas certamente nós a teremos. Quando eu era um jovenzinho ainda, eu havia planejado servir em uma missão de tempo integral, até quando de fato chegou a hora de sair para a missão. Eu estava de namoro sério com uma moça; havia começado a trabalhar em um emprego excelente, estava ganhando muito bem e tinha acabado de comprar um carro novo. De repente, a idéia de sair para a missão e ficar fora dois anos já não me parecia ser uma idéia tão atraente. Em vez disso, decidi ficar em casa e servir em uma missão de estaca. Pensei que meu pai fosse ficar muito zangado, mas ele apenas disse: “Bem, é sua escolha, mas é uma decisão muito importante. Você se importaria de sair por uns dois dias sózinho para orar e jejuar sobre essa decisão? Caso faça isso e ainda sinta-se inclinado a continuar com essa decisão, então não direi mais uma palavra respeito do assunto.”
Concordei imediatamente, porque tinha certeza que havia tomado a decisão correta, e que ela era aceitável ao Senhor. Levei minhas escrituras até as montanhas, num certo Sábado e jejuei e orei e estudei as escrituras. Fui para casa e disse a meu pai: “Meus sentimentos não mudaram.”
Ele sorriu e disse: “Você me prometeu dois dias.”
Na semana seguinte eu teria que trabalhar no Sábado, então subi até as montanhas no domingo e novamente estudei e orei. Permaneci lá nas montanhas até a hora de descer para a reunião sacramental, que acontecia à tarde. Ainda tinha as mesmas idéias a respeito da missão, e queria me apressar para contar ao meu pai, mas ao dar a marcha ré com o carro fiquei preso na neve. Quando finalmente consegui me livrar do atolamento na neve, meus pais já haviam saído de casa para a reuinão, então busquei minha namorada e fomos para a reunião sacramental.
Durante a reunião, peguei o hinário distraidamente, abrindo no hino que na época conhecido como “Pode Ser Que Não Seja ao Alto das Montanhas” (Ver “Aonde Mandares Irei”, Hinos, ). Parte de mim dizia: “Não Leia!”. Mas li todos os 3 versos, incluindo as palavras: “irei aonde me mandares Senhor”. Meu coração e minha mente mudaram naquele instante. Quando terminei de ler, fechei o hinário e olhei para cima. Lágrimas desciam pelo rosto de minha namorada. Ela disse: “Você vai, não é?” Eu respondi: “Sim, eu vou!”
Não consigo imaginar o que teria acontecido com a minha vida, caso eu tivesse escolhido ficar em casa. Minha missão levou-me a alcançar uma felicidade muito grande, e a oração levou-me à cumprir minha missão de tempo integral. Essa experiência ensinou-me a importância de buscar o Senhor para me ajudar nas decisões que preciso tomar.
Uma parte vital do testemunho é saber que Deus é nosso Pai Celestial e que Ele nos conhece e nos ama; e que responderá às nossas orações. Somente agora começo realmente compreender a profundidade de Seu amor por nós, e como Ele realmente nos conhece. Ele conhece nosso coração. Ele conhece nossa solidão. Ele conhece nossos receios e medos. No entanto, Ele não forçará Sua presença em nossa vida, uma vez que respeita nosso livre arbítrio. Precisamos pedir. Quando o buscamos, nosso Pai Celestial confirma a realidade de Sua existência. Como é confortante saber que o Criador do universo está à espera para responder à oração de um filho Seu.