Lutando para Encontrar a Verdade
Artur Tomaszewski pediu ao Senhor que lhe mostrasse a verdade. Mas relutou diante da resposta que recebeu.
Artur Tomaszewski era capaz de defender-se se a situação o exigisse. Afinal, ele fora campeão nacional de jiu-jitsu da Polônia, seu país natal, aos dezessete anos. Mas ele acredita que o melhor caminho é sempre procurar primeiro uma solução pacífica. Isso foi o que, de certo modo, ele fez quando venceu sua maior batalha—a luta para encontrar a verdade.
Quando era rapaz, Artur havia estudado a Bíblia e formulado perguntas sobre seu relacionamento com Deus e Sua verdadeira Igreja. Ninguém tinha respostas que o satisfizessem. Por fim, orou a Deus pedindo que lhe mostrasse qual das igrejas era a verdadeira.
Esta história parece familiar?
Tanto a resposta que Artur recebeu, quanto a maneira pela qual a recebeu surpreenderam-no.
Na adolescência, diz ele, “eu gostava de estudar as diferentes religiões”. Seus estudos convenceram-no de que a Igreja de Jesus Cristo deveria estar sobre a Terra. Apesar disso, não conseguia encontrar nenhuma que parecesse atender aos critérios bíblicos. Ele foi até tentado a se perguntar, em certo momento, se Deus realmente existia, mas a fé que tinha dentro de si sobrepujou a dúvida. Ele sabia que, se alguém pudesse dar respostas, seria Deus que o faria. Chegou o tempo em que, com dezoito anos, Artur orou, pedindo especificamente para ser guiado para a Igreja verdadeira.
Pouco tempo depois, quando visitava a casa de sua tia, ele viu um livro empoeirado em cima da estante. Era intitulado o Livro de Mórmon. Missionárias deram aquele livro a sua tia, que o deixou lá esquecido.
Artur pegou o livro e o largou por três vezes, indeciso se o deveria ler ou não. Não, não ousaria; ele acreditava somente na Bíblia. Mas o livro dizia ser outro testamento de Jesus Cristo. Não, a história desse Joseph Smith no começo do livro era muito mirabolante. Mas, se fosse verdade? Não, a história nas primeiras vinte páginas do livro era muito diferente de tudo que ele já tinha visto.
Apesar de seus questionamentos, aquilo que tinha lido permaneceu em sua mente durante toda a semana. Quando ele voltou à casa da tia, planejando terminar a leitura de onde havia parado, o livro havia desaparecido!
Isso se deu um bom tempo antes de Artur receber seu próprio exemplar do Livro de Mórmon.
Em Katowice, ele se apresentou aos missionários na rua. Como os missionários não ligaram imediatamente conforme acertado (esse é um erro que o Élder Tomaszewski não comete), ele decidiu procurá-los no domingo de manhã na capela cujo endereço estava num cartão que lhe havia sido entregue.
Coincidentemente, aquele era um domingo de jejum e, à medida que os membros prestavam testemunhos, Artur sentiu aquela mesma paz e certeza que permaneceram com ele após sua primeira leitura do Livro de Mórmon. O sentimento foi tão forte que ele sentiu o desejo de se levantar e prestar o próprio testemunho de que o livro era verdadeiro, mas não sabia se isso seria permitido.
Quando os missionários finalmente lhe deram um exemplar do Livro de Mórmon, eles lhe perguntaram solenemente se leria e oraria por uma resposta sobre sua veracidade. Artur riu. Ele já sabia que poderia receber uma resposta de Deus.
Ele o leu e orou. A resposta que recebeu foi tão forte que parecia ser não apenas um sentimento, mas também “luz para os meus olhos,” trazendo grande clareza às verdades da Bíblia que ele já conhecia. Ele riu mais uma vez, perguntando-se se a resposta sobre a Igreja de Jesus Cristo poderia realmente ser tão “simples e clara” assim. Ele achava que poderia ser algo complicado. Orou novamente para ter certeza e recebeu a mesma resposta firme, dando-lhe a certeza de que as verdades de Deus são claras, e não complicadas.
“Quando descobri que era verdade, fui para casa pleno de alegria”, ele se recorda. Mas ninguém quis partilhar de sua alegria. Sua mãe e seus dois irmãos mais jovens não se interessaram. Seu pai mostrou-se hostil. Depois do batismo de Artur em 2002, ele quase não tinha apoio de amigos ou conhecidos exceto no ramo.
A tradição religiosa na Polônia é muito forte. Ninguém compreendia por que ele estava deixando a religião predominante. Apesar de tudo, ele afirma que os ensinamentos e exemplo de seus pais foram muito valiosos em sua preparação para encontrar a verdade. “Sou grato porque eles fizeram o que podiam para me ensinar.”
Viver o evangelho sozinho não enfraqueceu sua fé. Quando decidiu servir em uma missão, estava disposto a desistir dos treinamentos e competições de jiu-jitsu, que tanto amava—atividades que faziam parte de sua vida desde a infância—para trabalhar e economizar dinheiro para a missão. O jiu-jitsu, para ele, era uma forma de arte. Ele diz: “quando treinava sentia-me como um pintor pintando um quadro”. Mas, com o trabalho, não lhe restava tempo para treinar.
Antes de sair de sua cidade natal, Mystowice, para servir como missionário, o Élder Tomaszewski desafiou o seu irmão mais novo Patryk, que também estava bastante envolvido em jiu-jitsu. “Se você quiser descobrir por que estou fazendo isto, por que estou abandonando meu esporte, leia o Livro de Mórmon e ore a respeito dele.”
O Élder Tomaszewski afirma que algumas das qualidades que desenvolveu com a disciplina do jiu-jitsu ajudaram-no no campo missionário: paciência, humildade, e a capacidade de trabalhar diligentemente.
O que ele mais gosta no trabalho missionário?
“Muitas vezes, quando estou muito cansado, quando sinto que não restam mais forças e que estou precisando de mais fé, batemos em uma porta e encontramos alguém”, diz ele. Encontrar alguém que queira ouvir deixa-o tão entusiasmado que ele, às vezes, não consegue dormir.
E qual foi o melhor dia de sua missão?
O dia em que soube que seu irmão mais novo aceitou seu desafio de ler e orar a respeito do Livro de Mórmon. Patryk Tomaszewski também recebeu um testemunho. Ele foi batizado em agosto de 2004.
Agora há dois Tomaszewski que compartilham a alegria do evangelho.