Estar à Altura do Desafio
Jovens Adolescentes de Tóquio contam como lidam com as duras tentações.
Certo dia, depois da escola, as amigas de Yuriya Kitahara vieram mostrar-lhe uma nova revista de histórias em quadrinhos. Yuriya, Laurel, levou apenas um instante para se dar conta de que não havia nada de engraçado naqueles quadrinhos, pois a revista era pornográfica.
Na mesma época, Junko Saijo, Menina-Moça, estava com as amigas quando uma delas acendeu um cigarro e o ofereceu a Junko.
Pouco depois, um grupo de alunos da escola de Sho Watanabe foi preso por vender drogas a outros estudantes.
Felizmente, Yuriya largou a revista. Junko recusou o cigarro. E Sho, sacerdote, procurou ser cuidadoso ao escolher os amigos.
Embora a Igreja esteja crescendo no Japão, esses adolescentes ainda têm que enfrentar as tentações do mundo todos os dias. Isso faz parte do teste pelo qual precisam passar aqui na Terra. A pergunta é: Será que estamos à altura do desafio? E se não estivermos, como poderemos estar?
Conviver com a Tentação
A violação da Palavra de Sabedoria é uma tentação muito comum em Tóquio, segundo um grupo de jovens membros de várias estacas que se reuniram para conversar sobre os desafios que enfrentam.
Vários jovens foram expostos à tentação do fumo assim que se tornaram adolescentes. Outros foram suficientemente afortunados por terem recusado essas coisas até agora. Nem todos enfrentam as mesmas tentações. Mas o fumo é uma armadilha muito comum para os adolescentes de Tóquio.
“É muito fácil comprar cigarros aqui; o difícil é não comprar”, disse Hikaru Watanabe, diácono, irmão mais novo de Sho.
As bebidas alcoólicas são outro problema que muitos jovens enfrentam desde cedo.
“Depois que as atividades escolares terminam, todos os alunos geralmente se reúnem em algum lugar para dar uma festa”, disse Yuriya. “Às vezes minhas amigas me convidam. Não dizem que vão beber, mas para muitos adolescentes, ir a uma festa significa beber. Não acham isso errado.” Os outros jovens concordam com a cabeça — já estiveram em situação semelhante.
Os adolescentes também concordam que a pornografia e a imoralidade são coisas muito difundidas entre seus colegas.
“A música também está ficando ruim”, disse Keiko Saijo, Laurel, irmã mais velha de Junko. “A letra é simplesmente horrível.”
Essas são tentações e desafios que os santos dos últimos dias adolescentes estão enfrentando em todo o mundo. O que estão fazendo em relação a essas coisas? Estão aprendendo que, por meio do evangelho, podem encontrar as forças de que precisam para vencer todos os seus desafios.
Encontrar Forças
Os jovens concordam que para vencer as tentações que enfrentam todos os dias, precisam da orientação do Espírito Santo.
“Não é só por minha própria força, mas é confiando no Senhor que consigo vencer essas coisas”, disse o sacerdote Yuuya Kitahara, irmão mais novo de Yuriya. “Achegar-nos ao Senhor é algo que nos ajuda a afastar-nos das tentações e vencê-las.”
Essa é uma lição muito valiosa. “Se não fizermos algo para estarmos mais perto do Espírito, provavelmente terminaremos como muitos jovens de fora da Igreja, fumando, vendo pornografia e coisas piores”, disse Yuriya.
Essa é uma lição que foi ensinada diversas vezes no Livro de Mórmon. Sem o Espírito do Senhor, os nefitas tornaram-se “fracos como seus irmãos, os lamanitas” (Helamã 4:24; ver também Mosias 1:13; Mórmon 2:26).
“Quando sinto o Espírito, percebo que as tentações simplesmente vão embora”, disse Hikaru. “Essa força vem do Espírito.”
Yuuya disse que orar pela manhã e à noite ajuda a convidar o Espírito. Yuriya sente-se mais próxima do Espírito Santo ao estudar as escrituras todos os dias. O irmão gêmeo de Yuuya, Yuuki, mencionou as atividades dos jovens e do seminário. E Junko disse que as reuniões da Igreja e as reuniões de noite familiar não apenas a ajudaram a sentir o Espírito, mas lhe ensinaram maneiras de vencer as tentações.
Todos disseram que freqüentar o templo fez uma grande diferença. “Sinto um poder especial quando vou ao templo do Senhor”, disse Sho. Relatou que pode resistir melhor às tentações, quando freqüenta o templo regularmente.
Nos últimos anos, Sho e Hikaru procuraram ir ao templo todas as quintas-feiras para realizar batismos pelos mortos. Keiko e Junko, e Yuriya e seus irmãos procuram ir ao templo toda sexta-feira.
“Ir ao templo me fortalece”, disse Keiko.
Para o Vigor da Juventude
Então, durante a conversa, alguém mencionou o livreto Para o Vigor da Juventude, e metade dos jovens mostrou sua versão de bolso do livreto.
“Foi escrito para nós”, disse Yuuya. “É fácil de compreender e de colocar em prática. Quando aplico os princípios ensinados neste livreto, isso ajuda a proteger-me das tentações.”
Os outros concordam. A maioria consulta o livreto regularmente. “Lemos o livreto quase todas as semanas nas Moças”, disse Junko.
Hikaru disse que o livreto o ajuda a vencer as tentações. Ele disse: “Os líderes da Igreja dizem que quando estamos lutando contra uma tentação, devemos pensar em uma escritura. Mas às vezes é difícil levar as escrituras conosco. Posso levar este cartão comigo o tempo todo, e ele me ajuda”.
Muitos jovens relataram que o livreto os ajudou a aprender a aplicar o evangelho na vida e nas escolhas que fazem.
“O evangelho não significa apenas saber o que é certo, mas, sim, fazer o que é certo”, disse Yuuki. “Quando li Para o Vigor da Juventude, aprendi o que devia fazer. Ele explica como aplicar o evangelho em nossa vida.”
“Antes de termos o livreto, nossos líderes falavam sobre os padrões da Igreja, mas não conseguíamos lembrar tudo”, disse Sho. “Para o Vigor da Juventude é muito fácil de compreender. Ele ajuda a esclarecer como as escrituras se aplicam a nós. E posso levá-lo sempre comigo.”
“Não gosto muito de ler”, disse Keiko. “Mas o livreto é muito fácil. Quando me concentro em suas palavras, sinto que isso realmente é o certo. Creio que Deus o preparou para nossos dias.”
O livreto foi preparado para os nossos dias, e o mesmo acontece com os jovens desta geração.
“Já lhes foi dito antes e repito: Vocês são uma geração escolhida”, disse o Élder Joseph B. Wirthlin, do Quórum dos Doze Apóstolos. “Foram levantados pelo Senhor para levar Sua Igreja e reino adiante no século vinte e um. Foram escolhidos pelo Senhor para nascer na Terra numa época em que a iniqüidade e o mal imperam. Mas vocês estão à altura do desafio” (“Crescer no Sacerdócio”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 48).
O que é preciso para estarmos à altura do desafio? A disposição de estarmos próximos do Espírito e de seguirmos o conselho do Senhor.
O que fazer quando a pessoa que o tentar for um amigo
A escolha dos amigos é muito importante. “Se escolher maus amigos, muitas tentações virão”, disse Sho Watanabe.
A primeira vez que você se manifestar contra algo errado para alguém pode ser a mais difícil, mas geralmente fica mais fácil depois disso. “Fumar não faz bem para você”, disse Junko Saijo para uma amiga que lhe ofereceu um cigarro. “Minha amiga não parou de fumar, mas deixou-me em paz depois disso.”
Defender o certo nem sempre funciona. Às vezes você precisa sair do lugar em que está. “Quando meus amigos começam a conversar sobre coisas erradas, tento mudar de assunto”, disse Yuuki Kitahara. “Se eles não param, saio de perto.”
Em muitos casos, você pode abordar a situação com educação. Certa vez, uma amiga de Keiko Saijo estava ouvindo música com fones de ouvido. “Ela me ofereceu os fones, mas a música fez-me sentir mal. Eu disse: ‘A música é boa, mas não para mim’, e devolvi os fones de ouvido.”
Seu exemplo pode ajudar as pessoas
“Deus os abençoe, meus queridos jovens amigos. Vocês são a melhor geração que já tivemos. Vocês conhecem melhor o evangelho. São mais fiéis em seus deveres. São mais fortes para enfrentar as tentações que virão. Vivam de acordo com seus padrões. Oro para que tenham a orientação e proteção do Senhor. Ele nunca os deixará sozinhos. Ele irá consolá-los. Ele irá sustê-los. Ele irá abençoá-los, magnificá-los e tornar sua recompensa agradável e bela. E vocês verão que seu exemplo atrairá outros que serão encorajados por sua força.”
Presidente Gordon B. Hinckley, “Um Estandarte para as Nações, uma Luz para o Mundo”, A Liahona, novembro de 2003, p. 84.