Ouse Ficar Sozinho
Presidente Thomas S. Monson, “Ouse Ficar Sozinho”, A Liahona, novembro de 2011, pp. 61–62.
“Creio que a primeira vez que tive coragem para defender minhas convicções foi quando servi na Marinha dos Estados Unidos, no final da Segunda Guerra Mundial. (…)
Sempre me lembrarei de quando chegou o domingo, depois da primeira semana [de treinamento]. Recebemos boas notícias do suboficial chefe. Em posição de sentido, no campo de treinamento, enfrentando a forte brisa da Califórnia, ouvimos sua ordem: ‘Hoje, todo mundo vai para a igreja — quer dizer, todos menos eu. Eu vou relaxar!’ Depois, ele bradou: “Todos vocês, católicos, reúnam-se no campo Decatur — e não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’ Um contingente significativo se moveu. Depois, ele berrou sua ordem seguinte: ‘Os que são judeus, reúnam-se no campo Henry — e não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’ Um contingente um pouco menor saiu marchando. Depois, ele disse: ‘O restante de vocês, protestantes, reúnam-se nos anfiteatros do campo Farragut — e não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’
Imediatamente um pensamento irrompeu em minha mente: ‘Monson, você não é católico, não é judeu, não é protestante. Você é mórmon, portanto fique parado onde está!’ Posso assegurar-lhes que me senti completamente sozinho. Corajoso e determinado, sim — mas sozinho.
Então, ouvi as palavras mais agradáveis que aquele suboficial jamais proferiu. Ele olhou em minha direção e perguntou: ‘E o que vocês, rapazes, se consideram?” Até aquele momento, eu não tinha me dado conta de que houvesse alguém de pé ao meu lado ou atrás de mim no campo de treinamento. Quase em uníssono, cada um de nós respondeu: ‘Mórmons!’ É difícil descrever a alegria que me encheu o coração ao me virar e ver um grupo de outros marinheiros.
O suboficial coçou a cabeça com uma expressão desconcertada, mas por fim disse: ‘Bem, vão procurar algum lugar para se reunirem. E não voltem até as três da tarde. Em frente, marchem!’ (…)
Embora as coisas tivessem saído diferentes do que eu esperava, eu estaria disposto a ter ficado sozinho, se fosse necessário.
Desde aquele dia, houve ocasiões em que não havia ninguém em pé atrás de mim e, portanto, fiquei realmente sozinho. Quão grato sou por ter tomado bem antes a decisão de permanecer forte e fiel, estando sempre preparado e pronto para defender minha religião, caso surgisse a necessidade.”
Perguntas para refletir:
-
Que efeito pode exercer nos outros o fato de permanecermos fortes?
-
Consegue se lembrar de algum momento em que sua coragem e suas convicções foram testadas? De que maneira reagiu?
-
O que podemos fazer para estar preparados e permanecer fortes?
Considere a possibilidade de escrever seus pensamentos num diário ou discuti-los com outras pessoas.