2012
Ele Apaziguaria Minhas Tempestades?
Setembro de 2012


Ele Apaziguaria Minhas Tempestades?

Nick Gentile, Utah, EUA

Como professor do quinto ano num colégio particular em Massachusetts, EUA, eu me reunira com os administradores para discutir o currículo de diversidade da escola, que se opunha aos princípios de “A Família: Proclamação ao Mundo”. No entanto, meus esforços para defender as verdades sobre o casamento e a família e promover a objetividade, o respeito e a compreensão resultaram num turbilhão de mal-entendidos, zombaria e perseguição.

Às vezes eu me sentia como os apóstolos que atravessavam o tempestuoso Mar da Galileia enquanto Jesus dormia. Eu sentia que minha fé, como a deles, tinha começado a falhar, e eu também me perguntei: “Não se te dá que [eu pereça]?” (Marcos 4:38). Eu acreditava que Jesus realmente repreendera o vento e as ondas encapeladas no passado, mas à medida que minhas provações se intensificavam, comecei a achar difícil confiar que Ele apaziguaria minhas tempestades.

Um dia, um administrador da escola me pediu que expusesse minhas preocupações a todo o corpo docente e ao pessoal administrativo numa reunião de treinamento sobre diversidade. Ao me preparar para essa apresentação, minhas orações pessoais, meu estudo das escrituras e minha frequência ao templo se tornaram cada vez mais sinceros e senti o Espírito me guiar para saber o que dizer.

Quando chegou a hora de me dirigir aos colegas, as palavras do Profeta Joseph Smith me deram alento: “Façamos alegremente todas as coisas que estiverem a nosso alcance; e depois aguardemos, com extrema segurança, para ver a salvação de Deus e a revelação de seu braço” (D&C 123:17).

Ao falar, senti o Espírito me encher de paz e poder. Prestei testemunho do grande amor de Deus por Seus filhos e da natureza divina, do incrível potencial e do valor eterno que eles possuem. Ensinei que os mandamentos de Deus são prova de Seu amor, pois proporcionam o caminho para a maior felicidade. E declarei que Jesus Cristo pode curar feridas, sejam elas naturais ou oriundas de problemas de criação.

Sem nem mesmo me dar conta, usei os trinta minutos que me tinham sido concedidos. Afastei-me lentamente do pódio, guardei meus papéis e ergui o rosto. Reinava um silêncio sagrado. Algumas pessoas estavam sorrindo e outras, chorando. Os professores que tinham opiniões divergentes me agradeceram por minha coragem e convicção. Uma colega confessou ter sido tocada por um “espírito especial” enquanto eu falava. Outros me disseram que nunca tinham ouvido uma exposição tão sensata e respeitosa dessas crenças e que minhas palavras os tinham ajudado a ver que o currículo da escola precisava mudar.

O Mestre, que apaziguara a tormenta ordenando: “Cala-te, aquieta-te” (Marcos 4:39) o fizera de novo — desta vez para mim!

Por meio daquela experiência pessoal, aprendi que nunca estamos sozinhos quando defendemos a verdade. O auxílio do Senhor está sempre por perto. Como Ele mesmo prometeu: “Irei adiante de vós. Estarei a vossa direita e a vossa esquerda e meu Espírito estará em vosso coração e meus anjos ao vosso redor para vos suster” (D&C 84:88).

Do fundo da alma, testifico que Ele é um Deus de libertação. Conheço essa verdade porque Ele me resgatou. Ele apaziguou minhas tempestades.