A Promessa do Natal
Aproveitemos este Natal para renovar nossos convênios de seguir o Salvador e de fazer Sua vontade, assim como Ele cumpriu a vontade de nosso Pai Celestial.
Não podemos compreender plenamente o significado do Natal a menos que compreendamos o significado da vida, da Expiação e da Ressurreição do Salvador.
Não consigo pensar no nascimento do Salvador sem pensar em Suas palavras para Pilatos: “Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (João 18:37).
Ao iniciarmos o período natalino, ponderemos as profecias das escrituras sobre o Salvador. Não se trata apenas de declarações aleatórias de coincidências, mas sim de afirmações profundas de propósito e promessa sobre Sua vida e missão e sobre o que Ele significa para cada um de nós.
Profecias de Sua Vinda
A vinda de Cristo foi predita há milênios. Cerca de 2.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, Abraão ensinou sobre o papel Dele no plano da salvação. Cerca de 1.400 anos antes de Seu nascimento, Moisés ensinou as mesmas verdades maravilhosas. Cerca de 700 anos antes de Seu nascimento, Isaías revelou as circunstâncias de Seu nascimento, Sua vida e Sua morte:
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Isaías 7:14).
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos. (…)
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; (…) e pelas suas pisaduras fomos sarados. (…)
Como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; (…)
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca” (Isaías 53:3–5, 7–9).
Não muito tempo depois da profecia de Isaías, o profeta Leí teve um sonho profundo e ensinou à família o que aprendera. Néfi registrou: “Sim, seiscentos anos depois de meu pai ter deixado Jerusalém, o Senhor Deus levantaria um profeta entre os judeus—um Messias, ou, em outras palavras, um Salvador do mundo” (1 Néfi 10:4).
Leí também falou sobre o grande número de profetas que tinham testificado a respeito da vinda do Redentor do mundo (ver 1 Néfi 10:5).
A Promessa do Natal
O Evangelho de Lucas registra que, antes do nascimento do Salvador, Sua mãe foi visitar às pressas sua prima Isabel.
“E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.
E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre” (Lucas 1:41–42).
Assim como o Espírito Santo prestou testemunho a Isabel, presta testemunho para nós do cumprimento das palavras dos profetas. O Salvador veio e realizou o trabalho que Seu Pai O enviara para fazer.
Acerca do Salvador, Néfi registrou:
“E eu olhei e tornei a ver a virgem carregando uma criança nos braços.
E disse-me o anjo: Eis o Cordeiro de Deus, sim, o Filho do Pai Eterno!” (1 Néfi 11:20–21).
Quando tinha 12 anos, o Salvador ensinou no templo. Explicou a Seus pais preocupados que estava tratando dos negócios de Seu Pai (ver Lucas 2:42–49).
Esses negócios foram levados a efeito quando Ele, em seguida, cumpriu Sua missão terrena. O Salvador descreve o ponto culminante dessa missão com estas palavras comoventes:
“Vim aos meus e os meus não me receberam. E as escrituras relativas a minha vinda cumpriram-se.
E a todos os que me receberam permiti que se tornassem os filhos [e filhas] de Deus; e o mesmo farei a todos os que crerem em meu nome, pois eis que por mim vem a redenção e em mim cumpriu-se a lei de Moisés” (3 Néfi 9:16–17).
Sua promessa de que podemos tornar-nos Seus filhos e Suas filhas se realizará quando crermos Nele e exercermos fé Nele para a obediência. Então estaremos preparados para receber o dom da vida eterna.
Ele declarou: “Eis que eu sou aquele que foi preparado desde a fundação do mundo para redimir meu povo. Eis que eu sou Jesus Cristo. (…) Em mim toda a humanidade terá vida e tê-la-á eternamente, sim, aqueles que crerem em meu nome; e eles tornar-se-ão meus filhos e minhas filhas” (Éter 3:14).
O Significado do Natal
O Natal é um momento de dar presentes, fortalecer uns aos outros e fazer nossa parte no reino de Deus. O Natal também é um momento para expressarmos nosso amor ao próximo e prestarmos testemunho do Salvador.
Uma maneira de testificarmos é termos um presépio em casa a fim de iniciarmos conversas sobre o nascimento do Senhor. Outra maneira é contar histórias como a de John Weightman em The Mansion [A Mansão].
John Weightman era um homem bem-sucedido cujas obras de caridade lhe renderam atenção e renome. Certa noite, depois de examinar uma pilha de recortes de jornal que enalteciam sua generosidade, pegou a Bíblia. Logo adormeceu, depois de ler as seguintes palavras do Salvador: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6:19).
Enquanto dormia, John encontrou-se na “cidade celestial”, viajando com pessoas que estavam ganhando mansões. Ao parar em frente de uma pequena cabana construída de materiais reciclados, o Guarda do Portão disse a John: “Esta é tua mansão”.
John protestou e citou suas muitas contribuições públicas.
“Mas elas já não foram todas registradas cuidadosamente na Terra onde te trouxeram fama?” perguntou o Guarda do Portão. “Já recebeste teu galardão por elas. Esperavas ser pago em dobro?”1
Neste período de Natal, espero que cada um de nós tenha a oportunidade de fazer doações anônimas.
Obter a Promessa
Todas as semanas, ao participarmos da ordenança do sacramento, renovamos a promessa do nascimento do Salvador em nossa própria vida. Tomamos Seu nome sobre nós e renovamos nosso convênio de obediência e nossa promessa de recordá-Lo sempre.
O evangelho, conforme registrado em Doutrina e Convênios, é este:
“Que ele veio ao mundo, sim, Jesus, para ser crucificado pelo mundo e para tomar sobre si os pecados do mundo e para santificar o mundo e purificá-lo de toda iniquidade;
Para que, por intermédio dele, fossem salvos todos” (D&C 76:41–42).
Aproveitemos este Natal para renovar nossos convênios de seguir o Salvador e de fazer Sua vontade, assim como Ele cumpriu a vontade de nosso Pai Celestial. Se assim o fizermos, as palavras do povo do rei Benjamim, registradas 125 anos antes do nascimento do Salvador, serão cumpridas para nós hoje: “Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nosso coração seja purificado; porque cremos em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que criou o céu e a Terra e todas as coisas; que descerá entre os filhos dos homens” (Mosias 4:2).
Testifico que o Salvador veio no meridiano dos tempos e que voltará. Presto testemunho de que Sua Igreja, restaurada nesta última dispensação antes de Sua Segunda Vinda, é a “obra maravilhosa e um assombro” (2 Néfi 25:17) em que nós, como santos dos últimos dias, estamos engajados.