CLÁSSICOS DO EVANGELHO
Os Três Jardins de Deus
Extraído de “O Poder Purificador do Getsêmani”, A Liahona, julho de 1985, p. 9. A pontuação e o uso de maiúsculas foram padronizados.
Este foi o último testemunho apostólico do Élder McConkie na mortalidade. Ele faleceu duas semanas depois.
Acompanhem-me na busca de um conhecimento perfeito e inequívoco da Expiação.
Sinto, e o Espírito parece confirmar, que a doutrina mais importante que posso proclamar e o testemunho mais veemente que posso prestar é sobre o sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo.
Sua Expiação é o evento mais sublime que já ocorreu ou ocorrerá desde a aurora da Criação até a eternidade sem fim.
É o supremo ato de bondade e graça que somente um deus poderia realizar. Por meio dele, todos os termos e condições do plano eterno de salvação elaborado pelo Pai tornaram-se operantes. (…)
Para discorrer sobre essas coisas maravilhosas, usarei minhas próprias palavras, embora vocês talvez venham a achar que são as palavras das escrituras ditas por outros apóstolos e profetas.
É verdade que foram proclamadas antes por outras pessoas, mas agora são minhas, pois o Espírito Santo de Deus testificou para mim que são verdadeiras, e agora é como se o Senhor as tivesse revelado para mim em primeira mão. Assim, ouvi Sua voz e conheço Sua palavra. (…)
Convido-os a me acompanhar na busca de um conhecimento perfeito e inequívoco da Expiação.
Precisamos deixar de lado as filosofias dos homens e a erudição dos sábios e dar ouvidos ao Espírito que nos é concedido para nos guiar a toda a verdade.
Precisamos examinar as escrituras, aceitá-las como o pensamento, a vontade e a voz do Senhor e o próprio poder de Deus para a salvação.
Ao lermos, ponderarmos e orarmos, virá à nossa mente a visão dos três jardins de Deus: o Jardim do Éden, o Jardim do Getsêmani e o Jardim do Sepulcro Vazio, onde Jesus apareceu para Maria Madalena.
No Éden, veremos todas as coisas criadas em estado paradisíaco — sem morte, sem procriação, sem experiências probatórias.
Compreenderemos que essa criação, hoje desconhecida para o homem, era a única maneira de possibilitar a Queda.
Então veremos Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, descerem de sua condição de glória imortal e paradisíaca para tornarem-se os primeiros humanos mortais da Terra.
A mortalidade, que inclui a procriação e a morte, entrará no mundo. E por causa da transgressão, começará um estado probatório de tribulações e testes.
Então no Getsêmani veremos o Filho de Deus resgatar o homem da morte temporal e espiritual que nos sobrevieram em virtude da Queda.
E, por fim, diante do sepulcro vazio, constataremos que Cristo nosso Senhor rompeu as correntes da morte e Se ergueu para sempre triunfante sobre a sepultura.
Assim, a Criação é a origem da Queda, pela Queda veio a mortalidade e a morte, e por Cristo veio a imortalidade e a vida eterna.
Se não tivesse havido a Queda de Adão, por meio da qual advém a morte, não poderia haver a Expiação de Cristo, por meio da qual vem a vida.
E agora, no que tange a essa Expiação perfeita, realizada com o derramamento do sangue de Deus, testifico que ela ocorreu no Getsêmani e no Gólgota, e no tocante a Jesus Cristo, testifico que Ele é o Filho do Deus vivo e foi crucificado pelos pecados do mundo. Ele é nosso Senhor, nosso Deus e nosso Rei. Isso sei por mim mesmo, independentemente de qualquer outra pessoa.
Sou uma de Suas testemunhas, e um dia sentirei as marcas dos cravos em Suas mãos e em Seus pés e molharei Seus pés com minhas lágrimas.
Mas, nesse momento não saberei melhor do que já sei agora, que Ele é o Filho Onipotente de Deus, que Ele é nosso Salvador e Redentor e que a salvação vem por meio de Seu sangue expiatório e de nenhuma outra forma.
Que Deus permita que todos nós andemos na luz, já que Deus nosso Pai está na luz, a fim de que, de acordo com as promessas, o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifique de todo pecado.