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A Grande Pedra de Tropeço de Sião
Extraído de “Acautelai-vos do Orgulho”, A Liahona, julho de 1989, p. 3. Pontuação padronizada.
O orgulho é essencialmente competitivo por natureza.
O orgulho é um pecado muito mal compreendido, e muitos pecam por ignorância (ver Mosias 3:11; 3 Néfi 6:18). Nas escrituras, o orgulho nunca é considerado justo — sempre é pecado. (…)
O cerne do orgulho é a inimizade — inimizade para com Deus e para com nossos semelhantes. Inimizade quer dizer “ódio, hostilidade ou oposição”. É o poder pelo qual Satanás quer reinar sobre todos nós.
O orgulho é essencialmente competitivo por natureza. Colocamo-nos em oposição à vontade de Deus. Quando lançamos nosso orgulho contra Deus, é no sentido de “seja feita a minha vontade e não a Tua”. (…)
Nosso desejo de competir com a vontade de Deus dá vazão desenfreada aos desejos, aos apetites e às paixões (ver Alma 38:12; 3 Néfi 12:30).
O orgulhoso não consegue aceitar que sua vida seja dirigida pela autoridade de Deus (ver Helamã 12:6). Ele opõe sua percepção da verdade ao conhecimento maior de Deus, sua capacidade ao poder do sacerdócio de Deus, suas realizações às poderosas obras Dele.
(…) Os orgulhosos querem que Deus concorde com eles. Não estão interessados em mudar de opinião para concordar com Deus.
Outro componente importante desse pecado tão frequente é a inimizade para com nossos semelhantes. Somos tentados diariamente a considerar-nos melhores do que os outros e a diminuí-los (ver Helamã 6:17; D&C 58:41).
Os orgulhosos fazem de todos os homens seus adversários, lançando seu intelecto, suas opiniões, suas obras, suas posses, seus talentos ou qualquer outro mecanismo mundano de medida contra seus semelhantes. Nas palavras de C. S. Lewis: “O prazer do orgulho não está em se ter algo, mas somente em se ter mais que a pessoa ao lado. (…) É a comparação que torna uma pessoa orgulhosa: o prazer de estar acima do restante dos seres. Eliminado o elemento de competição, o orgulho se vai” (Cristianismo Puro e Simples, 2005, p. 44). (…)
O orgulhoso teme mais o julgamento dos homens do que o de Deus (ver D&C 3:6–7; 30:1–2; 60:2). A pergunta “O que os homens acharão de mim?” pesa mais do que “O que Deus achará de mim?” (…)
Quando o orgulho toma conta de nosso coração, perdemos nossa independência do mundo e entregamos nossa liberdade ao cativeiro do julgamento humano. O mundo fala muito mais alto do que os sussurros do Espírito Santo. O raciocínio dos homens prevalece sobre as revelações de Deus, e o orgulhoso larga a barra de ferro (ver 1 Néfi 8:19–28; 11:25; 15:23–24). (…)
O orgulho é a grande pedra de tropeço no caminho de Sião. Repito: O orgulho é a grande pedra de tropeço no caminho de Sião. (…)
Temos de ceder “ao influxo do Santo Espírito”, despojar-nos do orgulhoso “homem natural”, santificar-nos “pela expiação de Cristo, o Senhor”, e tornar-nos “como uma criança, [submissos, mansos e humildes]” (Mosias 3:19; ver também Alma 13:28).