Até Voltarmos a Nos Encontrar
A Verdadeira Natureza de Deus
Extraído de “A Grandiosidade de Deus”, A Liahona, novembro de 2003, p. 70.
Jesus Cristo foi a perfeita manifestação do amor e da preocupação que o Pai tem por nós.
Após gerações de profetas terem tentado ensinar à humanidade a vontade e o caminho do Pai, geralmente com pouco sucesso, Deus, em Seu empenho máximo de fazer com que O conhecêssemos, enviou à Terra o Seu Filho Unigênito e perfeito, criado à Sua própria imagem e semelhança, para viver e servir entre os mortais nos rigores da vida diária.
Vir à Terra com tamanha responsabilidade, a de representar Eloim — falar o que Ele falaria, julgar e servir, amar e advertir, demonstrar compaixão e perdoar, como Ele o faria —, é um dever de proporções tão gigantescas que está muito além de nossa compreensão. Mas, com lealdade e determinação que seriam a característica de um filho divino, Jesus compreendeu essa tarefa e cumpriu-a. Então, quando o louvor e a honra começaram a vir, Ele humildemente dirigiu todas as honras ao Pai.
“O Pai (…) é quem faz as obras”, disse Ele com sinceridade. “O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se não o vir fazer o Pai; porque tudo quanto [o Pai] faz, o Filho o faz igualmente” (João 14:10; João 5:19). Em outra ocasião, Ele disse: “Eu falo do que vi junto de meu Pai” (João 8:38). (…)
Em nossos dias, algumas pessoas têm uma concepção perturbadoramente errônea [de Deus, nosso Pai Eterno]. Entre essas pessoas há uma tendência de sentirem-se distantes do Pai, até mesmo isoladas Dele, se é que chegam a crer Nele. Por causa de uma interpretação errônea (e certamente em alguns casos uma tradução errada) da Bíblia, essas pessoas têm a ideia de que Deus, o Pai, e Jesus Cristo agem de modo muito diferente apesar de que, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, o Filho de Deus sempre é o mesmo, agindo como sempre fez, sob a direção do Pai, que também é o mesmo “ontem, hoje e para sempre”.1
Portanto, ao alimentar o faminto, curar o enfermo, repreender a hipocrisia, rogar pela fé, Cristo estava nos mostrando o caminho para o Pai, Aquele que é “misericordioso e compassivo, lento para irar-se, paciente e cheio de bondade”.2 Em Sua vida e especialmente em Sua morte, Cristo estava declarando: “Esta é a compaixão de Deus que vos manifesto, bem como a minha própria compaixão”. Na manifestação do perfeito amor do Pai pelo Filho perfeito, em Seu sofrimento mútuo e na tristeza que compartilhavam pelos pecados e pelos sofrimentos de todos nós, vemos o significado pleno desta declaração: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3:16–17).