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O que aprendi na última fileira da reunião sacramental
Uma experiência na reunião sacramental me ensinou como Cristo ministra individualmente.
Em um domingo, fui ouvir o discurso de um amigo que havia retornado da missão. Quando cheguei, percebi que não conhecia muitas pessoas na congregação, por isso me sentei sozinho no fundo da capela.
Pouco depois, o sacramento foi distribuído. Havia apenas três pessoas no longo banco da última fileira, de um lado, um casal de idosos, e do outro, eu. Sentei-me ali em silêncio e, quando um dos diáconos chegou à nossa fileira com a água, me aproximei do casal para que eles não precisassem andar por todo o banco só para me dar a água.
Mas, como eu tinha mudado de lugar, os diáconos ficaram confusos, sem saber se eu tinha recebido o sacramento. Depois que os diáconos entregaram as bandejas aos sacerdotes, houve um debate entre eles. Vi um dos sacerdotes ir até o bispo e lhe fazer uma pergunta, e o bispo fez um sinal com a cabeça, concordando. Em seguida, um diácono, com uma bandeja de pão na mão, veio caminhando até mim e perguntou: “Você comeu o pão, não comeu?”
Concordei rapidamente e o diácono voltou para a frente da capela. A princípio, fiquei envergonhado por ter causado uma interrupção. Mas então pensei nas implicações espirituais da situação: os portadores do sacerdócio, representantes de Jesus Cristo, estavam preocupados se eu não teria recebido os emblemas do corpo e do sangue de Cristo e se esforçaram para que eu pudesse participar plenamente da ordenança.
Ser um verdadeiro discípulo
As ações dos portadores do sacerdócio durante a reunião sacramental me lembraram do que Cristo faria em uma situação semelhante — Ele Se esforçaria para ministrar individualmente. O élder Joseph B. Wirthlin (1917–2008), do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo sempre se preocuparam com cada pessoa”.1
Para sermos como o Salvador, devemos sempre buscar aqueles que se sentem perdidos ou esquecidos e ajudá-los a voltar para junto das noventa e nove. Para aqueles que estão tendo dificuldades, às vezes, simplesmente ser um exemplo cristão pode abrir o coração de alguém e fazer brotar a semente da fé. O presidente Thomas S. Monson (1927–2018) ensinou: “Ao seguirmos o exemplo do Salvador, teremos a oportunidade de ser uma luz na vida das pessoas”.2
Ser como o Salvador pode trazer muitas oportunidades de ajudar outras pessoas a se achegarem a Ele. Muitas vezes me surpreendo com quantas pessoas ao meu redor têm perguntas sobre o evangelho restaurado de Jesus Cristo e me abordam simplesmente por causa do meu exemplo. Gosto de ajudá-las a entender mais sobre quem somos, no que acreditamos e como Cristo está no centro de tudo o que fazemos.
Tomar Seu nome sobre nós
Essa experiência com o sacramento também me ajudou a entender melhor a santidade da ordenança e como ela nos permite renovar nossos convênios com o Pai Celestial e nos tornar melhores discípulos de Cristo.
As orações sacramentais dizem: “Que desejam tomar sobre si o nome de teu Filho e recordá-lo sempre e guardar os mandamentos que ele lhes deu” (Morôni 4:3). E que melhor maneira haveria de tomar sobre nós o nome de Cristo, lembrar-se Dele e guardar Seus mandamentos do que seguir Seu exemplo ao ministrar individualmente? Buscar e orar por oportunidades de encontrar aqueles que estão perdidos é uma maneira de guardar nossos convênios e expressar nossa gratidão pelo Salvador.
O Senhor disse: “E, se trabalhardes todos os vossos dias clamando arrependimento a este povo e trouxerdes a mim mesmo que seja uma só alma, quão grande será vossa alegria com ela no reino de meu Pai!” (Doutrina e Convênios 18:15). Seja essa alma um membro da família ou um amigo que esteja tendo dificuldades com sua fé, ou um visitante sobre quem nos certificamos de que receba o sacramento, devemos ter sempre os olhos abertos para cada pessoa.
Sei que Jesus Cristo vive e está cuidando de nós porque, para Ele, somos únicos. Em troca, podemos cuidar das pessoas ao nosso redor e guiá-las para Sua luz também.