Alma 42, parte 1

“Um Deus perfeito, justo e também um Deus misericordioso”

Viver em um mundo decaído com nossa perspectiva limitada e mortal pode dificultar nosso entendimento da natureza completa e perfeita de nosso Pai Celestial e de Seu plano. Coriânton também teve dificuldades para entender a realidade da justiça e da misericórdia de Deus. Alma o ajudou a ampliar sua perspectiva de nosso amoroso Pai Celestial e de Seu plano para nós. Esta lição tem como objetivo ajudá-lo a entender melhor a natureza do Pai Celestial como um Ser justo e misericordioso.

A justiça e a misericórdia de Deus

Leia as seguintes situações:

• Gabriel está fazendo escolhas que quebram os mandamentos de Deus. A princípio, ele se sentiu um pouco culpado, mas decidiu que, se o Pai Celestial ama tanto Seus filhos, Ele não o puniria por seus pecados.

• Elisa está aflita porque se arrependeu de um pecado que cometeu, sentiu que foi perdoada e depois cometeu o mesmo erro. Ela acredita que não há esperança para ela porque sente que mentiu para Deus sobre seu arrependimento.

• O que pode estar incorreto no entendimento de cada um deles?

Há muitos que não entendem o amoroso e perfeito equilíbrio entre a justiça e a misericórdia do Pai Celestial e de Jesus Cristo. Ao estudar a lição de hoje, pense em como você é abençoado porque Deus é justo e misericordioso.

Alma ajudou Coriânton a entender o plano de Deus

Quando Alma continuou a aconselhar Coriânton, ele percebeu que seu filho tinha dúvidas sobre Deus e Seu plano.

Leia Alma 42:1 e identifique essa preocupação de Coriânton.

1. Responda às seguintes perguntas:

   • Quais são algumas suposições que podem levar alguém a pensar que é injusto para Deus punir os pecadores?

   • Qual é o perigo desse tipo de mal-entendido?

   • Como você vê mal-entendidos semelhantes hoje em dia?

Alma procurou ajudar Coriânton compartilhando com ele uma perspectiva mais ampla de Deus e de Seu plano. Ele começou explicando que a Queda de Adão e Eva no jardim do Éden trouxe a morte espiritual (separação de Deus) e a morte física (a morte do corpo mortal). Ver Alma 42:2–8. Depois, ensinou a Coriânton como a Queda está relacionada com a justiça e a misericórdia de Deus.

Leia Alma 42:9–12 e identifique os efeitos da Queda.

• Quais efeitos da Queda você encontrou?

As definições a seguir vão ajudá-lo a entender melhor os próximos versículos que você vai estudar.

• Justiça: “Nos termos das escrituras, justiça é a lei imutável que faz com que cada ação tenha as suas consequências. Devido à lei da justiça, recebemos bênçãos quando obedecemos aos mandamentos de Deus. A lei da justiça também exige uma penalidade para cada pecado cometido” (Tópicos do Evangelho, “Justiça”, topics.ChurchofJesusChrist.org).

• Misericórdia: “Misericórdia é tratar uma pessoa mais compassivamente do que ela merece, e isso se torna possível graças à Expiação de Jesus Cristo” (Tópicos do Evangelho, “Misericórdia”, topics.ChurchofJesusChrist.org).

Leia Alma 42:13–15 e identifique o que Alma ensinou sobre Deus e Seu plano.

• O que você aprendeu sobre o plano do Senhor?

• Que verdades você aprendeu sobre Deus nesses versículos?

Uma verdade ensinada nesses versículos é que Deus é perfeito, justo e misericordioso.

• Por que você acha que é importante saber essa verdade sobre Deus?

A justiça e a misericórdia de Deus

O élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou sobre a justiça e a misericórdia de Deus:

A justiça é um atributo essencial de Deus. Podemos ter fé em Deus porque Ele é perfeitamente confiável. As escrituras nos ensinam que “Deus não anda por veredas tortuosas nem se volta para a direita ou para a esquerda nem se desvia daquilo que disse; portanto suas veredas são retas e seu caminho é um círculo eterno” (Doutrina e Convênios 3:2) e que “Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34). Contamos com o atributo divino da justiça para ter fé, confiança e esperança.

Mas, como consequência de ser perfeitamente justo, existem algumas coisas que Deus não pode fazer. Ele não pode ser arbitrário em salvar alguns e banir outros. Ele “não [pode] encarar o pecado com o mínimo grau de tolerância” (Doutrina e Convênios 1:31). Ele não pode permitir que a misericórdia roube a justiça (ver Alma 42:25).

É uma evidência convincente de Sua Justiça o fato de Deus ter criado o princípio da misericórdia, que acompanha a justiça. É por Ele ser justo que planejou os meios para que a misericórdia desempenhasse seu papel indispensável em nosso destino eterno. (D. Todd Christofferson, “Livres para sempre, para agirem por si mesmos”, A Liahona, novembro de 2014, pp. 17–18).

• O que essa passagem o ajuda a entender sobre o Senhor?

2. Faça a atividade a seguir:

   Imagine que um(a) amigo(a) tenha a mesma preocupação que Coriânton. Ele ou ela pergunta se é justo Deus punir os pecadores.

   • O que você poderia dizer a seu amigo ou sua amiga para ajudá-lo(a) a entender a respeito da justiça e da misericórdia de Deus? (Inclua versículos ou frases de Alma 42:9–15.)

   Complete as seguintes declarações:

   • A justiça de Deus me abençoa porque

   • A misericórdia de Deus me abençoa porque

Opcional: Quer saber mais?

De que outra maneira a justiça e a misericórdia de Deus podem ser uma bênção para nós?

O élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

Tendo satisfeito as demandas da justiça, Cristo tomou o lugar da justiça, ou podemos dizer que Ele é a justiça assim como Ele é o amor (ver 1 João 4:8). Da mesma forma, além de ser um Deus perfeitamente justo, Ele é um Deus perfeitamente misericordioso (Alma 42:15, ver também Mosias 15:8–9). Assim, o Salvador endireitará todas as coisas. Nenhuma injustiça cometida na mortalidade será permanente, nem mesmo a morte, porque Ele restaura a vida novamente. Nenhuma injúria, deficiência, traição ou abuso deixará de receber no final a sua recompensa, graças a Sua sublime justiça e misericórdia. (D. Todd Christofferson, “A Ressurreição de Jesus Cristo”, A Liahona, maio de 2014, pp. 112–113)

O élder Gerrit W. Gong, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

Felizmente, podemos confiar na perfeita justiça e misericórdia de Deus para julgar perfeitamente nossas intenções e ações. (Gerrit W. Gong, “Confiar novamente”, Liahona, novembro de 2021, p. 99)

O élder Richard G. Scott (1928–2015), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou:

As exigências da justiça para as leis violadas podem ser satisfeitas pela misericórdia alcançada, por meio do seu arrependimento contínuo e da obediência às leis de Deus. Esse arrependimento e essa obediência são absolutamente essenciais para que a Expiação opere seu milagre integral na sua vida. O Redentor pode pagar a sua dívida para com a justiça e conceder o perdão por meio do caminho misericordioso do arrependimento. Graças à Expiação, você pode viver num mundo onde reina a justiça assegurando que você irá reter o que recebeu pela obediência. Por meio da misericórdia Dele, você pode diminuir as consequências das leis infringidas. (Richard G. Scott, “A Expiação pode garantir sua paz e felicidade”, A Liahona, novembro de 2006, p. 42)