Capítulo 24
Alma 5–7
Introdução
Alma deixou o cargo de juiz para poder “pregar (…) ao povo de Néfi, (…) a fim de que eles se lembrassem de seus deveres; (…) pela força de um grande testemunho contra eles” (Alma 4:19). O registro de seu trabalho entre o povo da cidade de Zaraenla e de Gideão permite que reflitamos sobre nossa própria situação espiritual diante do Senhor. Ao estudar esses capítulos, considere como as perguntas, os conselhos e o testemunho de Alma podem ajudá-lo a lembrar-se de seu dever para com Deus e o próximo. Procure as coisas que trazem o renascimento espiritual e as que o ajudarão a tomar como modelo os atributos do Salvador.
Comentários
Alma 5:7. “As Correntes do Inferno”
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Alma definiu o termo “correntes do inferno” como sendo sujeitar-nos ao adversário e colocarmo-nos em risco de destruição espiritual (ver Alma 12:6, 11).
Alma 5:12–14. Uma “Poderosa Mudança em Vosso Coração”
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O Presidente Marion G. Romney (1897–1988), da Primeira Presidência, descreveu a conversão — essa poderosa mudança no coração — como sendo um processo de transformação que envolve e afeta todos os aspectos da pessoa que passa por isso: “O verbo converter significa ‘deixar de ter uma crença e passar a ter outra, ou deixar de seguir um caminho para seguir outro’, [e] a conversão é uma ‘mudança moral que se segue a uma mudança de crenças ou convicções’. Da forma como é usado nas escrituras o verbo converter geralmente não implica apenas a mera aceitação mental de Jesus e Seus ensinamentos, ele também implica uma fé motivadora no Salvador, fé essa que opera uma transformação, uma mudança real em nossa compreensão do significado da vida e em nossa fidelidade a Deus, seja em interesses, pensamentos ou conduta. Apesar de ser possível que a conversão aconteça em estágios, ninguém está realmente convertido no sentido completo da palavra até que, no coração, seja uma nova pessoa” (Conference Report, outubro de 1975, pp. 107–108; ou Ensign, novembro de 1975, p. 71).
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O Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) citou algumas características das pessoas que passaram por uma poderosa mudança no coração.
“Quando decidimos seguir a Cristo, decidimos mudar. (…)
O Senhor opera de dentro para fora. O mundo opera de fora para dentro. O mundo procura tirar as pessoas da miséria das favelas. Cristo tira a miséria das pessoas, e então, elas mesmas se livram das favelas. O mundo procura moldar os homens modificando o ambiente em que eles vivem. Cristo modifica os homens, que então transformam seu ambiente. O mundo procura moldar o comportamento humano; Cristo, porém, consegue mudar a natureza humana. (…)
Sim, Cristo muda o homem, e os homens transformados podem mudar o mundo.
Os homens transformados por Cristo serão capitaneados por Ele e perguntarão como Paulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ (Atos 9:6). Disse Pedro que eles ‘seguirão as suas pisadas’ (I Pedro 2:21). João disse que eles andarão ‘como ele andou’ (I João 2:6).
(…) Finalmente, os homens capitaneados por Cristo Nele se consumirão. Parafraseando o que disse o presidente Harold B. Lee, eles acendem a chama em outros, porque sua própria chama está acesa (ver Stand Ye in Holy Places, Salt Lake City, Deseret Book Co., 1974, p. 192).
“A vontade desses homens será absorvida pela vontade de Cristo (ver Mosias 15:7).
Sempre fazem as coisas que agradam o Senhor (ver João 8:29).
Não só morreriam pelo Senhor, mas, o que é mais importante, eles querem viver para o Senhor.
Entrando no lar de um deles, os quadros nas paredes, os livros na estante, a música no ar, suas palavras e seus atos mostram que são cristãos.
Eles servem de testemunhas de Deus em todos os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares (ver Mosias 18:9).
Têm Cristo em mente, pois buscam-No em cada pensamento (ver D&C 6:36).
Têm Cristo no coração, pois seu afeto Lhe pertence para sempre (ver Alma 37:36).
Quase toda semana participam do sacramento e voltam a testificar ao Pai Eterno que estão dispostos a tomar sobre si o nome de Seu Filho, lembrar-se sempre Dele e guardar Seus mandamentos (ver Morôni 4:3).” (Conference Report, outubro de 1985, pp. 4–6; ver também A Liahona, outubro de 1989, pp. 2, 5–6).
Alma 5:14. “Nascido de Deus”
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O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, descreveu como a conversão leva uma pessoa a nascer de novo:
“Conversão significa ‘voltar-se para’ algo. Conversão significa desviar-se dos caminhos do mundo para os caminhos do Senhor e permanecer neles. A conversão inclui o arrependimento e a obediência. A conversão efetua uma vigorosa mudança no coração [ver Mosias 5:2; Alma 5:12–14]. Desse modo, o verdadeiro converso ‘nasce de novo’ [ver João 3:3–7; Mosias 27:24–26] e anda em novidade de vida [ver Romanos 6:3–4].
Como verdadeiros conversos, ficamos motivados a fazer o que o Senhor deseja que façamos [ver Mosias 5:2–5] e ser o que Ele deseja que sejamos [ver 3 Néfi 27:21, 27]” (Conference Report, outubro de 2005, p. 90; ou ver “Jesus Cristo — o Mestre Que Cura”, A Liahona, novembro de 2005, p. 85).
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O Profeta Joseph Smith (1805–1844) declarou que “nascer de novo acontece por meio do Espírito de Deus, por meio das ordenanças” (History of the Church, vol. 3, p. 392).
O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, descreveu o verdadeiro milagre que é nascer de novo: “Talvez o maior milagre (…) seja o da cura das almas que adoeceram com o pecado, de forma que os espiritualmente cegos, surdos e enfermos voltem a ser puros e limpos, voltem a ser herdeiros da salvação. Talvez o maior de todos os milagres seja o que acontece na vida de cada pessoa que nasce de novo; que recebe o poder santificador do Santo Espírito de Deus em sua vida; que extirpa o pecado e o mal de sua alma como que por fogo; que volta a viver espiritualmente” (The Mortal Messiah, Book 4, 1981, vol. 3, p. 269).
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Para mais comentários sobre nascer de Deus, ver a seção de comentários referentes a Mosias 5:2 (página 151) e Mosias 27:25 (páginas 173–174).
Alma 5:14, 19. “A Imagem de Deus Gravada em Vosso Semblante”
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Quando era Assistente do Quórum dos Doze Apóstolos, o Élder Theodore M. Burton (1907–1989) observou que quem segue o Pai Celestial passa a parecer-se mais com Ele. “Se aceitarmos verdadeiramente a Deus e vivermos de acordo com Seus mandamentos, Ele operará uma grande mudança em nossa aparência e nosso aspecto passará a ser mais semelhante ao do Pai Celestial, em cuja imagem fomos criados. Quando conhecemos homens e mulheres que estão tentando viver de modo a seguir ao Senhor de perto, seria isso o que reconhecemos em seu semblante? (Conference Report, outubro de 1973, p. 151; ver também Ensign, janeiro de 1974, p. 114).
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O Presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, recontou este incidente em que um amigo da Igreja fez um comentário sobre a luz do semblante dos estudantes da Igreja:
“Lembrei-me, recentemente, de uma reunião histórica em Jerusalém há cerca de 17 anos para tratar do arrendamento do terreno onde o Centro Jerusalém da Universidade Brigham Young para Estudos do Oriente Próximo foi depois construído. Antes que esse arrendamento pudesse ser assinado, o Presidente Ezra Taft Benson e o Élder Jeffrey R. Holland, na época Reitor da Universidade Brigham Young, fizeram um acordo com o governo israelense, em nome da Universidade Brigham Young, de que não haveria proselitismo em Israel.
Talvez vocês estejam imaginando por que concordamos em não fazer proselitismo. Foi-nos exigido aceitar o acordo se quiséssemos obter o alvará de construção para aquele edifício magnífico que se encontra na histórica cidade de Jerusalém. Até onde sabemos, a Igreja e a BYU vêm honrando e mantendo conscienciosamente esse acordo de não proselitismo. Depois que o arrendamento foi assinado, um de nossos amigos comentou, com perspicácia: ‘Oh, sabemos que vocês não vão fazer proselitismo, mas o que farão a respeito da luz que existe nos olhos deles?’ Referindo-se aos nossos alunos que estudavam em Israel” (Conference Report, outubro de 2005, p. 19; ou ver “A Luz nos Olhos Deles”, A Liahona, novembro de 2005, p. 20).
Alma 5:21–22. “Vestimentas (…) Limpas de Qualquer Mancha”
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A menção a “vestimentas” em Alma 5:22 refere-se a nossa situação espiritual diante do Senhor. O Élder Lynn A. Mickelsen, dos Setenta, explicou a semelhança entre a purificação pela qual passamos graças à Expiação e o ato de lavar roupas sujas: “Há um paralelo entre o fato de nossas vestimentas serem limpas pelo sangue do Cordeiro e a maneira pela qual lavamos nossa roupa suja. É por meio de Seu sacrifício expiatório que nossas vestimentas serão limpas. A referência das escrituras às vestimentas abrange todo o nosso ser. A necessidade de purificação surge quando somos maculados pelo pecado. O julgamento e o perdão são prerrogativas do Salvador, pois só Ele pode perdoar-nos e purificar-nos de nossos pecados [ver Alma 5:21–27; D&C 64:10]” (Conference Report, outubro de 2003, p. 9; ou “A Expiação, o Arrependimento e a Roupa Suja”, A Liahona, novembro de 2003, p. 10).
Alma 5:28. Estar “Despidos de Orgulho”
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Para comentários sobre a questão do orgulho, ver a seção de comentários referentes a Helamã 3:33–34, 36; 4:12 (página 282) e Helamã 12:5–6 (página 296).
Alma 5:29. Estar “Despidos de Inveja”
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O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que a inveja, que é gerada pelas influências mundanas, é oposta ao perfeito amor de Deus:
“Diz-se que a inveja é o único pecado que ninguém confessa prontamente, mas é o provérbio dinamarquês que sugere quão disseminada pode ser essa tendência: ‘Se a inveja fosse uma febre, o mundo todo estaria doente’. (…) Quando os outros parecem crescer a nossa vista, pensamos que por isso estamos menores. Assim, infelizmente, agimos de maneira menos digna.
Como isso acontece, principalmente quando desejamos tanto que não aconteça? Acho que pelo menos uma das razões para isso é que a cada dia vemos tentações de um tipo ou de outro que nos dizem que o que temos não é o suficiente. Alguém ou algo está sempre nos dizendo que precisamos ser mais bonitos ou mais ricos, mais aplaudidos ou mais admirados do que somos. É-nos dito que não temos propriedades suficientes nem vamos a lugares muito divertidos. Somos bombardeados com a mensagem de que fomos pesados na balança das coisas do mundo, e foi determinado que estamos em falta [ver Daniel 5:27] (…).
Contudo, Deus não age dessa forma. (…)
(…) Testifico que nenhum de nós é menos amado ou menos querido por Deus do que outros. Testifico que Ele ama a cada um de nós — com nossas inseguranças, nossas ansiedades, nossa autoimagem e tudo o mais. Ele não nos julga por nossos talentos ou nossa aparência; Ele não nos julga por nossa profissão nem por nossas posses. Ele vibra com todo corredor, alertando-os que a corrida é contra o pecado, não uns contra os outros. Sei que se formos fiéis, seremos cobertos com um manto de justiça confeccionado sob medida para cada um, [ver Isaías 61:10; 2 Néfi 4:33; 9:14], vestes branqueadas no sangue do Cordeiro [ver Apocalipse 7:14]. [Incentivemos] uns aos outros em nosso empenho de conquistar esse prêmio” (Conference Report, abril de 2002, pp. 72, 74; ou “O Outro Filho Pródigo”, A Liahona, julho de 2002, p. 69).
Alma 5:46–47. “O Espírito de Revelação”
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Alma viu um anjo, mas em Alma 5:46–47, testificou que foi por meio do jejum e da oração que veio a saber o que sabia, não por causa da aparição do anjo. O Presidente Heber J. Grant (1856–1945) explicou: “Muitos dizem: ‘Se pelo menos eu visse um anjo, se pelo menos eu ouvisse a voz de um anjo proclamando algo, isso me faria permanecer fiel para o resto da vida!’ Isso não surtiu efeito algum naqueles homens [Lamã e Lemuel] que não serviam ao Senhor e não surtiria efeito algum hoje” (Conference Report, abril de 1924, p. 159).
O Presidente Joseph Fielding Smith (1876–1972) explicou por que o Espírito Santo pode ter mais impacto do que a aparição de um anjo: “Cristo (…) declarou que as manifestações (…) por meio da aparição de um anjo, de um ser ressurreto tangível, não deixariam em nós uma impressão tão profunda (…) quanto a deixada pela manifestação do Espírito Santo. A impressão deixada pela visitação de um anjo pode perder a força com o passar do tempo, mas a orientação do Espírito Santo se renova e continua dia após dia, ano após ano, se vivermos de forma a merecê-la” (ver Doutrinas de Salvação, comp. por Bruce R. McConkie, 3 vols., 1994, vol. I, pp. 48–49).
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O espírito de revelação é a comunicação de Deus com a mente e o coração do homem pelo poder do Espírito Santo (ver D&C 8:2). O Élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou a reconhecer as comunicações do Espírito Santo:
“Vêm-nos à mente uma impressão bem específica.
Ouvimos ou sentimos palavras específicas e escrevemos como se estivéssemos anotando um ditado.
Normalmente a comunicação com o nosso coração é uma impressão mais geral. O Senhor muitas vezes começa dando-nos impressões. Quando reconhecemos sua importância e as obedecemos, passamos a ser mais capazes de receber orientações mais detalhadas que nos vêm à mente. Quando atendemos a uma impressão que nos vem ao coração, ela é reiterada por orientações mais detalhadas que nos vêm à mente” [“Helping Others to Be Spiritually Led” (Simpósio do Sistema Educacional sobre Doutrina e Convênios, 11 de agosto de 1998), pp. 3–4; ver LDS.org em gospel library/additional addresses/CES addresses].
Alma 5:53–54. As “Coisas Vãs do Mundo”
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A palavra vão (ou “vã”) significa “que é falto de conteúdo ou se encontra vazio (…); inútil, que não tem valor ou importância real; fútil, insignificante. (…) Indivíduo vaidoso, presunçoso [ou seja que tem opinião demasiado boa e lisonjeira sobre si mesmo ou que sente ou demonstra orgulho pelo sucesso obtido por ele mesmo] ” (ver Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 2.0.1, 2007).
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O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, aconselhou os membros da Igreja a não concentrarem-se nas coisas vãs do mundo: “Jesus ensinou que ‘a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui’ (Lucas 12:15). Consequentemente, não devemos juntar ‘tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam’ (Mateus 6:19). Em outras palavras, os tesouros de nosso coração, ou seja, nossas prioridades, não devem ser o que as escrituras chamam de riquezas (…) [e] coisas vãs deste mundo’ (Alma 39:14). As ‘coisas vãs deste mundo’ incluem toda combinação deste quarteto mundano: propriedade, presunção, proeminência e poder. A respeito de todas essas coisas, as escrituras advertem- nos, dizendo: ‘Não podes carregá-las contigo’ (Alma 39:14). Devemos buscar o tipo de tesouro que as escrituras prometem aos fiéis: ‘Grandes tesouros de conhecimento, sim, tesouros ocultos’ (D&C 89:19)” (Conference Report, abril de 2001, p. 109; ou “Enfoque e Prioridades”, A Liahona, julho de 2001, p. 99).
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O Élder Jeffrey R. Holland também observou que a vaidade referente à aparência física é perigosa para o espírito: “Em termos de preocupação consigo mesma e obsessão pela aparência física, isso é mais do que uma insanidade social; é algo espiritualmente destrutivo e responsável por grande parte da infelicidade (…) no mundo moderno. E se [os adultos] estão [preocupados] com a aparência — cortando, esticando e fazendo implantes e remodelando tudo o que pode ser remodelado — essas pressões e ansiedades sem dúvida afetarão as crianças. Em certo ponto, o problema se torna o que o Livro de Mórmon chamou de ‘fantasias vãs’ [1 Néfi 12:18]. Na sociedade do mundo, tanto a vaidade quanto a fantasia estão descontroladas. Seria preciso um vasto conjunto de produtos de maquiagem para a pessoa competir com o que é retratado nos meios de comunicação a nossa volta” (Conference Report, outubro de 2005, pp. 30–31; ou “Para as Moças”, A Liahona, novembro de 2005, p. 28).
Alma 5:57. “Afastai-Vos dos Iníquos, Conservai-Vos Separados”
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O Élder David R. Stone, dos Setenta, falou de como as técnicas usadas na construção do Templo de Manhattan, em Nova York, servem de modelo de como afastar-nos da influência do mundo:
“Gente demais no mundo está-se parecendo com a antiga Babilônia, trilhando seu próprio caminho e seguindo um deus ‘cuja imagem é à semelhança do mundo’ [D&C 1:16].
Um dos grandes desafios que enfrentaremos é o de sermos capazes de viver no mundo, mas, de alguma forma, não sermos do mundo. Temos que criar Sião no meio da Babilônia. (…)
Meu envolvimento com a construção do Templo de Manhattan deu-me a oportunidade de estar no templo várias vezes antes de sua dedicação. Era maravilhoso sentar-me na sala celestial e ficar lá em perfeito silêncio, sem ouvir um único som vindo das barulhentas ruas de Nova York. Como era possível que o templo fosse tão reverentemente silencioso quando a agitação da metrópole estava apenas a alguns metros dali?
A resposta estava na construção do templo. O templo foi construído a partir de paredes já existentes e as paredes internas do templo conectavam-se com as paredes externas apenas em alguns pontos de junção. Dessa maneira, o templo (Sião) limitava os efeitos da Babilônia ou do mundo lá fora.
Deve haver uma lição para nós nisso tudo. Podemos criar a verdadeira Sião entre nós, limitando a influência da Babilônia em nossa vida.
(…) Onde quer que estejamos, em qualquer cidade que vivamos, podemos erguer a nossa Sião, se vivermos de acordo com os princípios da lei do reino celestial e sempre procuramos ser puros de coração. (…)
Não precisamos tornar-nos marionetes nas mãos da cultura do lugar ou da época. Podemos ser corajosos e andar nos caminhos do Senhor, seguindo Seus passos” (Conference Report, abril de 2006, pp. 94–97; ou “Sião em Meio à Babilônia”, A Liahona, maio de 2006, p. 90).
Alma 5:57–58; 6:3. “Nomes Apagados”
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Para discutir a questão de apagarem-se nomes, consulte a seção de comentários referentes a Mosias 26:32–36 (página 172) e Morôni 6:7 (página 412).
Alma 7:10. Jesus Nasceria em Jerusalém
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O Presidente Joseph Fielding Smith explicou a declaração de Alma quanto a onde se daria o nascimento do Salvador.
“O Livro de Mórmon não entra em conflito nem contradição com nenhuma verdade registrada na Bíblia. A leitura atenta do que Alma disse revela que ele não tinha intenção de declarar que Jesus nasceria em Jerusalém. Alma sabia a verdade, bem como Joseph Smith e aqueles que com ele trouxeram o Livro de Mórmon à luz. Se Alma tivesse dito ‘nascerá em Jerusalém, que é a cidade de nossos antepassados’, isso seria outra coisa totalmente diferente. Então poderíamos dizer que ele cometeu um erro. Alma não cometeu erro algum e o que ele disse é verdade.
O Dr. Hugh Nibley, em seu curso An Approach to the Book of Mormon, que foi estudado pelo sacerdócio em 1957, na lição 8, página 85, tem o seguinte a dizer quanto ao assunto:
‘(…) Um dos pontos mais atacados do Livro de Mórmon é a declaração, em Alma 7:10, de que o Salvador nasceria “em Jerusalém, que é a terra de nossos antepassados”. Nesse trecho, Jerusalém não é a cidade que fica “na terra de nossos antepassados”, ela é a própria terra dos antepassados. Cristo nasceu em uma vila há cerca de nove quilômetros da cidade de Jerusalém; não foi na cidade em si, mas foi no que agora sabemos que os antigos chamavam de “terra de Jerusalém”’” (Answers to Gospel Questions, comp. por Joseph Fielding Smith Jr., 5 vols., 1957–1966, vol. 1, p. 174).
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Tanto Jerusalém como Belém foram chamadas de cidade de Davi e isso causou alguma confusão. Em Lucas 2:11 Belém é chamada de “cidade de Davi”. Mas tanto em II Samuel 5:6–8 como em II Reis 14:20 como em I Crônicas 11:4–8 é Jerusalém que é chamada de “cidade de Davi”.
Alma 7:11–12. Nossas Dores, Aflições, Tentações e Enfermidades
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O Élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu sobre o quanto o Salvador conhece as aflições da mortalidade e as transgressões de cada indivíduo: “Ele sabe por experiência própria, porque Ele não só sofreu todos os tipos de dores, aflições e tentações durante Seu segundo estado, mas também tomou sobre Si os nossos pecados, bem como as nossas dores, aflições e enfermidades (ver Alma 7:11–12). Sendo assim, Ele conhecia, não de forma abstrata, mas de forma concreta, ‘na carne’ todo o sofrimento humano. Ele suportou nossas enfermidades antes que nós as suportássemos. Ele sabe perfeitamente como socorrer-nos. Não há dores, tentações ou aflições que nós conheçamos e Ele não conheça; Ele aprendeu ‘na carne’ e Sua vitória é completa!” (We Will Prove Them Herewith, 1982, p. 46).
Alma 7:12. “Socorrer Seu Povo”
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Falando da palavra socorrer, o Élder Jeffrey R. Holland declarou: “Essa palavra [socorrer] é usada diversas vezes nas escrituras para caracterizar o cuidado e a atenção que Cristo tem para conosco. Socorrer significa literalmente ‘correr’ em auxílio. Que maneira magnífica de descrever a urgência com que o Senhor trabalha por nós. Mesmo enquanto nos chama para ir até Ele e segui-Lo, Ele nunca deixa de correr para nos ajudar” [“Come unto Me” (Serão do SEI para os jovens adultos, 2 de março de 1997), p. 7, www.LDSces.org].
Alma 7:22–24. Responsabilidades do Sacerdócio de Melquisedeque
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Alma 7:22–24 inclui instruções aos portadores do sacerdócio e uma lista de qualidades que devem ter para oficiar devidamente no sacerdócio. Essas instruções são semelhantes às dirigidas aos portadores do sacerdócio em Doutrina e Convênios 121:41–42. Esses versículos de Alma 7 e Doutrina e Convênios 121 ajudam os portadores do sacerdócio a saber o que fazer para terem mais do poder do sacerdócio.
O Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou como é importante que os portadores do sacerdócio vivam em retidão:
“O sacerdócio é muito, muito precioso mesmo para o Senhor. Ele é muito cuidadoso quanto a como e por quem esse sacerdócio é conferido, e isso nunca é feito em segredo.
Eu lhes disse como essa autoridade lhes é concedida. O poder que receberão dependerá do que vocês fizerem com esse dom sagrado e invisível.
A autoridade, vocês recebem por meio da ordenação, mas o poder vem pela obediência e dignidade” (Conference Report, outubro de 1981, p. 47; ou Ensign, novembro de 1981, p. 32).
Alma 7:23. “Moderados em Todas as Coisas”
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O Élder Russell M. Nelson afirmou o seguinte sobre o que a moderação nos traz:
“Moderação sugere sobriedade e autodomínio em ação. Lembra-nos dos convênios que fizemos. (…)
As escrituras repetidamente ensinam que devemos ser moderados (ou temperantes) ‘em todas as coisas’ (Alma 7:23; 38:10; D&C 12:8). A moderação pode proteger-nos das consequências do excesso” (Conference Report, outubro de 1991, p. 81; ou A Liahona, janeiro de 1992, pp. 67–68).
Pontos a Ponderar
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Mesmo depois de ver um anjo, Alma ainda precisou arrepender-se, ter fé em Jesus Cristo e fazer muito esforço para conseguir seu testemunho. Como Alma 5:45–48 descreve o processo pelo qual Alma obteve um testemunho do Filho, do Unigênito do Pai?
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Quais foram as diferenças entre a pregação de Alma ao povo de Zaraenla e sua pregação ao povo de Gideão? Quais foram as semelhanças?
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Como sua compreensão da Expiação e sua gratidão por ela tornaram-se mais profundas com o estudo de Alma 7:11–13?
Tarefas Sugeridas
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Alma faz mais de 40 perguntas no capítulo 5. Leia as perguntas feitas por Alma, escolha uma e escreva um parágrafo que responda à pergunta e inclua também aquilo que você entende ou sente quanto ao assunto.
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Caso qualquer dos atributos mencionados em Alma 7:23 não lhe seja familiar, pesquise e descubra seu significado.