Capítulo 3
1 Néfi 6–11
Introdução
Néfi escreveu com o objetivo de persuadir o homem a achegar-se a Cristo (ver 1 Néfi 6:3–4). Enquanto estuda 1 Néfi 6–11, procure compreender como os escritos de Néfi cumprem esse propósito. Observe em particular como a visão da árvore da vida testifica do amor de Deus e da missão do Salvador. Néfi teve essa visão como resultado de seus desejos justos e disposição para obedecer. À medida que colocar seus desejos e atitudes em harmonia com a vontade do Pai, como Néfi, você também pode receber revelações “pelo poder do Espírito Santo” (1 Néfi 10:19).
Comentários
1 Néfi 6:4. “Tudo o Que Desejo”
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O que motivava Néfi a escrever era o desejo de levar as pessoas a Jesus Cristo para que fossem salvas. O Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) explicou como o Livro de Mórmon cumpre esse importante propósito: “O Livro de Mórmon aproxima o homem de Cristo (…), fala de maneira clara sobre Cristo e Seu evangelho. Atesta a divindade do Filho e a necessidade de um Redentor e de confiarmos Nele. Dá testemunho da Queda, da Expiação e dos primeiros princípios do evangelho, bem como da necessidade de termos um coração quebrantado e um espírito contrito e passarmos por um renascimento espiritual. Proclama que temos que perseverar até o fim em retidão e levar a vida moral de um santo” (ver “O Livro de Mórmon É a Palavra de Deus”, Ensign, maio de 1988, p. 3).
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O Presidente Benson explicou que a expressão “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” refere-se ao Salvador: “É preciso ter em mente quem Jesus era antes de nascer. Ele foi o Criador de todas as coisas, o grande Jeová, o Cordeiro sacrificado desde antes da fundação do mundo, o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó. Ele era e é o Santo de Israel” (“Five Marks of the Divinity of Jesus Christ”, Ensign, dezembro de 2001, p. 10).
1 Néfi 7:1. “Suscitar Descendência para o Senhor”
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Os filhos e as filhas de Leí e de Ismael deveriam casar-se uns com os outros e ter filhos “para o Senhor na terra da promissão” (1 Néfi 7:1). A existência de famílias retas é essencial para os propósitos divinos do Senhor. A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos proclamaram que “o casamento entre homem e mulher foi ordenado por Deus e que a família é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos. (…)
O primeiro mandamento dado a Adão e Eva por Deus referia-se ao potencial de tornarem-se pais, na condição de marido e mulher. Declaramos que o mandamento dado por Deus a Seus filhos, de multiplicarem-se e encherem a Terra, continua em vigor” (“A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, outubro de 2004, última contracapa).
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O Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, atestou a alegria que advém de seguir esse padrão divino de paternidade:
“Nosso destino é tão bem definido que o homem só consegue sentir-se plenamente realizado e cumprir o propósito divino de sua criação ao lado de uma mulher com quem seja legal e legitimamente casado. A união entre homem e mulher gera bebês que são concebidos e atravessam o frágil portal de entrada na mortalidade.
Esse padrão divino foi planejado e o evangelho foi traçado ‘antes que o mundo fosse feito’ (D&C 49:17). De acordo com o plano nós viríamos ao mundo ganhar um corpo mortal. Esse é o ‘grande plano de felicidade’ (Alma 42:8). Não fomos nós que o criamos. Se seguirmos o plano, teremos felicidade e alegria” [Children of God (BYU Women’s Conference, 5 de maio de 2006), pp. 5–6].
1 Néfi 7:2. Ismael É de Efraim
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O Livro de Mórmon às vezes é chamado de “vara de José” (Ezequiel 37:19) ou de “vara de Efraim” (D&C 27:5). Leí era descendente de Manassés (ver Alma 10:3) e Ismael era descendente de Efraim. As profecias de Jacó (ver Gênesis 48:16; 49:22) foram cumpridas quando a família de Ismael (Efraim) foi para o continente americano com Leí (Manassés).
O Élder Erastus Snow (1818–1888), do Quórum dos Doze Apóstolos, falou da importância da linhagem de Ismael: “Quem já leu o Livro de Mórmon com atenção ficou sabendo que os remanescentes da casa de José habitaram o continente americano e que, quando estudou os registros de seus antepassados escritos nas placas de latão, Leí ficou sabendo que era da linhagem de Manassés. O Profeta Joseph informou-nos que o registro de Leí contido nas primeiras 116 páginas traduzidas, que foram posteriormente roubadas e das quais temos um resumo no primeiro livro de Néfi, é o registro pessoal de Néfi e que ele era da linhagem de Manassés, mas que Ismael era da linhagem de Efraim e que seus filhos se casaram com as filhas de Leí, e os filhos de Leí casaram-se com as filhas de Ismael, cumprindo assim as palavras ditas por Jacó com referência a Efraim e Manassés no capítulo 48 de Gênesis: ‘E seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra’. E assim esses descendentes de Manassés e Efraim multiplicaram-se juntos neste que é o continente americano” (Daniel H. Ludlow, A Companion to Your Study of the Book of Mormon, 1976, p. 199).
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Consulte o gráfico “A Vara de Judá e a Vara de José” no apêndice (página 440).
1 Néfi 7:14. O Resultado da Rejeição aos Profetas
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Néfi explicou que os judeus da Jerusalém de seus dias rejeitaram a Deus e, como resultado, o Espírito do Senhor deixou de habitar com eles. Caso o povo do Senhor rejeite Seus profetas, eles são retirados de seu meio e as consequências são trágicas (ver 1 Néfi 3:17–18; Helamã 13:24–27). “Quando o Espírito cessa de tentar influenciar o homem, advém rápida destruição” (2 Néfi 26:11). Foi isso o que aconteceu na época de Noé (ver Moisés 8:17), e com os nefitas (ver Mórmon 5:16) e com os jareditas (ver Éter 15:19). Essa mesma advertência foi feita na época atual (ver D&C 1:33).
1 Néfi 7:15. “Se For Vossa Escolha”
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Lamã e aqueles sob sua influência não foram levados cativos na jornada para a terra da promissão. Quando eles quiseram voltar para Jerusalém, em sua resposta Néfi declarou uma doutrina fundamental: Eles tinham escolha (ver 1 Néfi 7:15). Como disse o Presidente Thomas S. Monson: “Cada um de nós tem a responsabilidade de escolher. Talvez vocês se perguntem: ‘Será que as decisões são realmente importantes?’ Digo-lhes que as decisões determinam o destino. Vocês não podem tomar decisões eternas sem consequências eternas” (ver “O Caminho da Perfeição”, A Liahona, julho de 2002, p. 111).
Néfi avisou os irmãos e aqueles que queriam voltar com eles de que morreriam se voltassem para Jerusalém. Cegos por causa da própria desobediência e dureza de coração, aqueles que se rebelaram contra Leí e Néfi não perceberam que as profecias de Leí quanto à destruição que aguardava Jerusalém eram verdadeiras. De acordo com a Bíblia, pouco depois que o grupo de Leí foi embora, a cidade foi sitiada pelos babilônios, não “havia pão para o povo da terra” e “a cidade foi invadida” e o exército de Zedequias se dispersou (ver II Reis 25:1–7). Se Lamã e Lemuel tivessem voltado para Jerusalém, teriam sido mortos ou levados em cativeiro. Como eles preferiram ir com Leí e Néfi, provaram dos frutos e do mel na terra de Abundância enquanto se prepararam para receber uma herança na terra prometida (ver 1 Néfi 17:3–6).
1 Néfi 7:17–19. Libertados das Cordas Que Nos Amarram
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O Élder Gene R. Cook, dos Setenta, salientou que, assim como Néfi, podemos ser libertados das cordas que nos amarram se orarmos com fé: “Observem que eles [Néfi, Alma e Amuleque] não tinham fé na própria força: eles confiavam no Senhor e em Sua força. É a fé em Cristo que nos liberta de nossas próprias amarras; é aumentando nossa fé em Cristo que nossas orações passarão a ter mais efeito” (Receiving Answers to Our Prayers, 1996, p. 18).
1 Néfi 8:4–35. A Visão da Árvore da Vida
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Este gráfico mostra algumas coisas que Néfi aprendeu a respeito do sonho de seu pai:
Símbolo Encontrado no Sonho de Leí (1 Néfi 8)
Interpretação Revelada à Néfi (1 Néfi 11–12)
A árvore e os frutos brancos (ver versículos 10–11)
O amor de Deus, que Ele demonstrou enviando Seu Filho para ser nosso Salvador (ver 11:21–25; chamado de “árvore da vida” em 15:22)
O rio de água imunda (ver versículo 13; 12:16)
As profundezas do inferno, onde caem os iníquos (ver 12:16; chamado de “imundície” em 15:27)
A barra de ferro (ver versículo 19)
A palavra de Deus, que leva à árvore da vida (ver 11:25)
A névoa de escuridão (ver versículo 23)
As tentações do diabo, que cegam as pessoas de forma que elas se perdem e não conseguem encontrar a árvore (ver 12:17)
O grande e espaçoso edifício no ar (ver versículo 26)
Algumas pessoas começam a seguir o caminho para a árvore da vida, mas perdem-se no nevoeiro (ver versículos 21–23)
Néfi viu estes tipos de pessoa no sonho:
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Multidões que ouviram as palavras de Jesus, mas O rejeitaram (11:28)
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As pessoas que crucificaram Jesus mesmo depois de Ele ter curado os enfermos e expulsado demônios (ver 11:31–33)
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Multidões que se reuniram no grande e espaçoso edifício para combater os Doze Apóstolos do Cordeiro (ver 11:34–36)
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Os nefitas e lamanitas que se reuniram para guerrear e foram mortos na guerra (ver 12:1–4, 13–15)
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Os nefitas que, devido ao orgulho, foram destruídos pelos lamanitas e tornaram-se incrédulos (ver 12:19–23)
As pessoas que chegaram à árvore (e comeram do fruto) apegando-se à barra, mas diante da zombaria, desviaram-se (ver versículos 24–25, 28)
As pessoas que desejavam chegar ao edifício grande e espaçoso mais do que chegar à árvore (ver versículos 26–27, 31–33)
As pessoas que apegaram-se à barra e comeram do fruto sem fazer caso das zombarias, essas não se perderam (ver versículos 30, 33)
Os que participaram do maior de todos os dons de Deus, que é a vida eterna (ver 15:36)
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1 Néfi 8:10–12; 11:8–25. A Árvore da Vida Como Símbolo de Jesus Cristo e da Expiação
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O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que a árvore da vida representa o Salvador e a Expiação: “O Espírito deixou claro que a Árvore da Vida e seu precioso fruto são símbolos da redenção de Cristo” (Christ and the New Covenant: The Messianic Message of the Book of Mormon, 1997, p. 160).
O Élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dos Doze Apóstolos, salientou que participar do amor de Deus implica em participar das bênçãos da Expiação. A árvore da vida é um símbolo do amor de Deus e da Expiação de Cristo: “A árvore da vida (…) é o amor de Deus (ver 1 Néfi 11:25). A mais profunda expressão do amor de Deus a Seus filhos é a entrega de Jesus para ser nosso Redentor: ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito’ (João 3:16). Participar do amor de Deus é ter parte na Expiação de Jesus e na liberdade e alegria que ela nos pode dar” (Conference Report, outubro de 1999, p. 6; ver também “Lições de Lamã e Lemuel”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 6).
1 Néfi 8:20. O “Caminho Estreito e Apertado”
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Jesus Cristo ensinou que Ele é “o caminho”, o único caminho que leva ao Pai (ver João 14:6). O Élder Lowell M. Snow, dos Setenta, deu testemunho da orientação constante que o Salvador nos proporciona:
“A vida é cheia de estradas e trilhas que se cruzam. Há tantos caminhos a seguir, tantas vozes dizendo “Eis aqui” ou “Eis ali” [Joseph Smith—História 1:5]. Há tanta variedade e volume de mídia transbordando em nossa vida, a maioria com o intuito de guiar-nos para um caminho espaçoso e trilhado por muitos.
Ao ponderar sobre qual dessas vozes ouvir ou qual caminho entre tantos é o correto, já perguntaram a si mesmos, como fez Joseph Smith: ‘O que deve ser feito? Quem [ou qual] dentre [todas essas vozes e caminhos] está certo ou estão todos igualmente errados? Se algum deles é correto, qual é, e como poderei sabê-lo?’ [Joseph Smith—História 1:10].
Meu testemunho a vocês é que Jesus Cristo continua a marcar a trilha, a mostrar o caminho e a definir cada ponto de nossa jornada. Seu caminho é estreito e apertado e conduz à luz e ‘à vida eterna onde Deus habita em plena luz’ [Hinos, nº 114]” (Conference Report, outubro de 2005, p. 100; ou “A Bússola do Senhor”, A Liahona, novembro de 2005, p. 96).
1 Néfi 8:23–33. Será que Estamos Apegados à Barra de Ferro?
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O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o que significa apegar-se à barra de ferro:
“Acho que agarrar-se à barra de ferro tem a ver com o uso fervoroso e constante de todas as três maneiras de se obter a água viva que discutimos nesta noite [ler, estudar e pesquisar].
(…) O uso regular de todos os três métodos produz um fluxo mais constante de água viva, sendo esse o significado de agarrar-se à barra de ferro. (…)
Será que estamos lendo, estudando e examinando as escrituras diariamente de um modo que nos permita agarrar-nos à barra de ferro (…)?” (“Um Reservatório de Água Viva”, Serão do SEI para os Jovens Adultos, 4 de fevereiro de 2007, pp. 10–11, www.LDSces.org).
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O Élder Joseph B. Wirthlin (1917–2008), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou não só o quanto é importante “agarrar-se” à barra, mas também como voltar a encontrá-la se a soltarmos em algum momento: “É preciso agarrar-se firmemente à barra de ferro em meio à névoa de escuridão, às dificuldades e provações da vida. Se relaxarmos e nos desviarmos do caminho, podemos perder a barra de ferro em meio à escuridão por algum tempo, até que nos arrependamos e voltemos a agarrar-nos a ela” (Conference Report, outubro de 1989, p. 93; ver também “A Maratona”, A Liahona, janeiro de 1990, p. 81).
1 Néfi 8:26–27. “O Grande e Espaçoso Edifício”
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O grande e espaçoso edifício é oposto ao Salvador, que é a árvore da vida. O Élder Glenn L. Pace, dos Setenta, comparou os padrões de Deus com o comportamento das pessoas do edifício grande e espaçoso:
“Para aqueles de vocês que estão seguindo lentamente rumo a esse grande e espaçoso edifício, quero deixar bem claro que as pessoas que ali estão não têm absolutamente nada a oferecer a não ser a satisfação imediata e momentânea que está inevitavelmente ligada à tristeza e ao sofrimento duradouros. Os mandamentos que nós obedecemos não foram dados por um Deus impessoal para impedir que nos divirtamos, mas por um Pai Celestial que quer que sejamos felizes nesta vida aqui na Terra bem como no futuro.
Comparem as bênçãos da obediência à Palavra de Sabedoria ao que nos é oferecido se decidirmos nos divertir com os que estão no grande e espaçoso edifício. Comparem a alegria do humor inteligente com as gargalhadas ruidosas, grosseiras e estúpidas dos bêbados. Comparem nossas jovens fiéis que ainda enrubescem com as que tendo há muito perdido o pudor tentam convencê-las a fazer o mesmo. Comparem o ato de edificar as pessoas com o de humilhá-las. Comparem a possibilidade de receber revelações pessoais e orientação para a vida com a situação de quem é levado para todo lado por qualquer vento de doutrina. Comparem a possibilidade de ter o sacerdócio de Deus com qualquer das coisas que se veem naquele grande e espaçoso edifício” (Conference Report, outubro de 1987, p. 49–50; ver também “Eles Não São Realmente Felizes”, A Liahona, janeiro de 1988, p. 37).
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O Élder L. Tom Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos, advertiu-nos que concentrar-se nas posses materiais é um comportamento típico das pessoas do grande e espaçoso edifício: “Os apelos atuais que partem do grande e espaçoso edifício tentam-nos a competir com os outros na posse das coisas deste mundo. Achamos que precisamos de uma casa maior, garagem para três carros, mais um carro esporte estacionado. Almejamos roupas de marca, mais um aparelho de TV, todos com [DVD], os computadores mais modernos e o carro do ano. Muitas vezes compramos essas coisas a crédito, sem nenhuma preocupação com nossas necessidades futuras. O resultado de toda essa satisfação momentânea são os inúmeros casos de pessoas inadimplentes e famílias extremamente preocupadas com seus encargos financeiros” (Conference Report, outubro de 1995, p. 45; ver também “Se Estiverdes Preparados Não Temereis”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 38).
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Na visão de Leí, certas pessoas ridicularizavam e zombavam de quem comia do fruto — daqueles que amam a Deus e querem servi-Lo. O Élder Neal A. Maxwell lembrou-nos de empunhar o escudo da fé quando ouvirmos e virmos as zombarias vindas do edifício grande e espaçoso: “é de se esperar que muitos nos tratem com indiferença. Outros nos consideram equivocados ou estranhos. Suportemos a oposição e a zombaria daqueles que, ironicamente, descobrirão ao final, que o “grande e espaçoso edifício” não passa de um hotel de terceira classe, velho e lotado (ver 1 Néfi 8:31–33). Não revidemos as ofensas nem façamos caso delas (ver D&C 31:9). Em vez disso, usemos nossa energia para erguer o escudo da fé de modo a extinguir os dardos inflamados que virão” (Conference Report, outubro de 2003, p. 108; ou “Um Vidente Escolhido”, A Liahona, novembro de 2003, p. 99).
1 Néfi 8:37. “Com Todo o Sentimento de um Terno Pai”
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O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que os pais podem seguir o exemplo de Leí ao lidarem com os filhos rebeldes: “Nós também devemos ter fé para ensinar nossos filhos e dizer-lhes que sigam os mandamentos. Não devemos permitir que suas escolhas enfraqueçam nossa fé. Nossa dignidade não será medida de acordo com a retidão deles. Leí não perdeu a bênção de partilhar da árvore da vida porque Lamã e Lemuel recusaram-se a comer de seu fruto. Às vezes, como pais, sentimos que falhamos quando nossos filhos cometem erros ou se perdem. Os pais jamais serão um fracasso quando derem o melhor de si ao amar, ensinar, orar e cuidar de seus filhos. Sua fé, orações e empenho serão consagrados para o bem de seus filhos” (Conference Report, abril de 2004, p. 90; ou “Mensagem de Esperança às Famílias”, A Liahona, maio de 2004, p. 88).
1 Néfi 9:1–5. “Um Sábio Propósito”
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Néfi já havia começado a registrar a história secular de seu povo, mas apesar disso o Senhor inspirou-o a fazer um segundo registro contendo a história religiosa do povo. Esta lista esclarece as diferenças e semelhanças entre os dois relatos:
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Os versículos 1–5 de 1 Néfi 9 são um relato extraído diretamente das placas menores
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Quando Néfi empregou as palavras estas e nestas referia-se às placas menores.
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Quando Néfi empregou a palavra outras referia-se às placas maiores.
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As placas maiores foram feitas por volta do ano 590 a.C.
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As placas menores foram feitas 20 anos depois, por volta do ano 570 a.C.
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Néfi explica por que o Senhor ordenou-lhe que preparasse um segundo registro (as placas menores) em 1 Néfi 9:5.
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As placas maiores abrangem o período que vai de 570 a.C. até 385 d.C. e inclui o registro dos reis, das guerras e de outros fatos históricos.
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As placas menores correspondem ao período que vai de 570 a 130 a.C. e cobre a história do ministério do evangelho entre os nefitas.
Apesar de não saber por que era preciso fazer dois registros, Néfi tinha confiança que eles eram necessários “para um sábio propósito” (1 Néfi 9:5) do conhecimento do Senhor (ver a seção de comentários referentes a Palavras de Mórmon 1:7, na página 134).
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O Élder Marvin J. Ashton (1915–1994), do Quórum dos Doze Apóstolos, observou que podemos ser obedientes como Néfi, mesmo quando não compreendemos o motivo: “Às vezes, quando nos pedem para obedecer, não sabemos o motivo, exceto que o Senhor ordenou. Néfi seguiu as instruções que recebeu apesar de não compreender bem qual era esse sábio propósito. Sua obediência trouxe bênçãos para a humanidade no mundo inteiro. Quando deixamos de obedecer aos líderes atuais, plantamos nossas sementes entre as pedras e podemos perder a colheita” (Conference Report, outubro de 1978, p. 76; ou Ensign, novembro de 1979, p. 51).
1 Néfi 9:6. “O Senhor Conhece Todas as Coisas”
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O Élder Neal A. Maxwell testificou que não há limites para o conhecimento de Deus:
“Há quem tenha fé sincera na existência de Deus, mas não acredite necessariamente que Ele é onisciente e faça revelações. Outras pessoas sinceras questionam a onisciência de Deus e perguntam-se, ainda que respeitosamente, se mesmo Deus poderia conhecer o futuro. Contudo um Deus onisciente que faz revelações pode a qualquer momento revelar coisas futuras. Isso é possível porque ‘na presença de Deus (…) todas as coisas passadas, presentes e futuras manifestam-se para sua glória; e estão continuamente diante do Senhor’ (D&C 130:7). Assim sendo Deus ‘conhece todas as coisas, porque todas as coisas estão presentes diante de [seus] olhos’ (D&C 38:2). Ele disse a Moisés: ‘não há outro Deus além de mim e todas as coisas estão presentes comigo, pois eu as conheço todas’ (Moisés 1:6).
Nas sagradas escrituras não encontramos nenhuma indicação de restrição ao conhecimento de Deus. Ao contrário, lemos: ‘Oh! Quão grande é a santidade de nosso Deus! Pois ele conhece todas as coisas e não há nada que não conheça’ (2 Néfi 9:20)” (If Thou Endure It Well, 1996, p. 46).
1 Néfi 10:11–14. Dispersão e Coligação de Israel
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O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou por que Israel foi dispersa bem como alguns pontos a ponderar quanto à coligação de Israel.
“Por que Israel foi dispersa? A resposta é clara e evidente, quanto a isso, não resta dúvida. Nossos antepassados israelitas foram dispersos porque rejeitaram o evangelho, profanaram o sacerdócio, abandonaram a Igreja e se desviaram do reino. Eles foram dispersos porque se desviaram do Senhor, adoraram falsos deuses e seguiram todos os costumes das nações gentias. (…) Israel foi dispersa devido à apostasia. O Senhor em Sua ira, causada pela iniquidade e rebeldia de Israel, dispersou-os entre os gentios, por todas as nações da Terra.
Sendo assim, no que consiste a coligação de Israel? A coligação de Israel consiste em acreditar, aceitar e viver em harmonia com tudo o que o Senhor um dia ofereceu a Seu povo escolhido. Consiste em ter fé no Senhor Jesus Cristo, arrepender-se, ser batizado, receber o dom do Espírito Santo e guardar os mandamentos de Deus. Consiste em acreditar no evangelho, filiar-se à Igreja e entrar no reino. Consiste em receber o santo sacerdócio, ser investido de poder do alto em lugares sagrados e receber todas as bênçãos de Abraão, Isaque e Jacó por meio da ordenança do casamento celestial. Também pode consistir na coligação em determinada terra ou lugar para adorar.
Com esse conceito da dispersão e da coligação da semente escolhida, é possível compreender as profecias relativas a elas” (A New Witness for the Articles of Faith, 1985, p. 515).
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Para mais informações sobre a dispersão de Israel, consulte a seção “História Resumida da Dispersão de Israel” no apêndice (página 443). Para mais informações sobre a coligação de Israel, consulte a seção “A Coligação de Israel” no apêndice (página 444).
1 Néfi 10:17–19. Aprender pelo Poder do Espírito Santo
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O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, salientou a necessidade de aprendermos as verdades do evangelho por meio do Poder do Espírito Santo. “O cumprimento dos padrões do Senhor exige que cultivemos o dom do Espírito Santo. Esse dom nos ajuda a compreender a doutrina e a aplicá-la em nossa vida pessoal. Como a verdade dada por revelação só pode ser compreendida por revelação, temos que estudar em espírito de oração” (Conference Report, outubro de 2000, p. 19; ou “Viver Sob a Orientação das Escrituras”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 19).
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O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que temos de evitar tudo o que ofenda o Espírito:
“O Espírito do Senhor geralmente Se comunica conosco de maneira suave, delicada e sutil. (…)
O padrão é claro. Se algo em que pensamos, algo que vemos, ouvimos ou fazemos nos afasta do Espírito Santo, devemos parar de pensar, ver, ouvir ou fazer esse algo. Se aquilo que tem o objetivo de nos divertir, por exemplo, nos aliena do Espírito Santo, é porque com certeza esse tipo de diversão não nos serve. Uma vez que o Espírito não pode tolerar a vulgaridade, a rudeza ou a falta de recato, então, sem dúvida, tais coisas não são para nós. Se afastamos o Espírito do Senhor quando fazemos o que sabemos ser ruim, então, tais coisas não são mesmo para nós” (Confe-rence Report, abril de 2006, p. 29–30; ou ver “Para que Possamos Ter Sempre Conosco o Seu Espírito”, A Liahona, maio de 2006, p. 28).
1 Néfi 11:16, 26. A Condescendência de Deus
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Condescender significa espontaneamente descer de uma esfera ou nível hierárquico mais elevado. O Élder Gerald N. Lund, que foi do quórum dos Setenta, comentou que essa palavra descreve muito bem o surgimento do Salvador na mortalidade: “Aqui temos Jesus, um dos membros da Trindade, o Primogênito do Pai, o Criador, o Jeová do Velho Testamento, que deixa Sua esfera divina e santa, despe-Se de toda a glória e majestade dessa esfera e entra no corpo de um pequeno bebê indefeso, totalmente dependente da mãe e do pai terrenos. É espantoso que em vez de nascer em um dos mais magníficos palácios da Terra (…) cercado de joias, Ele tenha nascido em um humilde estábulo. Não é de admirar que o anjo tenha dito a Néfi: ‘Vê a condescendência de Deus!’” (Jesus Christ, Key to the Plan of Salvation, 1991, p. 16).
Pontos a Ponderar
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Pense nas muitas pessoas mencionadas na visão que Leí teve da árvore da vida. Como você pode imitar as que alcançaram a árvore, comeram do fruto e permaneceram fiéis?
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Como o estudo das escrituras e a obediência à palavra dos profetas já o ajudaram a permanecer no caminho estreito e apertado a despeito da névoa de escuridão?
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Que medidas você poderia tomar para ser mais diligente em procurar compreender “os mistérios de Deus (…) pelo poder do Espírito Santo”? (1 Néfi 10:19.)
Tarefas Sugeridas
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O simbolismo do sonho de Leí é complexo. Trace um diagrama com os elementos do sonho de Leí para ajudá-lo a visualizar a relação entre os diversos símbolos.
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Só as pessoas que se agarraram à barra de ferro comeram do fruto da árvore. Trace um plano individual de estudo diário das escrituras para ajudá-lo a achegar-se mais ao Salvador e a receber mais plenamente as bênçãos da Expiação.
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Néfi viu Jeová condescender em viver na mortalidade. Leia os relatos do nascimento do Salvador contidos em Mateus 1–2; Lucas 1–2; e João 1:1–13. Anote em seu diário ou nas escrituras os novos aspectos que descobrir desse evento.