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Capítulo 4: 1 Néfi 12–15


Capítulo 4

1 Néfi 12–15

Introdução

O Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, disse que o Pai Celestial tem o desejo de conceder-nos as boas coisas pelas quais nosso coração anseia: “Nenhuma mensagem é repetida mais vezes nas escrituras, de tantas maneiras, como ‘pedi e recebereis’ (Conference Report, outubro de 1991, p. 26; ou A Liahona, janeiro de 1991, p. 23). Néfi valeu-se desse convite e pediu para ver as mesmas coisas que seu pai tinha visto “acreditando que o Senhor teria poder de torná-las conhecidas” a ele (ver 1 Néfi 11:1). O desejo justo de Néfi foi concedido, pois ele não só registrou informações semelhantes às relativas à visão de Leí, como também uma visão panorâmica deste mundo até o final dos tempos (ver 1 Néfi 14:18–30). Essa visão foi semelhante à de João, registrada no livro de Apocalipse, no Novo Testamento. Ao estudar a visão de Néfi, procure profecias específicas que já se cumpriram ou que ainda se cumprirão; as que falam dos efeitos da apostasia, da Restauração do evangelho e do triunfo final do bem são de especial importância.

Comentários

1 Néfi 12:11. “Branqueados no Sangue do Cordeiro”

  • A cor branca é símbolo de limpeza, pureza, retidão e santidade. É preciso ser totalmente puro para ser como o Salvador. As vestes brancas simbolizam a pureza da pessoa que as usa. Essa pureza só é possível graças ao sacrifício expiatório de Jesus Cristo, no qual Ele derramou o próprio sangue por nossos pecados.

  • O Presidente John Taylor (1808–1887) disse que não basta apenas ser membro da Igreja do Senhor, é preciso ir além se quisermos merecer voltar à presença do Pai Celestial: “Existe algo que vai um pouco além do que, às vezes, imaginamos; é que professamos ser seguidores do Senhor, ter recebido o Evangelho e ser governados por ele; mas isso não vale nada se não tivermos lavado nossas vestes, purificando-as, no sangue do Cordeiro. Não basta ter ligação com a Sião de Deus; pois a Sião de Deus tem de ser constituída por pessoas de coração e vida puros, imaculadas perante Deus. Pelo menos é isso o que temos de alcançar. Ainda não chegamos lá, mas temos de chegar para prepararmo-nos para herdar a glória e exaltação. Portanto, a aparência de santidade não nos servirá de nada. (…) Não basta que abracemos o Evangelho e (…) estejamos com o povo de Deus, frequentemos nossas reuniões, tomemos o Sacramento da Ceia do Senhor e empenhemo-nos em viver sem macularmo-nos; com tudo isso, se o nosso coração não for reto, se não formos puros de coração aos olhos de Deus, se o nosso coração não for puro e a nossa consciência não estiver inocente, se não formos tementes a Deus e obedientes aos Seus mandamentos, a menos que nos arrependamos, não receberemos as bênçãos de que falei e das quais os profetas testemunharam” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: John Taylor, 2001, pp. 114–115).

1 Néfi 12–14. Panorama Geral

  • O quadro abaixo ajuda a visualizar os acontecimentos importantes que levaram ao estabelecimento do reino de Deus na Terra:

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    Chart of Sequence of Events

    Sequência de Eventos Que Levaram ao Estabelecimento do Reino de Deus na Terra:

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    Nephites’ last battle

    A nação nefita é destruída (ver 1 Néfi 12:19–23)

    Os escritos nefitas são preservados (ver 1 Néfi 13:35, 40)

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    Columbus

    A terra prometida é descoberta pelos gentios (ver 1 Néfi 13:12)

    A terra prometida é colonizada pelos gentios (ver 1 Néfi 13:13–16)

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    Guerra de Independência dos Estados Unidos

    © Comstock.com

    Guerra entre diferentes nações na terra prometida (Guerra de Independência dos EUA; ver 1 Néfi 13:16–19)

    Os gentios que obedecem ao Senhor “serão contados com a casa de Israel” (Restauração do evangelho; ver 1 Néfi 14:1–2)

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    Joseph Smith and Oliver Cowdery translating

    Surgem novas escrituras (ver 1 Néfi 13:35–40; 14:7)

    A Igreja de Cristo é restaurada (ver 1 Néfi 14:10–17)

1 Néfi 13:1–9. A Grande e Abominável Igreja

  • “Em relação ao reino de Deus, o diabo sempre estabeleceu seu reino na mesma época, em oposição a Deus” (Joseph Smith, History of the Church, vol. 6, p. 364).

  • O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, definiu o que é a grande e abominável igreja: “Os títulos igreja do diabo e grande e abominável igreja são usados para identificar todas as (…) organizações de qualquer nome ou natureza — políticas, educacionais, econômicas, sociais, filantrópicas, cívicas ou religiosas — que tenham o propósito de desviar os homens para um curso que os afastará de Deus e de Suas leis e, assim, da salvação no reino de Deus” (Mormon Doctrine, 2ª edição, 1966, pp. 137–138).

  • Foi-nos explicado que a grande e abominável igreja é formada por mais de uma entidade:

    “Na verdade, não há na história uma única igreja, denominação ou grupo de pessoas que se enquadre em todas as especificações da grande e abominável igreja: Essa igreja precisa ter sido formada entre os gentios; ter controlado o conteúdo e a distribuição das escrituras; matado os santos de Deus, inclusive os apóstolos e profetas; precisa ter-se coadunado aos governos civis e empregado seus recursos de policiamento para impor seus pontos de vista religiosos; precisa dominar toda a Terra; dedicar-se à busca de grandes riquezas e à prática de imoralidade sexual e precisa permanecer na terra até bem perto do fim do mundo. Não há nenhuma denominação nem sistema de crenças que, sozinhos, se enquadrem em todos os aspectos dessa lista. Ao contrário, são muitas as diferentes entidades, ideologias e igrejas que em diversas ocasiões fizeram o papel de Babilônia. (…)

    Portanto, seria possível identificar a entidade histórica que atuou como a grande e abominável igreja no início da cristandade? Essa entidade teria que ter-se originado na segunda metade do século um e teria que ter praticado a maior parte de seus atos até a metade do século dois.

    Esse é um período da história cristã do qual temos bem pouco conhecimento, pois é o que menos conta com documentação histórica primária preservada. Temos boas fontes quanto aos cristãos do Novo Testamento; depois disso é como se as luzes se apagassem e tudo o que ouvíssemos fossem os sons abafados de uma grande luta. Quando as luzes tornam a acender-se, mais ou menos um século depois, descobrimos que alguém reorganizou tudo e que a cristandade ficou muito diferente do que era no início” (Stephen E. Robinson, “Warring against the Saints of God”, Ensign, janeiro de 1988, pp. 38–39).

1 Néfi 13:12. Um Homem entre os Gentios

  • O Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) identificou esse homem visto entre os gentios como sendo Cristóvão Colombo:

    “Entre os gentios, Deus inspirou um homem (ver 1 Néfi 13:12), que por meio de Seu Espírito foi levado a redescobrir o continente americano e levar a existência dessa terra nova e rica ao conhecimento dos europeus. Esse homem, é claro, foi Cristóvão Colombo, que atestou ter sido inspirado a fazer o que fez.

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    Cristóvão Colombo no Convés do Navio

    © 1992 Robert Barrett

    Colombo disse: ‘Nosso Senhor abriu-me a mente, enviou-me ao mar e deu-me uma forte disposição para realizar esse feito. Os que ouviram falar de minha expedição chamaram-na de insensata, zombaram e riram de mim; mas quem pode duvidar que o Espírito Santo inspirou-me?’ (Jacob Wasserman, Columbus, Don Quixote of the Seas, pp. 19–20)” (The Teachings of Ezra Taft Benson, 1988, p. 577).

  • O Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) honrava Colombo por ter sido inspirado pelo Senhor: “Uma multidão de críticos se manifestou contra [Cristóvão Colombo]. Não contesto a afirmação de que outros estiveram no continente americano antes dele, mas foi ele que, cheio de fé, lançou uma luz na tentativa de encontrar uma nova rota para a China e, no processo, descobriu a América. Ele se lançou em um empreendimento de magnitude espantosa — velejar rumo oeste, cruzando mares desconhecidos e percorrendo distâncias maiores do que todos os que o precederam em sua geração. Foi ele quem, a despeito do horror ao desconhecido e das queixas de sua tripulação que quase chegou a amotinar-se, cruzou os mares orando com frequência ao Onipotente para pedir-Lhe que o guiasse. Em seus informes aos soberanos da Espanha, Colombo declarou repetidas vezes que sua viagem foi para a glória de Deus e para a propagação da fé cristã. É com razão que o honramos por sua resolução inquebrantável diante das incertezas e do perigo” (Conference Report, outubro de 1992, pp. 73–74; ou Ensign, novembro de 1992, p. 52).

1 Néfi 13:12–19. A Mão do Senhor na História dos Estados Unidos da América

  • O Presidente Joseph F. Smith (1838–1918) apontou a ligação entre a formação dos Estados Unidos da América e a Restauração do evangelho: “O Altíssimo levantou a grande nação dos Estados Unidos da América pelo poder de Sua mão onipotente para possibilitar que nos últimos dias o reino de Deus fosse estabelecido na Terra. Se o Senhor não tivesse preparado o caminho por meio da fundação desta nação gloriosa, sob as leis estritas e a intolerância dos governos monárquicos do mundo, teria sido impossível lançar os alicerces em preparação para a chegada de Seu reino. Isso foi obra do Senhor” (Doutrina do Evangelho, 5ª ed., 1939, p. 373).

  • O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou de como Deus inspirou os fundadores dos Estados Unidos da América a formar uma nova nação com liberdade religiosa para todos em preparação para a Restauração do evangelho: “Mais de um século depois [da descoberta da América], esse sentimento religioso orientou os fundadores de uma nova nação no continente americano. Guiados pela mão de Deus, eles garantiram a liberdade religiosa para todos os cidadãos, com uma inspirada Carta de Direitos. Quatorze anos depois, em 23 de dezembro de 1805, nascia o Profeta Joseph Smith. Os preparativos para a Restauração estavam quase terminados” (Conference Report, outubro de 2005, p. 94; ou A Preparação para a Restauração e a Segunda Vinda: “Minha Mão Estará sobre Ti”, A Liahona, novembro de 2005, p. 88).

1 Néfi 13:20–29. Verdades Claras e Preciosas Foram Retiradas da Bíblia

  • O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o significado da expressão “claras e preciosas”: “Os elementos que (…) faltam na Bíblia eram tanto claros como preciosos. Eram transparentes em sua simplicidade e clareza, de fácil compreensão para os filhos dos homens; eram preciosos em sua pureza e profundidade e em sua contribuição e importância eterna para a salvação dos filhos de Deus” (Christ and the New Covenant, 1997, p. 5).

  • Certo educador sugeriu a seguinte explicação para essas alterações nas escrituras:

    “Parece que os manuscritos originais da Bíblia desapareceram muito cedo. Isso é ainda mais verdadeiro no que se refere ao Novo Testamento. Sir Frederic Kenyon, um dos maiores estudiosos dessa área no Século XX, comentou o seguinte: ‘Os originais de vários livros desapareceram há muito tempo. Talvez eles tenham perecido quando a Igreja ainda estava em sua infância, pois nunca foram mencionados por nenhum dos escritores cristãos’. Essa afirmação é particularmente importante para nós por que isso significa que já há séculos não havia um manuscrito original da Bíblia para orientar o leitor. Mesmo nas primeiras décadas da Igreja cristã original, parece que não se dispunha de textos originais. (…)

    O anjo [de 1 Néfi 13:21–29] deixa claro que não está falando de pequenos acidentes, deslizes que resultaram na colocação errônea de algumas letras ou palavras —ou seja, de erros acidentais dos copistas. Ele claramente atribuiu essas alterações à ação intencional de homens pérfidos (ver 1 Néfi 13:27–28). (…)

    Lendo as palavras do anjo, descobrimos que o mundo nunca teve uma Bíblia completa, pois ela foi corrompida em grande escala — chegando a proporções catastróficas — antes de ser distribuída. É claro que além dessa ação intencional que corrompeu a Bíblia em grande escala no início da era Cristã, como dizem os estudiosos, os manuscritos continuaram a sofrer as alterações graduais relativamente pequenas devido a deslizes de cópia e tradução. Assim vemos a ação de dois processos: (1) grandes alterações feitas intencionalmente e que corromperam o texto e (2) a propagação gradual de variações do texto ocorridas como consequência natural do trabalho de cópia e tradução” (Robert J. Matthews, A Bible! A Bible!, 1990, pp. 74–75).

    Joseph Smith ensinou que “muitos pontos importantes referentes à salvação do homem tinham sido tirados da Bíblia ou perdidos antes de ela ser compilada” (History of the Church, vol. 1, p. 245; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 227). Ele também disse que a Bíblia estava correta “tal como se encontrava ao sair da pena de seus escritores originais”, mas que “tradutores ignorantes, copistas descuidados ou sacerdotes ardilosos e corruptos cometeram muitos erros” [History of the Church, vol. 6, p. 57; ver também Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 319 (tradução atualizada) ou Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, p. 215].

1 Néfi 13:32–40. A Restauração das Coisas Claras e Preciosas

  • O Presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, falou de como as obras-padrão da Igreja foram o principal instrumento de restauração das verdades perdidas:

    “O Apóstolo João teve uma visão da época em que um anjo viria à Terra como parte da Restauração do evangelho. O anjo era Morôni e ele apareceu ao Profeta Joseph Smith. Ele guiou Joseph ao local onde estavam depositadas as placas de ouro que continham antigos escritos. Joseph Smith depois as traduziu pelo dom e poder de Deus e o Livro de Mórmon foi publicado. Ele é o registro de dois povos que viveram há séculos no continente americano. Pouco se sabia a respeito deles antes do aparecimento do Livro de Mórmon. Mais importante, no entanto, é que o Livro de Mórmon é um novo testamento de Jesus Cristo. Ele restaurou preciosas verdades relativas à Queda, Expiação, Ressurreição e sobre a vida e a morte.

    Antes da Restauração, os céus estiveram fechados por séculos. Porém, com apóstolos e profetas na Terra mais uma vez, os céus se abriram de novo com visões e revelações. Muitas das revelações que foram dadas ao Profeta Joseph Smith foram escritas em um livro conhecido como Doutrina e Convênios. Ele contém mais revelações sobre princípios e ordenanças e é uma fonte valiosa de conhecimento sobre a estrutura do sacerdócio. Além disso, temos outro cânone de escritura chamado A Pérola de Grande Valor que contém o livro de Moisés, dado por revelação ao Profeta Joseph Smith, e o livro de Abraão, que foi traduzido de um pergaminho egípcio. Nessa obra, não só aprendemos muito sobre Moisés, Abraão, Enoque e outros profetas, mas também obtemos muitos detalhes sobre a Criação. Aprendemos que o evangelho de Jesus Cristo foi ensinado a todos os profetas desde o princípio — até mesmo na época de Adão” (Conference Report, abril de 2006, p. 68; ou “A Restauração de Todas as Coisas”, A Liahona, maio de 2006, p. 61).

  • A tradução da Bíblia feita por Joseph Smith também ajudou a restaurar muitas verdades claras e preciosas. Essa tradução é uma “revisão da versão da Bíblia em inglês, conhecida como a Versão do rei Jaime, que o Profeta começou a fazer em junho de 1830. O Senhor ordenou a Joseph que fizesse a tradução, e este a considerava como parte de seu chamado como profeta. (…)

    A Tradução de Joseph Smith restaurou algumas coisas claras e preciosas que foram perdidas da Bíblia (ver 1 Néfi 13). Embora ela não seja a Bíblia oficial da Igreja, essa tradução fornece muitos esclarecimentos interessantes e é um recurso valioso para entendermos a Bíblia. Ela é também um testemunho do divino chamado e do ministério do Profeta Joseph Smith” [Guia para Estudo das Escrituras, “Tradução de Joseph Smith” (TJS); ver também 2 Néfi 3:11; History of the Church, vol. 1, p. 238].

    Graças às revelações contínuas, na Igreja do Senhor, o processo de levar as doutrinas e os princípios claros e preciosos do evangelho às pessoas de todo o mundo é constante. Os relatórios das conferências gerais e outros textos inspirados escritos pelos apóstolos e profetas do Senhor são vitais para a compreensão das verdades claras e preciosas do evangelho.

1 Néfi 14:7. “Uma Obra Grande e Maravilhosa”

  • As escrituras referem-se à Restauração do evangelho e à organização da Igreja como sendo “uma obra grande e maravilhosa” (1 Néfi 14:7; 3 Néfi 21:9). Nesse contexto, a palavra grande quer dizer importante e significativa, já a palavra maravilhosa também significa espantosa e imperscrutável. A palavra obra se refere a uma realização de caráter eterno.

    O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que isso se aplica à Igreja de duas maneiras: “Esta Igreja, o grande corpo institucional de Cristo, é uma obra maravilhosa e um assombro, não apenas devido ao que faz pelo fiel, mas também pelo que o fiel faz por ela. A sua vida está no núcleo dessa maravilha. Vocês são a prova do assombro que ela representa” (Conference Report, outubro de 1994, p. 42; ou “Os Milagres da Restauração”, A Liahona, janeiro de 1995, p. 32).

1 Néfi 14:14. Armados com Retidão e Poder

  • O Élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que a retidão é o poder do povo do Senhor: “Portanto, examinemo-nos. Para a Igreja, as escrituras indicam que haverá tanto um acelerado peneiramento como um acelerado progresso espiritual numérico — tudo isto precedendo a época em que o povo de Deus estará armado com retidão — não armas — e quando a glória de Deus se derramará sobre ele (ver 1 Néfi 14:14; ver também I Pedro 4:17; D&C 112:25). O Senhor está decidido a ter um povo puro e provado (ver D&C 100:16; 101:4; 136:31) ‘e nada há que o Senhor [nosso] Deus se proponha a fazer que não faça’ (Abraão 3:17)” (Conference Report, abril de 1988, p. 8; ou A Liahona, maio de 1988, pp. 7–8).

  • O Élder Maxwell também explicou que, para que essa promessa se cumpra, é vital que honremos os convênios que fazemos: “Os membros da Igreja têm um compromisso especial, irmãos. Esse compromisso foi visto por Néfi. Num dia futuro, disse ele, o povo do convênio de Jesus, ‘disperso sobre toda a face da Terra’, será armado ‘com retidão e com o poder de Deus, em grande glória’ (1 Néfi 14:14). Isto vai acontecer, mas somente depois que um número maior de membros da Igreja se tornar mais santificado e aperfeiçoado em sua conduta” [Conference Report, outubro de 1991, p. 43; ou “Arrependimento”, A Liahona, janeiro de 1992, p. 33 (tradução atualizada)].

1 Néfi 14:18–30. Os Escritos de João, o Revelador

  • Os versículos de 18–30 de 1 Néfi 14 referem-se ao livro de Apocalipse, que é o último do Novo Testamento, escrito pelo Apóstolo João. Néfi viu os acontecimentos de nossos dias, mas não recebeu permissão para escrevê-los porque isso era da responsabilidade de João. O versículo 26 talvez se refira à porção selada do Livro de Mórmon. (Para mais informações quanto à parte selada, ver 2 Néfi 27:7; 3 Néfi 26:7–11; Éter 4:7.)

1 Néfi 15:2–11. “Duros de Coração”

  • O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou como a dureza de coração limita nossa espiritualidade:

    “Néfi tentou ensinar aos irmãos que eles também poderiam compreender o significado das profecias do pai, ‘que eram de difícil compreensão, a menos que se perguntasse ao Senhor’ (1 Néfi 15:3). Néfi disse-lhes que se não endurecessem o coração, se guardassem os mandamentos e perguntassem ao Senhor com fé certamente aquelas coisas lhes seriam dadas a conhecer (ver 1 Néfi 15:11).

    Se endurecermos o coração, rejeitarmos as novas revelações e limitarmos nosso aprendizado àquilo que podemos aprender por meio do estudo e da análise das palavras exatas contidas nas escrituras oficiais atuais, nosso entendimento ficará limitado ao que Alma chamou de ‘menor parte da palavra’ (Alma 12:11). Se buscarmos e aceitarmos revelações e inspiração para ampliar nosso entendimento das escrituras, veremos o cumprimento das palavras inspiradas de Néfi quando prometeu que os mistérios de Deus seriam ‘desvendados pelo poder do Espírito Santo’ àqueles que a buscassem diligentemente (1 Néfi 10:19)” (“Scripture Reading and Revelation”, Ensign, janeiro de 1995, p. 7).

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    Missionários no CTM
  • O Profeta Joseph Smith explicou que não eram só Lamã e Lemuel que poderiam conhecer as coisas que Néfi e seu pai sabiam — esse princípio se aplica a nós também: “Se todos nos uníssemos em torno do mesmo ideal, com a mesma disposição e com fé perfeita, o véu bem poderia romper-se hoje ou na próxima semana ou em qualquer outro momento” [Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, Joseph Fielding Smith (org.), 1975, p. 11 (tradução atualizada)].

    “Deus nada revelou a Joseph que não dará a conhecer aos Doze, e até o menor dos santos pode conhecer todas as coisas tão logo possa suportá-las” (History of the Church, vol. 3, p. 380; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, p. 281).

1 Néfi 15:12–13. Judeus e Gentios

  • Muitas vezes no Livro de Mórmon lemos referências aos judeus e aos gentios. Às vezes é difícil compreender de quem o texto está falando. O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, ajudou-nos nessa tarefa: “Tanto Leí como Néfi dividiam a humanidade em dois grupos: os judeus e os gentios. O grupo dos judeus consistia das pessoas naturais do reino de Judá ou de seus descendentes; todos os outros eram considerados gentios. Sendo assim, nós somos os gentios de quem essa escritura fala; nós somos aqueles que receberam a plenitude do evangelho e nós o levaremos aos lamanitas, que são judeus porque seus antepassados vieram de Jerusalém e do reino de Judá” (A New Witness for the Articles of Faith, 1985, p. 556).

    O Élder McConkie também identificou um gentio que ajudaria muito na Restauração: “Joseph Smith (…) foi o gentio por meio do qual o Livro de Mórmon foi revelado e os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (…) são os gentios que levarão a salvação aos lamanitas e aos judeus” (The Millennial Messiah, 1982, p. 233).

1 Néfi 15:13–16. A Restauração do Evangelho nos Últimos Dias

  • O Presidente Gordon B. Hinckley falou do impacto que a Restauração teve na história: “Meus irmãos e irmãs, será que vocês percebem o que temos? Reconhecem nosso papel no grande drama da história humana? Este é o ponto de convergência de tudo o que aconteceu no passado. Esta é a época da restituição. Estes são os dias da Restauração. Este é o momento em que pessoas de toda a Terra sobem ao monte da casa do Senhor para buscar e aprender Seus caminhos e andar em Suas veredas. Este é o clímax de todos os séculos depois do nascimento de Cristo, e é uma época maravilhosa” (Conference Report, outubro de 1999, p. 94; ou Ensign, novembro de 1999, p. 74).

1 Néfi 15:12–20. A Coligação de Israel

1 Néfi 15:24. A Palavra de Deus e os Dardos Inflamados

  • O Presidente Ezra Taft Benson falou da bênção que é termos a palavra de Deus. Ela não só nos proporciona bênçãos grandiosas, mas também nos dá forças para resistir firmemente à tentação: “Em seu sonho, Leí viu uma barra de ferro estendendo-se pelas névoas de escuridão. Percebeu que, agarrando-se a essa barra, as pessoas conseguiam evitar as águas imundas, afastar-se dos caminhos proibidos e não seguir as vias desconhecidas que conduziam à destruição. Mais adiante, seu filho Néfi explica claramente o simbolismo da barra de ferro. Quando Lamã e Lemuel perguntaram: ‘O que significa a barra de ferro?’ Néfi respondeu que representava ‘a palavra de Deus, [atentem para a promessa] e todos os que dessem ouvidos à palavra de Deus e a ela se apegassem, jamais pereceriam; nem as tentações nem os ardentes dardos do adversário poderiam dominá-los até a cegueira, para levá-los à destruição’ (1 Néfi 15:23–24; grifo do autor). A palavra de Deus não só nos conduz ao fruto mais desejável de todos, também é nela e por meio dela que encontramos forças para resistir às tentações e o poder de frustrar a obra de Satanás e seus emissários” [“O Poder da Palavra”, A Liahona, julho de 1986, p. 81 (tradução atualizada)].

1 Néfi 15:32–35. “Julgados por Suas Obras”

  • O Élder Dallin H. Oaks falou de como nossos atos definem quem somos. Aquilo em que nossos atos nos transformam determina o julgamento que receberemos:

    “Em muitas passagens da Bíblia e das escrituras modernas, lemos sobre um julgamento final em que todas as pessoas serão recompensadas de acordo com seus atos, obras ou desejos do coração. Mas outras escrituras ampliam essa ideia e afirmam que seremos julgados pela condição que tivermos alcançado.

    O profeta Néfi descreveu o juízo final com base no que nos tornamos: ‘E se suas obras tiverem sido imundas, eles serão imundos; e se forem imundos, não poderão habitar o reino de Deus’ (1 Néfi 15:33; grifo do autor). Morôni declarou: ‘Aquele que é imundo ainda será imundo; e aquele que é justo ainda será justo’ (Mórmon 9:14; grifo do autor; ver também Apocalipse 22:11–12; 2 Néfi 9:16; D&C 88:35). O mesmo se aplicaria a ‘egoísta’ ou ‘desobediente’ ou qualquer outra característica pessoal que não esteja em harmonia com as leis de Deus. Ao referir-se ao ‘estado’ dos iníquos no juízo final, Alma explicou que se formos condenados por nossas palavras, obras e pensamentos, ‘não seremos considerados sem mancha (…) e nesse terrível estado não nos atreveremos a olhar para o nosso Deus’ (Alma 12:14).

    À luz desses ensinamentos, concluímos que o julgamento final não é apenas um balanço do total de atos bons e ruins, ou seja, do que fizemos. É a constatação do efeito final de nossos atos e pensamentos, ou seja, do que nos tornamos. Não basta fazer tudo mecanicamente. Os mandamentos, as ordenanças e os convênios do evangelho não são uma lista de depósitos que precisamos fazer numa conta bancária celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos mostra como podemos tornar-nos o que nosso Pai Celestial deseja que nos tornemos” (Conference Report, outubro de 2000, p. 41; ou “O Desafio de Tornar-se”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 40).

1 Néfi 15:34–35. O Estado Final da Alma

  • Existe uma diferença clara entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas e entre o reino de Deus e o reino do diabo. O inferno é o lugar preparado para os imundos que seguem Satanás, enquanto os justos que seguiram a Deus gozam da paz e glória de Seu reino. Mas como o estado final da alma de todas as pessoas pode ser dividido apenas em dois grupos — o grupo dos que habitarão o reino de Deus e o grupo dos que serão lançados fora? (Ver 1 Néfi 15:35.)

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    A Segunda Vinda de Cristo

    A chave para a resposta dessa pergunta encontra-se em Doutrina e Convênios 76:43, que resume a obra de Jesus Cristo desta forma: “Ele (…) glorifica o Pai e salva todas as obras de suas mãos, exceto os filhos de perdição, que negam o Filho depois que o Pai o revelou”. Sendo assim, no estado final haverá o grupo das pessoas que serão salvas e o das que não serão, ou seja, dos filhos da perdição. As pessoas que serão salvas são aquelas que receberão algum grau de glória. Doutrina e Convênios 76 cita três graus de glória — o celeste, o terrestre, e o teleste — e fornece informações sobre quem será digno de herdar cada um desses lugares no reino de Deus. Assim, todos os três graus de glória correspondem à salvação no reino de Deus, e os que não se qualificarem para recebê-la serão os filhos da perdição.

Pontos a Ponderar

  • Como você pode aplicar o exemplo dado por Néfi, que perguntou ao Senhor o que desejava saber, para que a inspiração e as revelações passem a ter um papel mais importante em sua vida?

  • Que preparativos o Senhor fez para que o evangelho fosse restaurado nesta dispensação?

  • Como você definiria o que são os “dardos inflamados do adversário”? Que dardos específicos afetam sua vida? O que você precisa fazer para resistir melhor aos dardos inflamados que inibem o seu progresso espiritual?

Tarefas Sugeridas

  • Escreva uma breve redação com um dos temas abaixo:

    1. De que forma você está-se aproximando da árvore da vida?

    2. O que a grande e abominável igreja representa?

    3. Qual é a relação entre 1 Néfi 13 e a oitava regra de fé?