Preparar-se para a Vida como Missionário

Introdução

Servir como missionário de tempo integral é aceitar o chamado de representar o Senhor Jesus Cristo. A missão é uma experiência deleitosa, mas também envolve trabalho árduo. Para serem missionários eficazes, rapazes e moças precisam estar preparados para confiar no Senhor quando enfrentarem dificuldades. Quando os missionários em perspectiva estabelecem expectativas saudáveis sobre a vida missionária, estarão mais bem preparados para servir com todo o seu “coração, poder, mente e força” (D&C 4:2).

Preparação Antecipada

Estude 2 Néfi 4:19–26 e Alma 17:2–3, 9; 26:11–13; 29:10.
Estude o discurso do Élder David A. Bednar, “Tornar-se um Missionário”, A Liahona, novembro de 2005, p. 44.
Prepare-se para apresentar os vídeos “Tornar-se um Missionário, Parte 1” (2:26) e “Tornar-se um Missionário, Parte 2” (1:01; vídeo do discurso do Élder David A. Bednar, ou A Liahona, novembro de 2005, p. 44) disponível no site LDS.org/media-library.
Prepare-se para apresentar o vídeo “Permanecer Dentro dos Limites” (5:10), disponível no site youth.LDS.org.
Prepara-se para apresentar o vídeo “Preparação de Gordon B. Hinckley: Esqueça-se de Si Mesmo e Trabalhe” (2:04), disponível no site LDS.org.
Prepare o folheto intitulado “Exigências da Vida Missionária”, encontrado no final da lição.

Sugestões Didáticas

Tornar-se um Missionário

Inicie a aula fazendo as seguintes perguntas:

De que maneiras vocês esperam que seu estilo de vida mudará ao iniciar seu serviço como missionários?
O que vocês podem começar a fazer agora a fim de preparar-se para essas mudanças no estilo de vida?

Mostre e peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, ou apresente o vídeo da declaração. Explique-lhes que, apesar de o Élder Bednar estar se dirigindo aos rapazes na sessão do sacerdócio da conferência geral, os princípios que ele ensina aplicam-se também às moças.

“Nas reuniões com jovens da Igreja ao redor do mundo, sempre convido os presentes a fazerem perguntas. Uma das perguntas mais frequentes que os rapazes me fazem é esta: ‘O que posso fazer para me preparar melhor para servir como missionário de tempo integral?’ Essa pergunta merece uma resposta sincera.

Meus queridos jovens, acima de tudo, a coisa mais importante que podem fazer para se preparar para servir é tornarem-se missionários bem antes de ir para a missão. Notem que em minha resposta enfatizei o tornar, em vez do ir. Vou explicar o que quero dizer com isso.

No vocabulário que usamos na Igreja, sempre falamos de ir à Igreja, ir ao templo e ir para a missão. Ouso sugerir que a ênfase que costumamos dar ao verbo ir não é apropriada.

A questão não é ir à Igreja; antes, a questão é adorar e renovar convênios ao frequentarmos a Igreja. O ponto não é ir ao templo ou passar por ele; é mais precisamente ter em nosso coração o espírito, os convênios e as ordenanças da casa do Senhor. A ideia não é ir para a missão, mas tornar-se um missionário e servir a vida inteira de todo o coração, poder, mente e força. É possível a um rapaz ir para a missão e não se tornar um missionário, mas isso não é o que o Senhor requer ou o que a Igreja precisa.

Minha esperança é de que cada um de vocês, rapazes, não apenas vão para a missão — mas que se tornem missionários muito antes de enviarem seus papéis para a missão, muito antes de receberem o chamado para servir, muito antes de serem designados pelo presidente da estaca e muito antes de entrarem no CTM” (“Tornar-se um Missionário”, A Liahona, novembro de 2005, p. 45).

O que o Élder Bednar disse que é a coisa mais importante que vocês podem fazer a fim de prepararem-se para seu chamado de servir como missionários? (Tornar-se um missionário muito antes de sair em missão.)

Peça a um aluno que leia a parte seguinte da citação do Élder Bednar, ou apresente o vídeo da declaração:

“Obviamente o processo de tornar-se um missionário não exige que o rapaz use camisa branca e gravata para ir à escola todos os dias, ou que siga as regras de horário dos missionários para deitar-se e levantar-se embora a maioria dos pais certamente apoiasse essa ideia. Mas vocês podem desenvolver o desejo de servir a Deus (ver D&C 4:3) e podem começar a pensar como pensam os missionários, ler o que os missionários leem, orar como os missionários oram e sentir o que os missionários sentem. Podem evitar as influências do mundo que fazem o Espírito Santo Se afastar e podem ganhar confiança em reconhecer e responder aos sussurros do Espírito. Linha sobre linha e preceito sobre preceito, um pouco aqui e um pouco ali, vocês podem se tornar gradativamente o missionário que desejam ser e o missionário que o Salvador espera que sejam” (“Tornar-se um Missionário”, pp. 45–46).

Depois pergunte:

De acordo com o Élder Bednar, de que maneiras vocês podem tornar-se missionários antes de entrar no centro de treinamento missionário?

Depois que os alunos responderem, escreva a seguinte verdade no quadro: Posso tornar-me um missionário agora na maneira como me sinto, penso e ajo. Para ilustrar esse princípio, peça aos alunos que consultem Alma 17:2–3, 9, 11 e explique-lhes que esses versículos descrevem os filhos de Mosias, que serviram missão entre os lamanitas. Peça a um aluno que leia esses versículos em voz alta no decorrer da aula e identifique o que os filhos de Mosias fizeram a fim de preparar-se para ensinar com poder e autoridade. Depois pergunte aos alunos:

O que os filhos de Mosias fizeram a fim de preparar-se para ensinar com poder e autoridade?
De que maneira os missionários em perspectiva podem seguir o exemplo dos filhos de Mosias ao preparar-se para tornar-se missionários agora?

Peça aos alunos que consultem a página 145 do manual Pregar Meu Evangelho e peça a um aluno que leia em voz alta o terceiro parágrafo. Em seguida, faça perguntas como as seguintes:

De acordo com a carta de chamado missionário, o que é esperado que os missionários devotem ao Senhor e o que se espera que deixem para trás?
Quais são exemplos de “assuntos pessoais” que os missionários devem deixar para trás quando iniciarem seu serviço missionário?
Em que momento vocês foram abençoados por fazer sacrifícios para servir ao Senhor?

Em seguida, dê aos alunos alguns minutos para ponderar e escrever respostas às perguntas abaixo em seus diários de estudo. Incentive os alunos a escrever especificamente o que sentiram que o Espírito Santo está comunicando a eles pessoalmente. Depois pergunte:

Quais são algumas coisas que vocês podem fazer agora para começar a pensar, sentir e agir como missionários?
De que maneira podem preparar-se para abandonar os assuntos pessoais e devotar todo o seu tempo e toda a sua atenção para servir ao Senhor?
De que maneira fazer essas coisas os ajuda a se preparar para ensinar com poder e autoridade, assim como os filhos de Mosias?

Incentive os alunos a escrever metas específicas em seus diários. As ideias podem incluir estudar o Livro de Mórmon todos os dias, orar pela manhã e à noite, frequentar todas as reuniões da Igreja, dormir antes das 10 horas e 30 minutos da noite e levantar às 6 horas e 30 minutos da manhã, reduzir o uso de aparelhos eletrônicos ou esforçar-se para ser mais obediente aos mandamentos.

O Padrão da Dignidade

Escreva a palavra “pré-requisito” no quadro e peça aos alunos que pensem em quais pré-requisitos são necessários. Dê tempo para que os alunos pesquisem Doutrina e Convênios 88:74 e identifiquem alguns pré-requisitos para servir missão. Depois pergunte:

O que o Senhor aconselhou que os trabalhadores em Seu reino façam a fim de preparar-se para pregar o evangelho? (Santificar-se, purificar seu coração e limpar suas mãos.)
O que significa ser santificado? (Ser limpo, digno do Espírito Santo.)
Qual princípio a respeito dos missionários é ensinado em Doutrina e Convênios 88:74? (Depois que os alunos responderem, escreva o seguinte no quadro: O Senhor ordena que Seus servos sejam limpos.)

Para ajudar a explicar o que significa para um missionário ser limpo e digno de servir missão, mostre o seguinte trecho do discurso proferido pelo Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça a um aluno que o leia em voz alta:

“Como apóstolo do Senhor Jesus Cristo, eu os conclamo a começar imediatamente — esta noite — a ser plena e completamente dignos. Decidam-se e assumam o compromisso consigo mesmos e com Deus de que, a partir de agora, vão esforçar-se para manter o coração, as mãos e a mente puros e limpos de qualquer tipo de transgressão moral. Decidam evitar a pornografia do mesmo modo como evitam a doença mais perniciosa, pois é exatamente o que ela é. Decidam abster-se completamente de fumo, álcool e drogas ilegais. Decidam ser honestos. Decidam ser bons cidadãos e viver de acordo com as leis do local onde moram. Decidam que a partir desta noite nunca mais pecarão contra a castidade ou usarão de linguajar que não seja condizente com um portador do sacerdócio” (“A Melhor de Todas as Gerações de Missionários”, A Liahona, novembro de 2002, p. 47).

Faça perguntas como as seguintes para ajudar os alunos a analisar o conselho do Élder Ballard:

Quais mandamentos o Élder Ballard mencionou especificamente que os missionários em perspectiva devem obedecer?
O que significa ter o coração, as mãos e a mente “puros e limpos de qualquer tipo de transgressão moral”? (Se necessário, cite a seção “Pureza Sexual” do livreto Para o Vigor da Juventude, 2011, pp. 35–37.)
Por que é sábio evitar a pornografia da mesma maneira que evitaríamos uma doença perniciosa e como evitar a pornografia ajuda a maneira como vocês pensam, sentem e agem como missionários?

Apresente o vídeo “Permanecer Dentro dos Limites” (5:10) para ajudar os alunos a sentir a veracidade e a importância de serem dignos de servir missão. Antes de apresentar o vídeo, você pode debater por que as linhas limítrofes são importantes em certos esportes. Debatam a diferença entre “dentro” e “fora” e o modo como as linhas limítrofes afetam as ações dos atletas durante o jogo. Diga aos alunos que o Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou sobre o que significa permanecer dentro dos limites espirituais antes da missão.

Após assistir ao vídeo, você pode debater as perguntas a seguir:

Qual é o relacionamento entre “permanecer dentro dos limites” e preparar-se para servir missão?
O Élder Holland rogou aos que estão na equipe do Senhor que permaneçam na equipe e não “saiam dos limites”. O que isso significa para vocês?
De que maneira não arrepender-se de pecados passados pode impedir que o missionário ajude outras pessoas a vir a Cristo de maneira eficaz?

Dê aos alunos um momento para ponderarem sobre sua própria dignidade para servir missão. Explique aos alunos que, se eles têm preocupações sobre sua dignidade, devem buscar orientação em oração sincera e conversar sobre essas preocupações com seu bispo ou presidente do ramo.

Preparação Física e Emocional

Mostre a seguinte declaração da Primeira Presidência, datada de 2002, e peça aos alunos que a leiam em silêncio. Ou peça a um aluno que leia a declaração em voz alta:

“O trabalho missionário de tempo integral é um privilégio para os que são chamados por inspiração pelo Presidente da Igreja. Os bispos e presidentes de estaca têm a séria responsabilidade de identificar membros dignos e qualificados que estejam espiritual, física e emocionalmente preparados para esse trabalho sagrado e que possam ser recomendados sem restrições” (Carta da Primeira Presidência, 11 de dezembro de 2002).

Depois pergunte:

Além de preparar-se espiritualmente, por que uma pessoa precisa preparar-se física e emocionalmente para servir missão?

Mostre a declaração a seguir e peça a um ou mais alunos que a leiam em voz alta:

“Exercício constante (diário). Um missionário deve ser capaz de andar uma média de seis milhas (10 quilômetros) por dia e andar de bicicleta 19 quilômetros por dia. Missionários em perspectiva que não estão caminhando mais do que do carro até a sala de aula ou trabalho ficam com os pés doloridos e com bolhas quando chegam ao campo missionário. (…) Um missionário que esteja fora de forma ficará fatigado pelo trabalho missionário e um missionário cansado está mais suscetível ao desânimo e a problemas de saúde do que o que está fisicamente em boa forma.

Os missionários em perspectiva podem preparar-se para os rigores da vida missionária ao estabelecer um padrão constante de exercícios aeróbicos — caminhar, correr ou andar de bicicleta uma hora por dia. (…)

Dormir adequadamente. Apesar de o sono poder variar, os jovens adultos geralmente precisam dormir de sete a oito horas por dia. O ideal é que eles estejam na cama às 10 horas 30 minutos da noite e que se levantem das 6 horas e 30 às 8 horas da manhã. Ficar acordado até as 2 horas ou 3 horas da madrugada e dormir até às 10 horas da manhã faz com que a pessoa sinta-se cansada o tempo todo e deseje dormir até o meio-dia. (…) Os missionários têm uma vida programada. Eles vão dormir às 10 horas e 30 minutos da noite e acordam às 6 horas e 30 minutos da manhã todos os dias. Essa programação será difícil a menos que os missionários em perspectiva entrem em uma rotina semelhante antes do chamado para servir.

Hábitos saudáveis de alimentação. Mais do que abandonar açúcar e gordura, os jovens precisam aprender a gostar de refeições que consistem de proteínas e fibras, tais como carne magra, iogurte, legumes e frutas. Da mesma forma, tomar mais do que 350 ml de bebida com gás por dia é demais” (Donald B. Doty, “Missionary Health Preparation” [Preparação de Saúde do Missionário], Ensign, março de 2007, p. 64).

Se um missionário não está fisicamente apto, quais efeitos podem ocorrer no progresso do trabalho, com o companheiro do missionário e com o bem-estar do próprio missionário?

Peça aos alunos que meditem em silêncio sobre as seguintes perguntas:

Como vocês descreveriam sua preparação física atual para servir missão?
O que vocês podem fazer agora para preparar-se para atender às exigências físicas da missão de tempo integral?

Incentive os alunos a planejar como começar a dormir o suficiente, alimentar-se de maneira saudável e exercitar-se para que tenham a resistência física de que precisam para terem sucesso como missionários. Se o tempo permitir, incentive os alunos a escrever seus planos em seus diários de estudo.

Peça aos alunos que expliquem como o corpo responde fisicamente a atividades estressantes tais como subir e descer lances de escada correndo (aumento dos batimentos cardíacos, respiração mais pesada, transpiração, músculos cansados e assim por diante). Explique-lhes que o estresse físico é apenas um tipo de dificuldade que os missionários enfrentam. Depois pergunte:

De que maneira o corpo e a mente de um missionário podem reagir ao estresse emocional ou psicológico resultante de desafios difíceis ou problemas inesperados?

Explique-lhes que todos os missionários passam por algum grau de estresse emocional, saudades de casa e sentimentos de incapacidade, tristeza ou outras emoções que podem abatê-los e isso é parte normal da vida missionária.

Apresente o vídeo “Preparação de Gordon B. Hinckley: Esqueça-se de Si Mesmo e Trabalhe” (2:04). Incentive os alunos a observar por quais motivos o Presidente Gordon B. Hinckley sentiu-se desanimado quando era missionário na Inglaterra.

Pergunte à classe:

Quais foram alguns dos motivos pelos quais o Presidente Hinckley sentiu-se desanimado após chegar ao campo missionário?
O que o Presidente Hinckley fez que o ajudou a vencer o desânimo?

Explique à classe que alguns dos maiores missionários das escrituras enfrentaram desânimo e outras dificuldades em seu trabalho missionário. Escreva as seguintes referências das escrituras no quadro: Jeremias 1:4–9; Alma 17:5; 26:27; e Moisés 6:31–32. Peça aos alunos que escolham e leiam em silêncio uma das passagens das escrituras e identifiquem as dificuldades que as pessoas sobre as quais leram tiveram ou enfrentaram. Enquanto eles respondem, você pode resumir suas respostas no quadro da seguinte maneira:

Jeremias 1:4–9. Jeremias temia que as pessoas não o ouvissem porque ele era muito jovem.

Alma 17:5; 26:27. Amon e seus companheiros sofreram no corpo e na mente. Eles sentiram-se deprimidos e estavam prestes a desistir.

Moisés 6:31–32. Enoque estava preocupado que ninguém o ouviria porque ele era lento no falar e ainda era muito jovem.

Depois pergunte:

O que vocês podem aprender com esses três relatos sobre as dificuldades emocionais de pregar o evangelho? À medida que os alunos responderem, você pode escrever esta verdade no quadro: Dificuldades físicas e emocionais são parte normal da vida missionária.
Quais pensamentos vocês têm ao ler a declaração de que as dificuldades físicas e emocionais são parte normal da vida missionária?
De que maneira saber que todos os missionários enfrentam dificuldades afeta a maneira como vocês se preparam para servir?

Ajude os alunos a entender que praticamente todos os missionários passam por dificuldades físicas ou emocionais. Entretanto, os missionários devem aprender como lidar com o estresse de uma maneira saudável e adequada à missão. Geralmente, maneiras saudáveis de lidar com o estresse que são eficazes fora do campo missionário, tais como passar algum tempo sozinho, ouvir música ou praticar esportes, não são viáveis para os missionários de maneira constante. Os missionários precisam lidar com o estresse de maneiras que se adéquem às regras da missão.

Divida a classe em grupos pequenos e distribua o folheto “Exigências da Vida Missionária” aos alunos. Peça a cada grupo que (1) leia em voz alta a primeira seção intitulada “Exigências da Vida Missionária” e (2) debata como estar ciente das exigências da vida missionária pode ajudá-los a estar mais bem preparados para as dificuldades da vida missionária.

Depois de dar aos grupos tempo suficiente para ler e debater sobre a seção, peça a alguns alunos que relatem alguns dos pontos principais que os grupos debateram. Em seguida, em classe, use alguns minutos para ler e debater a seção seguinte do folheto, intitulada “Ajustar-se a Novas Experiências” e conversem sobre como entender os estágios típicos do ajuste pode ajudar os alunos quando ingressarem no CTM.

Buscar o Senhor para Obter Ajuda com as Dificuldades

Incentive os alunos a começar a pensar sobre como vão lidar com as dificuldades quando passarem por elas no campo missionário e explique-lhes que Néfi enfrentou sentimentos profundos de inadequação e desânimo e escreveu sobre o que fez para vencer esses sentimentos. Peça que alguém leia 2 Néfi 4:17–19. Depois pergunte:

Quais palavras e frases Néfi usa para descrever as consequências de suas fraquezas?

Peça aos alunos que estudem 2 Néfi 4:19–26 e identifiquem o que ajudou Néfi a sobrepujar seus sentimentos de desânimo. Depois pergunte:

Quais frases Néfi usou para descrever como ele sobrepujou seus sentimentos tão profundamente negativos? [Os alunos devem identificar que Néfi confiou no Senhor (ver versículo 19), lembrou-se do que o Senhor fez por ele no passado (ver versículos 20–23), ofereceu orações poderosas (ver versículo 24) e lembrou-se da misericórdia do Senhor (versículo 26)].
Como o fato de lembrar-se do Senhor e de Sua bondade pode ajudá-lo nos momentos de desânimo ou estresse?
No início desta lição, reconhecemos que é normal que os missionários sintam estresse emocional, saudades de casa e sentimentos de incapacidade, tristeza ou outras emoções que podem abatê-los. Considerando o que Néfi escreveu em 2 Néfi 4:19–26, qual conselho vocês dariam a um missionário que tem esse tipo de sentimento? (Ajude os alunos a identificar o seguinte princípio, que você pode escrever no quadro: Quando os missionários confiam no Senhor, Ele pode ajudá-los a administrar as exigências físicas e emocionais da vida missionária.)

Você pode ler a seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Por isso, acho que a obra missionária nunca foi fácil, tampouco a conversão, a retenção ou a fidelidade contínua. A meu ver, sempre se exige algum esforço, algo que parta das profundezas da alma.

Se Ele teve, naquela noite, de ajoelhar-Se, prostrar-Se, sangrar por todos os poros e exclamar: ‘Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis, afasta de mim este cálice’ (ver Marcos 14:36), não é de admirar que a salvação também não seja fácil para nós. Se vocês desejam saber se acaso não haveria um caminho mais fácil, lembrem que não são os primeiros a fazerem tal indagação. Alguém muito maior e mais digno perguntou há muito tempo se não haveria uma maneira menos dolorosa.

A Expiação ajudará os missionários talvez de uma maneira mais importante do que os pesquisadores. Quando vocês estiverem em dificuldades, quando se sentirem rejeitados, quando forem humilhados e expulsos, estarão em situação semelhante à da melhor vida que este mundo já conheceu, a única vida perfeita que já houve. Vocês têm todos os motivos para andarem de cabeça erguida e serem gratos pelo fato de o Filho vivo do Deus vivo conhecer todas as suas dores e aflições. A única senda que conduz à salvação passa necessariamente pelo Getsêmani e pelo Calvário. O único caminho para a eternidade é por meio Dele: o Caminho, a Verdade e a Vida” (“A Obra Missionária e a Expiação”, A Liahona, outubro de 2001, p. 32).

Depois pergunte:

De acordo com o Élder Holland, qual motivo os missionários têm para permanecer firmes durante momentos de dificuldades?

Diga aos alunos que, ao lidar com situações de tentação no campo missionário, eles devem lembrar-se de que o trabalho que estão fazendo é o de ajudar a trazer outras pessoas a Jesus Cristo. Escreva as seguintes referências das escrituras no quadro: Alma 26:11–13; 29:10; e Doutrina e Convênios 18:15–16. Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta dessas passagens das escrituras enquanto a classe acompanha a leitura e identifica o que as passagens ensinam sobre a vida missionária. Peça aos alunos que compartilhem ideias e assegure a eles que, mesmo que o serviço missionário de tempo integral seja árduo e possa ser desanimador às vezes, quando trabalhamos para trazer outras pessoas a Jesus Cristo, o Senhor nos abençoa com alegria. Você pode pedir aos alunos que compartilhem experiências em que vivenciaram esse princípio.

Destaque para os alunos que, de tempos em tempos, eles podem ter um companheiro que possui problemas emocionais ou mentais. Em tais casos, eles devem ouvir e demonstrar amor por seu companheiro, porque a atitude de apoio de um companheiro pode ser crucial para ajudar a vencer problemas. Eles nunca devem sugerir que, se um missionário que está passando por dificuldades tiver mais fé, seus desafios desaparecerão.

Explique-lhes que algumas dificuldades necessitam de mais ajuda dos líderes do sacerdócio e profissionais de saúde mental, e que a maioria das missões disponibiliza esses profissionais aos missionários. Os missionários que passam por dificuldades emocionais devem conversar sobre sua situação com seus presidentes de missão para determinar qual tipo de ajuda é adequada.

Para ajudar os alunos a avaliar como podem lidar com dificuldades físicas e emocionais que podem enfrentar como missionários, dê-lhes alguns minutos para escrever sobre um momento em que venceram situações difíceis. Prossiga perguntando aos alunos o que aprenderam sobre o Senhor e sobre si mesmos com a experiência e como podem usá-la para fortalecê-los no futuro.

Para encerrar, expresse sua confiança em seus alunos e em sua capacidade de lidar com as mudanças que acompanham a vida missionária. Preste seu testemunho de que o Senhor ajuda as pessoas que voltam-se para Ele a fim de administrar as exigências físicas e emocionais de sua vida.

Convites para Agir

Convide os alunos a se prepararem para a vida missionária ao realizar uma ou mais das seguintes atividades:

Pensem no que vocês precisam vencer para tornar-se limpos e dignos de servir missão. Se for necessário, eliminem pensamentos e comportamentos inadequados que são ofensivos ao Espírito.
Estabeleçam metas pessoais para realizar um programa diário de exercícios, alimentar-se de maneira saudável ou desenvolver hábitos de dormir que sigam o programa missionário diário.
Examinem os padrões de vestuário para missionários de tempo integral localizados no site LDS.org.
Peçam a um ex-missionário que diga como ele fez para administrar o estresse e vencer as dificuldades da vida missionária.
Conversem com os pais ou líderes do sacerdócio sobre maneiras de lidar com um companheiro com quem vocês não tenham muito em comum ou com quem tenham dificuldades de relacionamento.