“13: Como posso trabalhar com os líderes da estaca e da ala?” Pregar Meu Evangelho: Guia para o Serviço Missionário, 2018, pp. 231–242
“13 Líderes da estaca e da ala”, Pregar Meu Evangelho, pp. 231–242
13
Como posso trabalhar com os líderes da estaca e da ala?
Você tem a grande oportunidade de trabalhar com muitos líderes e membros durante a missão. Juntos vocês fortalecerão e estabelecerão A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O relacionamento que você desenvolver com os líderes da Igreja vai abençoá-lo por toda a vida. Esse relacionamento é importante à medida que você e os membros da Igreja procurarem levar o evangelho restaurado aos filhos de nosso Pai Celestial. A compreensão dos princípios básicos de como trabalhar dentro da organização da ala vai ajudá-lo a seguir adiante com grande vigor e concentração.
Fortalecer os membros novos e os membros que estão retornando à Igreja
Quando os conversos são batizados e confirmados, eles fazem promessas sagradas de obedecer e servir a Deus e ao próximo por toda a vida. Eles se tornam candidatos à salvação no reino celestial. Para receber as bênçãos prometidas, eles precisam perseverar até o fim com fé em Jesus Cristo. Os membros da Igreja desempenham um papel fundamental para ajudar os recém-conversos a permanecer ativos e fiéis.
O presidente Gordon B. Hinckley disse: “Não há sentido em fazer a obra missionária a menos que conservemos os frutos desse trabalho. As duas coisas são inseparáveis. (…) Todo converso é uma grande e séria responsabilidade” (“Encontrem as ovelhas e apascentem-nas”, A Liahona, julho de 1999, p. 122).
Sob a direção do bispo, o conselho da ala tem a responsabilidade inicial de fortalecer os membros novos e aqueles que estão retornando à Igreja. Eles se certificam de que os recém-conversos e os membros que estão retornando à Igreja tenham amigos, sejam nutridos pela palavra de Deus e recebam chamados e responsabilidades. Eles podem pedir que os missionários de tempo integral ajudem a ministrar aos membros novos e visitá-los, ajudem aqueles que estão retornando à Igreja e aos élderes em perspectiva. De preferência, você terá a companhia de um membro nessas visitas.
Você também é responsável por essas pessoas. O presidente Hinckley disse: “Vocês, missionários, também têm parte da responsabilidade de fazer com que seus conversos fiquem firmes na Igreja. Talvez não possam continuar a visitá-los. Mas podem lhes escrever ocasionalmente e lhes dar incentivo. (…) Quando voltarem para casa, não se esqueçam de seus conversos. Vivam sempre à altura da confiança que eles depositaram em vocês. Escrevam para eles de vez em quando para lhes expressar seu amor” (“Encontrem as ovelhas e apascentem-nas”, p. 123).
Quando assistir às reuniões da Igreja, você e seu companheiro devem se sentar com os visitantes ou com os membros que estão se integrando para apoiá-los e fortalecê-los. Não se sente com um grupo de outros missionários.
Uma parte vital de sua missão é estabelecer a Igreja e fortalecer a unidade na qual está servindo. Parte disso pode ser feita ajudando os recém-conversos a permanecer ativos e ajudando os membros que estão retornando à Igreja a ficar ativos. Uma de suas tarefas e responsabilidades é ensinar todas as cinco lições missionárias para os membros novos depois do batismo e, quando apropriado, para os membros que estão retornando. Os missionários de ala e as irmãs e os irmãos ministradores também podem ajudar a ensinar esses princípios.
O presidente Gordon B. Hinckley contou o seguinte a respeito dos desafios que muitos recém-conversos enfrentam:
Recebi uma carta muito interessante. Ela foi escrita por uma mulher que se filiou à Igreja há um ano. Ela escreveu:
“Minha jornada para entrar na Igreja foi especial e muito desafiadora. O ano passado foi o mais difícil de toda minha vida. Também foi o mais recompensador. Como membro novo, continuo a enfrentar desafios a cada dia”.
Ela prossegue, contando que, ao se filiar à Igreja, não sentiu o apoio da liderança de sua ala. O bispo parecia indiferente para com ela como membro novo. Sentindo-se rejeitada, procurou o presidente da missão que lhe deu muitas oportunidades.
Ela declarou: “Os membros da Igreja não sabem o que significa ser um membro novo. (…) Por isso, é quase impossível para eles saber o que devem fazer para nos apoiar”.
Desafio vocês, irmãos e irmãs, caso não saibam o que significa ser um membro novo, que procurem imaginar como seria. Pode ser algo terrivelmente solitário. Pode ser frustrante. Pode ser assustador. Nós, membros desta Igreja, somos muito mais diferentes do mundo do que costumamos imaginar. Aquela mulher escreveu: “Quando nós, (…) nos tornamos membros da Igreja, ficamos surpresos ao descobrir que entramos em um mundo completamente estranho, um mundo que tem suas próprias tradições, cultura e linguagem. Descobrimos que não há uma pessoa e um ponto de referência ao qual possamos recorrer para receber orientação em nossa viagem rumo a esse mundo novo. A princípio, a jornada é emocionante, e nossos erros são até engraçados, mas, então, torna-se frustrante, e aos poucos essa frustração se transforma em raiva. É nesse estágio de frustração e raiva que saímos da Igreja. Voltamos para o mundo de onde viemos, onde sabíamos onde estávamos, onde conhecíamos nosso papel, onde fazíamos nossa contribuição, onde falávamos nosso idioma” (“Encontrem as ovelhas e apascentem-nas”, p. 122).
Designações de ministração
Com a aprovação do presidente da missão, os líderes locais podem pensar na possibilidade de pedir aos missionários de tempo integral que ajudem nas designações de ministração em alguns casos particulares. O presidente da missão comunica sua aprovação ao presidente da estaca, que informa ao bispo. Quando a aprovação é dada, os missionários de tempo integral são designados principalmente para trabalhar com os membros novos, com as famílias incompletas e com outros membros (ver Manual 2: Administração da Igreja, 2010, 7.4.3).
Trabalhar com o conselho da ala para fortalecer os membros novos e os membros que estão retornando à Igreja
O ensino e o batismo de novos conversos estão sob a direção do presidente da missão. Contudo, o trabalho de proclamar o evangelho prosseguirá com mais vigor se os missionários de tempo integral e os membros coordenarem seus esforços e trabalharem juntos. Você pode ser convidado frequentemente a assistir às reuniões de conselho da ala. Entretanto, sua principal prioridade é se certificar de que as pessoas que você está ensinando estejam na igreja. Frequentemente isso significa que você terá que acompanhá-las. Se houver um conflito entre sua presença na reunião do conselho da ala e a responsabilidade de buscar alguém para levar à igreja, vá buscar a pessoa. Nesse caso, forneça uma cópia do Relatório de Progresso para o líder da missão da ala e se certifique de que ele contenha todas as informações necessárias para o conselho da ala.
O presidente Gordon B. Hinckley disse:
“Todo recém-converso precisa de três coisas:
-
Um amigo na Igreja a quem possa recorrer, que caminhe a seu lado, que responda a suas perguntas, que compreenda seus problemas.
-
Uma designação. A atividade é a característica marcante desta Igreja. É por meio desse processo que crescemos. A fé e o amor pelo Senhor são como os músculos do braço. Se os usarmos, eles ficam mais fortes. Se eu colocar o braço em uma tipoia, ele se torna mais fraco. Todo converso merece uma responsabilidade. (…)
-
Todos os conversos precisam ser ‘nutridos pela boa palavra de Deus’ (Morôni 6:4). É essencial que eles sejam integrados em um quórum do sacerdócio ou na Sociedade de Socorro, nas Moças, na Escola Dominical ou na Primária. O recém-converso precisa ser incentivado a frequentar a reunião sacramental para tomar o sacramento e renovar os convênios que fez ao ser batizado” (“Encontrem as ovelhas e apascentem-nas”, pp. 122–123).
O conselho da ala tomará a iniciativa de prover um amigo, uma responsabilidade e o alimento espiritual para os recém-conversos. Vocês os ajudarão conforme solicitados. Com seu auxílio, os líderes do sacerdócio e os membros farão o trabalho de integração.
Amizade
-
Antes do batismo e da confirmação, certifique-se de que haja membros presentes em todas as lições, se possível. Esses membros devem se encontrar frequentemente com a pessoa que está sendo ensinada para responder a suas perguntas, compreender seus desafios e encorajá-la.
-
Convide os membros para assistir à reunião batismal e dar as boas-vindas aos recém-conversos na ala. Os membros devem ajudar os recém-conversos a se sentir à vontade nas diversas reuniões da Igreja. Devem também apresentá-los a outros membros.
-
Apresente as pessoas que está ensinando ao bispo, aos conselheiros do bispado, ao presidente do quórum de élderes, à presidente da Sociedade de Socorro e a outros líderes da ala assim que possível. Explique o papel do bispo e de outros líderes da ala.
-
Logo após uma pessoa ser batizada e confirmada, peça aos líderes da ala que designem irmãos ministradores ou irmãs ministradoras a essa pessoa, conforme necessário.
Oportunidades de servir
-
Ajude os conversos do sexo masculino a compreenderem o Sacerdócio Aarônico e o Sacerdócio de Melquisedeque e a se prepararem para recebê-los. Explique-lhes que os quóruns do sacerdócio proporcionam oportunidades para que aprendam, adorem a Deus e sirvam juntos.
-
Envolva os recém-conversos e os membros que estão retornando à Igreja em oportunidades de serviço, como ajudar uma viúva ou alguém que esteja doente, ou participar de projetos de bem-estar.
-
Apresente os consultores de templo e história da família aos conversos para que eles deem início à sua árvore familiar usando o livreto Minha Família ou o site FamilySearch.org.
-
Estabeleça uma data para que os conversos se preparem para serem batizados no templo em favor de antepassados falecidos dentro de um mês após o batismo, ou compartilhem, dentro desse mesmo prazo, um cartão de ordenança familiar com alguém que possa ir ao templo. Fazer a história da família, frequentar o templo e realizar ordenanças pelos antepassados falecidos aumenta significativamente a retenção do converso, pois fortalece sua fé no Salvador.
-
Convide os conversos a prepararem familiares e amigos para serem ensinados pelos missionários. Os missionários devem pedir referências aos recém-conversos e aos membros que estão retornando à Igreja.
Nutridos pela palavra de Deus
-
Ensine todas as lições missionárias antes e depois do batismo. Após o batismo, veja quais dúvidas os membros novos ainda têm e conversem sobre elas. Adapte os convites feitos durante a lição missionária às necessidades atuais dos membros novos.
-
Lembre aos recém-conversos e aos membros que estão retornando à Igreja os compromissos que fizeram antes do batismo e os convênios que fizeram quando foram batizados e confirmados.
-
Incentive-os a orar todos os dias, individualmente e com a família.
-
Incentive-os a estudar as escrituras todos os dias, especialmente o Livro de Mórmon.
-
Fortaleça o testemunho que os recém-conversos têm da Restauração do evangelho de Jesus Cristo por intermédio do profeta Joseph Smith.
-
Continue a ensinar a importância de frequentarem a igreja todos os domingos e de tomarem o sacramento. Sente-se com os recém-conversos ou com os membros que estão retornando à Igreja durante as reuniões.
-
Convide-os a assistir às aulas da Escola Dominical.
-
Ensine-os a realizar a noite familiar uma vez por semana usando recursos como o site da Igreja, o aplicativo Biblioteca do Evangelho ou as revistas da Igreja.
-
Incentive-os a compartilhar o evangelho restaurado com outras pessoas.
-
Ajude-os a se matricularem nas classes do seminário ou do instituto.
-
Apresente a eles os recursos da Igreja.
Qual é o papel do presidente de missão?
O presidente da missão possui as chaves do batismo de conversos. Sob a direção dele, os missionários de tempo integral têm como responsabilidade principal ensinar o evangelho às pessoas que não são de nossa fé. Contudo, o bispo supervisiona o progresso e a integração das pessoas à medida que forem ensinadas. O plano de missão da ala é executado sob a autoridade presidente do bispo. O presidente da missão deve se reunir regularmente com o presidente da estaca para se certificar de que os missionários de tempo integral cooperem com os líderes locais do sacerdócio. Ele coordena o trabalho missionário e se oferece para ajudar o presidente da estaca a dar instruções sobre os princípios e as práticas do trabalho missionário.
Quais são as responsabilidades dos líderes da estaca e da ala?
Os líderes locais e os membros da Igreja são seus melhores aliados. Respeite-os e se esforce para edificar um bom relacionamento com eles. Ao trabalhar com esses líderes, lembre-se de que eles têm outras responsabilidades associadas a seus respectivos chamados. Procure ser uma bênção, e não um fardo, para os líderes da estaca e da ala. Sua atitude deve ser a de quem fala algo como: “Como podemos ajudar?” Aconselhe-se com o bispo e com o líder da missão da ala no tocante a seus planos e a suas atividades. Certifique-se de que tudo o que fizer apoie o plano de missão da ala.
O papel da liderança local do sacerdócio no trabalho missionário está descrito a seguir. A compreensão desses papéis vai ajudá-lo a trabalhar melhor com eles.
Presidente da estaca
O presidente da estaca supervisiona os bispos nas responsabilidades que os bispos têm em relação ao trabalho missionário, à retenção e à ativação. Em sua entrevista mensal com os bispos, o presidente da estaca conversa sobre os planos e sobre o progresso dos membros e das pessoas que estão sendo ensinadas pelos missionários. Ele deve se certificar de que a doutrina referente ao trabalho missionário seja ensinada regularmente nas reuniões da estaca e da ala, e que os líderes do sacerdócio e outras pessoas recebam treinamento em suas responsabilidades missionárias.
O presidente da estaca também deve se reunir regularmente com o presidente da missão para coordenar o trabalho missionário, inclusive o treinamento de líderes e membros, a utilização e a substituição de missionários de tempo integral e o auxílio no trabalho de ativação.
Sumo conselheiro
Um sumo conselheiro é designado pela presidência da estaca para promover o trabalho missionário e o trabalho de retenção e ativação na estaca. Ele relata regularmente o progresso desse trabalho à presidência da estaca. Também deve se certificar de que os líderes da missão das alas sejam devidamente treinados em seus deveres, que incluem a preparação de um plano de missão da ala.
Bispo
O bispo é responsável pelo trabalho missionário e pelo trabalho de retenção e ativação na ala. Sua participação pessoal e liderança são essenciais. Para ajudar a realizar esse trabalho, o bispo chama um portador digno do Sacerdócio de Melquisedeque para servir como o líder da missão da ala. Ele também chama um número suficiente de missionários de ala para atender às necessidades da ala.
O bispo usa o conselho da ala para coordenar o trabalho missionário e o trabalho de retenção e ativação. Ele dirige o desenvolvimento e a implementação de um plano de missão da ala.
Líderes do sacerdócio e das auxiliares
Os líderes do sacerdócio e das auxiliares devem examinar regularmente a condição dos membros novos e dos membros que estão retornando à Igreja e planejar como poderão integrá-los e fortalecê-los melhor. Também devem trabalhar de perto com o líder da missão da ala para coordenar o trabalho missionário e o trabalho de retenção e ativação com os missionários de ala e com os missionários de tempo integral.
Líder da missão da ala
Sob a direção do bispo, o líder da missão da ala:
-
Dá o exemplo compartilhando o evangelho com outras pessoas, inclusive com membros novos e com os membros que estão retornando à Igreja.
-
Coordena o trabalho dos missionários de ala e os missionários de tempo integral com os líderes do sacerdócio, líderes das auxiliares e membros.
-
Nas reuniões do conselho da ala, usa o Relatório de Progresso, a Lista de Ação e Entrevista e o Relatório de Progresso de Membros Novos e Membros Que Estão Retornando à Igreja para analisar o progresso das pessoas que os missionários estão ensinando. Esses relatórios são criados online, no sistema de Recursos para Líderes e Secretários. Eles são usados para acompanhar o progresso dos recém-conversos e de outros membros.
-
Dirige as reuniões semanais de coordenação missionária.
-
Organiza a reunião batismal de conversos da ala, em cooperação com os missionários de tempo integral. Um membro do bispado ou o líder da missão da ala geralmente dirige a reunião batismal.
O líder da missão da ala também serve no conselho da ala e frequenta as reuniões de liderança do sacerdócio da estaca.
Missionários de ala
Irmãos e irmãs qualificados são chamados para servir como missionários de ala. Eles são supervisionados pelo líder da missão da ala.
Os missionários de ala encontram, integram e ensinam pessoas. Também instruem e integram os recém-conversos e os membros que estão retornando à Igreja.
Um missionário de ala que possua o Sacerdócio de Melquisedeque pode ser chamado para servir como assistente do líder da missão da ala.
Coordenação missionária
O trabalho dos missionários de ala normalmente é coordenado nas reuniões do conselho da ala por meio do Relatório de Progresso. O objetivo missionário dessas reuniões é apresentar um relatório, planejar e coordenar as designações de encontrar pessoas, ensinar, integrar e ativar conforme explicado nos parágrafos a seguir.
Encontrar pessoas para ensinar. O conselho da ala debate planos para preparar pessoas específicas para serem ensinadas pelos missionários de tempo integral. Os membros do conselho da ala conversam sobre o progresso de membros específicos da ala para preparar indivíduos e famílias para receber as lições missionárias.
Ensinar e batizar. O conselho de ala analisa o Relatório de Progresso a cada semana, no qual está descrito o progresso de cada pessoa que está sendo ensinada pelos missionários de tempo integral. Os membros do conselho da ala também coordenam os planos para ensinar na casa dos membros, integrar as pessoas que estão sendo ensinadas e garantir a participação dos membros na reunião batismal.
Integrar e ensinar membros novos. O conselho da ala analisa o formulário Progresso de Membros Novos e de Membros Que Estão Retornando à Igreja para monitorar o progresso de cada membro novo. Os membros do conselho da ala também debatem como integrar os membros novos. A pedido do bispo, eles recomendam possíveis chamados para os recém-conversos.
Integrar e ensinar membros que estão retornando à Igreja. O conselho da ala coordena os esforços de ativação do quórum de élderes e dos missionários de tempo integral. Os membros do conselho da ala também planejam como integrar os membros que estão retornando à Igreja, principalmente convidando-os para reuniões e atividades da Igreja.
Coordenação adicional com o líder da missão da ala
O trabalho missionário da ala geralmente é coordenado nas reuniões do conselho da ala. Se uma coordenação adicional for necessária, o líder da missão da ala pode realizar reuniões de coordenação missionária com os missionários de tempo integral. Outras pessoas que podem ser convidadas para essa reunião incluem: os missionários de ala, um conselheiro na presidência do quórum de élderes e uma conselheira na presidência da Sociedade de Socorro.
As pessoas que assistirem a essa reunião podem analisar e apresentar relatório das designações e metas da reunião anterior e debater planos para a semana seguinte. Se necessário, eles também podem coordenar as designações dos missionários de ala para trabalhar com os missionários de tempo integral e debater como tornar mais eficaz o trabalho conjunto dos missionários de ala e dos missionários de tempo integral.
Plano de missão da ala
Bispos de muitas alas relataram que o desenvolvimento de um plano de missão da ala promove o trabalho missionário na ala. Esse plano pode incluir metas, iniciativas e atividades para ajudar os membros da ala a convidar pessoas para ouvirem o evangelho. Pessoas e famílias também se beneficiam com o desenvolvimento desse plano para orientar seus esforços missionários.
Os membros devem usar todos os meios honrosos possíveis para encontrar pessoas que estejam dispostas a ouvir a mensagem da Restauração. Eles devem enfatizar o trabalho de encontrar pais, mães e filhos que se filiarão à Igreja como famílias. Seguem-se algumas sugestões a serem levadas em consideração pelo bispo ao desenvolver um plano de missão.
-
Ore para que o Senhor prepare o coração de pessoas específicas para que ouçam o evangelho. Ore também para estar atento às pessoas que Ele está preparando (ver Alma 6:6). “Será um dia grandioso”, ensinou o presidente Gordon B. Hinckley, “quando nosso povo não apenas orar pelos missionários em todo o mundo, mas também pedir ao Senhor para ajudá-los a auxiliar os missionários que estão trabalhando em sua própria ala” (“Trabalho missionário”, Primeira Reunião Mundial de Treinamento de Liderança, janeiro de 2003, p. 19).
-
Fique atento às oportunidades de ajudar as pessoas. Seja amigável e demonstre amor a todas as pessoas.
-
Peça a amigos e vizinhos que trabalhem com os membros prestando serviço comunitário, oferecendo alimento para necessitados, fazendo oficinas nas reuniões semanais da Sociedade de Socorro, auxiliando nas atividades da ala, ajudando pessoas a se mudar, auxiliando nas atividades dos jovens e ajudando em projetos de história da família e de bem-estar.
-
Convide parentes, amigos e vizinhos não membros para reuniões batismais, confirmações e ordenações ao sacerdócio.
-
Convide não membros para eventos especiais, como uma refeição em um feriado nacional.
-
Faça com que reuniões, atividades, devocionais e visitações públicas da ala sejam uma experiência agradável e edificante de modo que os membros se sintam ansiosos para convidar seus conhecidos para essas atividades.
-
Convide pessoas para uma reunião familiar.
-
Visite pessoas que estejam passando por mudanças na vida, como casamento, nascimento ou falecimento.
-
Visite e ajude pessoas que estão se mudando para a vizinhança. Compartilhe informações sobre a comunidade, a vizinhança e a Igreja.
-
Aproveite todas as oportunidades para falar do evangelho. Aborde assuntos como: o Salvador, o Livro de Mórmon, a Bíblia, o propósito da vida, a família e a história da família.
-
Incentive os jovens a fazer amizade com outros jovens e os convidarem para as reuniões e atividades da Igreja.
-
Trabalhe com famílias em que nem todos são membros da Igreja.
-
Planeje reuniões sacramentais espiritualmente inspiradoras.
O compromisso de permanecer ativo na Igreja
O trabalho missionário tem maior eficácia quando as pessoas assumem e cumprem o compromisso de permanecerem ativas na Igreja durante toda a vida. Não é suficiente que as pessoas simplesmente frequentem a Igreja. Elas precisam permanecer ativas. Todo seu ensino e seus convites precisam ser direcionados a esse objetivo. Para receber todas as bênçãos que nosso Pai Celestial reservou para eles, os membros precisam continuar a viver o evangelho e ser ativos na Igreja.
Néfi ensinou: “E agora, meus amados irmãos, depois de haverdes entrado neste caminho estreito e apertado, eu perguntaria se tudo terá sido feito. Eis que vos digo: Não; (…) deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo (…) e [perseverar] até o fim, [e] eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna” (2 Néfi 31:19–20).
Esforce-se ao máximo para ajudar as pessoas a se qualificarem para a “vida eterna, que é o maior de todos os dons de Deus” (Doutrina e Convênios 14:7).
Ideias para estudo e aplicação
Estudo pessoal
-
Usando sua agenda de planejamento diário ou as ferramentas digitais, faça planos para conversar com os recém-conversos e com os membros que retornaram recentemente a respeito das mudanças ocorridas na vida deles e da frequência à Igreja. O que foi que mais os ajudou? Em seu diário de estudo, escreva seus pensamentos a respeito do que aconteceu na vida daquelas pessoas. O que você aprendeu que vai ajudá-lo a trabalhar com as pessoas que está ensinando atualmente?
-
Estude 2 Néfi 31:18–20; Alma 26:1–7 e 32:32–43; e Morôni 6. Escreva o que aprendeu nesses versículos a respeito de fortalecer os recém-conversos.
Estudo com o companheiro
-
Durante o conselho da ala, perguntem ao bispo se há membros que estão retornando à Igreja em sua área que ele gostaria que vocês visitassem nesta semana. Ao visitar essas pessoas, procurem lhes edificar a fé em Jesus Cristo. Peçam-lhes referências.
-
Estudem 1 Coríntios 3:2; Hebreus 5:12 e Doutrina e Convênios 19:22. A que leite se referem essas escrituras? O que é a carne? Comparem suas respostas com a doutrina do capítulo “O que devo estudar e ensinar?” Por que vocês precisam oferecer leite e carne na sequência correta e na quantidade certa? Como vocês fazem isso?
-
Leiam a seguinte citação, em que o presidente Joseph F. Smith descreve o que sentiu na ocasião de seu batismo:
“O sentimento que tive foi de pura paz, amor e luz. Senti em minha alma que, se eu tinha pecado — e sem dúvida eu não estava livre de pecados —- que eu tinha sido perdoado; que estava realmente limpo dos pecados; meu coração foi tocado, e senti que não seria capaz de ferir o menor inseto sob os pés. Senti-me desejando fazer o bem em toda parte a todas as pessoas e a todas as coisas. Senti uma novidade de vida, um renovado desejo de fazer o certo. Não restava nem uma única partícula do desejo de cometer o mal em minha alma. (…) Sua influência desceu sobre mim e sei que era de Deus, e isso foi e sempre será um vivo testemunho para mim de que fui aceito pelo Senhor” (Gospel Doctrine, 5ª ed., 1939, p. 96).
Leia agora o que o presidente Smith disse a respeito de seus sentimentos muito tempo depois de seu batismo:
“Oh! Se eu pudesse ter conservado aquele mesmo espírito e aquele mesmo sincero desejo em meu coração todos os momentos de minha vida desde [o dia do meu batismo] até hoje. Mas muitos de nós que receberam esse testemunho, que passaram por esse novo nascimento, essa mudança de coração, talvez tenhamos errado em nosso julgamento ou cometido erros, e talvez frequentemente não tenhamos vivido os verdadeiros princípios em nossa vida, arrependemo-nos do mal, e procuramos o perdão da mão do Senhor de tempos em tempos; para que até hoje aquele mesmo desejo e propósito, que tomou-nos a alma quando fomos batizados e recebemos a remissão de nossos pecados, ainda possua nosso coração e ainda seja o principal sentimento e paixão de nossa alma” (Gospel Doctrine, p. 96).
-
O que você pessoalmente aprendeu com o que o presidente Smith disse a respeito do testemunho dele e do compromisso que ele assumiu de viver o evangelho?
-
O que você aprendeu a respeito das dificuldades que os recém-conversos, mesmo os futuros profetas, enfrentam depois do batismo?
-
Pensando nos recém-conversos e nos membros que estão retornando à Igreja, o que você pode fazer para ajudá-los a manter ou adquirir novamente o “desejo e propósito” que já tiveram?
-
Conselhos de distrito, conferências de zona e conselhos de liderança da missão
-
Convide um bispo para falar sobre os desafios de se trabalhar com os membros que estão retornando à Igreja e com os recém-conversos. Peça-lhe que saliente como os missionários podem ajudar nesses desafios.
-
Promova um debate sobre as parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo (ver Lucas 15).
Presidente de missão, esposa e conselheiros
-
Trabalhe com os líderes locais do sacerdócio para incentivá-los a ajudar os recém-conversos a:
-
Ser ordenados ao sacerdócio.
-
Ser designados como irmãs ministradoras ou irmãos ministradores, conforme necessário.
-
Preparar o nome de um antepassado para levar ao templo e realizar o batismo pelos mortos.
-
Receber todas as cinco lições missionárias com irmãos ministradores, irmãs ministradoras ou outros membros presentes.
-
-
Ensine aos líderes locais sobre a participação dos missionários no conselho da ala.
-
Ensine aos líderes locais o propósito e como é utilizado o Relatório de Progresso.
-
Ocasionalmente, peça aos missionários que lhe mostrem o Relatório de Progresso.
-
Ocasionalmente, acompanhe o progresso de recém-conversos para descobrir como estão se saindo e como os missionários e os membros podem ajudar.
-
Convide os líderes da estaca ou da ala para falar a seus missionários e explicar a eles como podem ajudar mais.
-
Convide recém-conversos para falar aos missionários e contar a eles suas experiências como membros novos da Igreja.
-
Ocasionalmente, peça a membros recém-conversos que contem em uma conferência de zona como foi a conversão deles.