A família é essencial ao plano de Deus
“A Família: Proclamação ao Mundo” declara que “o casamento entre homem e mulher foi ordenado por Deus e que a família é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos” (A Liahona, novembro de 2010, última contracapa).
Encontramos as maiores alegrias da vida no amor familiar. Isso acontece, a despeito das muitas distrações e dos muitos desafios da vida. Um relacionamento familiar duradouro exige esforço, mas esse esforço proporciona grande felicidade nesta vida e por toda a eternidade. Mesmo nas famílias em que os relacionamentos são complicados e inseguros, o evangelho de Jesus Cristo pode trazer esperança, consolo e cura.
No plano de felicidade de nosso Pai Celestial, o marido e a esposa podem ficar juntos para sempre. A autoridade que une as famílias para a eternidade é chamada de poder “selador”. É o mesmo poder conferido aos apóstolos por Jesus, durante Seu ministério terreno (ver Mateus 16:19). Por isso o casamento eterno é chamado de selamento, e os filhos nascidos nesse relacionamento também são selados à família para sempre.
Diferindo dos casamentos feitos “até que a morte os separe”, o selamento no templo garante que o falecimento dos entes queridos não signifique o fim da família. Para que o relacionamento se perpetue após a morte, o casamento deve ser selado no local apropriado e pela devida autoridade. O local é o templo, e a autoridade é o sacerdócio (ver D&C 132:7, 15–19).
Ao serem selados no templo, o marido e a mulher fazem convênios sagrados com o Senhor e um com o outro. Tais convênios atestam que seu relacionamento perdurará após esta vida, se forem leais e fiéis a seus compromissos. Eles sabem que nada, nem mesmo a morte, poderá separá-los. Pessoas casadas devem considerar sua união como o mais precioso relacionamento terreno, pois o cônjuge é a única pessoa, além do Senhor a quem somos ordenados a amar de todo o coração (ver D&C 42:22).
O casamento eterno é essencial
O presidente Spencer W. Kimball (1895–1995) ensinou: “O casamento talvez seja a mais vital de todas as decisões e a que tem efeitos de maior alcance, pois não diz respeito apenas a nossa felicidade imediata, mas também a alegrias eternas. Não afeta apenas as duas pessoas envolvidas, mas também sua família e principalmente seus filhos e os filhos de seus filhos por várias gerações” (ver “Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball”, 2006, pp. 215–216).
O convênio do casamento eterno também é necessário para a exaltação. Exaltação é a vida eterna, o tipo de vida que Deus vive. Ele é perfeito, Ele habita em grande glória. Ele possui todo o conhecimento, todo o poder e toda a sabedoria. Ele é bondoso, compassivo e misericordioso. Ele é o Pai Celestial de cada pessoa na Terra. Um dia poderemos nos tornar como o Pai Celestial. E isso é exaltação.
A exaltação é o maior dom que o Pai Celestial pode conceder a Seus filhos (ver D&C 14:7). É a recompensa para todos aqueles que se mostrarem fiéis ao Senhor. Os que assim fizerem, viverão no mais alto grau do reino celestial.
Por meio de Joseph Smith, o Senhor revelou:
“Na glória celestial há três céus ou graus; e para obter o mais elevado, um homem precisa entrar nesta ordem do sacerdócio [que significa o novo e eterno convênio do casamento]; e se não o fizer, não poderá obtê-lo” (D&C 131:1–4).
Se honrarmos fielmente os convênios, teremos a certeza de que nossos relacionamentos familiares perdurarão para sempre. O Senhor prometeu:
“Se um homem se casar com uma mulher pela minha palavra, que é a minha lei, e pelo novo e eterno convênio e for selado pelo Santo Espírito da promessa por aquele que foi ungido, a quem conferi esse poder e as chaves desse sacerdócio (…) e se guardarem meu convênio (…) ser-lhes-á feito de acordo com todas as coisas que meu servo disse, nesta vida e por toda a eternidade; e estará em pleno vigor quando estiverem fora do mundo” (D&C 132:19).
O Senhor tem ciência de que nem todos os Seus filhos terão a oportunidade de se casar nesta vida. Ele prometeu que todos os que aceitarem o evangelho e se esforçarem para honrar os convênios terão a oportunidade de se casar e ter filhos, seja nesta vida ou na eternidade.
Todas as gerações estão conectadas
A proclamação da família também declara que “o plano divino de felicidade permite que os relacionamentos familiares sejam perpetuados além da morte. As ordenanças e os convênios sagrados dos templos santos permitem que as pessoas retornem à presença de Deus e que as famílias sejam unidas para sempre”.
O poder selador também se estende dos pais aos filhos, por todas as gerações desde o princípio do mundo. Conforme declarou o presidente Joseph Fielding Smith (1876–1972), os filhos que nascem sob convênio — e, por extensão, aqueles que são selados no templo aos pais — “têm direito a bênçãos do evangelho que ultrapassam as que os não nascidos assim estão autorizados a receber. Podem receber maior orientação, maior proteção, maior inspiração do Espírito do Senhor; e então não existe poder que possa tirá-los de seus pais” (Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 1994, v. 2, p. 90).
Os filhos de um casal que foi selado no templo nascem sob convênio. Esses filhos automaticamente se tornam parte de uma família eterna. As crianças que não nasceram sob convênio também podem se tornar parte de uma família eterna quando seus pais biológicos ou adotivos forem selados um ao outro. A ordenança de selamento de filhos aos pais é realizada apenas no templo. A fim de levar essas bênçãos a todas as pessoas, aqueles que estão vivos podem realizar selamentos vicários a favor dos falecidos. Desta forma, todas as famílias poderão ficar juntas para sempre.
A promessa de que nossa família poderá ficar junta para sempre traz mais significado à vida. Ela nos incentiva a sermos leais e fiéis. Melhora e enriquece nossos relacionamentos familiares. Ela nos ajuda a encontrar alegria e esperança em meio aos desafios da vida diária. O conhecimento de que poderemos nos reunir novamente traz consolo e paz diante da morte ou dos sofrimentos enfrentados por nossos entes queridos.
A ordenança de selamento é a bênção suprema do templo. É o maior dom de Deus a Seus filhos, pois permite que voltemos a viver com Ele e com nossos entes queridos para sempre. Ela oferece bênçãos maravilhosas nesta vida e na próxima. É um lembrete constante de que as famílias são essenciais para o plano de Deus e para nossa felicidade aqui e nas eternidades. Ela traz paz, esperança e alegria para todos os que fielmente a receberem.