Devocionais mundiais
Qual é a Planta da Igreja de Cristo?


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Qual é a Planta da Igreja de Cristo?

Devocional do SEI para Jovens Adultos • 12 de janeiro de 2014 • Universidade Brigham Young

É uma alegria passar esta noite com aqueles que serão os futuros líderes e pais desta Igreja. Por esse motivo, acredito que o futuro desta Igreja esteja seguro e repleto de esperança. Assim sendo, gostaria de falar sobre a Igreja que vocês vão presidir um dia.

Na primeira seção de Doutrina e Convênios, o Senhor faz esta ousada e importante declaração: “[Esta é] a única igreja verdadeira e viva na face de toda a Terra” (D&C 1:30). O que isso significa? Não significa que as outras igrejas não tenham um pouco de verdade, por que certamente elas têm. Não significa que as outras igrejas não façam o bem, pois elas fazem muitas coisas boas. O que isso significa é que esta é a única igreja que contém toda a verdade que foi revelada até agora nesta dispensação — a única igreja que tem as ordenanças necessárias para a exaltação e a única igreja que tem o sacerdócio de Deus para realizar as ordenanças com validade divina. Que prova temos dessa afirmação?

Há alguns anos, minha mulher e eu precisávamos de uma casa maior para nossa família que estava crescendo, então encontramos um terreno para construí-la. Passamos algum tempo trabalhando em uma planta que melhor acomodasse as necessidades de nossa família. Minha mulher desenhou uma porta sanfonada entre a sala da família e a sala de estar que poderia ser aberta para grandes atividades da família e dos jovens. Como havia um espaço extra em cima da garagem, projetamos uma sala onde nossos filhos poderiam se envolver em atividades saudáveis. Uma pequena sala foi construída atrás da garagem para guardar alimentos e outros itens de armazenamento. Esses e outros elementos do projeto foram incorporados a uma planta. A casa foi então construída de acordo com esse projeto.

Enquanto a casa estava sendo construída, ocasionalmente fazíamos ao construtor um pedido de alteração na planta. Quando a casa foi finalmente concluída, ela estava em exata conformidade com nossa planta, que fora modificada de tempos em tempos. Se vocês pegassem a nossa planta e a comparassem com todas as casas do mundo, quantas casas combinariam perfeitamente com ela? Apenas uma: a nossa casa. Pode ser que haja uma semelhança ocasional aqui e ali — um quarto do mesmo tamanho, algumas janelas semelhantes — mas comparando alicerce por alicerce, quarto por quarto e telhado por telhado, haverá apenas uma casa que combinará perfeitamente com a planta: a nossa casa.

De modo semelhante, Cristo edificou uma casa para melhor acomodar as necessidades espirituais de Seus filhos. Era chamada de Sua Igreja. A planta arquitetônica espiritual dessa Igreja pode ser encontrada no Novo Testamento. Ocasionalmente, o Salvador fez um “pedido de alteração” na planta. Esse pedido de alteração veio na forma de uma revelação. Por exemplo: o Salvador ordenou inicialmente a Seus Apóstolos que pregassem o evangelho para a casa de Israel, mas não para os gentios (ver Mateus 10:5–6). Depois da Ascensão do Salvador, no entanto, Ele entregou a Pedro um pedido de alteração espiritual — uma revelação dada por meio de uma visão — de que o evangelho deveria ser então ensinado também aos gentios (ver Atos 10). O que aconteceu a Pedro nos ensina pelo menos dois importantes princípios relacionados ao governo da Igreja de Cristo: primeiro, a planta pode ser alterada, mas somente por revelação de Cristo e, segundo, essa revelação era dada ao profeta, que era o porta-voz de Deus na Terra. Em outras palavras, a Igreja de Deus seria regida por revelação divina e pela ordem.

Se alguma pessoa quisesse descobrir onde está a Igreja de Cristo hoje, ela deveria comparar a planta espiritual encontrada no Novo Testamento com cada igreja cristã do mundo até que encontrasse uma igreja que combinasse com a planta — organização por organização, ensinamento por ensinamento, ordenança por ordenança, fruto por fruto e revelação por revelação. Ao fazê-lo, ela poderá encontrar algumas igrejas com algumas semelhanças — um ou dois ensinamentos parecidos, uma ordenança semelhante, alguns ofícios com o mesmo nome — mas só vai encontrar uma igreja que coincide com a planta em todos os aspectos materiais, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Agora, eu gostaria de pôr essa afirmação à prova.

Vamos abrir a primeira página da planta e ver como era a “Organização” da Igreja de Cristo conforme está revelada nela.

Em primeiro lugar, a Igreja de Cristo foi fundada sobre apóstolos e profetas. Quando Paulo estava escrevendo para alguns membros novos da Igreja, ele lhes disse que passaram a estar “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Efésios 2:20, grifo do autor).

Os Apóstolos compreendiam a necessidade imprescindível de manter o Quórum dos Doze Apóstolos intacto. Quando um apóstolo, como Judas, morria e uma parte do alicerce era “quebrada” os outros 11 apóstolos se reuniam e escolhiam um sucessor para que o alicerce ficasse inteiro de novo (ver Atos 1:22–25).

Esse padrão evidenciava a importância de se manter um quórum de doze Apóstolos. Tão importante eram esses apóstolos para o bem-estar da Igreja, que Paulo declarou até quando precisaríamos deles: “Até que todos cheguemos à unidade da fé” (Efésios 4:13). E depois explicou o motivo: Desse modo, não seríamos “levados em roda por todo o vento de doutrina” (Efésios 4:14). E assim, os apóstolos eram fundamentais para manter a doutrina pura.

Suponham agora que eu contasse uma história para alguém que estivesse num dos extremos da fileira de bancos à minha frente, e depois essa pessoa contasse a história para a pessoa ao lado, e assim por diante, de modo que fosse passando, fileira por fileira, até chegar aos últimos bancos desta seção. O que aconteceria com essa história? Ela mudaria. Ela sempre muda, faz parte da natureza humana. Foi o que aconteceu com a doutrina ensinada pelos Apóstolos, ao saírem para pregar nas diversas cidades e aldeias. À medida que a doutrina foi sendo transmitida de uma pessoa a outra, ela começou a mudar. Enquanto os apóstolos estavam vivos, eles puderam corrigir a doutrina por meio de epístolas ou sermões pessoais. Mas quando os Apóstolos se foram, deixou de haver qualquer sistema que evitasse domínio injusto, já não havia mais ninguém para fazer correções, e logo as doutrinas foram distorcidas ou perdidas.

Por essa e outras razões, a planta revela que os apóstolos e profetas constituíam o alicerce da Igreja de Cristo. Vocês têm conhecimento de algum pedido de alteração no Novo Testamento, alguma revelação que tenha modificado a planta, afirmando que os apóstolos não eram mais necessários? Eu não. Se for esse o caso, então, a verdadeira Igreja de Cristo, hoje em dia, deve ter apóstolos e profetas como seu alicerce.

Para auxiliar o Salvador e Seus apóstolos na pregação do evangelho ao mundo, o Salvador escolheu outros homens, chamados Setenta, para preparar o caminho. Lemos sobre esses Setenta em Lucas, capítulo 10. Vocês conhecem alguma igreja hoje em dia que se assemelhe a essa planta — que tenha o ofício de Setenta?

A planta do Novo Testamento revela outros líderes que constituíam parte da organização da Igreja de Cristo: bispos (ver I Timóteo 3; Tito 1:7); anciãos (ver Atos 14:23; Tito 1:5, significando élderes); diáconos (ver Filipenses 1:1); evangelistas (ver Efésios 4:11, significando patriarcas1; e pastores (ver Efésios 4:11), significando homens como bispos e presidentes de estaca que presidem um rebanho.2

A sexta regra de fé da Igreja faz referência a essa planta: “Cremos na mesma organização que existia na Igreja Primitiva, isto é, apóstolos, profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.” (Regras de Fé 1:6; grifo do autor). Em outras palavras, cremos que a Igreja atual de Jesus Cristo deve ter a mesma organização que existia na Igreja original de Cristo, estando sujeita apenas às mudanças recebidas por revelação. Por isso, cada um desses ofícios está presente em nossa Igreja hoje em dia.

Como eram escolhidos os apóstolos de Cristo e outros líderes? Será que o Salvador ia para as melhores faculdades de teologia da época e selecionava os alunos com as maiores notas? Não, Ele não ia. Em vez disso, a planta nos diz que Ele escolheu Pedro, um pescador, e Mateus, um cobrador de impostos, e mais tarde Paulo, um fabricante de tendas. Cada um deles foi escolhido dentre pessoas comuns — em essência, era um ministério leigo. Hoje em dia, a Igreja tem um quórum dos doze Apóstolos, que também são escolhidos dentre os membros comuns da Igreja. Um deles pode ser professor; outro, engenheiro; outro, advogado; e assim por diante.

Será que os apóstolos de Cristo e os outros líderes se candidatavam ao ministério? Não se candidatavam. A planta nos diz como Cristo escolheu Seus líderes : “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei” (João 15:16; grifo do autor). Quando Cristo ordenou Seus apóstolos, o que Ele lhes deu? Mateus e Lucas registram a resposta: “Deu-lhes poder” (Mateus 10:1; ver também Lucas 9:1) — o poder do sacerdócio para agir em Seu nome e fazer Sua obra. É por isso que a planta nos diz: “[Um homem (…) [deu] autoridade aos seus servos” (Marcos 13:34). Por quê? Assim, eles poderiam agir em Seu nome com o endosso Dele. Todo homem que possui o sacerdócio de Deus nesta Igreja hoje pode remontar sua autoridade do sacerdócio a Jesus Cristo, a fonte de toda a autoridade e poder, para que ele, da mesma forma, tenha direito ao endosso de Cristo — Seu selo de aprovação — como é exigido na planta.

Qual era o nome da igreja organizada por Cristo? Se somos batizados em nome de Cristo, se oramos em nome de Cristo, se somos salvos em nome de Cristo e se Ele é o fundador e pedra angular principal de Sua Igreja, qual esperariam que fosse o nome de Sua Igreja? A Igreja de Jesus Cristo. O Salvador, ao dirigir-se às pessoas do Livro de Mórmon, ensinou o princípio fundamental que mostrava por que a Igreja precisava ter o Seu nome: “E como será a minha igreja, se não tiver o meu nome? Porque se uma igreja for chamada pelo nome de Moisés, então será a igreja de Moisés; ou se for chamada pelo nome de um homem, então será a igreja de um homem; mas se for chamada pelo meu nome, então será a minha igreja, desde que estejam edificados sobre o meu evangelho” (3 Néfi 27:8; grifo do autor).

É por essa razão que Paulo repreendeu alguns dos primeiros membros da Igreja, porque eles se chamavam pelo nome de alguns discípulos, em vez de pelo nome de Cristo. Assim sendo, Paulo escreveu:

“Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo.

Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo”? (I Coríntios 1:12–13.)

Em outras palavras, não tomamos sobre nós qualquer outro nome que não seja o de Jesus Cristo.

Assim, a planta nos ensina que a Igreja de Cristo deve ter o Seu nome. Sempre pareceu milagroso para mim que a Reforma tenha sido realizada mais de 300 anos antes da época de Joseph Smith e que ninguém tenha pensado em dar a sua igreja o nome de Jesus Cristo. É claro que, desde a época de Joseph Smith, outros seguiram o exemplo, mas de alguma maneira maravilhosa o Senhor preservou o uso de Seu nome até a época de Joseph Smith e da Restauração da Igreja de Cristo.

Agora, vamos abrir a segunda página da planta. Quais eram os “Ensinamentos” da Igreja de Cristo? Vamos examinar alguns deles:

Deus é apenas um espírito, ou Ele também tem um corpo de carne e ossos? O que a planta ensina?

Depois da Ressurreição de Cristo, Ele apareceu aos Seus discípulos, que erroneamente pensaram que Ele fosse um espírito (ver Lucas 24:37). Para corrigir essa impressão equivocada, Ele disse: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24:39; grifo do autor).

Para eliminar qualquer dúvida sobre a natureza física de Seu corpo ressuscitado, Ele perguntou a Seus discípulos: “Tendes aqui alguma coisa que comer?” (Lucas 24:41). Em seguida, as escrituras relatam:

“Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel;

O que ele tomou, e comeu diante deles” (Lucas 24:42–43).

Com esse corpo glorificado e ressurreto de carne e ossos, Cristo ascendeu ao céu (ver Atos 1:9),3 onde está assentado à direita de Deus, o Pai, sendo, conforme declaram as escrituras, “a expressa imagem da sua pessoa” (Hebreus 1:3). Essa é exatamente a mesma verdade ensinada por Joseph Smith como parte da Restauração da Igreja de Cristo: “O Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem; o Filho também” (D&C 130:22).

Seriam Deus e Jesus o mesmo Ser, como ensinado por grande parte do mundo cristão, ou dois Seres separados? O que a planta diz?

O número de referências da Bíblia que separam a identidade e separam os papéis do Pai e do Filho é impressionante. No Jardim do Getsêmani, reconhecendo a dor excruciante que ainda estava por sofrer, o Salvador declarou: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42). Esse foi o maior ato de submissão que o mundo já conheceu. Mas que submissão teria havido se não houvesse outro Ser a quem Ele pudesse Se submeter — se Ele e o Pai fossem um único e o mesmo Ser? Por que o Salvador oraria ao Pai ou clamaria: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34). Como Ele poderia ser abandonado se não houvesse um Ser separado para abandoná-Lo? Como Estêvão teria visto Jesus, que estava à mão direita de Deus, se Eles não fossem duas pessoas (ver Atos 7:55–56)?

Quando Joseph Smith saiu do bosque, tinha aprendido por si mesmo a verdade. Ele tinha visto Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, de pé, lado a lado; tinha ouvido o Pai Se referir ao outro como sendo o Seu “Filho Amado” (Joseph Smith—História 1:17). Naquele dia glorioso, os céus desfizeram os mitos do passado criados pelo homem sobre a natureza de Deus e revelaram e confirmaram a verdade simples, como foi ensinada originalmente na planta — que Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, têm unidade de desígnios e vontade, mas identidade separada.

O que a planta diz sobre aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho de Jesus Cristo, enquanto estavam na Terra? Eles estão condenados? Não nos foi dado a conhecer a condição espiritual deles?

Essa é uma questão grandiosa que afeta a vida de bilhões de pessoas. Sem dúvida, Deus Se manifestou a esse respeito. E, de fato, Ele o fez. A planta contém a resposta.

Pedro escreveu: “Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito” (I Pedro 4:6). Essa doutrina foi perdida no período da Apostasia após a morte dos apóstolos de Cristo, mas foi restaurada por meio do Profeta Joseph Smith.

Há três céus ou um céu? Durante anos, o mundo cristão tem ensinado que há um céu e um inferno, mas o que a planta original ensina?

Paulo ensinou: “Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas” (I Coríntios 15:41). Paulo posteriormente confirmou a verdade desse céu que contém três graus, quando contou a visão de um homem que “foi arrebatado ao terceiro céu” (II Coríntios 12:2). Poderia haver um terceiro céu, se não houvesse um segundo ou um primeiro? Mais uma vez, essa doutrina restaurada por meio do Profeta Joseph Smith estava exatamente de acordo com a planta original.

O casamento continua por toda a eternidade ou termina com a morte? O que a planta diz?

De acordo com o poder dado aos Apóstolos de que tudo o que eles ligassem na Terra seria ligado nos céus (ver Mateus 18:18), Paulo declarou: “Nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor” (I Coríntios 11:11), o que significa que o ideal é que o homem e a mulher sejam ligados para sempre na presença de Deus. Referindo-se ao marido e à mulher, Pedro afirmou que eles devem ser “co-herdeiros da graça da vida” (I Pedro 3:7) — não individualmente, mas trilhando o caminho juntos como herdeiros da vida eterna. Essa é a doutrina ensinada na planta, e essa é a doutrina ensinada na Igreja de Cristo hoje.

A terceira página da planta diz: “Ordenanças na Igreja de Cristo”. A planta é muito específica a esse respeito. Por exemplo: podemos abençoar ou batizar bebês e criancinhas? O que a planta ensina?

O Salvador deixou um exemplo claro. Falando dos pequeninos, as escrituras declaram: “E [Jesus], tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou” (Marcos 10:16, grifo do autor). Mateus confirmou, no tocante aos pequeninos, que o Salvador “[lhes impôs] as mãos” (Mateus 19:15). A planta ensina que os bebês e as criancinhas são abençoadas, não batizadas. De fato, não há um único relato de batismo infantil ocorrendo em qualquer lugar, em todo o Novo Testamento. Por quê? Porque essa não era uma ordenança da Igreja de Cristo. Alguém que procura a Igreja de Cristo hoje deve procurar uma igreja que abençoe as crianças e que não as batize.

O batismo é essencial para a salvação? O que a planta ensina?

Depois que Cristo deu o exemplo ao ser batizado, Ele declarou de maneira clara: “Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5; grifo do autor). Pedro ensinou de modo semelhante: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38; grifo do autor). O que é ensinado na planta é exatamente o que é ensinado hoje na Igreja de Cristo.

O batismo é feito por aspersão, derramamento ou imersão? A planta apresenta pelo menos quatro evidências de que o batismo deve ser feito por imersão:

Primeiro, o Salvador, nosso grande Exemplo, “saiu logo da água” (Mateus 3:16), indicando que Ele deve ter ido primeiro para dentro da água.

Em segundo lugar, João Batista “batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas” (João 3:23, grifo do autor). Por que ele viajaria até um lugar com “muitas águas”, se a aspersão ou o derramamento fossem modos aceitos de batismo?

Em terceiro lugar, Paulo nos diz que o batismo é um símbolo da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo (ver Romanos 6:3–5). Quando o recém-converso está nas águas do batismo, ele representa o homem velho prestes a morrer. Ao ser imerso na água, seus pecados são “enterrados” e perdoados pelo poder simbólico de limpeza da água. Então, quando se ergue da água, ele representa o homem novo ou ressuscitado em Jesus Cristo. Todo esse simbolismo subjacente do batismo condiz com o batismo por imersão, mas ele se perde totalmente com a aspersão e o derramamento.

E em quarto lugar, a palavra grega da qual é traduzido o termo batismo, significa imergir ou mergulhar na água.

Will Durrant, famoso historiador, sabia o que a planta revelava e, por isso, observou: “Por volta do século IX, o método cristão do batismo por imersão total havia sido gradualmente substituído pela (…) aspersão, por esta ser menos perigosa para a saúde nos climas do norte”.4

Não é de surpreender que Joseph Smith tenha recebido uma revelação sobre a maneira pela qual o batismo deve ser realizado, a qual é perfeitamente condizente com a planta de Cristo (ver D&C 20:73–74).

O batismo pelos mortos era uma ordenança da Igreja original de Cristo? Era, sim.

Os membros da Igreja, em Corinto, estavam participando de uma ordenança conhecida como batismo pelos mortos. Aquelas pessoas, no entanto, duvidavam da realidade da Ressurreição. Percebendo a incoerência entre o que eles estavam fazendo em relação àquilo em que acreditavam, Paulo usou a participação deles na ordenança correta do batismo pelos mortos como prova da doutrina correta da Ressurreição: “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?” (I Coríntios 15:29).

Ao cruzar a ponte doutrinária e reconhecer que o batismo é essencial para a salvação (o que é verdade), então, logicamente, somos obrigados a acreditar no batismo pelos mortos — Não há como escapar disso. Caso contrário, como é que alguém responderia à difícil pergunta: “E aqueles que morreram sem a oportunidade de ser batizados?” Aqueles que se confrontam com essa questão têm quatro opções possíveis para escolher:

Primeiro, os homens e mulheres que não foram batizados serão condenados e irão para o inferno. Essa resposta, no entanto, não condiz com as verdades bíblicas de que “Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34) e de que Deus deseja que “todos os homens sejam salvos” (I Timóteo 2:4).

Em segundo lugar, talvez Deus realmente não quisesse dizer o que Ele disse — talvez o batismo não seja realmente essencial para a salvação. Mas isso é irreal, pois Deus sempre é categórico no que Ele diz: “O que eu, o Senhor, disse está dito e não me desculpo” (D&C 1:38; ver também Mosias 2:24).

Em terceiro lugar, alguns acreditam que uma nova condição chamada “batismo de desejo” pode substituir o batismo pela água. Em outras palavras, se alguém deseja seguir Jesus, mas não tem a oportunidade de ser batizado na mortalidade, então, seu desejo digno torna-se um substituto aceitável ao batismo nas águas. O problema com essa opção é que ela não tem apoio bíblico. A escritura não diz: “Aquele que não nascer do desejo”, mas sim, “aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5, grifo do autor).

A quarta opção é que Deus realmente quis dizer o que disse, quando Ele ordenou que todos os homens fossem batizados, e por isso, em Sua misericórdia, providenciou um meio para que todos os homens fossem batizados, mesmo que nenhuma oportunidade tenha surgido na vida mortal. Esse é o batismo pelos mortos. Essa é a opção coerente com a planta.

O que a planta diz sobre a maneira pela qual o dom, não a presença temporária, mas o dom permanente do Espírito Santo é concedido após alguém ser batizado? Será que ele desce automaticamente sobre a pessoa depois de seu batismo? Será que ele vem como o barulho de vento, ou há alguma ordenança divina, algum procedimento divino que deva ser seguido para se receber esse dom? A planta dá a resposta.

Depois de Filipe ter batizado alguns recém-conversos em Samaria, Pedro e João chegaram. As escrituras então revelam a maneira pela qual essa ordenança deve ser realizada: “Então [Pedro e João] lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo” (Atos 8:17; grifo do autor).

Esse mesmo procedimento foi seguido depois que Paulo batizou recém-conversos, em Éfeso:

“E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo” (Atos 19:5–6; grifo do autor).

Mais uma vez, a planta e a Igreja restaurada de Cristo estão em perfeita harmonia.

Na página seguinte da planta lemos: Frutos da Igreja de Cristo. O Salvador deu este teste para reconhecermos a verdade: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20). Quais eram os frutos da Igreja de Cristo, conforme mostrado na planta?

Primeiro, aqueles primeiros santos se esforçavam para ser um povo saudável. Paulo ensinou que nosso corpo físico é um “templo” que abriga o nosso espírito e, por isso, deve ser tratado como santo: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16; ver também I Coríntios 6:19). Por esse motivo, os membros da Igreja de Cristo tinham certas leis de saúde que eles cumpriam, como certas restrições ao consumo de vinho encontradas em Efésios 5 e I Timóteo 3. Em conformidade com essa lei divina de que devemos tratar nosso corpo como se fosse um templo, Joseph Smith recebeu uma lei de saúde do Senhor para os membros da Igreja restaurada de Cristo, conhecida como a Palavra de Sabedoria. Como resultado do cumprimento dessa lei de saúde, vários estudos confirmaram que os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias estão entre as pessoas mais saudáveis do mundo. Esse é um dos frutos do cumprimento da lei de saúde de Cristo.

Um segundo fruto da Igreja de Cristo eram seus milagres e dons do Espírito. Eles estão registrados em inúmeras páginas do Novo Testamento. Eram uma evidência de que o poder de Deus existia na Igreja de Cristo (ver Hebreus 2:4). Mas, infelizmente, com o advento da Apostasia, os milagres foram desaparecendo — os historiadores prontamente reconhecem isso, e os reformadores admitem esse fato. Paul Johnson, um famoso historiador, observou: “Tinha sido reconhecido, pelo menos desde os tempos imperiais [significando a época de Constantino], que ‘a era dos milagres’ chegou ao fim, no sentido de que os líderes cristãos não mais poderiam difundir o evangelho, como os apóstolos, com a ajuda de um poder sobrenatural”.5

Por que chegara um tempo em que não havia mais milagres e dons do Espírito? Porque a árvore que dava o fruto, ou seja, a Igreja de Cristo, já não estava na Terra e a fé das pessoas diminuiu. John Wesley observou essa ausência dos dons do Espírito Santo na igreja da sua época: “Aparentemente esses extraordinários dons do Espírito Santo somente foram comuns na Igreja por no máximo dois ou três séculos”.6

Basta dizer que posso testemunhar, como muitos de vocês, que este é um dia de milagres e de dons do Espírito na Igreja restaurada de Cristo, assim como era em Sua Igreja original.

Há um terceiro fruto — a planta da Igreja de Cristo registra muitos relatos de anjos e de visões. Algumas pessoas encaram com ceticismo hoje uma igreja que afirma ter anjos e visões, mas ao fazê-lo esquecem que anjos e visões eram uma parte essencial da Igreja original de Cristo: o anjo que anunciou o nascimento de Cristo a Maria; os anjos que apareceram a Pedro, Tiago e João no Monte da Transfiguração; o anjo que libertou Pedro e João da prisão; o anjo que falou a Cornélio; o anjo que avisou Paulo do naufrágio iminente; o anjo que apareceu a João, o Revelador; a visão que Estêvão teve do Pai e do Filho; a visão de João dos últimos dias, e muitos mais. A pergunta não deve ser: “Como pode A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ser a Igreja verdadeira, com os anjos e as visões que afirma ter?” Em vez disso, a pergunta deveria ser: “Como pode uma igreja afirmar hoje ser a verdadeira Igreja de Cristo, sem que tenha anjos e visões, exatamente como aconteceu na Igreja original de Cristo, tal como é revelado em Sua planta?”

Existem muitos outros frutos condizentes com a Igreja original de Cristo:

Ela era uma igreja missionária — tendo sido ordenado aos Apóstolos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). Hoje temos mais de 80.000 missionários que cumprem esse mandamento e produzem frutos ao fazê-lo.

Era uma igreja com princípios morais — a planta nos ensina que os primeiros santos da Igreja de Cristo receberam o mandamento de vestir-se com recato e de abster-se de relações pré-conjugais. Quantas igrejas não apenas ensinam esses padrões morais, mas também as cumprem?

A Igreja original de Cristo era uma igreja centralizada na família. Era ordenado ao marido que amasse e fosse fiel à sua mulher (ver Efésios 5:23–25), era ordenado aos filhos que obedecessem a seus pais (ver Efésios 6:1), e era ordenado aos bispos que governassem bem a sua própria casa (ver I Timóteo 3:4–5). Hoje em dia, nossa Igreja, tal como Igreja original de Cristo, é reconhecidamente uma igreja centralizada na família. Os frutos da Igreja de Cristo estão cuidadosamente registrados na Bíblia, e combinam com os da Igreja restaurada de Cristo de nossos dias.

Cristo estabeleceu Sua Igreja na Terra, mas a página final da planta revela que ela tinha uma ligação com o céu, ou seja, a “Revelação Divina”. Sem essa ligação, a Igreja não seria mais do que uma organização dirigida pelos homens, governada pelos poderes da razão. O profeta Amós declarou: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3:7). Paulo confirmou que a revelação era uma parte integrante da Igreja, e que isso era para ser permanente, pois declarou: “Passarei às visões e revelações do Senhor” (II Coríntios 12:1; ver também Atos 1:2).

De modo condizente com essa doutrina fundamental, a Igreja de Cristo está hoje ligada ao céu por meio de revelação contínua. A declaração de crença da Igreja a esse respeito, conhecida como a nona regra de fé, diz o seguinte: “Cremos em tudo o que Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora e cremos que Ele ainda revelará muitas coisas grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus.”

Se alguém quiser encontrar, em meio a todas as igrejas no mundo de hoje, uma que corresponda à planta da Igreja original de Cristo, verá que ponto por ponto, organização por organização, ensinamento por ensinamento, ordenança por ordenança, fruto por fruto e revelação por revelação, encontrará somente uma: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Se uma pessoa rejeitar essa Igreja depois de estudar a planta, provavelmente não se filiará a nenhuma outra igreja, porque ele saberá demais. Ele será como Pedro, a quem o Salvador perguntou: “Quereis vós também retirar-vos?” (João 6:67). Pedro deu uma resposta que deve ser gravada em cada coração e consagrada em cada lar: “Para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6:68).

Se alguém se afastar da Igreja, onde aprenderá verdades restauradas referentes à natureza de Deus conforme revelado no Bosque Sagrado, a pregação do evangelho aos mortos, os três graus de glória e uma família eterna? Para onde irá a fim de obter as ordenanças que podem salvá-lo e exaltá-lo? Onde terá sua esposa e filhos selados a ele por toda a eternidade? Para onde irá quando quiser uma bênção do sacerdócio de conforto ou de cura para um membro da família? Onde vai encontrar um profeta de Deus? Vai procurar em vão essas doutrinas e ordenanças e esses poderes e profetas, pois eles são exclusivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Não se podemos ter as doutrinas e as ordenanças conforme restauradas por intermédio do Profeta Joseph Smith sem aceitarmos Joseph Smith e a história subjacente que são a base disso. Elas são inseparáveis. Andam de mãos dadas. Você não pode dizer que o fruto é bom e, em seguida, dizer que a árvore é má. O Salvador ensinou essa verdade há muito tempo: “Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons” (Mateus 7:18). Assim, se o fruto doutrinário que abordamos hoje à noite é bom, então a árvore da qual ele proveio — Joseph Smith e a história subjacente que acompanha essas verdades reveladas — também é boa. Não podemos ter um sem o outro.

Em discursos da conferência geral de alguns anos atrás, o Élder B. H. Roberts falaria sobre as realizações de Joseph Smith, e depois, dirigindo-se aos críticos de Joseph, ele diria: “Façam o mesmo que ele fez ou mantenham-se calados quando o nome dele for dito”.7

Os questionamentos históricos ou sociais que alguns possam ter, os supostos conflitos científicos — tudo isso é secundário. O ponto central são as doutrinas, as ordenanças, o poder do sacerdócio e os outros frutos da nossa Igreja, muitos dos quais foram abordados nesta noite. Mas alguns podem replicar: “Eu creio em tudo isso, mas como faço para responder aos críticos e a suas perguntas específicas?”

Um advogado sabe que depois de o promotor apresentar sua testemunha chave, o processo contra o réu foi apresentado da pior maneira possível. Alguém que esteja ávido para dar o veredito nesse ponto pode considerar o réu culpado, mas então ocorre um fenômeno interessante no tribunal. A defesa começa o interrogatório da mesma testemunha, e com frequência o que ocorre é o seguinte: As respostas definitivas da testemunha começam a perder força sob a pressão do interrogatório. A testemunha que parecia tão irrepreensível, passa a exibir algumas incoerências e talvez até alguns lapsos gritantes em sua lembrança dos acontecimentos. A história aparentemente sólida da testemunha começa a rachar e a desmoronar a cada nova pergunta que lhe é feita. A testemunha foi capaz de lidar com as questões superficiais de seu promotor, mas quando surgiram as perguntas agressivas da oposição, ela não pôde resistir à intensidade ou ao escrutínio delas. Quando o interrogatório terminou, a testemunha ficou desacreditada em larga medida. O observador que antes estava pronto para “enforcar” o réu, passou a ver por um novo prisma a completa inocência do homem.

Da mesma forma, alguns críticos fazem perguntas unilaterais para a Igreja com a intenção de expor a Igreja da pior forma possível. Mas as questões têm sempre outro lado.8 As testemunhas-chave do promotor não estão imunes a um interrogatório, e o mesmo se dá com os críticos mais acirrados da Igreja. Nunca encontrei nenhum detrator que, ao ser submetido a um “interrogatório”, pudesse me dar respostas satisfatórias às seguintes perguntas:

Primeiro, como Joseph Smith soube restaurar as doutrinas e ordenanças da Bíblia, como a doutrina da existência pré-mortal, a verdadeira natureza de Deus, o evangelho pregado aos mortos, o batismo para os mortos e muitas outras discutidas hoje à noite, quando essas doutrinas e ordenanças não estavam sendo ensinadas por outras igrejas contemporâneas a sua época? Por que Joseph Smith foi o único a descobri-las e restaurá-las? Mesmo que ele fosse considerado um gênio teológico, não houve nenhum outro gênio assim nos 1.800 anos subsequentes ao ministério do Salvador que pudesse fazê-lo da mesma maneira?

Em segundo lugar, se esta Igreja não é a Igreja de Cristo, então por que é que esta Igreja tem os mesmos frutos que a Igreja original de Cristo, ou seja, milagres e dons do Espírito, revelação atual por meio de apóstolos e profetas, anjos e visões, um povo saudável, um povo com princípios morais, um povo com espírito missionário e um povo intensamente centralizado família? Acaso não atestou o Salvador: “Pelos seus frutos os conhecereis”? (Mateus 7:20.)

Certamente, muitas outras perguntas poderiam ser feitas nesse interrogatório. Há certas questões, no entanto, que transcendem e sobrepujam todas as outras — em essência, elas são o cerne da questão. Basta dizer que algumas perguntas são simplesmente mais importantes que outras no que tange à descoberta da verdade. Se você souber que Joseph Smith restaurou os ensinamentos e preceitos bíblicos discutidos nesta noite, se souber que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem os mesmos frutos que a Igreja original de Cristo, ou se você souber que o Livro de Mórmon é de origem divina, então você saberá que Joseph Smith é um profeta. E se Joseph Smith for um profeta, então esta é a única igreja verdadeira e viva na face de toda a Terra. Nesse ponto, todas as outras questões se tornam comparativamente insignificantes. É como uma decisão do Supremo Tribunal em relação a um assunto. Todas as decisões em contrário aos tribunais inferiores tornam-se irrelevantes. Do mesmo modo, todas as perguntas dos críticos, por mais esquadrinhadoras, intrigantes ou interessantes que sejam, deixam de ser um fator importante na equação da verdade. Por quê? Porque você já terá respondido às perguntas-chave — às questões críticas, às questões transcendentes — que são o pilar fundamental para o conhecimento da verdade.

Basta dizer que eu posso conviver com algumas imperfeições humanas, mesmo entre os profetas de Deus, pois se espera que elas existam em seres mortais. Posso conviver com algumas descobertas científicas supostamente contrárias ao Livro de Mórmon. O tempo vai corrigi-las. E posso conviver com algumas aparentes anomalias históricas. Elas são insignificantes na paisagem total da verdade. Mas não posso viver sem as verdades doutrinárias e ordenanças restauradas por Joseph Smith, não posso viver sem o sacerdócio de Deus que abençoa minha família, e não posso viver sem saber que minha esposa e meus filhos estão selados a mim por toda a eternidade. Esta é a escolha que temos diante de nós: algumas perguntas sem resposta, de um lado, contra uma série de certezas doutrinárias e o poder de Deus, do outro. E para mim, e espero que para vocês, a escolha é fácil e racional.

Presto testemunho de que a Igreja que, um dia vocês vão presidir, tem o nome de Cristo, porque ela de fato tem Sua organização aprovada, Seus ensinamentos, Suas ordenanças, Seus poderes, Seus frutos e Sua revelação constante, sendo que tudo isso está mencionado em Sua planta divina. Que possamos ter olhos espirituais para ver a inferência entre a planta e a Igreja restaurada de Cristo hoje, pois essa é uma das testemunhas convincentes de Deus para nós. Essa é minha oração e esse é meu testemunho, em nome de Jesus Cristo. Amém.

© 2014 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados. Aprovação do inglês: 9/13. Aprovação da tradução: 9/13. Tradução de What Is the Blueprint of Christ’s Church? Portuguese. PD50051805 059

Notas

  1. O Profeta Joseph Smith ensinou: “Um evangelista é um Patriarca” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 147).

  2. Pastor é um termo genérico, e não específico, para alguém que cuida de um rebanho.

  3. Algumas pessoas sugerem que o corpo ressuscitado de Cristo foi apenas uma manifestação física temporária para o benefício dos mortais e que, quando Ele ascendeu aos céus, Ele entregou Seu corpo físico para que não fosse sobrecarregado pelas “limitações” de uma natureza corpórea. Da mesma maneira, eles alegam que Cristo é um personagem de espírito nos céus agora. No entanto, não existe nenhuma evidência escriturística de que o corpo físico ressuscitado de Cristo tenha sido de natureza temporária ou que Ele o haja entregado em algum momento. O Apóstolo Paulo, já prevendo que usariam esse argumento, falou sobre isso. Ele ensinou que teria sido impossível que Cristo houvesse entregado Seu corpo ressuscitado: “Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele” (Romanos 6:9; grifo do autor). Essa escritura declara que Cristo não poderia morrer depois de Sua Ressurreição. Já que a morte é a separação do corpo e do espírito (ver Tiago 2:26), essa escritura ensina que Cristo não poderia ter entregue Seu corpo antes de ascender aos céus; caso o tivesse feito, Ele teria sofrido uma segunda morte no momento de Sua Ascensão — algo que Paulo disse não ser possível.

  4. Will Durrant, The Story of Civilization: The Age of Faith, 1950, p. 738.

  5. Paul Johnson, A History of Christianity, 1976, p. 162; grifo do autor.

  6. John Wesley, The Works of John Wesley, 3ª ed., 14 vols. (reimpresso em 1986 a partir da edição de 1872), vol. VII, p. 26.

  7. B. H. Roberts, citado em Truman G. Madsen, Defender of the Faith: The B. H. Roberts Story, 1980, p. 351.

  8. O Salvador, que purificara o templo e que lá havia voltado para ensinar, foi abordado por Seus críticos, que Lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes isto?” O Salvador, que sabia que as questões têm sempre outro lado, respondeu, dizendo: “Responderei vossa pergunta se primeiro responderdes à minha. O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens?” Os críticos, sentindo o perigo de responderem àquela pergunta, disseram que não poderiam responder a ela, ao que o Salvador replicou: “Nem eu vos digo com que autoridade faço isto” (ver Mateus 21:23–27).