A Bênção de Santificar o Dia do Senhor
“Os santos dos últimos dias devem ser os primeiros a santificar esse dia específico a cada semana.”
A todos vocês, belos e fiéis santos, reunidos nesta tarde de domingo: Nós os elogiamos pelo respeito que demonstram pelo Dia do Senhor ao assistirem à conferência nesta tarde, onde quer que se encontrem.
Fomos instruídos, edificados e nutridos espiritualmente durante as cinco sessões desta magnífica conferência geral d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Foi-nos ensinado “como proceder com respeito aos pontos de minha lei e dos mandamentos [do Senhor]”1 e fomos “santificados por meio daquilo que [recebemos]”.2
Este é o momento de “[agir] em toda a santidade diante [do Senhor]”.3 Isso significa que, com base nesta conferência, precisamos nos decidir a respeito de uma ação específica para realizar as mudanças necessárias em nossa vida. Essa ação chama-se fé e as mudanças, arrependimento. Esses dois princípios sempre são seguidos por bênçãos. Se não agirmos depressa, a mesma coisa que poderia ter-nos santificado nos trará condenação.
Hoje é o Dia do Senhor. Ele não acaba quando saímos desta sessão; não acaba quando alguém nos telefona ou bate à porta convidando-nos para sair e nos divertir, passear, jogar bola ou fazer compras; não acaba porque estamos em férias ou porque alguém nos está visitando, seja essa pessoa membro da Igreja ou não.
O Senhor ordenou: “Saí do meio dos iníquos. Salvai-vos. Sede limpos, vós que portais os vasos do Senhor”.4 Um elemento essencial para a observância desse mandamento é “[lembrarmo-nos] do dia do sábado, para o santificar”.5
O Dia do Senhor dura o dia inteiro! Numa revelação “especialmente [aplicável] aos santos de Sião”6, o Senhor afirma que o Sábado foi feito para que pudéssemos nos conservar “limpos das manchas do mundo”.7 É o dia de participar do sacramento, o dia de “[prestarmos nossa] devoção ao Altíssimo”8, dia de “jejum e oração”9, dia de dedicar nosso tempo, talentos e recursos ao serviço de Deus e do próximo10, dia de “[confessar nossos] pecados a [nossos] irmãos e perante o Senhor”.11 É, também, um excelente dia para pagar o nosso dízimo e ofertas de jejum, um dia para ser marcado pelo sacrifício sincero dos afazeres e prazeres do mundo. É o dia de obedecer ao convênio do Dia do Senhor12, dia de “regozijo e oração”13, dia de “coração e … semblante alegres”.14
Isaías prometeu que “Se desviares o teu pé … de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso … e o honrares não seguindo os teus caminhos … então te deleitarás no Senhor”.15
Obviamente, nossa atenção deve centrar-se na vontade do Senhor e não em continuar o trabalho nem satisfazer os apetites carnais por diversão e descanso.
O profeta Spencer W. Kimball aconselhou: “O Dia do Senhor é um dia sagrado no qual se deve realizar coisas dignas e sagradas. A abstinência do trabalho e recreação é importante, mas insuficiente. O Dia do Senhor exige pensamentos e atos construtivos, e se a pessoa permanece ociosa, nada fazendo durante esse dia, ela o está quebrando. Para observá-lo adequadamente, tem-se que se ajoelhar em oração, preparar lições, estudar o evangelho, meditar, visitar os enfermos e oprimidos, dormir, ler coisas sadias e benéficas, e freqüentar, nesse dia, todas as reuniões designadas. Deixar de fazer essas coisas constitui pecado de omissão”.16
Nosso amado Profeta Gordon B. Hinckley prometeu: “Se tiver alguma dúvida sobre a sabedoria, a divindade da observância do Dia do Senhor, … fique em casa e reúna seus familiares, ensine-lhes o evangelho, passe momentos agradáveis com eles no Dia do Senhor, venha às reuniões, participe. Você saberá que o princípio do Dia do Senhor é um princípio verdadeiro, que traz consigo grandes bênçãos”.17
Jesus ensinou: “O sábado foi feito por causa do homem”.18 O que isso quer dizer? Quer dizer que para um homem ter a felicidade e a alegria que o evangelho promete, nesse dia ele deve sacrificar o mundo, deixar de lado o emprego, se possível, e obedecer o eterno convênio do Dia do Senhor. O Senhor ordenou: “Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, (que incluem todos os santos dos últimos dias) … nas suas gerações por aliança perpétua. Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre”.19
De todas as pessoas da Terra, os santos dos últimos dias devem ser os primeiros a santificar esse dia específico a cada semana. “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus”, disse o Senhor, “de modo nenhum entrareis no reino dos céus.”20
Com relação a esse dia específico, “a questão da observância do Dia do Senhor permanece … como um dos grandes testes que distingue o justo entre mundanos e fracos”, disse o Élder Bruce R. McConkie.21
As promessas do Senhor àqueles que santificam o Seu Dia estão de tal forma claras nas escrituras que nos levam a perguntar: “Por que alguém jogaria fora tais bênçãos em troca de prazeres enganosos e passageiros do mundo?” Ouçam novamente as palavras de Jeová pronunciadas no Monte Sinai: “Guardareis os meus sábados, e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o Senhor. Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, Então eu vos darei as chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua colheita, … e comereis o vosso pão a fartar, e habitareis seguros na vossa terra. Também darei paz na terra … e pela vossa terra não passará espada. … E para vós olharei, e vos farei frutificar, … e confirmarei a minha aliança convosco. … E porei o meu tabernáculo (ou seja, o templo) no meio de vós. … E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo”. 22
Eu gosto muito do domingo! Ele já abençoou a minha família de inúmeras maneiras. Presto testemunho, por minha própria experiência, de que os mandamentos do Senhor são “verdadeiros e fiéis”. 23
Tenho certeza de que vocês serão mais felizes, desfrutarão de paz mais intensa e encontrarão alegria na vida ao presenciar os milagres que chegam a cada pessoa e a cada família que faz o sacrifício de obedecer a esse convênio eterno.
Amo o meu Senhor e Salvador. Sei que Ele vive e que esta é a Sua Igreja e reino nesta Terra. Sei que Ele é, ao mesmo tempo, um Deus de justiça e de misericórdia, que ama Seus filhos com toda a ternura de um rei e pai amoroso. Que nós, então, “[ofereçamos] um sacrifício ao Senhor [nosso] Deus em retidão, sim, um coração quebrantado e um espírito contrito”.24 É a minha oração, em nome de Jesus Cristo. Amém.