Cartas de Gana
Nas décadas de 1960 e 1970, os conversos da África Ocidental escreveram para a sede da Igreja suplicando pelo batismo e pelo estabelecimento de ramos. Ciente do obstáculo imposto pela restrição ao sacerdócio, o presidente da Igreja, Spencer W. Kimball, buscou a vontade do Senhor em relação ao crescente número de conversos negros em todo o mundo. Dentre as muitas coisas que influenciaram o presidente Kimball a orar buscando orientação, estavam dezenas de cartas de Gana.
Clement Osekre e Joseph Kwame Dadzie, membros das primeiras congregações não oficiais em Acra e em Takoradi, escreviam para a liderança da Igreja com frequência para solicitar materiais, apoio e, acima de tudo, missionários. Emmanuel Bondah, um jovem de Assin Foso, escreveu expressando sua esperança de “compartilhar as coisas boas que vocês desfrutam em Cristo”. Quando Kimball leu a carta de Bondah, ele chorou ao pensar nos fiéis ganeses que haviam esperado por tanto tempo.
Em junho de 1978, Kimball anunciou uma revelação concedendo a ordenação ao sacerdócio a todos os homens, independentemente da raça, abrindo assim a porta para o crescimento da Igreja em Gana. Em um seminário para representantes regionais, Kimball leu a carta de Bondah e perguntou: “O que dizer da África? (…) Será que não estão incluídos no convite do Senhor para ensinarmos a ‘todas as nações’?” Os primeiros missionários chegaram em Gana no fim daquele ano.