História da Igreja
Capítulo 11: Pesado demais


“Pesado demais”, capítulo 11 de Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 3, Com Coragem, Nobreza e Independência, 1893–1955, 2021

Capítulo 11: “Pesado demais”

Capítulo 11

Pesado demais

dois homens amarrados diante de forcas

Na noite de 6 de agosto de 1914, Arthur Horbach, um santo dos últimos dias de 17 anos de Liège, Bélgica, protegia-se enquanto a artilharia alemã bombardeava sua cidade.1 Em junho daquele ano, um nacionalista sérvio assassinara o herdeiro do Império Austro-Húngaro, provocando a guerra entre a Áustria-Hungria e o Reino da Sérvia. Pouco tempo depois, aliados de ambas as nações tomaram partido nos combates. No início de agosto, Sérvia, Rússia, França, Bélgica e Grã-Bretanha estavam em guerra com a Áustria-Hungria e a Alemanha.2

A Bélgica, originalmente uma nação neutra, entrou no conflito quando as tropas alemãs invadiram a França através da fronteira oriental belga. A cidade de Liège representava o primeiro obstáculo significativo para o exército invasor. Doze fortes cercavam a localidade e, a princípio, conseguiram deter o avanço dos alemães. Mas as investidas foram implacáveis. Milhares de soldados atacaram os fortes, e as defesas belgas começaram a desmoronar.

As tropas alemãs logo romperam a linha de defesa belga e capturaram Liège. Os invasores irromperam na cidade, saqueando casas, incendiando edifícios e atirando em civis.3 Arthur e sua mãe, Mathilde, de alguma forma escaparam das tropas. Os outros 50 santos de Liège estavam todos em perigo, assim como Arthur, mas eram os missionários que serviam na cidade que sempre lhe vinham à mente. Ele convivia muito com os missionários e os conhecia bem. Será que eles tinham sido feridos nos ataques?4

Passaram-se os dias. Arthur e sua mãe viviam aterrorizados com as tropas alemãs e com a artilharia pesada que bombardeava os fortes não capturados. Os santos dos últimos dias estavam espalhados pela cidade, e vários membros do ramo estavam amontoados em um porão. Um grupo de soldados havia se arranchado no salão alugado onde o ramo normalmente se reunia. Felizmente, Tonia Deguée, uma irmã idosa da Igreja que falava alemão fluentemente, conquistou rapidamente a confiança dos soldados invasores e os persuadiu a não danificar o salão ou sua mobília.5

Por fim, Arthur soube que os élderes estavam em segurança. O consulado americano em Liège ordenara que eles saíssem da cidade no primeiro dia do bombardeio, mas os bloqueios das estradas os impediram de avisar a Arthur ou a qualquer outra pessoa sobre sua partida6

Na verdade, os missionários de toda a Europa continental estavam deixando seus campos de trabalho. “Desobriguem todos os missionários alemães e franceses”, havia telegrafado o presidente Joseph F. Smith aos líderes de missão na Europa, “e exerçam a devida discrição sobre a transferência de todos os missionários, tanto dos países neutros quanto dos beligerantes, para as missões dos Estados Unidos”.7

Arthur se sentiu imediatamente triste pela partida dos missionários. Nos seis anos desde que ele e Mathilde haviam se filiado à Igreja, o ramo dependera dos missionários para a liderança do sacerdócio. Agora, os únicos portadores do sacerdócio na unidade eram um mestre e dois diáconos — um dos quais era o próprio Arthur. Ele havia recebido o Sacerdócio Aarônico menos de um ano antes.8

Depois que Liège caiu nas mãos dos alemães, o ramo praticamente parou de se reunir. Os soldados que ocupavam a sala de reuniões foram embora, mas o proprietário se recusou a permitir que o ramo retomasse as reuniões lá. Cada dia era uma luta pela sobrevivência. Os alimentos e suprimentos diários se tornaram escassos. A fome e a miséria assolavam a cidade.

Arthur sabia que todos no ramo ansiavam por se reunir para orar e obter consolo. Mas, sem capela e sem ninguém autorizado a abençoar o sacramento, como eles poderiam voltar a funcionar como ramo?9


À medida que a guerra se alastrava pela Europa, Ida Smith se perguntava como poderia ajudar os soldados britânicos que estavam de partida para o campo de batalha. Ela e o marido, o apóstolo Hyrum M. Smith, haviam se mudado para Liverpool com os quatro filhos cerca de um ano antes. Hyrum, o filho mais velho de Joseph F. Smith, estava servindo como presidente da Missão Europeia. Ida apoiava o trabalho, mas decidira não tomar parte ativa na obra missionária — ou em qualquer serviço fora de seu pequeno ramo da Igreja — enquanto ainda tivesse filhos pequenos em casa.10

Uma tarde, porém, Ida viu um aviso escrito pela esposa do prefeito de Liverpool, Winifred Rathbone, convocando as organizações femininas da cidade a se unirem a outras mulheres voluntárias de toda a Grã-Bretanha a fim de tricotar roupas quentes para os soldados. Ida sabia que centenas de milhares de soldados britânicos, inclusive alguns santos dos últimos dias, precisariam muito dessas roupas para sobreviver ao inverno que se aproximava. Mas ela se sentia inútil.

“O que posso fazer para ajudar essa mulher?”, perguntou-se ela. “Nunca tricotei um ponto sequer na vida.”11

Então uma voz pareceu lhe dizer: “Agora é a hora de as Sociedades de Socorro da Missão Europeia darem um passo à frente e oferecerem seus serviços”. Essas palavras deixaram Ida profundamente impressionada. A Sociedade de Socorro de Liverpool era pequena — oito membros ativos no máximo —, mas essas irmãs podiam dar sua contribuição.12

Com a ajuda do secretário da missão, Ida marcou uma audiência com Winifred no dia seguinte. Seu coração estava acelerado antes da reunião. “Por que você veio atrás da primeira-dama da cidade para oferecer seus serviços com um punhado de mulheres?”, pensou ela, repreendendo a si mesma. “Por que não vai para casa e cuida de sua vida?”

Mas Ida afastou esses pensamentos. O Senhor estava com ela. Em sua mão, ela carregava um pequeno cartão impresso com informações sobre a Sociedade de Socorro e seu propósito. “Se eu apenas puder lhe entregar este cartão”, disse ela a si mesma, “vou fazê-lo”.13

O escritório da primeira-dama ficava em um grande prédio que servia de sede para suas obras de caridade. Ida foi muito bem recebida por Winifred, e seu nervosismo rapidamente se dissipou ao falar à esposa do prefeito sobre a Sociedade de Socorro, a Igreja e o pequeno ramo de Liverpool. “Vim oferecer nossos serviços de costura ou tricô para os soldados”, explicou ela.14

Depois de transmitir sua mensagem, Ida estava prestes a sair, mas Winifred a impediu. “Gostaria que a senhora passasse por nosso prédio”, propôs ela, “e visse como realizamos nosso trabalho”. Ela conduziu Ida por 17 grandes salões, cada um deles com uma dezena ou mais de mulheres em plena atividade. Em seguida, levou Ida a seu escritório particular. “É assim que mantemos nossos registros”, observou ela, mostrando um livro-razão. “Tudo o que vocês fizerem por nós será registrado neste livro como um trabalho realizado pela Sociedade de Socorro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.”

Ida agradeceu. “Faremos o melhor que pudermos”, garantiu ela.15

Nos últimos meses daquele ano, a missão da Sociedade de Socorro de Liverpool era tricotar. As irmãs acionaram também suas amigas e vizinhas. Depois de uma semana, totalizavam cerca de 40 tricotadeiras. A própria Ida aprendeu a tricotar e começou a trabalhar em vários cachecóis grandes. A pedido da presidência geral da Sociedade de Socorro de Salt Lake City, o marido de Ida a designou como presidente das Sociedades de Socorro da Missão Europeia. Com a Europa continental insegura para viagens, ela começou a percorrer a Grã-Bretanha para organizar novas Sociedades de Socorro, treinar as irmãs e mobilizá-las a fim de fazer tricô para os soldados. No final, as mulheres confeccionaram e distribuíram cerca de 2.300 artigos de vestuário feitos à mão.16

Ida e outras irmãs da Sociedade de Socorro receberam cartas e elogios de autoridades importantes de todo o país. “Se todas as organizações femininas da Grã-Bretanha funcionassem como as das mulheres santos dos últimos dias”, escreveu uma observadora, “nada faltaria a nossos soldados”.17


“Os relatos de carnificina e destruição em curso na Europa são repugnantes e deploráveis”, escreveu o presidente Joseph F. Smith a Hyrum M. Smith em 7 de novembro de 1914. Dois meses antes, as tropas francesas e britânicas haviam impedido o avanço das forças alemãs em uma batalha sangrenta no rio Marne, no nordeste da França. Outros embates se seguiram, mas nenhum dos lados conseguiu vitórias decisivas. Agora os exércitos estavam recolhidos em uma rede de trincheiras defensivas espalhadas por todo o interior da França.18

A guerra estava se espalhando por todo o leste da Europa e chegando à África, ao Oriente Médio e até às ilhas do Oceano Pacífico. Os relatos dos jornais sobre o conflito trouxeram à mente do presidente Smith a revelação de 1832 do Senhor sobre a guerra. “Então a guerra se derramará sobre todas as nações”, predisse. “E assim, pela espada e por derramamento de sangue, os habitantes da Terra lamentar-se-ão.”19

Em 24 de janeiro de 1915, um domingo, o profeta conclamou os membros da Igreja dos Estados Unidos e do Canadá a contribuir para um fundo de auxílio aos santos europeus necessitados. “É a maneira mais direta de ajudar os membros da Igreja que precisam de apoio”, declarou ele.20 Em resposta, mais de 700 alas e ramos coletaram dinheiro e enviaram doações para o escritório do Bispado Presidente da Igreja. O dinheiro foi então enviado ao escritório da missão, em Liverpool, para Hyrum distribuir entre os santos europeus, independentemente de qual lado eles apoiassem na guerra.21

Alguns meses depois, o presidente Smith viajou com o bispo presidente Charles W. Nibley para inspecionar um canto mais pacífico do mundo: a fazenda de 2.400 hectares da Igreja em Laie, Havaí.22 Em Honolulu, os dois se encontraram com o apóstolo e senador dos Estados Unidos Reed Smoot, que tinha ido às ilhas com a esposa, Allie, para melhorar sua saúde e visitar a assembleia legislativa havaiana. Com Abraham e Minerva Fernandez, que hospedaram George Q. Cannon durante sua última visita ao arquipélago, eles viajaram para Laie e desfrutaram de um banquete comemorativo com 400 santos.23

Nos dias subsequentes, ao conversar com os membros da Igreja e visitar a fazenda, o presidente Smith ficou satisfeito de ver os santos havaianos prosperando espiritual e materialmente. Quase 10 mil santos residiam então nas ilhas. Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor haviam sido publicados recentemente em havaiano. O arquipélago contava com mais de 50 capelas de santos dos últimos dias, e a própria Laie tinha uma escola de propriedade da Igreja. Os santos de Laie também embelezavam seus quintais e ruas com flores e grandes árvores.24

A Igreja estava igualmente se expandindo em outras partes da Oceania. O Livro de Mórmon e outros materiais da Igreja já estavam disponíveis em maori, samoano e taitiano. A Missão Taiti tinha uma gráfica e publicava seu próprio periódico da Igreja em taitiano, o Te Heheuraa Api.25 Em Tonga, a Igreja estava novamente criando raízes depois de ter ficado fechada para o trabalho missionário por mais de dez anos. Os santos da Austrália, de Samoa e da Nova Zelândia se reuniam em ramos fortes que contavam com Sociedades de Socorro, Escolas Dominicais e coros. Em 1913, a Igreja também abriu o Māori Agricultural College em Hastings, Nova Zelândia. A escola formava jovens em agricultura e em outras profissões.26

Em 1º de junho, sua última noite em Laie, o presidente Smith acompanhou o bispo Nibley e o élder Smoot a uma capela situada no topo de uma colina não muito elevada com vista para a cidade. A capela estava lá desde 1883. Seu nome, I Hemolele, significava “Santidade ao Senhor”, as mesmas palavras bíblicas que apareciam no exterior do Templo de Salt Lake.27

Perto do prédio, o presidente Smith mencionou ao élder Smoot que ele e o bispo Nibley estavam discutindo a possibilidade de construir uma casa de investidura ou um pequeno templo em Laie, tendo em vista que a Igreja no Havaí tinha uma base sólida. Ele sugeriu mover I Hemolele para outro local a fim de que um templo pudesse ser construído no local.28

O élder Smoot foi favorável à ideia. No início daquela semana, depois de assistir ao funeral de um santo idoso que anos antes recebera sua investidura em Utah, ele tivera um pensamento semelhante. Durante a maior parte de sua história, a Igreja havia construído templos perto de grandes populações de santos. Mas, em 1913, o presidente Smith dedicara o local para um templo em Cardston, Alberta, Canadá, onde na época havia duas estacas. Essa tinha sido a primeira vez em que se planejara a construção de um templo para os santos que moravam longe do corpo principal da Igreja.29

“Irmãos”, disse o presidente Smith a seus companheiros, “sinto-me inspirado a dedicar este terreno para a construção de um templo a Deus, um lugar onde os povos das Ilhas do Pacífico possam vir e fazer o trabalho do templo”. Ele admitiu que não consultara o Quórum dos Doze Apóstolos ou os outros membros da Primeira Presidência sobre o assunto. “Mas, se vocês acharem não haver objeções”, prosseguiu ele, “creio que agora é a hora de dedicar o terreno”.

O élder Smoot e o bispo Nibley ficaram entusiasmados com a ideia, e então o profeta proferiu a oração dedicatória no local.30


Na metade de 1915, a Revolução Mexicana não representava mais uma ameaça para as colônias da Igreja no norte do México. Muitas famílias tinham voltado para casa nos assentamentos e viviam em relativa paz. Alguns colonos, por outro lado, incluindo Camilla Eyring e sua família, optaram por permanecer nos Estados Unidos.31

Mas as condições eram diferentes em San Marcos, onde Rafael Monroy agora servia como presidente de um ramo de cerca de 40 santos. Em 17 de julho, um grupo de soldados rebeldes invadiu a aldeia, instalou seu quartel-general em uma grande casa no centro da cidade e exigiu que Rafael, um próspero fazendeiro, fornecesse carne para eles.32

Na esperança de apaziguar os insurgentes, Rafael lhes deu uma vaca para abater. Os rebeldes eram zapatistas, ou seguidores de Emiliano Zapata, um dos vários líderes rebeldes que disputavam o controle do governo mexicano. Durante meses, os zapatistas vinham lutando contra as forças de Venustiano Carranza, ou os carrancistas, na área ao redor de San Marcos. Seguindo o conselho do presidente da missão, Rey L. Pratt, Rafael e os demais santos da região tentaram não tomar partido, na esperança de que os combatentes os deixassem em paz. Até a chegada dos rebeldes, San Marcos tinha sido um refúgio para os santos deslocados pela violência que assolava a região central do México.33

Entre os santos que residiam em San Marcos estavam a mãe de Rafael, Jesusita, e a esposa dele, Guadalupe, que haviam sido batizadas em julho de 1913. O presidente Pratt, que partira para os Estados Unidos, continuou a ajudar o ramo de longe.34

Depois que Rafael entregou a vaca, alguns de seus vizinhos começaram a conversar com os rebeldes. Um vizinho, Andres Reyes, estava descontente com o número crescente de santos na área. Muitos mexicanos se opunham às influências estrangeiras em seu país, e Andres e outros da cidade tinham ficado ressentidos com a família Monroy por abandonarem sua fé católica para ingressar em uma igreja amplamente associada aos Estados Unidos. O fato de a irmã mais velha da família Monroy, Natalia, ter se casado com um americano só deixou a cidade mais desconfiada da família.35

Ouvindo isso, os soldados seguiram Rafael de volta para sua casa e o prenderam quando ele estava se sentando para tomar o desjejum. Mandaram-no abrir a loja da família, alegando que ele e seu cunhado americano eram coronéis do exército carrancista que escondiam armas para usar contra os zapatistas.

Na loja, Rafael e os soldados encontraram Vicente Morales, outro membro da Igreja, que trabalhava temporariamente ali. Acreditando que ele também fosse um soldado carrancista, os rebeldes o prenderam e começaram a saquear a loja em busca de armas. Rafael e Vicente alegaram inocência, garantindo que não eram inimigos.

Os soldados não acreditaram neles. “Se não nos entregarem suas armas”, disseram, “nós os enforcaremos na árvore mais alta”.36


Quando os zapatistas forçaram Rafael a sair de casa, suas irmãs Jovita e Lupe correram atrás deles. Jovita alcançou os soldados primeiro, mas eles ignoraram suas súplicas. Lupe chegou bem a tempo de ver os rebeldes agarrarem sua irmã. “Lupe”, gritou Jovita, “eles estão me prendendo!”

A essa altura, uma multidão havia se formado em torno de Rafael e Vicente. Algumas pessoas seguravam cordas nas mãos e gritavam: “Enforquem-nos!”

“O que vocês vão fazer? Meu irmão é inocente”, afirmou Lupe. “Derrubem a casa se for preciso, mas não encontrarão nenhuma arma.”

Alguém da multidão gritou para que a prendessem também. Lupe correu para uma árvore próxima e se agarrou a ela com toda a força, mas os soldados rebeldes a puxaram e facilmente a arrancaram dali.37 Em seguida, voltaram para a casa de Monroy e prenderam Natalia.

Os rebeldes levaram as três irmãs para seu quartel-general e as mantiveram em salas separadas. Lá fora, algumas pessoas disseram aos soldados que Rafael e Vicente eram “mórmons” que estavam corrompendo a cidade com sua estranha religião. Os soldados nunca tinham ouvido a palavra antes, mas pensaram que significava algo ruim. Levaram os dois homens até uma árvore alta e amarraram cordas nos galhos mais fortes. Em seguida, colocaram um laço em volta do pescoço de cada um. Se Rafael e Vicente abandonassem sua religião e se juntassem aos zapatistas, propuseram os soldados, seriam soltos.

“Minha religião é mais importante para mim do que a própria vida”, replicou Rafael, “e não posso abandoná-la”.

Os soldados puxaram as cordas até Rafael e Vicente ficarem dependurados pelo pescoço e desmaiarem. Os rebeldes então soltaram as cordas, reanimaram os homens e continuaram a torturá-los.38

De volta à loja, os rebeldes continuaram sua busca por armas. Jesusita e Guadalupe insistiram que não havia. “Meu filho é um homem pacífico!”, garantiu Jesusita. “Se não fosse assim, vocês acham que o teriam encontrado em casa?” Quando os soldados novamente exigiram ver as armas da família, os Monroy lhes entregaram exemplares do Livro de Mórmon e da Bíblia.

“Essas não são armas”, disseram os rebeldes. “Queremos as armas.”

À tarde, no quartel-general zapatista, os rebeldes colocaram os irmãos Monroy juntos na mesma sala. Lupe ficou chocada com a aparência de Rafael. “Rafa, você tem sangue no pescoço”, disse ela. Rafael foi até a pia da sala e lavou o rosto. Ele parecia calmo e não demonstrava raiva apesar de tudo o que havia acontecido.

Mais tarde, Jesusita trouxe comida para seus filhos. Antes de ela partir, Rafael lhe entregou uma carta que ele havia escrito a um capitão zapatista que ele conhecia, pedindo sua ajuda para provar sua inocência. Jesusita pegou a carta e foi procurar o capitão. Os Monroy e Vicente abençoaram a refeição, mas, antes que pudessem comer, ouviram o barulho de passos e armas do lado de fora da porta. Os soldados chamaram Rafael e Vicente, e os dois homens saíram da sala. Na porta, Rafael pediu a Natalia que saísse com ele, mas os guardas a empurraram de volta para dentro.

As irmãs se entreolharam com o coração disparado. Fez-se silêncio. Então, disparos ecoaram na noite.39


Hyrum M. Smith sentia um peso incrível sobre os ombros ao contemplar a situação na Europa. Como presidente da Missão Europeia, ele seguiu prontamente a diretriz da Primeira Presidência e retirou os missionários da Alemanha e da França logo após o início da guerra. Mas ele não sabia ao certo o que fazer com os missionários que estavam em países neutros ou áreas sem combates violentos, como a Grã-Bretanha. A Primeira Presidência lhe dera poucas instruções sobre como proceder. “A decisão fica a seu critério”, escreveram eles.40

Hyrum havia se reunido duas vezes com os élderes no escritório da missão para definir o curso de ação correto. Depois de conversarem a respeito, eles concordaram em desobrigar apenas os missionários da Europa continental, deixando que os missionários da Grã-Bretanha terminassem sua missão conforme planejado. Hyrum havia escrito então aos presidentes de missão do continente, orientando-os a permanecer no cargo, com seus assistentes, a fim de manterem a presença da Igreja em suas respectivas áreas. Os demais missionários deveriam ser retirados.41

Um ano depois, os jornais estavam repletos de histórias sobre ataques alemães a navios britânicos de passageiros e da marinha. Em maio de 1915, um submarino alemão torpedeou o Lusitania, um transatlântico britânico, matando quase 1.200 civis e tripulantes. Três meses depois, os alemães afundaram outro transatlântico britânico, o Arabic, na costa da Irlanda. A bordo do navio estava um missionário que retornava e que quase morreu no ataque.

Por ser o responsável pelo transporte dos missionários e santos emigrantes que atravessavam o Atlântico, Hyrum se debateu para saber a melhor forma de reagir à crise.42 Muitos missionários americanos que serviam na Grã-Bretanha se viam tão ansiosos para voltar para casa que estavam dispostos a correr qualquer risco para isso. Os santos emigrantes, da mesma forma, muitas vezes colocavam seu desejo de se reunirem em Utah à frente de sua segurança pessoal.

Para complicar as coisas, a Igreja havia contratado uma empresa de navegação britânica para cuidar de todas as viagens relacionadas à Igreja através do Atlântico. Mesmo diante da impossibilidade de rescindir o contrato de modo honesto, Hyrum acreditava que o escritório da missão não poderia reservar legalmente passagens para santos em navios americanos, embora fossem considerados mais seguros porque os Estados Unidos não estavam em guerra com a Alemanha.

Em 20 de agosto de 1915, ele escreveu à Primeira Presidência sobre o dilema. Já havia reservado passagem para vários missionários e santos emigrantes no Scandinavian, um navio britânico-canadense que partiria de Liverpool em 17 de setembro. Mas então ele se questionava se deveria deixá-los embarcar.

“Só o fato de ter essa responsabilidade já é algo quase pesado demais para meus ombros”, escreveu. “Rogo humildemente que me aconselhem sobre esse assunto para que eu possa sentir que estou agindo em total harmonia com seus desejos.”43

Uma semana antes da data marcada para a partida do Scandinavian, Hyrum recebeu um telegrama da Primeira Presidência: “Os emigrantes que vierem em navios beligerantes precisam assumir responsabilidade pessoal. Se optarem por viajar sob a bandeira britânica, os santos o fazem por sua própria conta e risco”.44

Hyrum ponderou cuidadosamente as opções. A Primeira Presidência claramente não queria incentivar os santos a viajar em embarcações em que pudessem ser atacados. No entanto, os navios americanos mais seguros não estavam disponíveis para os santos a menos que optassem por viajar sem a intermediação da Igreja. E, mesmo que o fizessem, o alto preço das passagens em navios americanos poderia proibi-los de fazer a viagem.

“Não quero arriscar nossos santos no oceano”, escreveu ele em seu diário. Mas ele sabia que precisava fazer algo. “Visto que não fomos instruídos a não prosseguir”, escreveu ele, “seguiremos adiante e confiaremos no Senhor”.45

Em 17 de setembro de 1915, Hyrum se despediu de 4 missionários e 37 emigrantes que viajariam no Scandinavian.46 Depois disso, só lhe restava esperar notícias de sua chegada segura ao destino.

  1. Herwig, The Marne, 1914, p. 110; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, p. 712; Chas. Arthur Horbach entry, Liege Branch, Belgian Conference, French Mission, nº 44, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Bélgica.

  2. Sheffield, Short History of the First World War, pp. 12–27; Clark, Sleepwalkers, pp. 367–403, 469–470, 526–527. Tópico: Primeira Guerra Mundial.

  3. Herwig, The Marne, 1914, pp. 108–117; Zuber, Ten Days in August, pp. 13, 155, 188–198; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, p. 712.

  4. Anne Matilde Horbach entry, Liege Branch, Belgian Conference, French Mission, nº 43, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca de História da Igreja; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, p. 712; Willey, Memórias, pp. 19, 27; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.

  5. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Tonia V. Deguée entry, Liege Branch, Belgian Conference, French Mission, nº 8, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca de História da Igreja; Kahne, History of the Liège District, pp. 14–15.

  6. Willey, Memórias, pp. 31, 33, 35; Hall, Autobiografia, p. [6]; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.

  7. “Missionary Journal of Myrl Lewis”, 3 de setembro de 1914; “List of Names of Missionaries Transferred from European Mission to British Mission”, 1914; Hyrum Smith para a Primeira Presidência, 29 de agosto de 1914, First Presidency Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.

  8. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Chas. Arthur Horbach, Anne Matilde Horbach, and Charles Jean Devignez entries, Liege Branch, Belgian Conference, French Mission, nºs. 43, 44, 77, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca de História da Igreja.

  9. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Reuniões sacramentais.

  10. Hyrum M. Smith, Diário, 2 de outubro de 1914; “Hyrum Mack Smith”, Missionary Database, history.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 1.

  11. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 1–2; “‘Mormon’ Women in Great Britain”, Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5; McGreal, Liverpool in the Great War, pp. 28–29.

  12. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 2.

  13. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 2–3; “‘Mormon’ Women in Great Britain”, Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5.

  14. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 3; “‘Mormon’ Women in Great Britain”, Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5.  

  15. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 3–4.  

  16. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 4–6; Amy Brown Lyman, “Notes from the Field”, Relief Society Magazine, novembro de 1915, vol. 2, pp. 504–506; “Daughters of Zion”, Relief Society Magazine, outubro de 1916, vol. 3, p. 543; “‘Mormon’ Women in Great Britain”, Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5.

  17. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 5; “Daughters of Zion”, Relief Society Magazine, outubro de 1916, vol. 3, p. 543; Nottingham Branch Relief Society Minutes, outubro de 1915, p. 151; Hyrum M. Smith, Diário, 9–10 de março de 1915. Tópicos: Inglaterra; Sociedade de Socorro.

  18. Joseph F. Smith para Hyrum M. Smith, 7 de novembro de 1914, Cadernos de cartas impressas, p. 6, Joseph F. Smith Papers, Biblioteca de História da Igreja; Sheffield, Short History of the First World War, pp. 34–37; Audoin-Rouzeau, “1915: Stalemate”, pp. 66–69.

  19. Audoin-Rouzeau, “1915: Stalemate”, pp. 70–71; Hiery, Neglected War, pp. 22–30; Doutrina e Convênios 87:3, 6.

  20. “To Presidents of Stakes and Bishops of Wards”, Deseret Evening News, 13 de janeiro de 1915, p. 4; “Donations for Church Members in Europe”, Deseret Evening News, 22 de janeiro de 1915, p. 3.

  21. Donation to War Sufferers”, Improvement Era, março de 1915, vol. 18, p. 455; Charles W. Nibley, Orrin P. Miller e David A. Smith para a Primeira Presidência, 11 de outubro de 1915, First Presidency General Administration Files, Biblioteca de História da Igreja; Hyrum M. Smith para presidentes de missão, 23 de março de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.

  22. “Church Leader Returns Home”, Salt Lake Herald-Republican, 17 de junho de 1915, p. 12; Santos, vol. 2, capítulos 1327; Joseph F. Smith, Diário, 22 de maio de 1915; “From Far Away Hawaii”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 8 de julho de 1915, vol. 77, pp. 417–418. Tópico: Havaí.

  23. Joseph F. Smith, Diário, 21 e 22 de maio de 1915; Heath, Diaries of Reed Smoot, p. xxxiv; Smoot, Diário, 11 e 13 de março de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; “Leave for Islands Trip”, Salt Lake Herald-Republican, 25 de abril de 1915, [p. 32]; Walker, “Abraham Kaleimahoe Fernandez”, [p. 2].

  24. Joseph F. Smith, Diário, 23–26 de maio de 1915; “From Far Away Hawaii”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 8 de julho de 1915, vol. 77, p. 418; Britsch, Moramona, pp. 227–231.

  25. Britsch, Unto the Islands of the Sea, pp. 31–32, 43, 278–280, 384. Tópico: Polinésia Francesa.

  26. Moffat, Woods e Anderson, Saints of Tonga, pp. 54–57; Britsch, Unto the Islands of the Sea, pp. 289–294; Newton, Southern Cross Saints, pp. 179–182; Historical Department, Diário History of the Church, junho de 1913, p. 20; Newton, Tiki and Temple, pp. 66–69, 95–96, 121–128. Tópicos: Austrália; Nova Zelândia; Samoa; Tonga; Academias da Igreja.

  27. Smoot, Diário, 1º–2 de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; Dowse, “The Laie Hawaii Temple”, pp. 68–69; I Hemolele, Fotografia, Biblioteca Joseph F. Smith, Universidade Brigham Young–Havaí, Laie; detalhe da tabuleta com a inscrição Santidade ao Senhor, Escritório do arquiteto, Salt Lake Temple Architectural Drawings, Biblioteca de História da Igreja; ver também Êxodo 28:36; 39:30 e Salmos 93:5.

  28. Smoot, Diário, 1º de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU.

  29. Smoot, Diário, 27 de maio e 1º de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; “President Smith and Party Return”, Liahona, the Elders’ Journal, 6 de julho de 1915, vol. 13, p. 24; “Dedication of the Temple Site at Cardston, Canada”, Liahona, the Elders’ Journal, 16 de setembro de 1913, vol. 11, p. 206; “Cardston Temple Site Dedicated by Church Leaders”, Salt Lake Herald-Republican, 28 de julho de 1913, p. 1. Tópicos: Construção de templos; Canadá.

  30. Smoot, Diário, 1º de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; Joseph F. Smith, Diário, 1º de junho de 1915; Reed Smoot, em Ninety-First Semi-annual Conference, p. 137. Tópico: Havaí.

  31. Romney, Mormon Colonies, p. 235; Kimball, Autobiografia, pp. 14–18.

  32. Rey L. Pratt, “A Latter-day Martyr”, Improvement Era, junho de 1918, vol. 21, pp. 720–721; Grover, “Execution in Mexico”, p. 9; Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. [12b], [15b], 19, [22b], 25, [31b]–32; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 7, 34–35.

  33. Monroy, History of the San Marcos Branch, p. [31b]; Jesus M. de Monroy para Rey L. Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Grover, “Execution in Mexico”, pp. 13–15; Tullis, Mormons in Mexico, p. 103. Tópico: México.

  34. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 7, [10b]–11, 19; Diary of W. Ernest Young, pp. 98–99, 106–107; “Rey Lucero Pratt”, Missionary Database, history.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 23, 28, 32–41, 92–96.

  35. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 23, 25, [31b]; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 9, 32–33.

  36. Monroy, History of the San Marcos Branch, [31b]–32; Jesus M. de Monroy para Rey L. Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Rey L. Pratt, “A Latter-day Martyr”, Improvement Era, junho de 1918, vol. 21, p. 723; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 10–12.  

  37. Monroy, History of the San Marcos Branch, p. 32.

  38. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 32–33; Jesus M. de Monroy para Rey L. Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Rey L. Pratt, “A Latter-day Martyr”, Improvement Era, junho de 1918, vol. 21, pp. 723–724.

  39. Monroy, History of the San Marcos Branch, [32b]–[33b]; Villalobos, Entrevista histórica oral, p. 4.

  40. Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 29 de agosto de 1914; “List of Names of Missionaries Transferred from European Mission to British Mission”, 1914, First Presidency Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Primeira Presidência para Hyrum M. Smith, 9 de setembro de 1914, Cadernos de cartas impressas da Primeira Presidência, vol. 53.

  41. Hyrum M. Smith, Diário, 25 e 26 de setembro; 29 de novembro de 1914; Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 30 de setembro de 1914, First Presidency Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.

  42. Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 12 de maio de 1915; 25 de maio de 1915; 20 de agosto de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja; Hyrum M. Smith, Diário, 18–21 de agosto de 1915.

  43. Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 20 de agosto de 1915; 15 de outubro de 1915; Primeira Presidência para Hyrum M. Smith, 11 de setembro de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja; “Releases and Departures”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 23 de setembro de 1915, vol. 77, p. 608.

  44. Primeira Presidência para Hyrum M. Smith, 11 de setembro de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.

  45. Hyrum M. Smith, Diário, 10 de setembro de 1915, grifo no original; Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 15 de outubro de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.

  46. Releases and Departures”, Latter-day Saints’ Millennial Star, 23 de setembro de 1915, vol. 77, p. 608; Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 15 de outubro de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.