Vinde ao Profeta Escutar
Perdoe
Guy de Maupassant, o escritor francês, conta a história de um camponês chamado Hauchecome, que, num dia de feira, foi à vila. Enquanto caminhava pela praça, viu um pedaço de cordão caído ao solo. Pegou-o e colocou-o no bolso.
Mais tarde, no mesmo dia, alguém se queixou do furto de uma bolsa. Hauchecome foi preso e levado diante do prefeito, a quem protestou inocência, mostrando o pedaço de cordão que havia apanhado do chão. Ninguém, porém, acreditou nele; limitaram-se a rir dele.
No dia seguinte, a bolsa foi encontrada e Hauchecome absolvido. Ressentido, porém por haver passado por aquela vergonha devido a uma acusação falsa, tornou-se rancoroso e não esqueceu o assunto. Incapaz de perdoar e esquecer, não pensava nem falava em mais nada. Negligenciou sua chácara e, por toda a parte onde andava, contava a todos os que encontrava a injustiça da qual fora vítima. Pensava no assunto noite e dia. Obcecado pela mágoa, ficou muito doente e morreu. No delírio que antecedeu sua morte, repetidamente murmurava: “Um pedaço de cordão, um pedaço de cordão”. (Ver “The Piece of String” em The Works of Guy de Maupassant, s. d., pp. 34–38.)
Variando as personagens e circunstâncias, essa história poderia ser repetida muitas vezes em nossos dias. Como nos é difícil perdoar àqueles que nos injuriaram.
Irmãos e irmãs, vamos curar as feridas causadas por planos de vingança contra aqueles que nos tenham prejudicado. Todos nós temos um pouco desse espírito de vingança dentro de nós. Felizmente, também temos o poder de elevar-nos acima dele. Rogo que vocês peçam ao Pai forças para perdoar. Pode não ser fácil nem rápido, mas se vocês se esforçarem terão paz no coração. Essa é a doce paz de Cristo que disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. (Mateus 5:9)
Extraído de “De Vós Se Requer que Perdoeis”, A Liahona, novembro de 1991, pp. 2–7.