Fortalecendo a Família
Como Parceiros Iguais
Continuação de uma série que traz reflexões para o estudo e uso de “A Família: Proclamação ao Mundo”.
“Segundo o modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessidades de seus familiares e de protegê-los. A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos. Nessas atribuições sagradas, o pai e a mãe têm a obrigação de ajudar-se mutuamente, como parceiros iguais.”1
Presidir, Atender às Necessidades Materiais e Proteger
O pai deve presidir no lar, mas presidir não quer dizer reinar ou exercer injusto domínio sobre a esposa ou os filhos. O Salvador ensinou a Seus apóstolos que os governantes entre os gentios exerciam autoridade sobre seus súditos. “Não será assim entre vós”, advertiu Ele, “mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; e, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.” (Ver Mateus 20:25–27.) Assim, presidir é amar, servir e sacrificar-se. O Apóstolo Paulo ensinou: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. (Efésios 5:25) O Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) ensinou: “Irmãos, digo-lhes com toda a seriedade que [Jesus Cristo] é o modelo que devemos seguir ao dirigir nossa família. Isso se aplica principalmente a sua relação com a esposa”.2
O Senhor disse que “todo homem que for obrigado a manter sua própria família, que a mantenha; e ele de modo algum perderá sua coroa”. (D&Amp;C 75:28) No mundo de hoje, conseguir manter a família depende em geral da disposição e oportunidade do pai para adquirir instrução suficiente. Contudo, estudar, conseguir um emprego adequado e suprir as necessidades vitais não significa passar um tempo excessivo trabalhando para alcançar um padrão de vida elevado. O Presidente Spencer W. Kimball (1895–1985) disse que alguns pais passam tempo demais trabalhando para ter luxos que vão muito além das necessidades vitais, a ponto de transformar os bens materiais em seus falsos deuses e terem pouco tempo para presidir a família com amor e retidão.3
A responsabilidade do pai de proteger a família em muito transcende o dever indiscutível de prover abrigo físico e segurança material. O Presidente Howard W. Hunter (1907–1995) ensinou: “O pai justo protege os filhos com seu tempo e presença nas atividades e responsabilidades sociais, educativas e espirituais deles”.4 O pai pode proteger seus filhos ensinando-os a fazer escolhas sábias no tocante a filmes, livros e aos amigos com quem passam seu tempo.
Criar os Filhos
Em 1942, a Primeira Presidência declarou: “A maternidade (…) é um chamado sagrado, uma dedicação santa para levar avante os planos do Senhor, uma devoção consagrada à criação dos filhos, ao desvelo para com eles, ao desenvolvimento do corpo, mente e espírito dos que guardaram seu primeiro estado. (…) O papel da mãe é ajudá-los a guardar seu segundo estado. (…) A maternidade é muito próxima da divindade. É o serviço mais nobre e sagrado que pode ser prestado pela humanidade. Coloca aquela que honra esse chamado e serviço santos perto dos anjos”.5
Uma das artimanhas mais eficazes de Satanás é rebaixar a função da esposa e mãe no lar. O élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos, advertiu-nos: “Trata-se de um ataque contra os próprios alicerces do plano de Deus. (…) Não se deixem desviar do plano de nosso Deus para seguir os caminhos do mundo, onde a maternidade é menosprezada, a feminilidade é depreciada e o papel divinamente estabelecido de esposa e mãe é ridicularizado”.6
Os profetas ressaltaram a importância de a mãe dedicar-se em tempo integral à criação dos filhos. Contudo, para aquelas que precisam trabalhar para atender às necessidades da família, o Presidente Gordon B. Hinckley disse: “Façam o melhor que puderem. Espero que, caso trabalhem em tempo integral, estejam fazendo-o para garantir o suprimento de suas necessidades básicas e não simplesmente para satisfazer ao desejo de uma casa sofisticada, automóveis caros e outros luxos”.7
Ajudar-se Mutuamente como Parceiros Iguais
A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos e a do pai é presidir, atender a suas necessidades materiais e protegê-los. No entanto, esses papéis não se excluem mutuamente. O marido e a mulher devem dividir como parceiros iguais as responsabilidades de pais e ajudar-se mutuamente em espírito de sacrifício abnegado.
O desígnio divino de dar à mãe e ao pai responsabilidades primárias diferentes na família reflete certas diferenças eternas entre o homem e a mulher. “A Família: Proclamação ao Mundo” ensina que “o sexo (masculino ou feminino) é uma característica essencial da identidade e do propósito pré-mortal, mortal e eterno de cada um”.8 Essas diferenças inatas e responsabilidades únicas permitem ao casal ligar-se em unidade, complementar as forças e dons de cada um e criar o relacionamento que torna possível a família eterna.