O Pai Celestial Realmente Me Amava?
Geralmente eu amava a música, as atividades e a alegria típicas da época do Natal, mas este Natal era diferente porque nossa família havia-se mudado para uma nova cidade. Eu sabia que era necessário estar ali naquele período, mas sentia-me desconfortável e deslocada.
Expressei meu descontentamento a meu marido, Rob. Mudáramos muitas vezes desde nosso casamento e ele sabia que eu tinha problemas com sentimentos de insegurança. Rob perguntou-me: “Você tem consciência do quanto o Pai Celestial a ama”?
“Claro”, respondi.
“Mas”, Rob continuou, “você sente, no fundo do coração, que Ele a ama”?
Chorei ao descobrir que não. Sempre me senti inferior a outras pessoas. Rob desafiou-me a orar e pedir ao Pai Celestial que me fizesse sentir Seu amor por mim. Naquela noite, eu fiz o que ele pediu.
Dois dias depois, fui ao mercado. Além de comprar as coisas de sempre, eu planejava comprar um pouco de carne moída e uma peça para assar. Vi, entretanto, que não tinha dinheiro suficiente para pagar pela carne. Só teríamos dinheiro novamente na semana seguinte. Precisávamos também abastecer o carro para comparecer a uma festa da família, fora da cidade.
Não éramos pobres, mas orei sobre o assunto dizendo ao Pai Celestial que seria bom se pudéssemos comprar os itens de que necessitávamos.
Na noite seguinte, eu estava preparando o jantar quando a campainha tocou. Ao abrir a porta, a única coisa que encontrei foi um grande saco de papel, desses de mercado. Abaixei-me para pegá-lo e vi uma nota de vinte dólares grampeada no topo do saco fechado e na frente dele, as palavras “Feliz Natal!” escritas com lápis de cera.
Dentro do saco estavam vários pacotes de carne moída congelada, bem como dois pacotes com bifes. Eu estava maravilhada. Não dissera a ninguém que estávamos sem dinheiro até nosso próximo pagamento, nem mesmo ao meu marido. Como alguém pôde ser tão sensível ao Espírito para dar-nos a carne de que precisávamos e quase a quantia exata para encher o tanque do carro? Na reunião de jejum e testemunho, expressei minha gratidão pelos presentes, na esperança de que a pessoa que os dera estivesse lá.
Essa experiência representou uma virada em minha vida. O Pai Celestial respondeu a minha oração. Ele me amava, sabia de minhas necessidades e fez com que eu soubesse disso. A partir dessa experiência, tenho procurado aperfeiçoar minha capacidade de ouvir os sussurros do Espírito. Agora, oro com freqüência para que eu possa ser um instrumento para responder à oração de alguém.