Leí Esteve Aqui?
O Livro de Mórmon descreve uma imagem vívida das aflições e alegrias que Leí e sua família sentiram ao deixar seu lar em Jerusalém e viajar através do deserto. Quando o lemos, temos a impressão de que conhecemos as experiências deles e nos identificamos com elas. Embora não consigamos traçar a rota exata que seguiram, podemos ao menos ter uma idéia das regiões por onde Leí e sua família viajaram e, com esse conhecimento, sentir uma gratidão ainda maior pelas coisas que eles tiveram de passar. Pesquisas recentes nos mostram com mais clareza algumas dessas regiões e as condições com que o grupo de Leí teria se deparado.1
Depois de sair de Jerusalém, a família de Leí chegou a um lugar a que deram o nome de “vale de Lemuel” (1 Néfi 2:14). Esse lugar localizava-se no extremo nordeste do Mar Vermelho, a três dias de viagem de Jerusalém (ver 1 Néfi 2:5–6). O vale ficava “à margem de um rio de águas”, que estava “continuamente correndo” (1 Néfi 2:6, 9), ao qual Leí denominou Lamã. Leí disse que o vale de Lemuel era “firme, constante e imutável” (1 Néfi 2:10).
A família de Leí continuou sua jornada, “tomando o mesmo rumo do princípio” por “muitos dias” (1 Néfi 16:33). Então, Ismael morreu e “foi enterrado no lugar chamado Naom” (1 Néfi 16:34). O local aqui fotografado fica na região por onde esse grupo viajou e que, há muitos anos, é chamado por diferentes variações associadas ao nome Naom.
Ao partir de Naom, a família de Leí “dali em diante, [viajou] na direção aproximada do leste. E [viajaram] e [passaram] por muitas aflições no deserto” (1 Néfi 17:1).
Seguindo rumo ao leste, o grupo de Leí supostamente atingiu a costa sudeste da Península Arábica. Alguns lugares ao longo dessa costa são mostrados aqui. Não é de se admirar que, após terem atravessado uma terra estéril e desolada, eles tenham chamado esse local de Abundância, “por causa das muitas frutas e também do mel silvestre” (1 Néfi 17:5).