Uma Noite Familiar Duradoura
Sergio Trejo Reyes, Jalisco, México
Certa reunião da noite familiar, há alguns anos, foi iniciada com todos cantando “O mundo desperta em nova aurora” (“O Dia Desperta”, Hinos, nº 24). Quando pedimos a cada um de nossos cinco filhos que sugerisse uma atividade que poderíamos fazer durante a semana, Fernando (nosso filho de cinco anos) disse, tristonho: “Queria ver o que acontece quando o mundo desperta e há uma nova aurora”. Tentamos explicar-lhe como todas as coisas acontecem: como o sol aparece, a brisa matinal sopra e o orvalho cintila na paisagem. Mas ele não se deu por satisfeito. “Queria ver como é”, repetia ele.
Então, naquela terça-feira, às 4h da manhã, levantamo-nos da cama, apertamo-nos todos no carro e fomos até um lugar que proporcionava uma bela visão do raiar do dia. Naquela manhã, o nascer do sol parecia celestial. Círculos amarelos adquiriam uma resplendente coloração rosa, à medida que a imensa curvatura do sol aparecia no horizonte. Foi glorioso.
Trinta anos depois, Fernandito, o filho mais novo de Fernando, veio visitar-nos. “Sabe o que fizemos, vovô?”, perguntou ele. “Papa nos levou para ver a aurora”.