O Melhor Brigham Young
“Brigham Young [foi reservado] para nascer na plenitude dos tempos a fim de participar no estabelecimento dos alicerces da grande obra dos últimos dias” (D&C 138:53).
Kathy ouviu as explicações do professor Sodeberg sobre as migrações nos Estados Unidos. Estava empolgada com seu novo curso de história. Folheando o livro novo daquela matéria, Kathy deteve-se numa gravura de Brigham Young. Nunca se dera conta antes da importância de Brigham Young na história dos Estados Unidos.
O professor Sodeberg terminou a explanação. “Vai haver lição de casa todos os dias”, anunciou. “Amanhã já precisam me entregar a primeira.”
Em casa, Kathy suspirou ao ver todas as perguntas que o professor tinha passado.
“Um dia puxado na escola?” perguntou a mãe.
“Lição de casa todos os dias”, respondeu Kathy. Lembrou-se então da gravura de seu livro de história. “Mãe, Brigham Young aparece em meu livro escolar. Por que ele foi tão importante na história dos Estados Unidos?”
“Ele esteve à frente da migração de milhares de membros da Igreja para o Vale do Lago Salgado. Depois, organizou-os em assentamentos”, disse a mãe. “Foi preciso muito planejamento. Esse foi um capítulo significativo da história da migração para o Oeste do país.”
No dia seguinte, o professor anunciou: “Na próxima semana, vamos fazer um encenação. Cada um de vocês vai fazer o papel de alguém que migrou para o Oeste. Seus pais e outros alunos vão ser convidados para assistir à apresentação”.
O professor Sodeberg começou a atribuir os papéis e distribuir as falas. Quando perguntou quem queria representar Brigham Young, Kathy logo levantou a mão.
“A lição de casa de hoje é começar a memorizar sua fala na apresentação”, disse o professor. “Vocês precisam recitar tudo direitinho. Sua nota depende disso.”
Kathy leu sua fala ao sair da sala com sua amiga Laura. Teve uma sensação horrível. “Está tudo errado”, disse ela a Laura. “Isso dá a entender que Brigham Young era desonesto.”
“Sua opinião é diferente por causa de sua igreja”, respondeu Laura.
“Não posso dizer essas coisas”, afirmou Kathy.
“É preciso recitar a fala exatamente como está”, lembrou Laura.
Lágrimas escorriam pelo rosto de Kathy ao correr para casa e entrar tempestivamente.
“Mais lição de casa?” perguntou a mãe.
“Pior que isso”, respondeu ela, mostrando-lhe sua fala no script. “Leia isso.”
Depois de ler, a mãe balançou a cabeça. “O autor não sabia muito sobre Brigham Young.”
“O que devo fazer?” indagou Kathy.
“Primeiro vamos arranjar trajes de Brigham Young”, disse a mãe.
Kathy provou o longo casaco negro do avô e dobrou as mangas da camisa branca do irmão. O vizinho ao lado, o Sr. Grandi, ensinou Kathy a andar com sua bengala de madeira.
A mãe achou um chapéu preto bem alto num armário e o pôs na cabeça de Kathy. “Brigham Young teria orgulho de você”, disse a mãe. “Agora vai precisar de uma fala nova.”
Kathy procurou informações sobre Brigham Young em livros de história da Igreja e no site oficial da Igreja. Em pouco tempo, tinha reescrito seu texto.
“A verdadeira história de Brigham Young”, ressaltou ela.
No dia da apresentação, a classe de Kathy reuniu-se no auditório. Os pais e outros alunos estavam sentados, aguardando. O professor Sodeberg apresentou o programa e em seguida saiu do palco para os alunos fazerem a recitação.
Alex recitou sua fala perfeitamente, mas Randall se confundiu com as palavras. O professor Sodeberg mandou-o reiniciar. Kathy apertou sua bengala na mão. Quando chegou sua vez, ela declamou a verdadeira história de Brigham Young.
“Mudou a fala?” perguntou Laura após a apresentação.
“Mudei. Falei a verdade”, disse Kathy.
“Lá vem o professor Sodeberg”, indicou Laura.
“Parabéns, senhoritas”, disse o professor Sodeberg. “Kathy”, continuou ele, “você foi o melhor Brigham Young que já vi”.