Compartilhar o Pão da Vida
Era um dia de bastante calor em Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. Eu tinha viajado por várias horas e estava cansado. Como líder no Sistema Educacional da Igreja, tinha assuntos a tratar com o bispo, que ia reunir-se comigo na capela. Contudo, ele não pôde me receber assim que cheguei.
Enquanto eu esperava por alguns minutos, uma senhora entrou na Igreja. Aproximou-se de mim e pediu humildemente um pouco de dinheiro para comprar pão. Explicou que ela e o marido estavam com fome e que, apesar da vergonha de pedir, não tinha escolha. “É só para um pouco de pão”, prosseguiu ela.
Fiquei condoído e tirei um pouco de dinheiro do bolso. Ela achou muito. Respondi: “Compre pão, leite e um pouco de carne”.
Ela ficou grata e me contou que seu marido recebera uma promessa de emprego para a terça-feira seguinte. Queria devolver-me a quantia assim que saísse o pagamento.
Eu disse que não era necessário. Ela insistiu.
Propus: “Em vez de me pagar, pode voltar a esta capela domingo de manhã. Quando chegar aqui, diga a qualquer pessoa que deseja falar com os missionários. Está bem?” Ela concordou.
A mulher foi embora. Resolvi os assuntos pendentes com o bispo e continuei minhas viagens profissionais pelo Paraná.
Passaram-se muitos meses, e outra oportunidade levou-me à mesma capela em Foz do Iguaçu: Uma conferência. O coro estava lindo e fez uma apresentação tocante. Ao fim da conferência, uma integrante do coro aproximou-se de mim. Estendeu a mão, cumprimentou-me com um belo sorriso e disse com emoção: “Obrigada, irmão. Não me deu somente pão para saciar minha fome e a de meu marido, mas também o pão da vida. Obrigada”.
Senti uma imensa alegria ao reconhecer a mulher que me pedira dinheiro vários meses antes. Percebi que o evangelho de Jesus Cristo — que declarou ser o Pão da Vida — transforma a vida de todos os que o aceitam.