Mensagem da Primeira Presidência
Não Está Aqui, Mas Ressuscitou
Hoje restam apenas ruínas em Cafarnaum, cidade situada à beira de um lago, coração do ministério galileu do Salvador. Ali Ele pregou na sinagoga, ensinou perto do mar e curou na casa das pessoas.
No início de Seu ministério, Jesus citou um texto de Isaías: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Isaías 61:1; ver também Lucas 4:18) — um pronunciamento claro do plano divino para resgatar os filhos de Deus.
Mas as pregações de Jesus na Galileia tinham sido apenas um prelúdio. Desde o início, o Filho do Homem tinha um encontro fatal marcado num monte chamado Gólgota.
Detido no Jardim do Getsêmani, após a Última Ceia, Jesus foi abandonado por Seus discípulos, foi cuspido, julgado e humilhado e cambaleou sob o peso de Sua grande cruz rumo ao Calvário. Do triunfo passou à traição, à tortura e à morte na cruz.
Citando a letra do hino “Cidade Santa”:
A cena se transformou. (…)
A manhã estava lúgubre e fria,
Enquanto a sombra da cruz
Sobre o solitário monte se erguia.1
Por nós o Pai Celestial deu Seu Filho. Por nós nosso Irmão Mais Velho deu a vida.
No último momento o Mestre poderia ter retrocedido, mas não o fez. Desceu abaixo de todas as coisas a fim de poder salvar todas as coisas: a raça humana, a Terra e toda a vida que nela já habitou.
Nenhuma palavra em todo o cristianismo tem maior significado para mim do que as proferidas pelo anjo a Maria Madalena, que chorava, e à outra Maria, ao aproximarem-se da tumba para cuidar do corpo de seu Senhor: “Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou” (Lucas 24:5–6).
Esse pronunciamento indicava que acabavam de ser redimidos todos os que já viveram e morreram, todos os que vivem hoje e um dia morrerão e todos os que ainda estão por nascer e depois morrer.
Em virtude da vitória de Cristo sobre a sepultura, todos ressuscitaremos. Essa é a redenção da alma. Paulo escreveu:
“E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.
Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.
Assim também a ressurreição dentre os mortos” (I Coríntios 15:40–42).
É a glória celestial que buscamos. É na presença de Deus que desejamos habitar. É uma família eterna que queremos integrar.
Testifico que Aquele que livrou cada um de nós da morte eterna é o Mestre da verdade — porém, é mais do que um professor. Ele é o exemplo da vida perfeita — mas é muito mais do que um exemplo. Ele é o Grande Médico — mas é muito mais do que um médico. Ele é literalmente o Salvador do mundo, o Filho de Deus, o Príncipe da Paz, o Santo de Israel, sim, o Senhor ressuscitado, que declarou: “Eu sou o primeiro e o último; sou o que vive, sou o que foi morto; eu sou vosso advogado junto ao Pai” (D&C 110:4).
“Do mundo é o Redentor. Eu sei que vive meu Senhor.”2
Disso testifico.