Meus Pôneis de Ponto Cruz
Sandra Jennings, Novo México, EUA
Trabalhei num quadro de ponto cruz com o desenho de dois pôneis durante cerca de um ano. Eu tinha quase acabado quando descobri que errara na cor de um dos pôneis. Como se tratava de uma tonalidade possível para o couro de um cavalo, só me dei conta do erro ao ver o contraste da cor do pônei com as cores adjacentes na tela.
Fiquei arrasada. Eu passara tanto tempo trabalhando no quadro que a ideia de remover todos os pontos da cor errada era insuportável. Com lágrimas nos olhos, abri a lata de lixo e joguei o quadro fora.
Sentei-me à mesa onde eu guardava meus materiais de costura para chorar a perda do meu belo quadro de poneizinhos e passar para outros projetos. Mas não consegui — era impossível abandonar o projeto ao qual eu me dedicara tanto. Abri a lata de lixo e retirei o pano. Achei um nó na parte de trás do bordado, cuja cor era destoante e cortei-o com cuidado. Virando o tecido, comecei a retirar a linha.
Às vezes esse processo de remoção progredia rapidamente. Outras vezes não era tão fácil. Eu não sabia exatamente como desfazer o que fizera. Às vezes era preciso cortar a linha um ponto por vez. Meu filho comentou que achava impressionante eu ter tanto trabalho para corrigir um erro. Afinal, não passava de um quadro de ponto cruz.
Ao remover os pontos, comecei a pensar no arrependimento e em como fora difícil corrigir alguns dos erros que eu cometera. O verdadeiro arrependimento exige desejo intenso, esforço e sofrimento, mas vale a pena.
Ao refazer o pônei, lembrei-me de que o arrependimento permite que a Expiação de Jesus remova a mancha do pecado de minha vida e me ajude a começar de novo. Meus “pôneis do arrependimento” ficaram pendurados na parede de casa: um lembrete discreto, mas vívido, para me ajudar a fazer o que é certo e a nunca desistir quando errar, e para me mostrar que, por meio do arrependimento, a Expiação compensará a diferença.