Uma Prece de Natal Atendida
“E também o Senhor se lembrará das orações dos justos que lhe foram dirigidas em favor deles” (Mórmon 5:21).
Patrícia acordou na manhã de Natal. Estava ansiosa para ganhar um brinquedo novo e divertido e saborear os deliciosos pratos de Natal. Mas ao olhar a sua volta, soube que aquele ano seria diferente. Embora seu pai tivesse trabalhado bastante, o dinheiro estava escasso na família.
Não havia nem um sinal de banquete de Natal. As tigelas de verduras estavam vazias e não havia comida na geladeira.
Patrícia e o irmão, Mário, caminharam até a porta do quarto dos pais e viram-nos ajoelhados ao lado da cama. Escutaram em silêncio o pai e a mãe orar ao Pai Celestial, para que ajudasse a família a ter o que comer.
“Vamos”, disse Patrícia a Mário. “Vamos lá fora.”
Patrícia e Mário saíram e recolheram algumas samambaias selvagens que cresciam perto do jardim. Talvez não ganhassem brinquedos naquele ano, mas ainda assim dariam à casa um toque natalino.
Sentiram-se melhor depois de decorar a casa com samambaias verdes, mas ainda não havia nem sinal de comida.
“O Senhor proverá”, garantiu a mãe. “Agora vamos pôr a mesa.”
O pai colocou os pratos na mesa enquanto a mãe distribuía os garfos e as colheres.
As crianças se entreolharam com a expressão confusa. A mesa estava pronta, mas ainda não havia comida. Passara a hora do desjejum, e a hora do almoço se aproximava. Patrícia sentia o estômago roncar de fome. Não fazia ideia de como a família ia conseguir comida.
O relógio marcou 12 horas, depois 12h30, depois 12h45. Ainda assim, nada. Foi então que Patrícia ouviu uma batida na porta.
Correu para abrir e ficou chocada ao ver a família Kirk. Tinham em mãos presunto, pão, frango, saladas e doces. Patrícia mal acreditava no que via.
“Estávamos prestes a nos sentar para iniciar nosso almoço de Natal quando pensamos em vocês”, disse o irmão Kirk. “Esperamos que vocês gostem.”
O pai apertou a mão do irmão Kirk, e a mãe começou a pôr a comida na mesa da cozinha. Patrícia ainda estava surpresa. Arregalou os olhos para a mãe e o pai, mas parecia que eles já esperavam por isso.
Patrícia sabia que a sensação que tivera de manhã estava certa. Aquele Natal seria diferente mesmo. Foi o Natal em que ela aprendeu que o Pai Celestial ouve as orações e responde a elas. E esse foi o melhor presente que ela poderia ter recebido.