Profetas do Velho Testamento
Jeremias
“Jeremias vivia numa época e num lugar difíceis, mas o Senhor permitiu-lhe prever ‘uma época de esperança durante a coligação de Israel nos últimos dias’.”1 — Linda K. Burton, presidente geral da Sociedade de Socorro
Sou o filho de Hilquias, sacerdote em Anatote, perto de Jerusalém. Durante minha juventude, “veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta”.
Sentia-me despreparado para esse chamado e respondi: “Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino”.
Mas o Senhor replicou: “Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás.
Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar”. Então o Senhor “tocou-me na boca” e pôs palavras nela.2
Profetizei em Jerusalém por 40 anos, de 626 a 586 a.C., durante o reinado de Josias, Jeoiaquim e Zedequias.3 Fui contemporâneo de Leí, profeta do Livro de Mórmon. Nós dois condenamos a iniquidade do povo de Jerusalém e predissemos a destruição daquela grande cidade.4
O Senhor me deu o mandamento de registrar minhas profecias no “rolo de um livro”.5 Quando o rei Jeoiaquim ouviu as profecias, queimou o rolo. O Senhor ordenou que eu tornasse a escrever as profecias e acrescentou-lhes muitas outras.6
Enfrentei oposição contínua ao pregar a palavra do Senhor. Pasur, o filho do presidente, feriu-me e colocou-me no cepo. A multidão queria que eu fosse condenado à morte devido a minhas pregações. Eu era um profeta impopular, lançado com frequência em calabouços e prisões. Vivi numa época de enorme iniquidade.7
Mas, apesar de viver em meio a tribulações, o Senhor permitiu-me profetizar que os israelitas seriam coligados nos últimos dias, que o Senhor escreveria Sua lei “no seu coração” e que Ele levaria “a um de uma cidade, e a dois de uma família” a Sião.8
Ao continuar a pregar a palavra do Senhor — mesmo quando era difícil —, aprendi que o compromisso pessoal com o evangelho traz paz. Ao desenvolvermos uma proximidade individual com o Senhor, podemos todos sentir esperança em meio a provações e adversidades.