Vozes da Igreja
Minha oração no telhado
Ilustração: Carolyn Vibbert
Em um dia chuvoso de outono, fui até o sótão e percebi que havia um vazamento no local. Escorria um pouco de água pelos pregos do telhado entre duas vigas. Anos antes, eu havia feito alguns consertos na casa e até tinha me aventurado em novos projetos. Mas, desta vez, estava enfrentando problemas pessoais e não me sentia confiante. Achei que não teria condições de lidar com um vazamento mesmo sabendo que alguma coisa precisava ser feita antes do inverno.
Uma ou duas semanas depois, subi no telhado com um canivete e materiais de calafetagem. Achei que só teria que encontrar a origem do vazamento e estancá-lo com as colas e resinas que eu tinha. Mas não tinha a menor ideia de onde estava o vazamento. Fiquei desanimado. Parei e fiz uma oração, pedindo ao Senhor que me orientasse para encontrar o lugar certo e consertar o vazamento. Esperava que Ele simplesmente me mostrasse o local. Em vez disso, a palavra que me veio à mente foi procure.
Não era a resposta que eu queria, mas comecei a procurar. Meus olhos se fixaram numa abertura. Parti uma das telhas de madeira próxima à abertura e vi alguma coisa que parecia ser a causa do vazamento. Retirei a resina velha e coloquei uma generosa camada e material aderente novo. Substituí as telhas partidas e, em menos de uma hora, o conserto estava pronto. Minha autoestima se elevou e fiquei feliz com o que tinha feito para resolver o problema. Da próxima vez que choveu, fui até o sótão para ver se ainda havia vazamentos, mas estava tudo seco!
Pensei em Oliver Cowdery, que “nada [tinha feito] a não ser [pedir]” (D&C 9:7). Como ele, eu também fiquei esperando que o Senhor simplesmente me desse uma resposta rápida à minha oração sem nenhum esforço da minha parte. Pensei no quanto minha autoestima cresceu quando tive que me esforçar para “[estudar] em [minha] mente” (D&C 9:8) — procurar, investigar. Aprendi que o Senhor não fará tudo por nós. Ele vai nos ajudar e guiar, mas cabe a nós fazermos o que pudermos por conta própria porque isso nos faz crescer.