Defender a Igreja
As autoras moram em Baden-Württemberg, Alemanha, e em Utah, EUA.
“Sou da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eu sei quem sou eu e o plano de Deus” (Músicas para Crianças, p. 48).
A primeira reunião de Easton na Alemanha tinha acabado de terminar. Ele achava que seria muito diferente, mas foi muito parecido com a reunião da Igreja no lugar onde ele morava, nos Estados Unidos. Só que ali ele teve que usar fones de ouvido para ouvir os discursos traduzidos para o inglês.
Sua mãe e seu pai tinham começado a conversar com a família sentada atrás deles. Parecia que tinham um filho da idade dele!
“Esta é a família Finotto”, disse a mãe para Easton. “GianMarco estará na sua classe na escola.”
“Ótimo!” Easton sorriu para GianMarco. O nome dele parecia “João” e “Marcos” grudados um no outro — sem o “s” do fim. “Então, de onde vocês são?”
GianMarco sorriu de volta. “Somos da Itália. Mas acabamos de nos mudar para cá, vindos da China.”
“Uau!”, exclamou Easton. “Nunca estive na China.”
No dia seguinte, Easton foi para sua nova escola. Estava um pouco nervoso. Mas então viu GianMarco acenando do outro lado da sala de aula. Ao menos já tinha um amigo. Havia alunos do mundo inteiro na sua classe. Talvez ele gostasse daquela escola.
“Bom dia!” A professora sorriu para todos. “Sou a senhorita Albano. Para começar, alguém pode me dizer o que significa identidade?”
Uma menina ergueu a mão. “Significa quem somos. O que é mais importante para nós.”
“Exatamente!”, concordou a senhorita Albano. “Então vamos nos conhecer uns aos outros. Quais são algumas das coisas que fazem parte da sua identidade? Que coisas tornam você a pessoa que você é?”
“Gosto de videogames!”, disse uma menina da primeira fileira. A professora sorriu e escreveu hobbies no quadro. “O que mais?”
GianMarco levantou a mão. “Sou da Itália.” A senhorita Albano fez que sim com a cabeça e escreveu país.
Easton pensou em algo para dizer. “Vou à igreja”, disse um menino, nos fundos.
“Essa é uma resposta muito boa!”, pensou Easton. “Eu devia ter dito isso.”
Alguém riu. E então, muitas crianças estavam rindo. Easton olhou para GianMarco, confuso. GianMarco também parecia confuso. Por que eles estavam rindo?
Quando voltaram para casa, Easton contou à mãe o que havia acontecido.
A mãe franziu a testa. “Algumas pessoas não entendem por que a igreja é importante. Acham que é algo bobo.”
“Ah”, disse Easton. Ele não achava que a igreja fosse algo bobo, de modo algum.
Algumas semanas depois, a senhorita Albano pediu aos alunos que fizessem uma apresentação com um dos pais sobre a identidade da família de cada um.
“Qual deve ser nosso projeto?”, perguntou a mãe, enquanto arrumava a mesa para o jantar.
Easton pensou nas risadas da classe. “Acho que devemos falar sobre a Igreja”, sugeriu Easton.
A mãe sorriu. “Ótima ideia!”
“E será que GianMarco e a irmã Finotto poderiam participar do projeto conosco?”
“Boa ideia. Vou ligar para eles depois do jantar.”
No dia seguinte, GianMarco e a irmã Finotto foram à casa de Easton. Primeiro, todos conversaram sobre o que achavam que era mais importante no tocante à Igreja. A mãe anotou todas as ideias num caderno. Depois, fizeram cartazes e procuraram gravuras de Jesus, dos profetas e dos templos para colar neles.
Por fim, chegou a hora da apresentação. Easton ficou ao lado de GianMarco e das mães, na frente da classe. Respirou fundo.
“Somos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, começou ele. Eles se revezaram para explicar coisas sobre a Igreja. GianMarco falou das escrituras. A mãe de Easton falou dos profetas. A irmã Finotto falou da noite familiar. Easton falou do batismo. Foi ótimo!
Easton se sentiu muito bem quando terminaram. Ninguém riu — na verdade, parece que as crianças gostaram muito! Ele ficou contente por poder compartilhar algo tão importante com a classe. Sorriu. Ele conhecia sua identidade. Ele era um filho de Deus!