Mensagem da Presidência da Área
Aumentar a Fé (e o Testemunho) através da História da Família e do Trabalho do Templo
“Todas as vezes que nos envolvemos na história da família e no trabalho do templo, nutrimos a semente do evangelho em nossos corações.”
No Livro de Mórmon, no capítulo 32 de Alma, aprendemos sobre como nutrir um sólido testemunho do evangelho. Compara-se a palavra (Evangelho) a uma semente que deve ser plantada, devidamente nutrida e então crescerá em uma árvore da qual o fruto da vida eterna será colhido.
No versículo 28 ele explica como podemos observar os momentos exatos em que essa semente — e mais tarde a planta emergente (simbolizando a construção de um testemunho) — está em crescimento. Ele diz “… Vai começar a inchar em vosso peito; e quando tiverdes essa sensação de crescimento, começareis a dizer a vós mesmos — Deve ser uma boa semente … pois começará a dilatar-me a alma, sim, começa a iluminar-me o entendimento, sim, começa a ser-se deliciosa”.
Embora possa experimentar esse aumento de fé e testemunho fazendo muitas coisas diferentes — tais como estudar as escrituras, participar do Sacramento, jejuar e orar —, sugiro que talvez uma das maneiras mais poderosas de sentir essa “sensação de inchaço” seja participar da história da família e do trabalho do templo.
Ao buscarmos fielmente informações sobre os antepassados, com o propósito de realizar as ordenanças, estaremos expostos a eventos e impressões que irão perceptivamente mostrar a mão do Senhor neste trabalho. Durante a década de 1960, o avô de minha esposa, que servia como presidente de ramo na parte mais ao sul do Brasil, havia coletado muitos nomes de antepassados que estavam todos em um documento em papel — pois não havia computadores naquela época. Ele temia que um de seus dezesseis filhos danificasse ou perdesse esses preciosos registros, por isso decidiu mantê-los em seu escritório da Presidência do Ramo na capela local. Mas um dia, aquela capela pegou fogo e ele perdeu toda a história de sua família. Anos de trabalho desapareceram em minutos! Ele e a sua família ficaram profundamente tristes, mas sentiram-se impressionados ao visitar seus parentes na Argentina, numa tentativa de recuperar algumas das informações perdidas. Durante essas visitas, ele estava descrevendo o que aconteceu e um de seus tios (que não era membro da igreja) pediu que lhe desculpassem por um momento e depois voltou de outra sala com uma pilha de papéis cheios de nomes, datas e documentos, acerca de todos aqueles que foram perdidos no fogo. Durante anos, disse ele: “Eu me senti obrigado a manter essa informação sem saber por quê, mas agora tudo faz sentido. Você pode ficar com tudo isso!”
Não apenas os nomes foram recuperados, mas também muitos novos foram adicionados. Este evento fez com que todos na família pudessem discernir claramente que havia orientação direta do Espírito Santo e que Deus conhece o fim desde o princípio!
Hoje, temos muitas ferramentas, como o FamilySearch Lite — que pode ser operado a partir de um telefone celular — e os consultores de história da família, que nos ajudarão a cumprir o chamado para fazer a história da família e o trabalho no templo. A plena utilização desses recursos certamente ajudará neste trabalho e nos levará a passar por ocasiões em que notaremos claramente a semente de fé e convicção que cresce em nossos corações.
Após a apresentação dos nomes de nossos antepassados ao templo, vem o privilégio de receber a ordenança sagrada em seu nome. Realizar essas ordenanças por nossos falecidos abençoa não apenas a eles, mas também a todos os que servem no templo com uma clara sensação de ser o “Salvador no monte Sião”.
Anos atrás, levamos nossas filhas adolescentes ao templo pela primeira vez. Minha filha mais velha teve o privilégio de participar do batismo de sua bisavó falecida. Dias depois, realizamos a noite familiar e convidamos as crianças a prestarem seus testemunhos sobre a experiência na Casa do Senhor. Quando nossa filha mais velha começou a expressar seus sentimentos, lágrimas escorriam pelo seu rosto quando ela mencionou o nome de sua bisavó e tentou descrever como e o que sentiu durante a ordenança. Todos nós percebemos que ela estava a reconhecer aquele momento de “sensação de inchaço” que estava a acontecer. Esta forte impressão tem sido uma âncora para o seu testemunho e convicção do Evangelho.
Presto testemunho de que em todos os momentos em que nos envolvemos na história da família e no trabalho do templo nutrimos a semente do evangelho em nosso coração e a sentimos crescer até chegarmos ao ponto descrito por Alma no capítulo 32, versículo 43: “Então, meus irmãos, colhereis a recompensa de vossa fé.”