Aperfeiçoamento didático do professor
Gestão da sala de aula


“Gestão da sala de aula”, Gestão da Sala de Aula, 2023

“Gestão da sala de aula”, Gestão da Sala de Aula

Gestão da sala de aula

O objetivo dos Seminários e Institutos de Religião sugere três metas principais de ensino que os administradores e professores buscam alcançar para cumprir o propósito dos Seminários e Institutos de Religião:

  1. Ensinamos aos alunos as doutrinas e os princípios do evangelho de acordo com as escrituras e as palavras dos profetas.

  2. Essas doutrinas e esses princípios são ensinados de maneira a levar os alunos ao entendimento e à edificação.

  3. Ajudamos os alunos a cumprirem seu papel no processo de aprendizado e os preparamos para ensinar o evangelho a outros.

Para ajudá-los a alcançar esses objetivos, os professores e alunos do seminário e do instituto são especialmente incentivados a implementar os Fundamentos para Ensinar e Aprender o Evangelho.

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Esses princípios, essas práticas e esses resultados estão interligados. Desde que implementados de modo sábio e em harmonia uns com os outros, esses princípios fundamentais contribuem para a capacidade dos alunos de entenderem as escrituras e os princípios e as doutrinas que elas contêm. Além disso, incentivam os alunos a participarem ativamente do aprendizado do evangelho e os tornam mais capazes de viver o evangelho e ensiná-lo a outras pessoas.

Ensinar e aprender pelo Espírito

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É por meio do poder do Espírito Santo que se ensina e se aprende o evangelho. Esse ensino e aprendizado pelo Espírito acontece quando o Espírito Santo faz seu papel ou influencia o professor, o aluno ou ambos. É só quando se ensina e se aprende pelo Espírito que os alunos passarão a entender e confiar nos ensinamentos e na Expiação de Jesus Cristo de maneira a serem capazes de se qualificarem para a vida eterna.

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O presidente Henry B. Eyring salientou o papel crucial do Espírito Santo no aprendizado: “Não é possível que nossos alunos conheçam a Deus, e amem como devem amar, a menos que sejam ensinados pelo Santo Espírito. Apenas pelo Espírito eles poderão saber que Deus nos amou a ponto de enviar Seu Filho para ser a propiciação por nossas faltas, que Jesus é o Filho de Deus e que Cristo pagou o preço por nossos pecados. Só pelo Espírito poderão saber que o Pai Celestial e Seu Filho ressurreto e glorificado apareceram a Joseph Smith. Só pelo Espírito poderão saber que o Livro de Mórmon é verdadeiramente a palavra de Deus. E só por inspiração poderão sentir o amor que o Pai e o Filho têm por eles, que é o motivo pelo qual nos deram as ordenanças necessárias para receber a vida eterna. Somente quando recebem o testemunho do Espírito Santo, do fundo do coração, é que nossos alunos se firmam em um alicerce seguro para resistir às tentações e provações da vida” (“To Know and to Love God”, Uma autoridade geral fala a nós, 26 de fevereiro de 2010, p. 2).

mulher ensinando

A lista a seguir inclui algumas das funções do Espírito Santo diretamente relacionadas a Seu papel no ensino e aprendizado do evangelho:

Uma vez que entendam o papel crucial do Espírito Santo no aprendizado espiritual, os professores se esforçarão ao máximo para convidar o Espírito a desempenhar esse papel. Para tal, os professores precisam se empenhar em ser dignos. Precisam oferecer a “oração da fé” (Doutrina e Convênios 42:14) e procurar estar muito bem preparados para cada aula. Precisam se empenhar em se concentrar na experiência de aprendizado dos alunos e ter serenidade em vez de se sentir irritados e ansiosos com outras coisas. Precisam ter um espírito humilde ao buscarem conhecimento. Precisam também incentivar os alunos a permitirem que o Espírito Santo participe do aprendizado deles.

Professores e alunos podem ajudar a criar um ambiente propício ao Espírito Santo ao fazer o seguinte:

  • Devocionais inspiradores.

  • Ler e ensinar o conteúdo das escrituras e as palavras dos profetas.

  • Centralizar os exemplos e debates no Salvador e prestar testemunho Dele.

  • Declarar as doutrinas e os princípios do evangelho de maneira simples e clara.

  • Fazer uma pausa para ponderar em momentos de silêncio reverente.

  • Contar experiências pessoais adequadas e prestar testemunho de doutrinas e princípios.

  • Usar música inspiradora.

  • Expressar amor e gratidão uns aos outros e ao Senhor.

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Os professores podem verificar se o Espírito tem se manifestado dessa forma em suas aulas ponderando perguntas como estas:

  • Será que os alunos sentem que seu amor pelo Salvador, pelo evangelho e pelas escrituras está aumentando?

  • Os alunos entenderam claramente os princípios ensinados?

  • Será que os alunos se sentem edificados e inspirados a agir de acordo com os princípios que aprenderam?

  • A classe passou a ser mais unida?

  • As pessoas têm prestado testemunho e esse testemunho está fortalecido?

  • Os alunos mostram interesse e participam ativamente do processo de aprendizado?

  • Temos um ambiente de “caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão [e] temperança” em sala de aula (Gálatas 5:22)?

É importante lembrar que não há professor, por mais talentoso e dedicado que seja, capaz de substituir o Espírito em Suas funções. Vez por outra, talvez um professor tente fabricar uma experiência espiritual. O élder Boyd K. Packer ensinou: “Não podemos forçar as coisas espirituais. (…) Assim como não se pode forçar uma semente a brotar, ou um ovo a chocar antes do tempo, também não podemos forçar uma resposta do Espírito. Podemos, sim, criar um clima propício à germinação, ao crescimento e à proteção, mas não podemos forçar ou compelir: somos obrigados a aguardar esse desenvolvimento” (“Candle of the Lord”, Ensign, janeiro de 1983, p. 53).

Os professores que tentam ensinar pelo Espírito não devem confiar em seu próprio intelecto, experiência na área ou personalidade como seu principal recurso, mas devem, sim, confiar na influência do Espírito Santo (ver 2 Néfi 4:34). Além disso, devem se abster de manipular emoções e de conscientemente tentar usar de lágrimas como prova da presença do Espírito. O presidente Howard W. Hunter alertou: “Acho que, se não tomarmos cuidado (…), nós, professores, todos os dias, em sala de aula, podemos começar a tentar fabricar o que deveria ser a verdadeira influência do Espírito do Senhor por meios manipulativos e indignos. Fico preocupado quando me parece que a emotividade e as lágrimas são vistas como equivalentes à presença do Espírito. Sem dúvida, o Espírito do Senhor pode fazer com que tenhamos emoções fortes, inclusive que derramemos lágrimas, mas as manifestações externas não devem ser confundidas com a presença do Espírito propriamente dita” (“Eternal Investments”, Uma autoridade geral fala a nós, 10 de fevereiro de 1989, p. 4).

Os professores devem ser cautelosos ao usar frases como “O Espírito me disse para…” ou “O Espírito disse que eu deveria…”. Intencionalmente ou não, essas frases podem ser percebidas como autopromoção e podem implicar um nível exagerado de espiritualidade e resultar em uma forma de coerção espiritual. Normalmente basta que os professores sigam a inspiração do Espírito sem anunciar que é isso o que estão fazendo.

O presidente Henry B. Eyring deu este conselho: “Dar aos alunos experiências com o Espírito é muito mais importante do que falar sobre Ele. E fique ciente de que cada pessoa sente o Espírito de maneira um pouco diferente. (…) Acho que é tão individual que eu tomaria um pouco de cuidado ao tentar dizer algo muito específico. Acho que seria muito melhor sentir o Espírito (…) do que perguntar ‘estão sentindo o Espírito?’ Acho que isso pode ser contraproducente” (“Elder Richard G. Scott and Elder Henry B. Eyring Discussion”, treinamento do SEI com transmissão via satélite, agosto de 2003, p. 8).

Os professores precisam lembrar sempre que ensinar pelo Espírito não quer dizer que eles não têm a responsabilidade de ser diligentes e preparar bem a aula com a utilização do material curricular fornecido pela Igreja. Por outro lado, para ensinar pelo Espírito, não basta simplesmente seguir cada sugestão do material curricular, sem orar, ponderar e possivelmente fazer adaptações. Além disso, os professores não devem ser tão rígidos em seguir o plano de aula que deixem de ser receptivos à orientação do Espírito durante a aula.

Cultivar um ambiente de aprendizado em que haja amor, respeito e propósito

Os professores e alunos aprendem mais quando há amor e respeito mútuo e quando também amam e respeitam o Senhor e a palavra de Deus. A união em um só propósito faz com que todos se empenhem e serve para nortear tudo o que acontece em sala de aula. Tanto professores como alunos têm a responsabilidade de criar e cultivar um ambiente de amor, respeito e propósito que seja propício à influência edificante do Espírito Santo.

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Amor e respeito

O amor abranda o coração e torna o ambiente propício à influência do Espírito Santo. Os professores que amam como o Salvador veem as pessoas como Ele as vê. O amor cristão inspira o professor a jamais desistir de ajudar cada rapaz e moça a se converter sinceramente. O presidente Dallin H. Oaks ensinou: “Quando recebemos um chamado para ensinar, devemos aceitá-lo e ensinar por causa de nosso amor a Deus, o Pai Eterno, e Seu Filho, Jesus Cristo. Além disso, um professor do evangelho deve sempre ensinar seus alunos com amor. (…) O amor a Deus e a Seus filhos é a razão mais importante para prestarmos serviço. Os que ensinam com amor serão magnificados como instrumentos nas mãos do Senhor a quem servem” (“O ensino do evangelho”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 96).

Os professores e alunos que amam ao Senhor e que sabem que Ele os ama sentem o sincero desejo de estar próximos Dele e de se tornar mais semelhantes a Ele. Eles respeitam e reverenciam Sua palavra e as palavras de Seus profetas e isso os motiva a estudar as escrituras com diligência, aplicar o que aprendem e a transmitir o que estão aprendendo a outras pessoas.

Quando os alunos sabem que são amados e respeitados pelo professor e pelos demais alunos, isso aumenta a probabilidade de irem às aulas prontos para aprender. Sentir que são aceitos e amados pode abrandar o coração e reduzir a apreensão dos alunos, promovendo neles o desejo de falar das próprias experiências e sentimentos ao professor e aos colegas, e dar-lhes a confiança necessária para isso.

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alunos e professor

O professor pode promover entre os alunos o amor e o respeito ao Senhor, ajudando-os a entender a Expiação, ensinando que eles têm natureza divina e são de infinito valor para o Pai Celestial e Seu Filho, bem como falando e prestando testemunho Deles de maneira apropriada e reverente.

O professor deve cultivar amor e respeito aos alunos. Essa conduta vai irradiar nos alunos o puro amor de Cristo, e isso o ajudará a ensinar com paciência e compaixão. O professor deve saber o nome dos alunos e descobrir quais são seus interesses, talentos, pontos fracos e pontos fortes. Ele pode orar pelos alunos, coletiva ou individualmente. O professor pode fazer com que cada aluno se sinta bem-vindo em aula e dar a todos a oportunidade de participar. Ele deve prestar atenção quando os alunos fizerem perguntas ou expressarem o que pensam e sentem. Além disso, o professor pode estar presente em ocasiões em que um ou mais de seus alunos façam alguma apresentação ou participem de uma competição esportiva ou de outros eventos. No empenho de amar os alunos, os professores não devem tentar assumir o lugar dos pais nem dos líderes do sacerdócio, nem devem passar a ser os conselheiros pessoais dos alunos.

A maioria dos professores tem entre seus alunos alguém com algum tipo de limitação ou com alguma deficiência física ou mental. Esses alunos também são filhos do Pai Celestial e precisam aprender o evangelho a despeito de suas dificuldades ou limitações na mortalidade. O profeta Joseph Smith ensinou: “Todas as mentes e espíritos que Deus enviou ao mundo são capazes de progredir” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 219). O professor precisa ter sensibilidade para com todos os alunos e levar em consideração as necessidades e a capacidade de cada um deles tanto ao preparar como ao ministrar aulas.

Uma das melhores coisas que um professor pode fazer para desenvolver amor genuíno aos alunos é buscar a caridade por meio de oração sincera. O profeta Mórmon ensinou: “Portanto, meus amados irmãos, rogai ao Pai, com toda a energia de vosso coração, que sejais cheios desse amor que ele concedeu a todos os que são verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo” (Morôni 7:48).

Criar um senso de propósito

Quando o professor e os alunos têm o mesmo senso de propósito, isso propicia o aumento da fé, além de nortear e dar significado a tudo o que acontece em sala de aula. Os alunos precisam entender que frequentam as aulas para conhecer o Pai Celestial e Seu Filho, Jesus Cristo, e para progredir no caminho que leva à vida eterna por meio do estudo das escrituras e das palavras dos profetas. Devem acreditar que, quando buscam ao Senhor desejosos de aprender e em espírito de oração, podem ser ensinados e edificados pelo Espírito Santo. Se professores e alunos estudarem as escrituras com o desejo de aprender pelo Espírito e uns com os outros, criarão um ambiente propício à revelação.

O professor pode incentivar o senso de propósito em sala de aula ao fazer o seguinte:

  • Esperar que os alunos cumpram seu papel no aprendizado.Há um senso de propósito nas classes em que o professor espera que os alunos cumpram seu papel no processo de aprendizado e os ajuda com nisso, e quando ele tem confiança de que os alunos farão contribuições importantes. O professor que tem senso de propósito e que ama sinceramente os alunos se importa tanto com seu progresso e sucesso que não se satisfaz com um esforço mínimo. Esse tipo de professor incentiva os alunos com amor e lhes dá força para atingirem seu potencial de aprendizado e de discípulos de Jesus Cristo.

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  • Ser sincero e cheio de entusiasmo quanto às escrituras e ao evangelho.Os alunos normalmente têm um desejo maior de aprender com propósito quando percebem o entusiasmo do professor e sua fé no assunto abordado.

  • Preparar aulas edificantes.Quando o professor chega à sala de aula com uma lição bem preparada e edificante e está confiante no rumo que foi inspirado a seguir, ele transmite um senso de propósito que os alunos reconhecem com facilidade.

  • Preparar os materiais e equipamentos necessários.O professor deve chegar à sala de aula antes dos alunos para preparar todos os materiais e equipamentos necessários. Isso lhe dá a oportunidade de cumprimentar cada aluno que chega. Os alunos devem se esforçar para chegar à aula no horário e para já estarem em seus lugares com todo o material necessário como, por exemplo, as escrituras, lápis e caderno, quando a aula começar.

  • Evitar perda de tempo.Quando a aula começa na hora certa e os alunos percebem que não há tempo a perder, eles ficam imbuídos de senso de propósito.

  • Criar rotinas de aula.A criação de rotinas para atividades que se repetem com frequência em sala de aula gera um senso de ordem e de propósito. As rotinas de sala de aula promovem a participação de cada aluno e ajudam professores e alunos a fazerem bom uso do tempo precioso da aula. Podem-se criar rotinas para atividades como, por exemplo, buscar e guardar as escrituras e os materiais didáticos, organizar e realizar devocionais inspiradores e distribuir e recolher papéis e outros materiais. É melhor fazer os anúncios, a chamada, a verificação de tarefas e cuidar de outros assuntos administrativos antes do início do devocional e da lição.

Sugestões adicionais para cultivar um ambiente de aprendizado apropriado

Além de promover amor, respeito e propósito, o ambiente ideal de aprendizado do evangelho também é um ambiente de ordem, reverência e paz. O presidente Boyd K. Packer ensinou que “a inspiração é recebida mais facilmente em lugares tranquilos” e que “a reverência convida a revelação” (“A reverência convida a revelação”, A Liahona, janeiro de 1992, pp. 23–24). Veja a seguir outras sugestões que os professores podem utilizar para criar e manter uma atmosfera propícia ao aprendizado do evangelho.

Criar um ambiente físico próprio ao aprendizado.

O ambiente ao redor dos alunos pode afetar a forma como eles aprendem o evangelho. O professor deve fazer todo o possível para preparar a sala de aula de modo que os alunos tenham conforto e consigam se concentrar na aula. Entre os aspectos a considerar estão:

alunos em sala de aula

Assentos.Exceto em situações bastante extraordinárias, todo aluno deve ter um lugar confortável onde se sentar, um lugar para colocar as escrituras e o material didático, e um lugar onde escrever. A disposição das cadeiras deve permitir que os alunos vejam facilmente o professor e qualquer auxílio visual que seja usado. Onde possível, pode-se dispor as cadeiras de diferentes formas para diferentes tipos de atividades didáticas. Ter um assento designado pode ajudar os professores a aprender os nomes dos alunos rapidamente, organizar a aula para trabalhos em grupos pequenos ou exercícios de domínio doutrinário e separar os alunos que tendem a conversar um com o outro durante a aula. O professor precisa estar atento aos alunos que tenham alguma dificuldade locomotora ou visual e deve fazer as adaptações necessárias para incentivá-los a participar da aula.

Distrações.O professor deve tentar eliminar qualquer coisa que possa tirar a atenção dos alunos ou interromper o processo de ensino e aprendizado. Nos casos em que as aulas são dadas na casa de alguém, pode haver dificuldades específicas, mas, mesmo nesses casos, com um bom planejamento, o professor pode reduzir as interrupções ao mínimo.

Aparência da sala de aula.Muitas vezes quadros, ilustrações, gravuras etc. podem contribuir para o ambiente de aprendizado. Quando a sala de aula está em ordem, arrumada e limpa, isso promove a reverência e cria um ambiente propício à influência do Espírito.

professor ensinando

Aparência do professor.Os alunos reconhecem mais facilmente a importância desse momento de aprendizado quando a aparência e o vestuário do professor são recatados e adequados e refletem a natureza sagrada da mensagem do evangelho.

Convidar a presença do Espírito por meio de bons devocionais.

A aula deve ser iniciada com um breve devocional. Os devocionais podem ser uma excelente forma de unir os alunos, pois fazem com que voltem os pensamentos e o coração para as coisas espirituais. Eles podem ajudar professores e alunos a sentir o espírito e se preparar para aprender. Normalmente o devocional consiste em um hino, uma oração e um pensamento das escrituras. Os devocionais são especialmente eficazes quando os alunos falam daquilo que sentiram ou de algo que aprenderam ao estudarem as escrituras individualmente e quando prestam testemunho. Os devocionais longos e elaborados não só tomam o tempo da aula como podem até fazer com que o Espírito Se retire. Os devocionais que incluem lanches quase sempre promovem um ambiente de brincadeira e divertimento em vez de criar uma atmosfera espiritual. O professor deve conversar com os alunos, principalmente com os presidentes de classe, sobre o propósito dos devocionais, o que eles podem fazer para melhorá-los e como incentivar todos a participarem.

Debater os princípios do aprendizado espiritual.

No início do ano, os professores podem engajar os alunos em um debate a respeito de quais condições incentivam o aprendizado espiritual (ver 1 Coríntios 2:10–11; Doutrina e Convênios 50:17–22; 88:121–126). Esses debates podem tratar do tipo de comportamento que convida o Espírito do Senhor a estar com eles enquanto aprendem o evangelho, bem como do tipo de comportamento que faz com que o Espírito Se retire. Professores e alunos devem se incentivar mutuamente e com frequência a colocar em prática as coisas que concluíram que convidariam o Espírito a estar presente. Isso pode ajudar tanto alunos como professores a entender e fazer sua parte a fim de trazer o Espírito para o processo de aprendizado.

O cuidado na escolha das atividades didáticas.

O professor deve estar ciente de que diferentes atividades didáticas criam tipos diferentes de atmosfera e de comportamento entre os alunos. Por exemplo, depois de utilizar um jogo educativo bastante movimentado no início da aula, certo professor ficou frustrado por não conseguir concluir a lição de modo mais espiritual. Certa professora percebeu que tinha mais problemas de disciplina entre os alunos quando distribuía lanches em sala de aula.

Esteja atento ao comportamento dos alunos e aja de acordo.

O professor deve ficar atento ao que acontece durante a aula e tomar as devidas providências. Se os alunos estiverem entediados ou inquietos, pode ser que não tenham sido envolvidos ou que não estejam entendendo o material ensinado ou como ele se aplica a eles. Para ajudar os alunos a se concentrarem, talvez o professor tenha que mudar algo na aula. Se os alunos estiverem agindo de maneira imprópria e fazendo com que o Espírito Se retire da aula, o professor precisa buscar inspiração para lidar com o problema em vez de ignorá-lo. O professor também deve estar atento aos alunos que não interagem com os demais ou que parecem isolados. Esses alunos podem precisar de mais atenção individual do professor ou dos colegas de classe. Nesses casos, sugere-se que o professor converse com os pais e líderes do sacerdócio do aluno para descobrir se há algum outro motivo ou problema do qual precise saber.

Corrigir o comportamento desordeiro ou inapropriado.

Há alguns princípios gerais que o professor deve ter em mente para ajudá-lo a manter a ordem e o respeito em sala de aula. Ter ordem nem sempre significa haver silêncio completo, nem significa que uma aula não possa ser agradável e divertida. Contudo, um aluno (ou grupo de alunos) desordeiro ou irreverente pode afetar negativamente o processo de aprendizado e restringir a influência do Espírito Santo.

Quando um aluno ou grupo de alunos se comporta mal, o professor e os demais alunos podem se sentir frustrados. Nesses momentos, é especialmente importante que o professor mantenha a calma e busque a influência do Espírito. A forma como o professor reage a um incidente pode ser mais importante do que o incidente em si e pode aumentar ou diminuir o respeito e a confiança que os alunos têm nele. Ao corrigir o mau comportamento, o professor precisa ser firme, mas amigável, agir com justiça e tato e rapidamente retomar a aula. Ridicularizar um aluno em público pode controlar seu comportamento por algum tempo, mas não será edificante nem para o aluno nem para o professor. Isso também pode fazer com que os demais alunos passem a temer o professor e deixem de confiar nele. Os professores devem se lembrar da influência justa da persuasão, da longanimidade, da brandura, da humildade, do amor não fingido e da bondade (ver Doutrina e Convênios 121:41–42).

Há certas medidas específicas que os professores podem tomar para lidar com os problemas no momento em que ocorrerem. Estas são formas possíveis de se lidar com problemas de disciplina, mas elas nem sempre funcionam da mesma forma com todos os alunos nem em todas as situações:

  • Fazer contato visual.Muitas vezes os alunos conversam entre si quando não devem porque acham que o professor não vai notar. O professor pode olhar para os alunos por um momento, até que seus olhares se cruzem para que eles saibam que o professor percebeu o que está acontecendo.

  • Parar de falar.Caso os alunos estejam falando quando deveriam estar ouvindo, o professor pode parar de falar e, se necessário, pode até se interromper em meio a uma frase. Normalmente, levantar a voz para falar mais alto que os alunos não resolve o problema.

  • Chegar mais perto.Outra coisa que o professor pode fazer para corrigir o comportamento de um aluno sem confrontá-lo diretamente é andar e parar ao lado desse aluno. O professor pode prosseguir com a lição, mas normalmente o aluno percebe sua presença e para o que estava fazendo.

  • Fazer uma pergunta.Sem mencionar o mau comportamento, o professor pode fazer ao aluno indisciplinado uma pergunta a respeito da aula. Isso não deve ser feito para envergonhar o aluno, mas para envolvê-lo no debate.

Pode acontecer de essas medidas um tanto indiretas não surtirem efeito e os alunos em questão continuarem a perturbar a aula. Seguem-se algumas medidas mais diretas que o professor pode tomar para manter a ordem:

  • Conversar com o aluno em particular.O Senhor disse que, se alguém ofender outra pessoa, a pessoa ofendida deve “apartar-se com ele ou ela a sós” (Doutrina e Convênios 42:88). O professor pode conversar com o aluno sobre o motivo de seu mau comportamento e avisá-lo de que isso precisa mudar para que não seja preciso tomar outras medidas. É preciso que o professor saiba que o comportamento dos alunos não diminui seu valor. É importante que os professores se lembrem de que “o valor das almas é grande à vista de Deus” (Doutrina e Convênios 18:10). Ele deve dizer ao aluno que, ainda que o mau comportamento seja inaceitável, ele, como pessoa, tem valor. O professor deve se lembrar de seguir o conselho do Senhor e depois mostrar um amor maior por aquele que repreendeu (Doutrina e Convênios 121:43).

  • Separar os alunos que estão perturbando a aula.

  • Conversar com os pais ou com os líderes do sacerdócio.Caso o mau comportamento continue, muitas vezes é útil que o professor converse com os pais do aluno. Com frequência, os pais dão outras ideias e sugestões sobre como corrigir o problema. Em alguns casos, o bispo do aluno pode ajudar.

  • Excluir o aluno da turma.O presidente David O. McKay deu o seguinte conselho aos professores: “Se [seu esforço] falhar, então você pode fazer um apelo aos pais e dizer: ‘Se a má conduta dele continuar, teremos que tirá-lo da turma’. Essa é uma medida extrema. Qualquer professor é capaz de excluir um [aluno] da turma, mas primeiro é preciso esgotar todas as outras possibilidades. Mas devemos ter ordem! Ela é necessária para o crescimento da alma, e se um [aluno] se recusar, ou se dois [alunos] se recusarem a produzir esse elemento, então eles devem sair. É melhor que um [aluno] tenha fome do que uma classe inteira seja lentamente envenenada” (“ Guidance of a Human Soul—The Teacher’s Greatest Responsibility”, Instructor, setembro de 1965, p. 343).

Antes de pedir que qualquer aluno deixe de frequentar as aulas por períodos mais prolongados, o professor deve conversar com os pais desse aluno, com os supervisores do seminário e do instituto e com os devidos líderes do sacerdócio. Em situações assim, é importante que o professor ajude os alunos e os pais a entender que foi o próprio aluno que, ao optar por manter um comportamento inaceitável, optou por deixar o seminário. O que é inaceitável é o mau comportamento, não o aluno. Quando essa pessoa decidir mudar de comportamento, voltará a ser aceita em classe.

Estudar as escrituras diariamente e ler o manual do curso

Estudar as escrituras diariamente

O estudo individual e diário das escrituras proporciona a professores e alunos oportunidades frequentes de aprender o evangelho, desenvolver o testemunho e ouvir a voz do Senhor. O Senhor declara em Doutrina e Convênios: “As santas escrituras são dadas por mim para vossa instrução” (Doutrina e Convênios 33:16). O profeta Néfi ensinou que aquele que segue em frente, banqueteando-se com a palavra de Cristo, e persevera até o fim, terá vida eterna (ver 2 Néfi 31:20) e que “as palavras de Cristo vos dirão todas as coisas que deveis fazer” (2 Néfi 32:3).

Os profetas modernos salientaram o quanto é importante estudar as escrituras todos os dias. O presidente Harold B. Lee advertiu: “Se não lermos as escrituras diariamente, nosso testemunho se enfraquecerá e nossa espiritualidade não se aprofundará” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Harold B. Lee, 2000, p. 66). O presidente Howard W. Hunter também ensinou: “Com certeza, aquele que estuda as escrituras todos os dias realiza muito mais do que aquele que dedica um tempo considerável em um dia, mas depois deixa que passem vários dias até voltar a estudá-las” (“Reading the Scriptures”, Ensign, novembro de 1979, p. 64).

O élder Richard G. Scott implorou: “Por favor, semeiem o amor às escrituras na mente e no coração de cada precioso jovem. Ajudem a acender em cada um a chama inextinguível que move aqueles que têm sempre o desejo de saber mais sobre a palavra do Senhor, de entender Seus ensinamentos, aplicá-los e transmiti-los a outras pessoas. (…)

Primeiro, repassem com seus alunos, passo a passo, muitas passagens da palavra sagrada do Senhor. Deixem que percebam seu entusiasmo, respeito e amor às escrituras.

Segundo, ajudem-nos a aprender a ler, ponderar e orar em particular para encontrar a força e a paz que emanam das escrituras” (“Four Fundamentals for Those Who Teach and Inspire Youth”, simpósio do SEI sobre o Velho Testamento, 14 de agosto de 1987, p. 5).

Existem poucas coisas que um professor pode fazer que tenham mais impacto e influência positiva mais duradoura na vida dos alunos do que ajudá-los a aprender a amar as escrituras e a estudá-las diariamente. Isso muitas vezes começa quando o professor dá o exemplo e estuda as escrituras diariamente. Quando o professor estuda as escrituras sinceramente todos os dias, ele se prepara para prestar aos alunos seu testemunho da importância que as escrituras terão na vida deles. Esse testemunho pode ser um importante catalisador que ajudará os alunos a se comprometerem a estudar as escrituras regularmente por conta própria.

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Os professores devem ensinar de maneira consistente aos alunos as doutrinas e os princípios que estão por trás do estudo pessoal diário das escrituras. O professor também pode incentivar cada aluno a determinar um horário diário para o estudo das escrituras; ajudar os alunos a assumirem a responsabilidade de estudar as escrituras diariamente e utilizarem um sistema de registro de leitura; e dar regularmente aos alunos a oportunidade de falar aos demais daquilo que aprenderam ou sentiram ao estudarem as escrituras individualmente. Ao incentivar o estudo diário das escrituras, o professor deve ter cuidado para não envergonhar nenhum aluno nem fazer desanimar os alunos que tenham dificuldades para estudar as escrituras sozinhos.

Aos alunos que tenham dificuldade de leitura ou de aprendizado deve ser dada a opção de estudar as escrituras no formato mais adequado a suas necessidades, como, por exemplo, em áudio, em linguagem de sinais ou em braile. Muitos alunos com dificuldade de leitura se beneficiam de seguir a leitura no livro enquanto outra pessoa lê em voz alta.

Técnicas e métodos de estudo das escrituras

Para ajudar os alunos a terem sucesso no estudo individual das escrituras, o professor precisa ajudá-los a desenvolver e utilizar uma grande variedade de técnicas e métodos de estudo das escrituras. Todas as técnicas e métodos a seguir, bem como outros que não foram incluídos neste manual, devem ser usados com o objetivo de ajudar os alunos a aprender pelo Espírito, entender as escrituras, descobrir as doutrinas e os princípios do evangelho e aplicá-los à própria vida.

Usar os auxílios para o estudo das escrituras.A Igreja preparou um extenso conjunto de auxílios para estudo das escrituras e que foi incluído nas obras-padrão em alguns idiomas. (O Guia para Estudo das Escrituras é o conjunto de auxílios de estudo preparado para diversos idiomas.) Entre esses auxílios, há notas de rodapé, cabeçalhos de capítulos, mapas e, em inglês, os índices por assunto e o dicionário bíblico. Esses estão entre os recursos mais úteis que professores e alunos podem usar para estudar as escrituras. Para ajudar os alunos a se familiarizarem com esses auxílios e recursos de estudo, o professor pode utilizá-los em sala de aula quando adequado. A Igreja também preparou outros recursos de estudo úteis que estão disponíveis na internet.

rapaz lendo as escrituras

Marcar e anotar.O ato de marcar e anotar as escrituras é um dos recursos mais úteis para ajudar professores e alunos a captar e reter o que aprenderam. Marcar é o mesmo que assinalar ou destacar para chamar a atenção. Isso pode ser feito sublinhando ou colorindo o texto, ou circulando palavras ou passagens-chave das escrituras. Anotar é escrever comentários ou notas explicativas. Essas anotações feitas nas margens das escrituras, junto a passagens específicas, podem, por exemplo, conter suas próprias impressões, observações dos profetas, referências cruzadas, definições de palavras e coisas aprendidas com os comentários de outros alunos.

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O ato de marcar e anotar as escrituras pode ajudar alunos e professores a:

  • Facilitar a localização e memorização de palavras, frases, ideias, verdades, pessoas e acontecimentos.

  • Esclarecer ou elucidar o significado do texto das escrituras.

  • Registrar o conteúdo aprendido, a inspiração recebida ou as ideias sugeridas por outras pessoas.

  • Preparar-se para ensinar o evangelho a outros.

Para incentivar os alunos a marcarem as escrituras, o professor poderia, por exemplo, dizer: “Sugiro que, ao estudar esses versículos, vocês marquem um princípio-chave que descobrirem” ou “Esta é uma referência cruzada importante. Sugiro que vocês a anotem na margem da escritura”. É melhor ensinar, ilustrar e praticar a utilização dos elementos básicos da marcação de escrituras ao longo de todo o ano do que ensinar apenas um método específico.

Ponderar.Ponderar significa meditar, refletir profundamente sobre algo e, muitas vezes, inclui a oração. Quando os alunos aprendem a ponderar as escrituras ao estudá-las individualmente, o Espírito muitas vezes lhes revelará a verdade e os ajudará a entender como se tornarem mais semelhantes a Jesus Cristo.

Depois de ensinar os nefitas, o Salvador lhes disse: “Meditai sobre as coisas que eu disse” (3 Néfi 17:3). Uma forma de ajudar os alunos a participarem espiritualmente da aula e de incentivá-los a aplicar e aprofundar o entendimento que têm daquilo que estiverem aprendendo é lhes dar tempo em aula para meditar sobre o assunto. Nesses momentos, o professor deve incentivar os alunos a pedir a ajuda do Senhor.

Fazer perguntas.O aluno que aprende a fazer perguntas e procurar respostas no estudo das escrituras aprende uma das técnicas mais importantes para o estudo das escrituras. Ao fazer perguntas, os alunos podem ser levados a entender melhor o contexto e o conteúdo das escrituras, bem como a descobrir e entender importantes doutrinas e princípios do evangelho. Os alunos podem aprender a fazer perguntas que os ajudem a perceber a veracidade e importância do que estão estudando e como aplicar o que aprenderam.

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Definir palavras e expressões difíceis.Dicionários, manuais do aluno, notas de rodapé e auxílios de estudo das escrituras muitas vezes podem ajudar os alunos a entender palavras ou frases difíceis.

Visualizar.Ao visualizar uma escritura, o aluno cria uma imagem mental do que se passa na história contida naquela escritura. Por exemplo, os alunos poderiam imaginar Pedro caminhando sobre as águas em direção ao Salvador (ver Mateus 14:28–29), ou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sendo lançados na fornalha ardente (ver Daniel 3:19–25). O ato de visualizar as histórias das escrituras ajuda a torná-las mais vívidas e reais para os alunos.

Aplicar as escrituras.Para aplicar as escrituras, é preciso compará-las à nossa própria vida. Incentive os alunos a se perguntarem: “Que circunstâncias e situações da minha vida são semelhantes às desta passagem de escritura?” ou “De que modo me assemelho às pessoas sobre as quais estamos estudando nas escrituras?” Quando os alunos percebem que sua própria situação é comparável às situações descritas nas escrituras, eles têm mais facilidade em identificar as doutrinas e os princípios do evangelho. Passam também a ver como esses princípios podem ser aplicados a situações comparáveis de sua própria vida.

Anotar referências cruzadas.As referências cruzadas são referências de outras escrituras que podem fornecer mais informações e esclarecer as passagens estudadas. Anotar referências cruzadas, ou fazer correntes de escrituras, é associar as referências de escrituras que ajudarão os alunos a entender uma passagem, uma doutrina ou um princípio. Encontramos referências cruzadas úteis nas notas de rodapé e em outros auxílios de estudo, no manual do professor e do aluno, e nos discursos de conferência geral. Professores e alunos também podem descobrir esse tipo de referência por conta própria ao estudarem.

Comparar e contrastar.Muitas vezes, o significado de uma escritura, uma doutrina ou um princípio fica claro quando o comparamos a outra coisa. Quando observamos as semelhanças e diferenças entre diferentes ensinamentos, pessoas e acontecimentos, muitas vezes percebemos as verdades do evangelho com mais clareza. Por exemplo, a comparação do governo do rei Benjamim com o do rei Noé permite que os alunos vejam claramente as bênçãos de se ter um líder justo e os efeitos destrutivos do governo de um líder iníquo. A comparação da vida, dos ensinamentos e dos testemunhos de Jacó e Alma com as filosofias e a vida de Serém e Corior ajuda os alunos a reconhecer com mais facilidade as filosofias enganosas do mundo de hoje e ver as formas de combatê-las. A comparação da jornada dos filhos de Israel, de Leí e sua família e dos jareditas para suas diferentes terras prometidas pode ensinar princípios que ajudem os alunos e o professor a enfrentar sua própria jornada da vida.

Criar listas.As listas são séries de pensamentos, ideias ou ensinamentos relacionados a um assunto. O ato de procurar as listas contidas nas escrituras ajuda professores e alunos a identificarem os pontos-chave que são salientados pelo autor. Por exemplo, os Dez Mandamentos são uma lista (ver Êxodo 20). As bem-aventuranças podem ser vistas como uma lista (ver Mateus 5:3–12; 3 Néfi 12:3–11). Doutrina e Convênios 4 contém uma lista de características de quem é chamado para servir ao Senhor.

Procurar passagens correlatas, padrões e temas.Os alunos podem ser incentivados a procurar passagens correlatas, padrões e temas ao estudarem as escrituras. O élder David A. Bednar disse: “Examinar as revelações procurando correlações, padrões e temas aumenta nosso conhecimento espiritual (…). Essa abordagem amplia nossa visão e nosso entendimento do plano de salvação” (“Um reservatório de água viva”, serão do SEI para os jovens adultos, 4 de fevereiro de 2007, p. 2).

Em geral, os professores e alunos empregam muitas dessas técnicas e métodos em aula durante o ano. Quando isso acontecer, o professor pode ocasionalmente fazer uma pausa para debater brevemente esse método ou essa técnica com os alunos e incentivá-los a empregarem-nos no estudo pessoal.

Leitura do texto para o curso

Cada uma das obras-padrão — que são o Velho Testamento, o Novo Testamento, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor — é um livro de escritos inspirados que contém as doutrinas e os princípios do evangelho. As obras-padrão descrevem a interação entre Deus e o homem, e nos ensinam a doutrina da Expiação de Jesus Cristo. Elas são importantes individualmente, e seu conjunto amplia nosso entendimento do evangelho e do plano de salvação preparado pelo Pai Celestial.

Tanto os alunos como os professores devem ler e estudar todo o livro de escrituras correspondente ao curso do ano (com exceção de certas partes do Velho Testamento indicadas no currículo).

Compreender o contexto e o conteúdo das escrituras e das palavras dos profetas

O entendimento do contexto e do conteúdo das escrituras e das palavras dos profetas prepara professores e alunos para reconhecer as mensagens de pessoas inspiradas. O contexto e o conteúdo esclarecem e ilustram as doutrinas e os princípios do evangelho registrados nas experiências e nos ensinamentos de outras pessoas. Apesar de grande parte dos princípios a seguir se referir especificamente ao entendimento do contexto e do conteúdo das escrituras, a maior parte desses princípios e ideias pode ser aplicada às palavras e mensagens dos profetas modernos.

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Contexto

O contexto são (1) as passagens de escritura que antecedem ou que se seguem a um versículo ou a uma série de versículos ou (2) as circunstâncias relacionadas a determinada passagem, acontecimento ou história das escrituras.

O conhecimento do contexto auxilia no entendimento do conteúdo das escrituras. Ele fornece informações esclarecedoras e aprofunda nosso entendimento dos ensinamentos, das histórias, das doutrinas e dos princípios das escrituras. Cada pessoa encarregada de escrever as escrituras contou com a orientação do Espírito Santo, mesmo assim seus escritos refletem as imagens e a cultura daquele escritor. Para entender seus escritos, é preciso que, na medida do possível, professores e alunos mentalmente “entrem no mundo dele” para ver as coisas do ponto de vista da pessoa que as escreveu. A seguir veremos alguns exemplos de diferentes tipos de contexto.

Contexto histórico.Reconhecer que Joseph Smith estava na cadeia de Liberty quando recebeu e redigiu as seções 121, 122123 de Doutrina e Convênios dá mais profundidade e poder às doutrinas e aos princípios ensinados nessas seções sobre coisas como adversidade e uso de poder e autoridade.

Contexto cultural.O conhecimento da história e dos costumes relacionados aos dias festivos e santificados da antiga Israel pode esclarecer sua relação simbólica com o Salvador e Sua missão. O conhecimento da origem dos samaritanos e de como os judeus os encaravam na época de Cristo esclarece a parábola do bom samaritano e aprofunda nosso entendimento sobre a ocasião em que o Salvador conversou com uma mulher junto a um poço em Samaria e o significado daquele encontro.

A pergunta ou situação que ocasionou a parábola, o acontecimento, a doutrina ou o princípio.Entender que Doutrina e Convênios 9 veio como uma resposta à incapacidade de Oliver Cowdery de traduzir esclarece os princípios relativos à revelação ensinados nessa seção.

Quem está falando com quem e por que motivo.Os ensinamentos de Alma quanto à Expiação, à Ressurreição, ao juízo, à misericórdia e à justiça assumem outra dimensão de significado quando percebemos que o contexto desses ensinamentos era uma conversa entre ele e seu filho, Coriânton, que estava preocupado com as consequências dos graves pecados que cometera.

Contexto geográfico.Conhecer a geografia de Canaã aumenta nosso entendimento de como era o lugar onde Abraão e Ló se fixaram, como isso influenciou suas escolhas e como essas escolhas afetaram a família de cada um.

Juntos, as escrituras, os auxílios para estudo contidos nas escrituras e o material curricular normalmente contêm informações contextuais suficientes para ajudar professores e alunos a entenderem o conteúdo das escrituras.

Conteúdo

O conteúdo é a história, as pessoas e os acontecimentos citados, os sermões e as explicações inspiradas que constituem o texto das escrituras. O conteúdo das escrituras dá vida e relevo às doutrinas e aos princípios de cada bloco de escrituras. Por exemplo, a história de Néfi obtendo as placas de latão ensina o princípio de que ter fé no Senhor e ouvir o Espírito pode ajudar as pessoas a superar desafios que parecem ser insuperáveis. Compreender os eventos de Êxodo deixa claro que confiar no Senhor e seguir um profeta pode levar pessoas e nações a receber as bênçãos prometidas pelo Senhor, mas que as bênçãos são retidas quando as pessoas murmuram e são desobedientes.

Quando os alunos passam a conhecer as pessoas descritas nas escrituras, isso os inspira a enfrentar seus próprios desafios e a viver com fé. O élder Richard G. Scott fez esta promessa quanto ao Livro de Mórmon:

“Da primeira à última página, vocês encontrarão a amizade e o exemplo valioso de Néfi, Jacó, Enos, Benjamim, Alma, Amon, Helamã, Mórmon, Morôni e tantos outros. Eles lhes darão novo ânimo e marcarão a senda da fé e da obediência. (…)

Acima de tudo, todos eles, sem exceção, ampliarão sua visão sobre o amigo perfeito — nosso Salvador e Redentor, Jesus, o Cristo” (“True Friends That Lift”, Ensign, novembro de 1988, p. 77).

Os sermões tão cuidadosamente preservados nas escrituras sagradas são outra parte muito importante desse conteúdo. Para um aluno que esteja lutando com o pecado, os sermões de Paulo ou de Alma, o Filho, podem ser fonte de esperança e incentivo. O discurso final do rei Benjamim a seu povo ensina de modo magistral qual o poder e o significado do Salvador e de Sua Expiação, e esclarece o que é servir ao próximo, as bênçãos da obediência e a importância de estender a mão aos necessitados. O aluno que se empenha em ser um discípulo de Jesus Cristo pode ampliar seus horizontes por meio do estudo e da aplicação das palavras do Salvador no Sermão da Montanha.

Aprender o significado de palavras e expressões difíceis, bem como a interpretação de parábolas, símbolos etc., faz parte do processo de entendimento do conteúdo. Por exemplo, conhecer o significado de palavras como insípido (Mateus 5:13) ou apega-te (Doutrina e Convênios 11:19; 45:48) e frases como “cingir os lombos” (Doutrina e Convênios 75:22) e “bolsa e alforje” (ver Lucas 10:4) ajuda a esclarecer o texto das escrituras. Fica mais fácil de entender os princípios ensinados nas parábolas do Salvador quando entendemos o significado simbólico de imagens como a da pérola de grande valor (ver Mateus 13:45–46), do joio e do trigo (ver Mateus 13:24–30) e da ovelha perdida (ver Lucas 15:4–7).

Cristo com as ovelhas

Considerando-se a grande quantidade de informações que podem ser transmitidas e aprendidas, os professores precisam usar de sabedoria para decidir quanto tempo dedicarão ao contexto e quanto tempo passarão estudando as doutrinas e os princípios do evangelho. O professor deve fornecer contexto e conteúdo suficientes para ajudar os alunos a entender as verdades eternas encontradas nas escrituras, mas não deve salientar o contexto e os detalhes a ponto de transformá-los no ponto central da lição.

Identificar e compreender as doutrinas e os princípios do evangelho, perceber sua veracidade e importância e aplicá-los

3:59

Quando professores e alunos identificam e entendem as doutrinas e os princípios do evangelho, isso os ajuda a aplicar as escrituras e as palavras dos profetas à própria vida e a receber orientação para a tomada de decisões difíceis. Quando percebemos a veracidade, importância e urgência das doutrinas e dos princípios do evangelho, muitas vezes passamos a ter mais desejo de aplicar o que aprendemos. Quando aplicam os princípios do evangelho, professores e alunos recebem as bênçãos prometidas, seu entendimento e sua conversão se aprofundam, e isso os ajuda a se tornarem mais semelhantes ao Salvador.

As doutrinas são verdades fundamentais e imutáveis do evangelho de Jesus Cristo. Verdades como o Pai Celestial tem um corpo de carne e ossos, o batismo é necessário para entrar no reino de Deus e todos os homens ressuscitarão são exemplos de doutrinas.

Princípios são verdades ou regras que continuam válidos ao longo do tempo e que as pessoas podem adotar para se orientar na tomada de decisões. Os princípios do evangelho são universais e ajudam as pessoas a aplicarem as doutrinas do evangelho à vida diária. O élder Richard G. Scott ensinou: “Princípios são verdades concentradas, reunidas para aplicação” (“Como obter conhecimento espiritual”, A Liahona, janeiro de 1994, p. 93). Isso significa que cada princípio do evangelho indica possíveis atitudes e suas consequências. Por exemplo: orar sempre pode nos ajudar a vencer a tentação (ver Doutrina e Convênios 10:5) e se seguirmos os sussurros do Espírito Santo, Ele nos ajudará a cumprir o que o Senhor ordenou (ver 1 Néfi 4).

Às vezes é difícil perceber a diferença entre doutrinas e princípios. O élder Henry B. Eyring observou o seguinte: “Eu não passaria muito tempo tentando determinar se algo é uma doutrina ou um princípio. Já ouvi conversas assim, e não foram lá muito frutíferas” (“Debate entre o élder Richard G. Scott e o élder Henry B. Eyring”, treinamento de liderança do SEI com transmissão via satélite, agosto de 2003, p. 10).

Identificar doutrinas e princípios

Um dos propósitos centrais das escrituras é ensinar as doutrinas e os princípios do evangelho. O presidente Marion G. Romney explicou: “Não se pode honestamente estudar as escrituras sem aprender os princípios do evangelho, porque as escrituras foram escritas para preservar esses princípios para nosso benefício” (“The Message of the Old Testament”, simpósio do SEI sobre o Velho Testamento, 17 de agosto de 1979, p. 3). O élder Boyd K. Packer ensinou: “Encontramos [os princípios] nas escrituras. Eles são a substância e o propósito das revelações” (“Principles”, Ensign, março de 1985, p. 8). Nesta dispensação, o Senhor ordenou que os professores e líderes de Sua Igreja ensinassem os princípios do evangelho encontrados nas escrituras: “E também os élderes, sacerdotes e mestres desta igreja ensinarão os princípios de meu evangelho que estão na Bíblia e no Livro de Mórmon, no qual se acha a plenitude do evangelho” (Doutrina e Convênios 42:12).

É preciso dedicação e prática para aprender a identificar as doutrinas e os princípios contidos nas escrituras. O élder Richard G. Scott disse o seguinte a esse respeito: “Procurem os princípios. Tenham o cuidado de diferenciá-los dos pormenores utilizados para explicá-los” (“Como obter conhecimento espiritual”, p. 93).

Às vezes, em aula, o professor identifica princípios e doutrinas. Outras vezes, ele orienta, incentiva e deixa que os alunos os encontrem sozinhos. O professor deve ser diligente em ajudar os alunos a adquirir a habilidade de identificar doutrinas e princípios por si mesmos.

Certos princípios e doutrinas do evangelho são mais fáceis de identificar do que outros por serem declarados abertamente. Esses princípios explícitos muitas vezes são introduzidos por expressões como “e assim vemos”, “portanto” ou “eis que”, que indicam que o escritor pode estar resumindo sua mensagem ou chegando a uma conclusão.

Por exemplo, Helamã 3:27 diz: “Assim podemos ver que o Senhor é misericordioso para com todos os que invocam seu santo nome com sinceridade de coração”.

Alma 12:10 afirma: “E, portanto, aquele que endurecer o coração receberá a parte menor da palavra; e o que não endurecer o coração, a ele será dada a parte maior da palavra”.

Efésios 6:13 ensina: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e havendo feito tudo, ficar firmes”.

Alma 41:10 diz: “Eis que te digo que iniquidade nunca foi felicidade”.

Muitos princípios não são declarados diretamente nas escrituras, mas ficam implícitos. Certos princípios implícitos podem ser extraídos de um livro de escritura inteiro, de um capítulo ou de um único versículo e podem estar integrados na sequência de uma história, em acontecimentos ou parábolas. Para identificar esses princípios implícitos é preciso reconhecer as verdades que estão sendo ilustradas em determinada história das escrituras e enumerá-las de maneira clara e sucinta. Isso muitas vezes exige tempo e reflexão cuidadosa. O élder Richard G. Scott ensinou: “Vale a pena nos esforçar para organizar a verdade em princípios simples” (“Como obter conhecimento espiritual”, p. 93).

Com frequência, é possível descobrir princípios implícitos quando procuramos relações de causa e efeito em um bloco de escrituras. Quando analisamos as ações, as atitudes e o comportamento de determinadas pessoas ou grupos de uma história das escrituras e identificamos as bênçãos e consequências dessas ações, os princípios do evangelho ficam mais evidentes.

Também é possível identificar princípios implícitos por meio de perguntas como estas:

  • Qual é a moral ou o conceito da história?

  • Em sua opinião, por que o escritor incluiu esses acontecimentos ou essas passagens?

  • O que o escritor queria que aprendêssemos?

  • Quais são algumas das verdades fundamentais ensinadas nessa passagem?

Entre os exemplos de princípios implícitos, temos:

Dos acontecimentos da vida de Alma, o Filho, ou de Paulo: Aquele que aceita a verdade e se arrepende de seus pecados pode levar outras pessoas a receberem as bênçãos do evangelho (ver Alma 36:10–21; Atos 9:4–20).

Da parábola das dez virgens: Se nos prepararmos espiritualmente com diligência, estaremos prontos quando o Senhor vier; ou aqueles que negligenciarem sua preparação espiritual não serão recebidos pelo Senhor em Sua vinda (ver Mateus 25:1–13).

Davi e Golias

Da história de Davi e Golias: Quando agimos com coragem e fé em Deus, somos capazes de vencer grandes desafios (ver 1 Samuel 17:40–51).

Estas são algumas maneiras de ajudar os alunos a aprender a identificar princípios e doutrinas:

  • Peça aos alunos que escrevam o conceito que aprenderam em uma frase de declaração de causa e efeito do tipo “Se…, então…”.

  • Peça aos alunos que escrevam frases que contenham a expressão “e assim vemos que” para resumir as verdades que aprenderam.

  • Peça aos alunos que enumerem as ações das pessoas mencionadas no bloco de escrituras e procurem as bênçãos e consequências que se sucederam.

  • Incentive os alunos a sublinharem as expressões ou palavras-chave das escrituras que identificam princípios ou doutrinas.

  • Escreva no quadro uma doutrina ou um princípio do bloco de escrituras. Peça aos alunos que examinem o bloco de escrituras à procura de indícios daquele princípio.

É importante dizer os princípios e as doutrinas de maneira clara e simples à medida que eles forem encontrados. “‘Para ser conhecida, a verdade deve ser declarada e, quanto mais clara e completa for a declaração, melhor será a oportunidade que o Espírito Santo terá de testificar à alma dos homens que a obra é verdadeira’ (New Witnesses for God, 3 vols., 1909, vol. 2, p. vii)” (B. H. Roberts, em James E. Faust, “What I Want My Son to Know before He Leaves on His Mission”, Ensign, maio de 1996, p. 41; Pregar Meu Evangelho, 2004, p. 182).

Anotar no quadro a doutrina ou o princípio encontrado ou pedir que os alunos anotem ou sublinhem esse princípio nas próprias escrituras é uma forma de ajudar a deixar essas verdades claras na mente deles.

Entender as doutrinas e os princípios

Os alunos entendem uma doutrina ou um princípio do evangelho quando compreendem as verdades encontradas, sua relação com outros princípios e doutrinas do plano do Senhor e em que situações esse princípio é aplicável a sua vida. Quando um professor ou aluno entende uma doutrina ou um princípio, ele não apenas sabe o que as palavras significam, mas também como a doutrina ou o princípio pode afetar sua vida. Ao identificar e entender uma doutrina ou um princípio, fica mais fácil aplicá-lo.

Para ampliar seu entendimento das doutrinas e dos princípios do evangelho, professores e alunos podem examinar as escrituras à procura de ensinamentos inter-relacionados, de mais ideias quanto ao assunto, podem recorrer às palavras e aos ensinamentos dos profetas e apóstolos modernos, explicar a outras pessoas as verdades do evangelho que estão aprendendo e orar e pedir a ajuda do Espírito Santo. Nosso entendimento se aprofunda mais e mais quando aplicamos os princípios.

jovens guerreiros

O professor pode ajudar os alunos a entenderem as doutrinas e os princípios por meio de perguntas que os levem a analisar seu significado. Por exemplo, na história dos 2 mil jovens guerreiros do Livro de Mórmon, podemos aprender o princípio de que, se não duvidarmos, Deus nos livrará (ver Alma 56:47–48). Para entender melhor o significado desse princípio, professores e alunos poderiam meditar sobre perguntas como estas:

  • Do que é que os jovens guerreiros não duvidavam?

  • O que mostra que esses jovens guerreiros não duvidavam disso?

  • Como Deus livrou os jovens guerreiros?

  • Quais são algumas das “batalhas” que os jovens da Igreja travam hoje?

  • De que maneiras Deus poderia livrá-los ao travarem essas batalhas?

  • O que as histórias de Abinádi, Joseph Smith ou de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego nos ensinam quanto ao que significa ser livrado?

Com a história de Naamã e Eliseu no Velho Testamento, aprendemos o princípio de que, se formos humildes e estivermos dispostos a seguir os conselhos do profeta, podemos ser curados (ver 2 Reis 5:1–14). Para entender o significado desse princípio, professores e alunos poderiam meditar sobre perguntas como estas:

  • Como a humildade nos ajuda a seguir os conselhos do profeta?

  • Como o fato de que finalmente Naamã se dispôs a se lavar sete vezes no rio Jordão nos ajuda a entender o verdadeiro significado de seguir os conselhos do profeta?

  • Do que podemos precisar ser curados hoje, além de doenças?

  • Que coisas os profetas pedem que façamos e que são capazes de nos curar espiritualmente, mas que talvez não façam sentido para o mundo?

Sentir a veracidade e a importância das doutrinas e dos princípios

Mesmo quando os alunos identificam e entendem os princípios e as doutrinas do evangelho, muitas vezes não os aplicam até que, por meio do Espírito, sintam que são verdadeiros e importantes e que há certa urgência na necessidade de incorporarem determinado princípio à própria vida. O élder Robert D. Hales explicou: “Um verdadeiro professor, uma vez que tenha ensinado os fatos [do evangelho], (…) leva [os alunos] um passo adiante para obter o testemunho espiritual e o entendimento em seu coração que produz a ação” (“Teaching by Faith”, Uma autoridade geral fala a nós, 1º de fevereiro de 2002, p. 5).

O Espírito Santo pode gravar na mente e no coração dos alunos a importância e o significado de uma doutrina ou um princípio e pode lhes dar o desejo de colocar em prática o princípio, bem como lhes dar forças para isso. O professor deve se esforçar ao máximo para facilitar essa experiência para cada aluno de sua classe. O élder Richard G. Scott fez este apelo aos professores: “Peço-lhes que orem pedindo orientação de como fazer com que a verdade cale fundo na mente e no coração de seus alunos, de maneira que eles a utilizem ao longo de toda a vida. Ao buscar, em espírito de oração, maneiras de fazer isso, sei que o Senhor os guiará” (“To Understand and Live Truth”, Uma autoridade geral fala a nós, 4 de fevereiro de 2005, p. 2).

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Uma das formas mais eficazes de ajudar os alunos a abrirem o coração à influência do Espírito e de prepará-los para colocar um princípio aprendido em prática é incentivá-los a refletir sobre experiências pessoais relacionadas a esse princípio (ver a seção 5.1.3, “Perguntas que promovem certos sentimentos e o testemunho”, na página 61). Isso ajuda os alunos a reconhecerem o impacto dos princípios em sua própria vida e na vida de outras pessoas. Por exemplo, depois de debater sobre a lei do dízimo, o professor poderia perguntar: “Que bênçãos vocês já receberam ou viram outras pessoas receberem por guardarem a lei do dízimo?” Quando os alunos refletem sobre perguntas como essa e contam à classe experiências pessoais adequadas, o Espírito Santo pode ajudá-los a ver mais claramente as bênçãos que eles e outros receberam por viverem as doutrinas e os princípios do evangelho. O Espírito também ajuda os alunos a terem mais desejo de aplicar essas verdades à própria vida. O professor também pode contar acontecimentos de sua própria vida (ou da vida de outras pessoas) que ajudem os alunos a sentirem que o princípio em questão é verdadeiro e que é importante vivê-lo.

O professor pode proporcionar aos alunos a oportunidade de prestar testemunho da veracidade de princípios e doutrinas. O professor também pode procurar oportunidades de prestar seu próprio testemunho. Além disso, ele pode ajudar os alunos a sentirem que as doutrinas e os princípios abordados são importantes e verdadeiros destacando o testemunho de personagens das escrituras e lendo o testemunho de profetas e apóstolos modernos (ou apresentando esses testemunhos em áudio ou vídeo).

Aplicar as doutrinas e os princípios

Os alunos aplicam os princípios que aprendem quando pensam e falam sobre eles e vivem de acordo com o que aprenderam. O élder Richard G. Scott explicou a importância disso dizendo: “O melhor índice da eficácia do que se faz em sala de aula é ver os alunos entenderem as verdades e aplicarem-nas à própria vida” (“To Understand and Live Truth”, p. 3).

À medida que aplicarem os princípios do evangelho na vida, os alunos receberão as bênçãos prometidas. Além disso, seu entendimento e testemunho da doutrina ou do princípio aplicado se aprofundará. Por exemplo, os alunos que santificam o Dia do Senhor sempre entenderão mais plenamente o que isso significa do que os que não o santificam. Os alunos que já confiaram no Senhor de todo o coração (ver Provérbios 3:5) e foram fortalecidos e consolados em momentos de adversidade ou aflição entendem esse princípio mais claramente do que os que nunca o fizeram.

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O professor deve dar tempo durante a aula para os alunos meditarem, ponderarem ou escreverem aquilo que entenderam e sentiram, e para refletirem sobre medidas específicas que podem realizar para aplicar o que foi aprendido. Nesses momentos, o professor deve incentivar os alunos a pedir a orientação do Senhor. O professor também pode debater com a classe situações que poderiam surgir na vida dos alunos e pedir-lhe que deem sugestões de como aplicar o evangelho de maneira a serem abençoados nessas situações. Ele pode também sugerir que os alunos façam uma meta que os ajude a viver o princípio ensinado. O professor pode preparar algo impresso com uma escritura, uma citação, um poema ou parte de um livro a fim de os alunos levarem para casa como lembrete desse princípio.

moça estudando

Pode acontecer de, em sala de aula, o professor ou os alunos darem sugestões de como aplicar os princípios do evangelho. Esses exemplos podem dar aos alunos ideias úteis de maneiras de aplicar os princípios do evangelho na vida diária. Contudo, o professor precisa ter cuidado para não ser excessivamente normativo e determinar aplicações específicas para os alunos. Lembre-se de que a melhor orientação quanto à aplicação é individual, recebida por inspiração ou revelação do Senhor por meio do Espírito Santo. O presidente Dallin H. Oaks ensinou: “Os professores que receberam o mandamento de ensinar ‘os princípios do evangelho’ e ‘a doutrina do reino’ (Doutrina e Convênios 88:77) em geral devem se abster de regras e aplicações específicas. (…) Uma vez tendo ensinado a doutrina e os princípios a ela relacionados, conforme contidos nas escrituras e nas palavras dos profetas vivos, essas aplicações específicas ou regras normalmente são de responsabilidade do indivíduo e das famílias” (“O ensino do evangelho”, p. 96).

Explicar as doutrinas e os princípios do evangelho, falar a seu respeito e prestar testemunho deles

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O ato de explicar as doutrinas e os princípios do evangelho, de falar do que se entendeu, contar experiências relevantes e prestar testemunho das verdades divinas leva a pessoa que o faz a aumentar seu entendimento das doutrinas e dos princípios do evangelho e aumenta sua capacidade de ensinar o evangelho a outros. Quando os alunos explicam, falam e testificam, muitas vezes o Espírito Santo os leva a receber um testemunho mais profundo daquilo que estão dizendo. Além disso, por meio do poder do Espírito Santo, suas palavras, aquilo que expressam, podem ter um impacto considerável no coração e na mente de seus colegas e de outras pessoas que estão ouvindo.

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O professor que estuda, prepara e dá a aula com toda a atenção e em espírito de oração normalmente aprende muito. Esse mesmo princípio se aplica aos alunos. Quando os alunos estudam e ensinam uns aos outros as doutrinas e os princípios do evangelho restaurado, eles obtêm mais entendimento e fortalecem o próprio testemunho.

Explicar

O entendimento das escrituras aumenta quando professor e alunos explicam as escrituras uns aos outros. O ato de se prepararem para dizer de maneira clara e simples o que certa passagem de escritura, doutrina ou certo princípio significam leva tanto o professor como os alunos a meditar sobre os versículos, organizar as próprias ideias e a pedir que o Espírito Santo os ensine.

O presidente Spencer W. Kimball ensinou: “É fazendo que se aprende. Quando estudamos o evangelho para ensiná-lo, aprendemos, pois, quando seguramos uma lanterna para iluminar o caminho para outros, também iluminamos nosso próprio caminho. Quando analisamos e organizamos as escrituras para dar uma aula aceitável a outros, esclarecemos essas escrituras para nós mesmos. Quando explicamos algo que já sabemos, parece que outras verdades nos são reveladas, que nosso entendimento se amplia e que vemos novas ligações entre elas e novas formas de aplicá-las” (The Teachings of Spencer W. Kimball, 1982, p. 530).

Quando os alunos têm a oportunidade de explicar uma doutrina ou um princípio a outra pessoa, isso os estimula a pensar mais profundamente no assunto e a tentar entendê-lo melhor antes de ensinar o que aprenderam. O professor pode pedir aos alunos que expliquem por que é importante ter fé, ser batizado ou obedecer à lei do dízimo. Pode-se pedir que os alunos falem a alguém sobre a Criação, a Queda ou sobre o motivo de acreditarem que a família é fundamental no plano do Pai Celestial. Isso pode ser feito em duplas ou em grupos pequenos, em encenações, em conjunto com toda a classe ou por escrito. Ocasionalmente, pode-se sugerir que os alunos expliquem uma passagem das escrituras ou ensinem uma doutrina ou um princípio a um dos pais, a um irmão, amigo ou colega.

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Compartilhar

Tanto o professor como os alunos devem ter a oportunidade de falar do que entenderam e aprenderam quanto a uma doutrina ou um princípio, bem como de contar experiências pessoais que tiveram com essa doutrina ou esse princípio. Podem também contar acontecimentos que testemunharam na vida de outras pessoas.

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moças conversando

O presidente J. Reuben Clark Jr. disse: “Há raríssimos jovens que passam pelas portas do seminário e instituto que não sejam beneficiários conscientes das bênçãos espirituais, ou que não tenham visto a eficácia da oração, ou que não tenham testemunhado o poder da fé para curar os doentes, ou que não tenham contemplado manifestações espirituais que grande parte do mundo hoje desconhece” (The Charted Course of the Church in Education, ed. rev., 1994, p. 9). Os alunos devem ter a oportunidade de falar dessas experiências em classe. (Talvez seja preciso que o professor ajude os alunos a entenderem que certas experiências são por demais sagradas ou pessoais para serem contadas em sala de aula; ver Alma 12:9; Doutrina e Convênios 63:64.)

Testificar

Depois de explicarem os princípios do evangelho e contarem as experiências que tiveram com sua aplicação, muitas vezes os alunos estão mais bem preparados para prestar testemunho das coisas em que passaram a acreditar.

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O élder Boyd K. Packer explicou uma das bênçãos de se prestar testemunho: “Ah, quem me dera poder ensinar a eles este único princípio! Descobrimos que temos um testemunho quando o prestamos! (…)

Uma coisa é receber um testemunho do que lemos ou do que outra pessoa disse; esse é um começo necessário. Mas uma coisa totalmente diferente é sentir o Espírito confirmar em nosso coração que aquilo que nós testemunhamos é verdadeiro” (“ The Candle of the Lord”, pp. 54–55).

Prestar testemunho não só traz bênçãos para quem o faz, mas também pode fortalecer a fé e o testemunho de outros. Quando prestamos testemunho, o Espírito Santo tem a oportunidade de testificar a veracidade de doutrinas e princípios específicos do evangelho restaurado. Um testemunho não precisa necessariamente começar com as palavras “quero prestar testemunho”. Pode ser simplesmente uma declaração do que a pessoa sabe ser verdadeiro, feita com sinceridade e convicção. Pode ser a simples afirmação do que a pessoa sente quanto a uma doutrina ou um princípio do evangelho e da diferença que essa doutrina ou esse princípio fez em sua vida. Os alunos entendem melhor como aplicar os princípios do evangelho e sentem-se mais inspirados a aplicá-los quando ouvem o professor e outros alunos prestarem testemunho da importância desses princípios.

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O professor pode incentivar os alunos a prestar testemunho das verdades do evangelho fazendo-lhes perguntas que os estimulem a falar de suas experiências e crenças (ver a seção 5.1.3, “Perguntas que promovem certos sentimentos e o testemunho”, na página 61). Essas perguntas também podem criar oportunidades de os alunos prestarem testemunho a seus colegas. O professor precisa usar de tato, pois o testemunho é algo pessoal e sagrado, portanto, ele pode convidar os alunos a prestarem testemunho, mas não deve jamais exigir que o façam. O professor deve, com frequência, aproveitar as oportunidades e prestar seu próprio testemunho da veracidade e importância das doutrinas e dos princípios do evangelho, e afirmar seu amor ao Pai Celestial e a Seu Filho, Jesus Cristo. O professor precisa conhecer e mencionar os testemunhos prestados pelo Salvador, bem como os de profetas e apóstolos modernos.

Dominar as principais passagens das escrituras e os tópicos doutrinários

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Se as pessoas entesourarem verdades eternas na mente e no coração, o Espírito Santo lhes trará essas verdades à memória em momentos de necessidade e lhes dará a coragem de agir pela fé. O presidente Howard W. Hunter ensinou:

“Recomendo enfaticamente que usem as escrituras em seu ensino e façam todo o possível para ajudar os alunos a usarem-nas e a terem familiaridade com elas. Gostaria que nossos jovens tivessem confiança nas escrituras. (…)

Queremos que os alunos tenham confiança na força e nas verdades das escrituras, confiança de que seu Pai Celestial está realmente falando com eles por meio das escrituras e que podem consultar as escrituras e encontrar respostas para seus problemas e suas orações. (…)

Esperamos que nenhum de seus alunos saia da sala de aula temeroso ou envergonhado ou constrangido por não conseguir encontrar a ajuda de que precisa, por não conhecer as escrituras o suficiente para localizar as devidas passagens” (“Investimentos eternos”, p. 2).

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Para ajudar os alunos a valorizar as verdades eternas e aumentar sua confiança nas escrituras, os Seminários e Institutos de Religião (S&I) selecionaram uma série de passagens de domínio doutrinário e prepararam uma lista de tópicos doutrinários. O estudo das passagens de domínio doutrinário e das doutrinas deve ser desenvolvido em conjunto para que os alunos aprendam a falar dessas doutrinas com suas próprias palavras e usem as passagens de domínio doutrinário para ajudá-los a explicar e testificar sobre essas verdades.

Domínio doutrinário

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O S&I selecionou 25 passagens de domínio doutrinário para cada um dos quatro cursos do seminário. Essas passagens constituem um importante alicerce escriturístico para entender e compartilhar o evangelho e para fortalecer a fé. Os alunos do seminário são incentivados a “dominar” essas passagens da maneira descrita a seguir. Os alunos do instituto devem ser encorajados a aumentar seu conhecimento dessas 100 passagens de domínio doutrinário e desenvolver uma compreensão profunda de outras passagens-chave das escrituras.

Por domínio das escrituras entende-se entre outras coisas:

  • Ser capaz de localizar os versículos pelas referências correspondentes.

  • Entender o contexto e o conteúdo das passagens das escrituras.

  • Ser capaz de aplicar os princípios e as doutrinas do evangelho ensinados nessas passagens das escrituras.

  • Memorizar as passagens.

A memorização pode ser uma excelente forma de ajudar os alunos a aprender e amar certas passagens das escrituras. O élder Richard G. Scott explicou: “Quando as escrituras são utilizadas da maneira que o Senhor ordenou que fossem registradas, elas têm um poder intrínseco que não pode ser descrito quando elas são parafraseadas” (“Ele vive”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 106). Entretanto, é preciso ter o cuidado de moldar as expectativas à capacidade e à situação de cada aluno. Os alunos não devem se sentir envergonhados, constrangidos nem sobrecarregados caso não consigam decorar as escrituras.

Fica mais fácil ajudar os alunos se o próprio professor tiver domínio dessas passagens. Quando os professores se referem a passagens de domínio doutrinário com persistência, mantêm expectativas apropriadas e usam métodos que apelam para diferentes estilos de aprendizado, eles têm mais sucesso em ajudar os alunos a dominar essas passagens-chave. Durante as aulas, as passagens de domínio doutrinário devem ser usadas para esclarecer as doutrinas e os princípios relacionados a elas. Podem também ser utilizadas como tema dos devocionais ou ser afixadas em algum lugar da sala. Além disso, deve-se incentivar os alunos a estudarem essas passagens e as aplicarem fora de sala de aula.

dois homens conversando

Em locais onde vários professores atuam juntos em um corpo docente, o aprendizado dos alunos será mais produtivo quando os membros do corpo docente adotarem uma abordagem uniforme para o domínio doutrinário. Os professores podem optar por revisar periodicamente as referências de domínio doutrinário de anos anteriores para que os alunos possam manter o domínio de todas as passagens selecionadas.

Embora o domínio doutrinário seja uma parte importante do currículo, ele deve complementar, e não ofuscar, o estudo sequencial diário das escrituras. Os professores devem ser criteriosos no tempo que dedicam ao domínio doutrinário. Os professores do seminário no lar devem ter um cuidado especial para que a única aula da semana não se transforme em uma atividade semanal de domínio doutrinário. O professor deve escolher métodos, atividades e músicas condizentes com a dignidade, o propósito e o espírito das escrituras e que afastem as discórdias.

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Tópicos doutrinários

Foram identificados nove tópicos doutrinários para serem destacados nas aulas do seminário e instituto. Os professores devem ajudar os alunos a identificar, entender, acreditar, explicar e aplicar as doutrinas básicas do evangelho. Com isso, o testemunho dos alunos se fortalecerá e o valor que dão ao evangelho restaurado de Jesus Cristo aumentará. Um estudo desses tópicos também os ajudará a estar mais bem preparados para ensinar essas verdades importantes a outras pessoas.

É importante lembrar que, mesmo que não estejam listadas nos tópicos doutrinários, outras doutrinas significativas do evangelho também serão ensinadas.

A seguir estão os tópicos doutrinários selecionados pelos Seminários e Institutos de Religião:

  • A Trindade

  • O plano de salvação

  • A Expiação de Jesus Cristo

  • A Restauração

  • Profetas e revelação

  • O sacerdócio e as chaves do sacerdócio

  • As ordenanças e os convênios

  • O casamento e a família

  • Os mandamentos

À medida que os professores estudarem e entenderem por si mesmos esses tópicos, eles vão se referir a eles com mais naturalidade e prestar testemunho ao ensinarem. No entanto, não devem deixar de ensinar as escrituras sequencialmente para se concentrarem apenas nesses tópicos. Em vez disso, os professores precisam dar atenção cuidadosa e constante a esses tópicos, pois eles aparecem naturalmente no texto das escrituras e nos cursos de estudo. Desse modo, a lista de tópicos doutrinários serve como um lembrete para os professores se concentrarem nas verdades eternas que serão de maior valor para os alunos e para enfatizá-las ao longo do curso de estudo. Esses tópicos doutrinários também podem ser usados como temas para devocionais.

O bom professor também se lembrará de que a paciência e a persistência são importantes para ajudar os alunos a entender esses tópicos. Não se pode esperar que os alunos entendam tudo plenamente de uma só vez. O Senhor ensina a Seus filhos “linha sobre linha, preceito sobre preceito” (Doutrina e Convênios 98:12). Professores e alunos devem entender que compreender esses tópicos é um processo que ocorre ao longo dos quatro anos de seminário e continua durante os anos no instituto.