2 Néfi 16

“Santo, santo, santo é o Senhor”

Você já teve uma experiência que foi difícil de descrever em palavras? Isaías pode ter sentido isso quando escreveu sobre ver o Senhor em toda a Sua glória. Para ajudar a explicar essa experiência, Isaías usou a linguagem simbólica para descrever o poder e a santidade do Senhor e seus sentimentos pessoais de inadequação. O Senhor o purificou de seus pecados e o chamou para ser profeta. Esta lição pode ajudá-lo a reconhecer a capacidade do Senhor de perdoar e purificar você.

Possíveis atividades de aprendizado

O poder e a glória de Jesus Cristo

Alguns profetas e outras pessoas tiveram o privilégio de ver Jesus Cristo em toda a Sua glória magnífica.

• Quais são algumas das razões pelas quais o Senhor visitou diversas pessoas ao longo da história do mundo?

Reserve um momento para olhar as seguintes gravuras e pensar em qual experiência você gostaria mais de estar.

A Transfiguração, de Carl Bloch

Cristo na Terra de Abundância, de Simon Dewey

A Primeira Visão, de Walter Rane

Jesus Christ Appears to the Prophet Joseph Smith and Oliver Cowdery [Jesus Cristo Aparece ao Profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery], de Walter Rane

• Que pensamentos ou sentimentos você poderia ter na presença do Senhor?

Isaías viu o Senhor em toda a Sua glória quando foi chamado como profeta. Ele registrou essa experiência e Néfi a incluiu em seus escritos. (Ver Isaías 6 e 2 Néfi 16.)

Leia 2 Néfi 16:1–4 e identifique como Isaías descreveu o que viu. Como Isaías usou uma linguagem simbólica para descrever sua experiência, as seguintes explicações podem ser úteis:

• Cauda: A parte inferior do manto do Senhor, que pode simbolizar Sua retidão, Seu poder e Sua pureza. É significativo que Isaías tenha visto que ela “[encheu] o templo” (2 Néfi 16:1).

• Serafim: Seres angelicais que ministram nos tribunais de Deus. As asas dos serafins representam seu poder para se mover e agir (ver Doutrina e Convênios 77:4).

• Fumaça ou nuvem: Com frequência, um símbolo da presença de Deus (ver Êxodo 19:18; Apocalipse 15:8).

• Que palavras ou frases desses versículos o ajudam a entender a glória do Senhor?

• Como você acha que reagiria se tivesse visto isso?

Leia 2 Néfi 16:5 para descobrir a reação de Isaías ao ver o Senhor.

• Que palavras ou frases o ajudam a entender que Isaías estava ciente de seus pecados e suas fraquezas?

• Quais são algumas das razões pelas quais as pessoas de hoje podem se sentir impuras ou indignas perante Deus?

• De que maneira podemos sentir que é bom reconhecer nossas faltas à medida que nos achegamos ao Senhor?

O Senhor está disposto a tirar nossos pecados

Leia 2 Néfi 16:6–7 e identifique o que aconteceu em seguida com Isaías. Pode ser útil lembrar que, antigamente, os altares eram usados na adoração no templo.

• Como você resumiria o que aconteceu?

• O que você acha que isso simboliza?

Pense na experiência de Isaías no altar e em como ela pode ensinar sobre o perdão dos pecados e se tornar limpo por meio da Expiação de Jesus Cristo.

• O Senhor tirou os pecados de Isaías e como você acha que isso o afetou?

• Que verdades esses versículos o ajudam a entender sobre o Senhor?

Uma verdade que podemos aprender é que o Senhor tem poder para nos tornar limpos.

Às vezes, podemos não nos lembrar nem sentir a importância dessa verdade. O irmão Bradley R. Wilcox, da presidência geral dos Rapazes, compartilhou as palavras de um rapaz que ele chamou de Damon. Esse rapaz compartilhou os pensamentos e sentimentos que tinha sobre seus pecados.

Damon escreveu: “Sempre me senti muito envergonhado porque não conseguia fazer as coisas certas. (…) Decidi que só merecia me sentir péssimo o tempo todo. Deduzi que Deus provavelmente me odiava, porque eu não estava disposto a trabalhar arduamente e superar isso de uma vez por todas. Eu ficava uma semana e às vezes até um mês, mas então eu tinha uma recaída e pensava: ‘Nunca serei bom o suficiente, então de que adianta tentar?’” (Bradley. R. Wilcox, “Dignidade não significa perfeição”, Liahona, novembro de 2021, p. 62)

• Por que um rapaz como Damon talvez tivesse esses pensamentos?

1. Faça a atividade escrita a seguir:

Imagine que você teve a oportunidade de ajudar alguém como o Damon. Pense na experiência de Isaías. Pense também no que você sabe pessoalmente sobre o Salvador que poderia compartilhar. Escreva o que poderia ajudar. Você também pode procurar quaisquer escrituras ou declarações dos líderes da Igreja que possa usar em sua explicação. Os seguintes exemplos podem ser úteis:

• Isaías 1:18

• Mosias 26:30

• Éter 12:27

O élder Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

Deus não precisa de pessoas que sejam perfeitas. Ele busca aqueles que oferecem o “coração e uma mente solícita” (Doutrina e Convênios 64:34), e Ele os tornará “perfeitos em Cristo” (Morôni 10:32–33). (Dieter F. Uchtdorf, “Five Messages That All of God’s Children Need to Hear”, devocional da Semana da Educação da Universidade Brigham Young, 17 de agosto de 2021, p. 3, speeches.byu.edu)

Uma nova perspectiva

Leia 2 Néfi 16:8 para ver o que Isaías fez depois de ser purificado pelo Senhor.

• Como você acha que a experiência de Isaías ao ser purificado pode ter influenciado sua reação no versículo 8?

Depois dessa visão, Isaías serviu de boa vontade ao Senhor. Nas décadas seguintes, ele ajudou a guiar o povo de Judá. Os ensinamentos e escritos de Isaías inspiraram inúmeras pessoas, e ele foi citado pelo Salvador mais do que qualquer outro profeta.

Damon também mudou. Com a ajuda de um líder da Igreja, ele percebeu que o Senhor não o olhava com raiva, mas com misericórdia, querendo ajudá-lo a melhorar. Leia as palavras de Damon quando ele teve uma nova perspectiva sobre Deus:

Damon disse: “Hoje, passo muito menos tempo me odiando pelo que fiz e muito mais tempo amando Jesus pelo que Ele fez”. (Bradley. R. Wilcox, “Dignidade não significa perfeição”, Liahona, novembro de 2021, p. 62)

• Como o fato de vivenciar as bênçãos da Expiação, do amor e do perdão do Salvador tem influenciado sua vida?

Ao concluir seu estudo desse capítulo, reflita sobre a seguinte pergunta:

• O que você acha que poderia fazer para vivenciar mais profundamente o amor e o perdão do Salvador em sua vida?

Opcional: Quer saber mais?

2 Néfi 16:1. Quem Isaías viu?

Tanto João quanto Néfi testificaram que o Senhor, na visão de Isaías, era Jesus Cristo na vida pré-mortal (ver João 12:41; 2 Néfi 11:2–3). Além disso, outros profetas testemunharam uma situação semelhante (ver Apocalipse 4:1–11; Doutrina e Convênios 110:1–5).

2 Néfi 16:5–8. Por que o anjo colocou uma brasa quente nos lábios de Isaías?

Quando Isaías disse: “Ai de mim, pois estou perdido!” (2 Néfi 16:5), ele expressou que se sentia indigno de estar na presença do Senhor. A brasa que o serafim colocou nos lábios de Isaías simbolizava ser purificado, limpo e perdoado por meio de Jesus Cristo. Também foi dito a Joseph Smith que seus pecados foram perdoados quando ele foi chamado pelo Senhor (ver Doutrina e Convênios 20:2, 5–6; ver também “História, primeiro semestre de 1832”, Relato de Joseph Smith da Primeira Visão, 2020, ChurchofJesusChrist.org).

2 Néfi 16:9–10. O que sabemos sobre o povo a quem Isaías foi chamado para pregar?

O Senhor disse a Isaías que o povo, em sua maioria, rejeitaria suas palavras. Eles alegavam ouvir e ver, mas decidiram não aceitar o espírito da mensagem. Isaías pregou a mensagem do Senhor, tornando as pessoas responsáveis pelo que aprenderam e pela sua não aceitação.

Como posso evitar o desânimo quando reconheço minha fraqueza?

A irmã Michelle D. Craig, da presidência geral das Moças, disse:

Devemos aceitar de bom grado esse descontentamento divino que nos impulsiona a níveis mais altos, mas também devemos reconhecer e fugir da estratégia de Satanás: o desânimo paralisante. (…) Podemos escolher trilhar o caminho mais elevado, que nos leva a buscar Deus, Sua paz e Sua graça, ou ouvir Satanás, que nos bombardeia com mensagens de que nunca vamos ser ricos, inteligentes ou bonitos o bastante, e que nada será suficiente. Nosso descontentamento pode se tornar divino ou destrutivo. (Michelle D. Craig, “Descontentamento divino”, Liahona, novembro de 2018, p. 53)