Escola Dominical: Doutrina do Evangelho
‘Os Prisioneiros Serão Libertados’


Lição 30

“Os Prisioneiros Serão Libertados”

Objetivo

Ajudar os alunos a alegrarem-se com a oportunidade que têm de realizar as ordenanças em favor dos mortos.

Preparação

  1. Em espírito de oração, estude as seguintes escrituras e outros materiais:

    1. Doutrina e Convênios 2; 124:25–55; 127; 128 Joseph Smith—História 1:36–39.

    2. Nosso Legado, páginas 59–61, texto sob o título “O Templo de Nauvoo”.

  2. Estude o material do Guia de Estudo do Aluno (35686 059) referente a esta lição. Prepare-se para utilizá-lo durante a aula.

  3. Para adquirir uma maior compreensão dos acontecimentos históricos relacionados à doutrina nesta lição, você pode examinar o seguinte:

    1. “Cartas sobre o Batismo pelos Mortos.”

    2. Material histórico adicional para esta lição.

  4. De antemão, faça as seguintes designações:

    1. Peça a um aluno que se prepare para falar da construção do Templo de Nauvoo. Peça-lhe que se baseie nos quatro primeiros parágrafos sob o título “O Templo de Nauvoo”, nas páginas 59–60 de Nosso Legado.

    2. Peça a dois alunos que se preparem para falar um pouco de sua experiência na realização de batismos pelos mortos. Peça-lhes que digam o que sentem sabendo que, por intermédio dos batismos pelos mortos, ajudam outras pessoas a receber a salvação. Caso os batismos que realizaram sejam por seus próprios antepassados, peça-lhes que falem de como essa experiência os ajudou a voltar o coração a essas pessoas.

    3. Peça a um ou mais conversos que digam o que sentiram quando souberam que poderiam ser batizados em favor de seus familiares falecidos.

  5. Caso estas gravuras estejam disponíveis, prepare-se para utilizá-las durante a aula: “Templo de Nauvoo” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730) – 501] e “Pia Batismal do Templo” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730) – 504].

Observação para o professor: Pode ser que os alunos tenham dúvidas quanto aos antepassados que morreram antes de receber o evangelho. Sugira que eles conversem com o consultor de história da família da ala e que consigam um exemplar do Guia de Ordenanças e Convênios do Templo e de História da Família para os Membros (34697 059). Outra coisa que podem fazer é entrar em contato com um dos Centros de História da Família da Igreja. Sugere-se que você mencione que a lição 40 falará especificamente das coisas que os membros da Igreja podem fazer para tomar parte no trabalho do templo e de história da família.

Sugestões para o Desenvolvimento da Lição

Atividade Motivadora

Considere o que seja adequado e utilize esta atividade ou outra de sua preferência no início da aula.

Leia a seguinte descrição que o Profeta Joseph Smith fez de seu irmão mais velho, Alvin: “Ele era (…) a pessoa mais nobre da família de meu pai. Era um dos mais nobres filhos dos homens. (…) Não tinha dolo. (…) Era de uma sobriedade a toda prova e quando morreu, um anjo do Senhor esteve com ele em seus últimos momentos.” (History of the Church, 5:126–127)

Diga que Alvin morreu em 1823, três anos depois de aceitar o testemunho de Joseph Smith quanto à Primeira Visão, mais de cinco anos antes da restauração do sacerdócio.

• Citem alguns dos homens e mulheres de sua família que morreram antes de receber a plenitude do evangelho. O que vocês sabem a respeito dessas pessoas?

Saliente que sendo membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, temos a plenitude do evangelho e as ordenanças salvadoras do sacerdócio. Graças ao trabalho realizado nos templos em favor dos mortos, podemos proporcionar essas ordenanças a bilhões de pessoas que não as receberam na vida mortal.

Diga que esta lição fala da obra de redenção dos mortos e que o tema principal é o batismo pelos mortos.

Discussão e Aplicação

Em espírito de oração, escolha as escrituras, perguntas e outras partes da lição mais adequadas às necessidades dos alunos. Incentive-os a falar de experiências relacionadas aos princípios das escrituras.

1. O Senhor revelou a doutrina das ordenanças do sacerdócio pelos mortos por intermédio do Profeta Joseph Smith.

• Por que realizamos ordenanças em favor dos mortos? (Diga que todos precisam ter a oportunidade de ouvir o evangelho e receber as ordenanças salvadoras do sacerdócio. Quem não recebeu essas bênçãos na mortalidade terá a oportunidade de recebê-las no mundo espiritual. Como, lá, essas pessoas não têm um corpo físico, não podem realizar as ordenanças sozinhas, mas nós podemos realizá-las em seu favor. As pessoas que estão no mundo espiritual aceitam ou rejeitam as ordenanças que realizamos por elas.)

Saliente que o Senhor começou a ensinar as coisas relativas ao trabalho em favor dos mortos a Joseph Smith logo no início do ministério do profeta. (Joseph Smith—História 1:36–39; cabeçalho de D&C 2; D&C 2:1–3) O Presidente Gordon B. Hinckley comentou esse ensinamento:

“Para mim, é extremamente significativo que (…) essas palavras de Malaquias a respeito do trabalho realizado pelos mortos tenham sido repetidas ao jovem Joseph quatro anos antes de ser-lhe permitido retirar as placas da colina. Elas foram repetidas antes que ele tivesse recebido o Sacerdócio Aarônico ou o de Melquisedeque, antes que fosse batizado e muito antes que a Igreja fosse organizada o que deixa clara a prioridade que esse trabalho tem no plano do Senhor. (“A Century of Family History Service”, Ensign, março de 1995, p. 61.)

Diga que no dia 15 de agosto de 1840, o Profeta Joseph fez o sermão no funeral de um membro da Igreja chamado Seymour Brunson. Durante o sermão, leu grande parte de I Coríntios 15, que inclui uma referência ao batismo pelos mortos. (Versículo 29) Depois, anunciou que os membros da Igreja podiam ser batizados em favor dos amigos e parentes que tivessem morrido sem receber o evangelho e declarou que o objetivo do plano de salvação era salvar todos os que estivessem dispostos a atender às exigências da lei de Deus. Depois desse sermão, os membros da Igreja começaram a realizar batismos pelos mortos no rio Mississipi, que ficava próximo.

2. O Senhor ordenou aos santos que construíssem um templo em Nauvoo.

• No dia 19 de janeiro de 1841, vários meses depois de os membros da Igreja terem começado a realizar batismos pelos mortos, o Senhor ordenou-lhes que construíssem um templo em Nauvoo. (D&C 124:25–27) Que razões o Senhor alegou para dar esse mandamento? (Leia as seguintes escrituras com os alunos e descubra as respostas dessa pergunta. A lista abaixo contém algumas das respostas possíveis.)

  1. D&C 124:28, 40–41. (Revelar outras ordenanças do sacerdócio.)

  2. D&C 124:29–30, 33. (Para que houvesse um lugar para a realização dos batismos pelos mortos.)

  3. D&C 124:55. (Para que os santos provassem que eram fiéis em guardar os mandamentos de Deus, de modo a serem abençoados com honra, imortalidade e vida eterna.)

Saliente que o Templo de Nauvoo foi o segundo construído nesta dispensação. Um dos principais objetivos da construção desse templo foi proporcionar um lugar para os santos realizarem as ordenanças, como, por exemplo o batismo e as confirmações pelos mortos, as investiduras e os casamentos no templo. Essas ordenanças não eram realizadas no Templo de Kirtland.

Mostre a gravura do Templo de Nauvoo. Diga que os santos fizeram muito sacrifício para obedecer ao mandamento de construir esse templo. Peça ao aluno designado que fale da construção do Templo de Nauvoo, de acordo com Nosso Legado. (pp. 59–60, os primeiros quatro parágrafos sob o título “O Templo de Nauvoo”.)

Imagem
Nauvoo Temple

• Falem do que os impressiona nos sacrifícios que os primeiros membros da Igreja fizeram para construir o Templo de Nauvoo.

Diga que por algum tempo, o Senhor permitiu que os santos continuassem a realizar os batismos pelos mortos no rio Mississipi. (D&C 124:31–32) Contudo, no dia 3 de outubro de 1841, o Profeta Joseph anunciou: “Não haverá mais batismos pelos mortos até que seja possível realizar essa ordenança na Casa do Senhor”. (History of the Church, 4:426) No dia 8 de novembro de 1841, Brigham Young dedicou uma pia batismal provisória de madeira esmeradamente trabalhada que ficava no subsolo do templo que ainda estava em construção. (History of the Church, 4:446–447) Atualmente todas as ordenanças em favor dos mortos têm de ser realizadas nos templos.

• O que aprendemos com a determinação dos santos em construir uma pia batismal antes que o templo terminasse de ser construído? (Enquanto os alunos discutem essa questão, peça-lhes que pensem nos próprios sentimentos quanto à redenção dos mortos. Sugira a eles que se perguntem se estão tão ansiosos por realizar esse trabalho quanto estavam os primeiros membros da Igreja.)

3. Devemos empenhar-nos com entusiasmo e alegria para realizar os batismos pelos mortos.

Diga que, ainda na época do Novo Testamento, após a Ressurreição de Cristo, foram realizados alguns batismos pelos mortos. (I Coríntios 15:29) Contudo, o trabalho grandioso de proporcionar as ordenanças de salvação aos mortos é atualmente responsabilidade dos membros da Igreja desta dispensação. Mostre a figura da pia batismal do templo.

Saliente que os membros da Igreja que têm doze anos ou mais, inclusive os recém-conversos, podem ser batizados pelos mortos. Para isso, o membro tem de ter uma recomendação atualizada para entrar no templo. Os homens e meninos precisam ser portadores do sacerdócio.

• Leia D&C 128:15 com os alunos. Em que sentido os mortos dependem de nós para serem salvos? Em que sentido a nossa salvação depende da salvação dos mortos? (Ver D&C 128:17–18 e as próximas citações.)

O Presidente Gordon B. Hinckley disse: “As coisas que acontecem na Casa do Senhor (…) aproximam-se mais do espírito de sacrifício do Senhor do que qualquer outra atividade que eu conheça. Por quê? Porque são realizadas por pessoas que doam seu tempo e seus meios livremente, sem nenhuma expectativa de reconhecimento ou recompensa, para fazer por outros o que não podem fazer por si mesmos.” (Ensign, março de 1995, 62–63)

O Élder John A. Widtsoe, do Quórum dos Doze, disse: “Na pré-existência, no dia do grande conselho, fizemos um acordo com o Todo-Poderoso. O Senhor apresentou um plano, que concebera, e nós o aceitamos. Uma vez que o plano se aplica a todos os seres humanos, tornamo-nos participantes da salvação de todas as pessoas que ele abarque. Concordamos, por ocasião do conselho, em ser salvadores não só de nós próprios, (…) mas de toda a família humana. Tornamo-nos sócios do Senhor. A execução do plano tornou-se assim, não só obra do Pai e do Salvador, mas também nossa. O menor de nós, o mais humilde, é sócio do Todo-Poderoso na concretização do propósito do plano eterno de salvação”. (“The Worth of Souls”, Utah Genealogical and Historical Magazine, outubro de 1934, p. 189.)

• Leia D&C 2 com os alunos. De que forma a realização dos batismos pelos mortos nos ajuda a voltar o coração para os nossos antepassados?

Peça aos alunos designados que falem um pouco do que sentiram quando souberam que poderiam ajudar outras pessoas a serem salvas por intermédio do batismo pelos mortos. (Ver “Preparação”, item 3b.)

Caso seja o professor dos jovens, sugere-se que você conte também a seguinte história a respeito de um grupo de moças que fizeram uma pesquisa para encontrar nomes de pessoas que morreram sem receber o evangelho:

“Depois de pesquisar mais de 400 nomes de homens e mulheres, as Moças da Ala XV de Meridian [em Idaho] convidaram os Rapazes para ir com elas ao Templo de Boise para os batismos. O templo preparou tudo para que os nomes fossem colocados em um arquivo para a ala deles. Heather Bennett, de quinze anos, disse: ‘O melhor de tudo foi ser batizada por eles. Os nomes soaram-me familiares. Foi a melhor parte do projeto todo. Realizamos por essas pessoas um trabalho que não seria realizado de outra maneira. Elas poderiam ter ficado esquecidas.’”

Cori Christensen, outra moça do grupo, disse: “Enquanto estávamos sentadas no batistério do templo, tivemos uma sensação muito boa. Era a sensação de vitória. Déramos uma oportunidade a essas pessoas”. (“Names and Faces”, New Era, fevereiro de 1994, p. 32.)

• Leia D&C 128:19, 22–24 com os alunos. De acordo com esses versículos, qual deveria ser a nossa atitude com relação ao evangelho e à realização de batismos pelos mortos? Por que a questão do batismo pelos mortos pode dar tamanha alegria tanto aos vivos quanto aos mortos?

Peça aos alunos designados que falem do que sentiram quando ficaram sabendo que poderiam ser batizados em favor dos parentes falecidos. (Ver “Preparação”, item 3c.)

Conclusão

Leia D&C 128:17 com os alunos. Saliente que o Profeta Joseph Smith disse que o trabalho de redenção dos mortos é “[o] mais glorioso de todos os assuntos pertencentes ao evangelho eterno”. Incentive os alunos a fazerem tudo o que puderem para realizar os batismos pelos mortos. Preste testemunho das verdades abordadas em aula, seguindo a orientação do Espírito.

Sugestões Didáticas Complementares

Você pode utilizar uma das seguintes idéias, ou as duas, para complementar o plano de aula sugerido.

1. Contexto histórico de Doutrina e Convênios 127 e 128:

Utilize as seguintes informações para apresentar o contexto histórico de D&C 127 e 128:

No verão de 1842, um grupo de homens estava tentando aprisionar o Profeta Joseph Smith injustamente. Por causa dessa perseguição, o profeta saiu de Nauvoo. Ele disse: “(…) Achei conveniente e sábio abandonar o lugar por certo tempo, para minha própria segurança e segurança deste povo”. (D&C 127:1) Apesar da situação ser difícil, ele escreveu cartas alegres aos membros da Igreja.

• Durante essa época de perseguição, qual era o assunto que mais preocupava o Profeta e que mais o impressionava? (Ver D&C 128:1.)

2. A importância de manter registros

Diga que por intermédio do Profeta Joseph Smith, o Senhor ordenou aos membros da Igreja que fizessem registros detalhados dos batismos pelos mortos. (D&C 127:5–9; 128:1–9) Atualmente, esses registros são armazenados em computadores.

• Por que temos de manter os registros dos batismos pelos mortos? (Ver D&C 128:6–8, 24. Os registros feitos na terra também são feitos no céu e os mortos serão julgados de acordo com esses livros. Na ocasião da Segunda Vinda, entregaremos os registros ao Senhor, como uma oferta.)