Lição 5
“Este É o Espírito de Revelação”
Objetivo
Ajudar os alunos a compreenderem como se preparar para receber revelações pessoais e incentivá-los a fazê-lo.
Preparação
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Em espírito de oração, estude Doutrina e Convênios 6, 8, 9, Joseph Smith— História 1:8–17 e as outras escrituras desta lição:
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Estude o material do Guia de Estudo do Aluno (35686 059) referente a esta lição. Prepare-se para utilizá-lo durante a aula.
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Para adquirir uma maior compreensão dos acontecimentos históricos relacionados à doutrina nesta lição, você pode examinar o seguinte:
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Caso utilize a atividade motivadora, preparar-se para mostrar algumas gravuras de profetas recebendo revelações, como, por exemplo “Moisés e a Sarça Ardente” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730 059) – 107], “O Menino Samuel É Chamado pelo Senhor” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730 059) – 111], “Daniel Interpreta o Sonho de Nabucodonosor” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730 059) – 115], “O Irmão de Jarede Vê o Dedo do Senhor” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730 059) – 318] e “A Primeira Visão” [Pacote de Gravuras do Evangelho (34730 059) – 403]. Sugerese que você também consiga fotografias de alguns alunos.
Sugestões para o Desenvolvimento da Lição
Atividade Motivadora
Considere o que seja mais adequado e utilize esta atividade ou outra de sua preferência para iniciar a aula.
• Mostre as gravuras dos profetas. (Ver “Preparação”, item 3.) Diga que todas as gravuras mostram uma coisa em comum. O que é? (Todas mostram um profeta recebendo revelação.)
Leia a seguinte declaração do Joseph Smith: Deus nada revela a Joseph que não revele aos Doze, e até mesmo o menor dos santos poderá receber todas as coisas, tão logo possa suportá-las”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, (org.), Joseph Fielding Smith, 1975, p. 145.)
Saliente que não temos de ser profetas para receber revelações do Senhor. Ainda que não recebamos revelações para guiar a Igreja, podemos receber revelações que nos ajudem a aprender as verdades do evangelho e que nos sirvam de orientação em nossa vida pessoal, nas responsabilidades para com a família e a Igreja. Caso tenha conseguido as fotografias dos alunos, coloque-as ao lado das gravuras dos profetas.
Discussão e Aplicação
Em espírito de oração, escolha as partes da lição mais adequadas às necessidades dos alunos. Conversem a respeito de como as escrituras se aplicam à vida diária. Incentive-os a contarem experiências relacionadas com os princípios das escrituras.
Diga que as lições 5 e 6 tratam de revelação pessoal. Doutrina e Convênios contém passagens muito esclarecedoras com respeito a esse assunto importante. Esta lição fala de por que precisamos das revelações pessoais e de como devemos preparar-nos para recebê-las. A lição 6 fala de como reconhecer as revelações pessoais que recebemos por meio do Espírito Santo. A designação de leitura das duas lições inclui D&C 6, 8 e 9, que Joseph Smith recebeu enquanto estava traduzindo o Livro de Mórmon, tendo Oliver Cowdery como escrevente. Apesar de o contexto de D&C 9 referir-se à tentativa que Oliver Cowdery fez de traduzir o Livro de Mórmon, os princípios também se aplicam a outras revelações.
1. Nossa necessidade de receber revelações pessoais
Diga que uma das maiores bênçãos que temos é que os céus estão abertos e o Senhor Se comunica com Seus filhos por meio de revelações contínuas. “A revelação divina é um dos mais grandiosos conceitos e princípios do evangelho de Jesus Cristo; pois, sem ela, os homens não poderiam ter conhecimento das coisas de Deus. (…) A continuidade das revelações de Deus a seus santos (…) torna possível que eles sejam guiados diariamente pelos caminhos verdadeiros e leva as almas fiéis a receberem a salvação total e eterna no reino celestial. (…) Sem as revelações, tudo seria obra do acaso, trevas e confusão.” (Bible Dictionary, “Revelation”, 762.)
• Élder Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze, disse: “Sem inspiração pessoal, nenhum de nós pode sobreviver no mundo de hoje, quanto mais no que em breve ele se tornará”. (A Liahona, janeiro de 1992, p. 25.) Em sua opinião, por que as revelações pessoais são tão importantes em nossa época? (A lista abaixo contém algumas das respostas possíveis.)
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É por intermédio das revelações pessoais que recebemos o nosso testemunho de Jesus Cristo, de Seu evangelho e da origem divina do chamado de Joseph Smith.
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É por intermédio das revelações pessoais que aprendemos as verdades divinas.
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É por intermédio das revelações pessoais que recebemos a orientação que ultrapassa o nosso entendimento limitado para responder às questões da vida, enfrentar as dificuldades e tomar decisões.
• Citem algumas decisões ou situações nas quais as revelações pessoais podem ser úteis. (Peça aos alunos que falem de como as revelações pessoais os ajudaram com as responsabilidades familiares, da Igreja e em outros aspectos da vida.
2. Como compreender o que devemos fazer para receber revelações
Diga que é importante que compreendamos como nos devemos preparar para receber revelações pessoais. Peça aos alunos que leiam as passagens de escritura correspondentes às seguintes referências, que estão em itálico. Depois, peça-lhes que digam quais dessas escrituras ensinam a respeito de como nos podemos preparar para receber revelações pessoais. (Há sugestões entre parênteses.) Resuma as respostas no quadro-negro; depois, discuta-as.
A. Doutrina e Convênios 9:8; Joseph Smith—História 1:8–10. (Estudar o assunto em nossa mente.)
• Como podemos estudar um assunto em nossa mente?
Sugere-se que você peça que os alunos estudem Joseph Smith—História 1:8 para encontrar algumas frases que descrevam como Joseph Smith estudou mentalmente a dúvida que tinha. Abaixo, encontram-se algumas frases centrais:
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“Minha mente foi levada a sérias reflexões.”
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“Meus sentimentos [eram] profundos e muitas vezes pungentes.”
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“[Assistia] a suas diversas reuniões tão freqüentemente quanto a ocasião me permitisse.”
Saliente que Joseph Smith concentrou-se muito em descobrir que igreja era a correta. Ele também empenhou muito tempo e esforçou-se muito para freqüentar as reuniões, estudar as escrituras e passou mais de dois anos procurando a resposta. Sugira aos alunos que pensem em Joseph Smith como um exemplo de como estudar algo mentalmente quando estiverem buscando revelação.
• Por que o Senhor espera que estudemos mentalmente antes que recebamos as revelações? (Algumas das respostas possíveis são que o Senhor quer que tenhamos um papel ativo, e não passivo, quando buscamos revelações Dele. Ele espera também que utilizemos o nosso arbítrio. Desenvolvemo-nos quando utilizamos os dons e recursos que Ele nos proporcionou para ajudarnos a estudar as coisas mentalmente.) Falem de como estudar algo mentalmente tenha sido útil para o seu desenvolvimento espiritual.
B. Doutrina e Convênios 138:1–11; Joseph Smith—História 1:11–12. (Ponderar e meditar as escrituras e os ensinamentos dos profetas dos últimos dias.) Diga que ponderar as escrituras foi o que desencadeou as duas revelações que se encontram nessas passagens.
• Por que é importante estudar e ponderar as escrituras quando buscamos uma revelação? Falem de como estudar as escrituras lhes tenha sido útil em momentos em que buscaram revelações do Senhor.
O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze explicou:
“A leitura das escrituras pode (…) levar à revelação atual de qualquer [coisa] que o Senhor deseje comunicar ao leitor no momento. Não estamos exagerando quando dizemos que as escrituras podem ser como o Urim e Tumim, ajudando cada um a receber revelações pessoais.
Como acreditamos que a leitura das escrituras pode ajudar-nos a receber revelações, somos incentivados a ler as escrituras repetidamente. Dessa forma conseguimos o acesso às coisas que o Pai Celestial gostaria que soubéssemos e fizéssemos individualmente hoje. É por isso que os membros da Igreja acreditam no estudo diário das escrituras.” (“Scripture Reading and Revelation”, Ensign, janeiro de 1995, p. 8.)
C. Doutrina e Convênios 6:5; 14; 8:1; 42:61; 88:63–64. (Perguntar ao Senhor, com fé, sinceridade de coração e crendo que receberemos.)
Élder Boyd K. Packer disse: “Nenhuma mensagem é repetida mais vezes nas escrituras, de tantas maneiras, como ‘pedi e recebereis’. (A Liahona, janeiro de 1992, p. 23.) Orar com fé é uma parte essencial do processo de receber revelações. Saliente que a maioria das revelações de Doutrina e Convênios foram respostas a perguntas que o Profeta Joseph Smith fez ao Senhor.
• O que significa “pedir com fé”? (D&C 8:1; ver também 1 Néfi 15:11 e Morôni 10:4.)
Estas perguntas feitas pelo Presidente Spencer W. Kimball ajudam-nos a compreender o que é orar com fé: “[Dizem] algumas palavras banais e frases batidas, ou falam íntimamente com o Senhor? Oram às vezes, quando deveriam orar com regularidade, com freqüência, constantemente? (…) Quando vocês oram, simplesmente falam, ou também escutam? (…) Agradecem ou simplesmente pedem graças?” (“Oração”, A Liahona, maio de 1980, pp. 3 e 5.)
• O que significa pedir “com um coração honesto”? (D&C 8:1; a lista na próxima página contém algumas das respostas possíveis.)
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Devemos empenhar-nos sinceramente em compreender a vontade do Senhor e pedir somente o que esteja de acordo com ela.
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Devemos ter certeza de que o motivo que nos leva a fazer o pedido seja puro.
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Devemos estar arrependidos.
• Leia Joseph Smith—História 1:13–16 com os alunos. O que aprendemos a respeito da oração com essa passagem? (Algumas das respostas possíveis são orar em voz alta, orar de joelhos, abrir o coração em vez de meramente falar e empregar toda a nossa energia para invocar Deus.)
• O que o Senhor promete caso peçamos com fé e com honestidade de coração? (Ver D&C 6:14; 42:61.) Falem de como essas promessas têm-se cumprido em sua vida.
D.Doutrina e Convênios 63:23; 76:5–10; 93:1, 28; 101:7–8. (Ser obedientes e servir a Deus.)
• Por que a obediência é importante quando buscamos revelações de Deus?
O Élder Dallin H. Oaks ensinou: “O caminho para a revelação é a retidão”. (The Lord´s Way, 1991, p. 34.) Ele ensinou também que “não podemos ter a companhia do Espírito Santo (por intermédio do qual recebemos as revelações pessoais) se estivermos em transgressão ou irados ou se nos rebelarmos contra as autoridades escolhidas pelo Senhor”. (“Ensinar e Aprender pelo Espírito”, A Liahona, maio de 1999, p. 18.)
E. Doutrina e Convênios 5:24; 19:23; 112:10; 136:32–33. (Ser mansos e humildes.)
• Por que a humildade é importante quando buscamos revelações de Deus?
David Whitmer contou que em certa manhã, quando Joseph Smith se preparava para retomar a tradução do Livro de Mórmon, “aconteceu algo de errado na casa e Joseph ficou aborrecido. Foi algo que Emma, a mulher dele, havia feito. Oliver e eu fomos para o andar de cima e Joseph subiu pouco depois, para continuar a tradução, mas não conseguiu fazer nada. Não conseguiu traduzir nenhuma sílaba. Ele desceu, foi ao pomar e suplicou ao Senhor. Ficou ausente por uma hora, voltou para casa e pediu perdão a Emma, depois, subiu, indo para onde estávamos e, então, a tradução prosseguiu bem. Ele não conseguia fazer nada a não ser com humildade e fé”. (Citado em B. H. Roberts, A Comprehensive History of the Church 1:131.)
F. Doutrina e Convênios 25:10; 30:2. (Concentrar-se nas coisas de Deus e não nas coisas do mundo.)
• Por que é importante que nos concentremos nas coisas de Deus e não “nas coisas terrenas” quando buscamos revelações? (D&C 30:2) Como nos podemos livrar das preocupações e da interferência do mundo quando buscamos revelações?
O Élder Boyd K. Packer ensinou:
“Somos inspirados mais facilmente em lugares calmos. As escrituras estão repletas de palavras como calmo, suave, pacífico, Consolador. (…)
O mundo fica cada vez mais barulhento. As roupas e o comportamento ficam cada vez mais negligentes e desleixados. Músicas desagradáveis e de letra obscena são tocadas a todo volume por amplificadores enquanto piscam as luzes de cores psicodélicas, caracterizando a cultura das drogas. Há variações dessas coisas que estão influenciando a juventude e conquistando a sua aceitação. (…)
Essa tendência a aumentar o barulho, a agitação, a contenda; a diminuir a moderação, a dignidade e a formalidade não é acidental, inocente, nem inofensiva.
A primeira ordem de um comandante que esteja preparando uma invasão militar é obstruir os canais de comunicação daqueles que pretenda conquistar.
A irreverência serve bem ao objetivo do adversário, pois obstrui os canais sensíveis da revelação tanto na mente como no espírito”. [Conference Report (Relatório da Conferência Geral), outubro de 1991, pp. 27–28; Ensign, novembro de 1991, pp. 21–22.]
Quando estava servindo na Presidência dos Setenta, o Élder Neal A. Maxwell ensinou:
“A orientação divina é tão crucial (…) que precisamos fazer muito esforço para ficarmos em condições de receber essa ajuda tão especial. O Presidente David O. McKay falou de como, pela manhã, antes de nos envolvermos com os afazeres do dia, somos ainda mais receptivos à inspiração. Outras pessoas acham que o isolamento e a leitura das escrituras podem ser cultivadas e que elas criam uma atmosfera propícia ao Espírito. Afinal, é bom que leiamos as palavras de Cristo que já temos diante de nós antes de pedir mais.” (Wherefore, Ye Must Press Forward, 1997, p. 121.)
Conclusão
Saliente o quanto as revelações pessoais são importantes em nossa vida. Preste testemunho de que todos os membros da Igreja podem receber revelações por intermédio do Espírito Santo. Incentive os alunos a prepararem-se para receber essa orientação divina.