Lição 3
Cultivar o Amor e a Amizade no Casamento
Objetivo
Ajudar os alunos a compreenderem melhor o princípio do amor e incentivar os casados a cultivar o amor no casamento.
Preparação
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Procure meios de utilizar os princípios relacionados na seção “Responsabilidades do Professor”. (Páginas ix–xi deste manual)
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Pondere as doutrinas e princípios contidos nos subtítulos da lição em negrito. Durante a semana, pense em como poderia ensinar essas doutrinas eprincípios. Empenhe-se em conseguir a orientação do Espírito para decidir o que deve salientar para atender às necessidades dos alunos.
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Caso os seguintes materiais estejam disponíveis, prepare-se para utilizá-los durante a aula:
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Uma ou mais gravuras (ou fotos) de casamento. Sugere-se, por exemplo, que você mostre a gravura “Um Jovem Casal Indo ao Templo” Pacote de Gravuras do Evangelho (34740 059)–609] ou que leve algumas fotografias de seu casamento para a classe e peça aos alunos que levem uma foto do próprio casamento.
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Uma flor ou a figura de uma flor.
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Sugestões para o Desenvolvimento da Lição
O marido e a mulher precisam cultivar o amor que sentem um pelo outro.
Mostre uma ou mais gravuras (ou fotografias) de casamento. (Ver “Preparação”, item 3a.) Fale do amor que marido e mulher têm um pelo outro no início do casamento.
Mostre a flor, ou a gravura da flor. (Ver “Preparação”, item 3b.) Depois, peça que um aluno leia a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball, 12º Presidente da Igreja (Relacionamento Conjugal e Familiar Guia de Estudo do Participante, p. 14):
“O amor é como uma flor e, como o corpo, precisa ser alimentado sempre. O corpo mortal logo ficaria abatido e morreria se não fosse alimentado sempre. A flor viçosa, murcharia e morreria sem alimento e água. Da mesma forma, não podemos esperar que o amor seja eterno se não o alimentarmos sempre com porções de amor, manifestações de carinho, admiração, gratidão e de consideração abnegada.” (“Oneness in Marriage”, Ensign, março de 1977, p. 5.)
Diga que esta lição trata do que marido e mulher podem fazer para cultivar o amor que têm um pelo outro de modo que ele se torne cada vez maior.
As demonstrações de amor e bondade mantêm o amor e a amizade vivos no casamento.
Peça aos alunos casados que pensem na época em que eram recém-casados. Peça-lhes que mencionem algumas coisas que faziam pelo marido ou mulher naquela época.
• Por que precisamos agir dessa maneira durante toda a nossa vida de casados?
Diga que marido e mulher precisam continuar a cortejar um ao outro e a cultivar a amizade por toda a vida. Agindo assim, verão que o amor que têm um pelo outro se tornará cada vez maior.
O Élder Marlin K. Jensen, dos Setenta, fez esta observação: “A amizade é (…) uma parte vital e maravilhosa do namoro e do casamento. Um relacionamento entre um homem e uma mulher que começa com amizade e, depois, transformase num romance e, finalmente, culmina com o casamento, muitas vezes transforma-se numa amizade duradoura e eterna. Nada é mais inspirador no mundo de hoje, no qual os casamentos se dissolvem tão facilmente, do que observar marido e mulher desfrutando tranqüilamente da amizade um do outro, ano após ano, enquanto recebem as bênçãos e passam pelas provações da mortalidade”. (A Liahona, julho de 1999, p. 75.)
Quando servia como Setenta, o Élder James E. Faust disse que uma das coisas menos evidentes e mais importantes que levam ao divórcio é “(…) a falta de um enriquecimento constante do casamento. É a ausência daquele algo extra que o torna precioso, especial e maravilhoso, quando ele é enfadonho, difícil einsípido.” Ele aconselhou: “No enrequecimento de uma união, as grandes coisas são as pequenas coisas, a apreciação deve ser constante de um pelo outro, sempre demonstrando grata atenção. É preciso que haja mútuo encorajamento, para que ambos cresçam. O casamento é a busca comum do que é bom, belo e divino.” (Como Enriquecer o Casamento, A Liahona, fevereiro de 1978, pp. 12–13.)
• Quais são alguns dos “detalhes” capazes de manter o amor e a amizade vivos no casamento? (Sugere-se que você escreva as respostas dos alunos no quadro- negro.) Vocês poderiam contar alguma história real ou exemplo que demonstre a importância de utilizar essas coisas para fazer com que o amor continue aumentando?
Certa mulher, casada há mais de 35 anos, disse: “Adoro quando meu marido me traz lembrancinhas ao voltar tarde de um compromisso ou depois de se ausentar por um fim de semana. Não precisa ser nada demais; basta trazer-me um biscoito ou uma flor da reunião. Gosto principalmente quando ele me telefona do serviço, no meio do dia, só para perguntar como vão as coisas ou para contar alguma notícia interessante. Esses detalhes fazem com que eu sinta que ele me ama e tem carinho por mim”.
Saliente que marido e mulher têm de fazer os planos necessários para passarem algum tempo juntos, só os dois. Peça aos alunos que leiam este conselho doÉlder Joe J. Christensen, dos Setenta (Relacionamento Conjugal e Familiar Guia de Estudo do Participante, p. 19):
“Mantenham acesa a chama do namoro. Reservem tempo para estarem juntos— só os dois. Tão importante quanto estar com os filhos, em família, é ter um tempo juntos, a sós. Se fizerem isso, seus filhos saberão que consideram o casamento algo importante que requer cuidados. Para isso é necessário tomar uma decisão, planejar e reservar tempo”. (A Liahona, julho de 1995, pp. 69–70.)
• O que pode fazer com que o marido e a mulher não tenham tempo para estar juntos? O que os casados podem fazer para manter acesa a chama do namoro?
O contato físico digno no casamento é uma demonstração de amor.
Diga que o Senhor aprova o contato físico digno no casamento. Esse contato proporciona grandes bênçãos aos casados, ajuda-os a tornarem-se espiritualmente unidos e a aumentar o amor entre si. Sugere-se que você leia, ou repita, algumas das seguintes declarações, ou todas elas:
O Élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o propósito do contato físico no casamento: “Dentro do duradouro convênio do casamento, o Senhor permite ao marido e à mulher a expressão dos sagrados poderes de procriação, em todo o seu encanto e beleza, dentro dos limites que Ele estabeleceu. Um dos propósitos dessa experiência particular, sagrada e íntima é dar um corpo físico aos espíritos que o Pai Celestial quer que passem pela mortalidade. Outro propósito desses fortes e belos sentimentos é unir marido e mulher em lealdade, fidelidade, consideração mútua e objetivo comum.” (A Liahona, outubro de 1999, p. 29.)
O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “O poder de criar a vida mortal é o mais elevado poder que Deus concedeu a Seus filhos. Seu uso foi ordenado no primeiro mandamento [dado a Adão e Eva], mas outro importante mandamento nos proíbe utilizá-lo indevidamente. A ênfase dada à lei da castidade explica-se por nossa compreensão do propósito dos poderes de procriação no cumprimento do plano de Deus. A expressão de nosso poder de procriação é agradável a Deus, mas Ele nos ordenou que o restrinjamos aos laços do matrimônio”. (A Liahona, janeiro de 1994, p. 80.)
O Presidente Spencer W. Kimball ensinou: “As relações sexuais são consideradas corretas e aprovadas por Deus quando praticadas entre marido e mulher, legalmente casados. Não há nada de errado ou degradante na sexualidade em si, pois é por seu intermédio que o homem e a mulher participam do processo de criação e expressam amor”. [The Teachings of Spencer W. Kimball, Edward L. Kimball (org.), 1982, p. 311.]
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos ensinou: “A intimidade física é para casais casados, pois este é o símbolo supremo da união total, umaunião ordenada e definida por Deus. Desde o Jardim do Éden, o casamento foi instituído com o objetivo de criar uma fusão completa entre o homem e a mulher, unindo corações, esperanças, vidas, amor, família, futuro, tudo. Adão disse a Eva que ela era osso dos seus ossos, carne da sua carne e que eles deveriam ser “uma carne” na sua vida juntos. Essa união é tão completa que usamos a palavra selar para expressar sua promessa eterna. O Profeta Joseph Smith disse, certa vez, que poderíamos descrever esse elo sagrado como uma espécie de “solda” que nos une uns aos outros”. (A Liahona, janeiro de 1999, p. 91)
O Presidente Howard W. Hunter, 14º Presidente da Igreja, aconselhou que até no casamento a capacidade sagrada da procriação não deve ser mal empregada: “A compaixão e o respeito—nunca o egoísmo—devem ser os princípios orientadores no relacionamento íntimo entre marido e mulher. Ambos devem ser atenciosos um com o outro e perceber as necessidades do cônjuge. Qualquer comportamento dominador, indecente ou incontrolável no relacionamento conjugal é condenado pelo Senhor.” (A Liahona, janeiro de 1995, p. 55.)
Leia Êxodo 20:14, 17 com os alunos. Depois, leia, ou repita, a seguinte declaração do Presidente Gordon B. Hinckley, 15º Presidente da Igreja:
“Cremos na castidade antes do casamento e fidelidade total após o casamento. Isso resume tudo. Esse é o caminho da felicidade na vida. Esse é o modo de se ter satisfação. Traz paz ao coração e paz ao lar.” (A Liahona, janeiro de 1997, p. 56.)
Saliente que o marido e a mulher devem ter o cuidado de não fazer nada que se assemelhe à infidelidade. Por exemplo, devem sempre respeitar e impor os limites emocionais e físicos em seu relacionamento com os colegas de trabalho do sexo oposto.
• Por que a fidelidade total é de importância vital no casamento?
• Em que sentido traímos a confiança do cônjuge ao utilizarmos materiais impróprios ou pornográficos? Como o flerte com alguém do sexo oposto coloca o casamento em perigo?
Leia, ou repita, uma das seguintes declarações (ou as duas):
O Presidente Howard W. Hunter aconselhou: “Sede fiéis aos convênios do casamento em pensamento, palavra e ação. Pornografia, flertes e fantasias perniciosas corroem o caráter e minam o alicerce de um casamento feliz. Dessa forma, a unidade e a confiança dentro do casamento são destruídas. (A Liahona, janeiro de 1995, p. 53.)
O Presidente Ezra Taft Benson, 13º Presidente da Igreja, aconselhou: “Se forem casados, abstenham-se de qualquer tipo de flerte. (…) O que aparentemente é uma brincadeira inofensiva ou só um pouco de diversão com alguém do sexo oposto pode facilmente levar ao envolvimento mais sério e finalmente, à infidelidade. Esta seria uma boa pergunta para fazermos a nós mesmos: ‘Será que meu marido, ou mulher, ficaria contente se soubesse que estou fazendo isso? Será que a mulher ficaria contente sabendo que o marido almoça sozinho com a secretária? Será que o marido ficaria contente se visse a mulher flertando ou agindo de modo faceiro com outro homem? Queridos irmãos e irmãs, era isso que Paulo tinha em mente ao dizer: ‘Abstende-vos de toda a aparência do mal’. (I Tessalonicenses 5:22) (“The Law of Chastity”, Brigham Young University, 1987–1988 Devotional and Fireside Speeches, 1988, p. 52.)
Os casados devem empenhar-se em ter caridade, que é o puro amor de Cristo.
• Leia João 13:34–35 e Efésios 5:25 com os alunos. O que essas passagens ensinam a respeito de como marido e mulher devem tratar um ao outro?
Saliente que apesar de, no casamento, o relacionamento físico do casal ser importante, não é o aspecto mais importante do amor entre marido e mulher. Leia ou repita a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball:
“[O amor, no casamento, é profundo e abrangente. Não como o relacionamento que o mundo erroneamente chama de amor e que consiste principalmente de atração física. Quando o casamento é inteiramente baseado nisso, em pouco tempo um se cansa do outro (…) O amor de que o Senhor fala não é somente a atração física; é também a atração espiritual. É ter fé e confiar um no outro, e compreender um ao outro. É a parceria total. É o companheirismo com os mesmos ideias e padrões. É o altruísmo recíproco e a disposição de sacrificaremse um pelo outro. É a pureza de pensamentos e ações e a fé em Deus e em Seus desígnios. É ser pais na mortalidade, tendo sempre em mente a futura condição de deuses, criadores e de pais espirituais. É vasto, universalmente abrangente e ilimitado. Esse tipo de amor nunca esmorece nem declina. Resiste às doenças e tristezas, à prosperidade e à pobreza, às realizações e às decepções, ao tempo e à eternidade.” (Faith Precedes the Miracle, 1972, pp. 130–131.)
Diga que o amor de que o Presidente Kimball falou é a caridade, o puro amor de Cristo. Leia Morôni 7:45–48 com os alunos. Peça-lhes que identifiquem as características da caridade durante a leitura. Escreva as características no quadro- negro, como na relação abaixo:
Caridade:
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É sofredora.
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É benigna.
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Não é invejosa.
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Não se ensoberbece (não é orgulhosa).
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Não busca seus próprios interesses.
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Não se irrita facilmente.
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Não suspeita mal.
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Não se regozija com a iniqüidade.
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Tudo sofre.
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Tudo crê.
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Tudo espera.
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Tudo suporta.
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Nunca falha.
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É a maior de todas.
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É o puro amor de Cristo.
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Permanece para sempre.
Saliente que, exceto pelo compromisso de amar ao Pai Celestial e a Jesus Cristo e achegar-se a Eles, o compromisso do casamento (principalmente o do casamento eterno) é o mais importante que há. Marido e mulher devem-se empenhar continuamente em desenvolver a caridade recíproca.
Para ajudar os alunos a aplicarem esse princípio, saliente as características da caridade que você escreveu o quadro-negro. Peça-lhes que discutam como, no casamento, podemos demonstrar características específicas, como, por exemplo, “não buscar seus próprios interesses” ou “não falhar”. Peça-lhes que falem de coisas que tenham visto e que exemplifiquem essas características.
Conclusão
Saliente que marido e mulher devem cultivar o amor e a amizade recíprocos. Devem manter o amor vivo, por meio de gestos pequenos e constantes de afeição e bondade. Devem estar atentos às necessidades espirituais, físicas e emocionais um do outro ao passarem juntos pelas alegrias e dificuldades da vida. Devem tomar a decisão de nunca fazer nada que destrua o amor que é essencial ao casamento e devem rogar “ao Pai, com toda a energia de [seu] coração, que [sejam] cheios [de caridade]”. (Morôni 7:48) Quando marido e mulher mantêm a total dedicação um ao outro, seu amor aumenta com o passar dos anos, e eles descobrem que o amor que estão desenvolvendo é verdadeiramente semelhante ao amor de Cristo.
Indique as páginas 12–15 de Relacionamento Conjugal e Familiar Guia de Estudo do Participante. Incentive os alunos a recapitularem as doutrinas e princípios desta lição (1) seguindo pelo menos uma das sugestões da seção “Sugestões deAplicação” e (2) lendo o artigo “Harmonia no Casamento”, escrito pelo Presidente Spencer W. Kimball. Saliente que os casados podem beneficiar-se muito lendo juntos os artigos do guia de estudos e conversando sobre eles.