Chamados da missão
Capítulo 3: Lição 2 — O plano de salvação estabelecido pelo Pai Celestial


“Capítulo 3: Lição 2 — O plano de salvação estabelecido pelo Pai Celestial”, Pregar Meu Evangelho: Um Guia para Compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo, 2023

“Capítulo 3: Lição 2”, Pregar Meu Evangelho

Capítulo 3: Lição 2

O plano de salvação estabelecido pelo Pai Celestial

Estátua do Christus

Perguntas frequentes

  • Qual é o propósito da vida?

  • De onde vim?

  • Existe um Deus que Se importa comigo? Como posso sentir que Ele Se importa?

  • Como posso acreditar em Deus quando tantas coisas ruins acontecem?

  • Por que a vida às vezes é tão difícil? Como posso encontrar forças em meio a esses momentos difíceis?

  • Como posso me tornar uma pessoa melhor?

  • O que acontece depois da morte?

O evangelho restaurado de Jesus Cristo nos ajuda a responder a importantes perguntas da alma. Por meio do evangelho, aprendemos sobre nossa identidade divina e sobre nosso potencial eterno como filhos de Deus. O evangelho nos dá esperança e nos ajuda a encontrar paz, felicidade e significado. Viver o evangelho nos ajuda a crescer e encontrar forças ao enfrentarmos os desafios da vida.

Deus quer o melhor para Seus filhos e deseja nos dar Suas maiores bênçãos, que são a imortalidade e a vida eterna (ver Moisés 1:39; Doutrina e Convênios 14:7). Por nos amar, Ele preparou um plano para recebermos essas bênçãos. Nas escrituras, esse plano é chamado de plano de salvação, o grande plano de felicidade, e o plano de redenção (ver Alma 42:5, 8, 11, 13, 15, 16, 31).

No plano de Deus, cada um de nós faz uma jornada pela vida pré-mortal, pelo nascimento, pela vida mortal, pela morte, e pela vida após a morte. Deus providenciou o que precisamos durante esta jornada para que, depois de morrermos, possamos retornar à Sua presença e receber a plenitude da alegria.

Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Por meio de Sua Expiação e de Sua Ressurreição, Jesus Cristo tornou possível para cada um de nós receber a imortalidade e a vida eterna.

Durante nossa vida na Terra, não nos lembramos de nossa vida pré-mortal. Nós também não entendemos completamente a vida após a morte. No entanto, Deus revelou muitas verdades sobre essas partes de nossa jornada eterna. Essas verdades fornecem conhecimento suficiente para entendermos o propósito da vida, sentirmos alegria e termos esperança de que coisas boas estão por vir. Esse conhecimento é um tesouro sagrado para nos guiar enquanto estivermos na Terra.

Sugestões didáticas

Esta seção fornece um modelo de esboço a fim de ajudá-lo a se preparar para ensinar. Ela também inclui exemplos de perguntas e convites que você pode fazer.

Ao se preparar para ensinar, pondere em espírito de oração a situação e as necessidades espirituais de cada pessoa. Decida o que seria mais útil ensinar. Prepare-se para explicar termos que as pessoas podem não entender. Planeje de acordo com quanto tempo você terá, lembrando-se de ser breve nas lições.

Selecione escrituras para usar ao ensinar. A seção “Alicerce doutrinário” desta lição inclui muitas escrituras úteis.

Pense em quais perguntas fazer ao ensinar. Planeje fazer convites que vão encorajar cada pessoa a agir.

Destaque as bênçãos prometidas por Deus e preste testemunho do que você ensina.

missionários ensinando uma família

O que você pode ensinar às pessoas entre 15 e 25 minutos

Selecione um ou mais dos princípios a seguir sobre o plano de salvação para ensinar. O alicerce doutrinário de cada princípio é fornecido após este esboço.

Vida pré-mortal: O propósito e o plano de Deus para nós

  • Todos somos filhos espirituais de Deus. Ele nos criou à Sua própria imagem.

  • Vivíamos com Deus antes de nascermos na Terra. Somos membros de Sua família. Ele conhece e ama a cada um de nós.

  • Deus providenciou um plano para nossa felicidade e nosso progresso nesta vida e na eternidade.

  • Na vida pré-mortal, decidimos aceitar o plano de Deus. Isso significava vir à Terra para que pudéssemos dar o próximo passo em nosso progresso eterno.

  • Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Ele nos possibilita ter a imortalidade e vida eterna.

A Criação

  • Sob a direção do Pai Celestial, Jesus Cristo criou a Terra.

A Queda de Adão e Eva

  • Adão e Eva foram os primeiros filhos espirituais de Deus a virem à Terra. Deus criou o corpo deles e os colocou no Jardim do Éden.

  • Adão e Eva transgrediram, foram expulsos do jardim e separados da presença de Deus. Esse evento é chamado de Queda.

  • Depois da Queda, Adão e Eva se tornaram mortais. Como mortais, eles foram capazes de aprender, progredir e ter filhos. Eles também vivenciaram tristezas, o pecado e a morte.

  • A Queda foi um importante passo para a humanidade. A Queda nos possibilitou nascer na Terra e progredir no plano do Pai Celestial.

Nossa vida na Terra

  • No plano de Deus, precisávamos vir à Terra para receber um corpo físico, aprender e crescer.

  • Na Terra, aprendemos a andar pela fé. Entretanto, o Pai Celestial não nos deixou sozinhos. Ele forneceu muitas dádivas e muitos guias para nos ajudar a retornar à Sua presença.

A Expiação de Jesus Cristo

  • Todos nós pecamos e todos nós morreremos. Porque Deus nos ama, Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, à Terra para nos redimir do pecado e da morte.

  • Graças ao sacrifício expiatório de Jesus, podemos ser perdoados e purificados de nossos pecados. Nosso coração pode mudar para melhor quando nos arrependemos. Isso nos possibilita que voltemos à presença de Deus e recebamos a plenitude da alegria.

  • Graças à Ressurreição de Jesus, todos vamos ressuscitar depois de morrermos. Isso significa que o espírito e o corpo de cada pessoa serão reunidos, e cada um de nós viverá para sempre em um corpo perfeito e ressurreto.

  • Jesus Cristo oferece consolo, esperança e cura. Seu sacrifício expiatório é a expressão máxima de Seu amor. Tudo o que é injusto nesta vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo.

O mundo espiritual

  • Quando nosso corpo físico morre, nosso espírito continua a viver no mundo espiritual. Esse é um estado temporário de aprendizado e preparação antes da ressurreição.

  • O evangelho de Jesus Cristo é ensinado no mundo espiritual e podemos continuar a crescer e a progredir.

A ressurreição, a salvação e a exaltação

  • Após cumprirmos nosso tempo no mundo espiritual, o passo seguinte em nossa jornada eterna é a ressurreição.

  • A ressurreição é a reunião do nosso espírito com o nosso corpo. Cada um de nós ressuscitará e terá um corpo físico perfeito. Nós viveremos para sempre. Isso é possível graças à Expiação e à Ressurreição do Salvador.

O julgamento e os reinos de glória

  • Quando ressuscitarmos, Jesus Cristo será nosso juiz. Com pouquíssimas exceções, todos os filhos de Deus receberão um lugar em um reino de glória.

  • Embora todos nós ressuscitaremos, nem todos receberemos a mesma glória eterna. Jesus nos julgará de acordo com nossa fé, nossas obras e nosso arrependimento na mortalidade e no mundo espiritual. Podemos voltar a viver na presença de Deus se formos fiéis.

Perguntas que você pode fazer

As perguntas a seguir são exemplos do que você pode perguntar às pessoas. Essas perguntas podem ajudá-lo a ter conversas significativas e entender as necessidades e a perspectiva de uma pessoa.

  • Qual é o propósito da vida para você?

  • O que lhe traz felicidade?

  • Para quais dificuldades você gostaria de receber a ajuda de Deus?

  • O que você tem aprendido com os desafios que tem enfrentado?

  • O que você sabe sobre Jesus Cristo? Como a vida e a missão Dele afetaram sua vida?

Convites que você pode fazer

  • Você vai orar a Deus para que Ele o ajude a saber que o que ensinamos é verdadeiro? (Ver seção “Ideias de ensino: Oração”, na última seção da lição 1.)

  • Você vai à igreja conosco neste domingo para aprender mais sobre o que ensinamos?

  • Você vai ler o Livro de Mórmon e orar para saber que ele é a palavra de Deus? (Você pode sugerir capítulos ou versículos específicos.)

  • Você vai seguir o exemplo de Jesus e ser batizado? (Ver seção “O convite para ser batizado e confirmado”, que se encontra logo antes da lição 1.)

  • Podemos marcar nossa próxima visita?

gráfico do plano de salvação

Alicerce doutrinário

Esta seção fornece doutrinas e escrituras para você estudar a fim de fortalecer seu conhecimento e seu testemunho do evangelho e ajudá-lo a ensinar.

galáxias

Vida pré-mortal: O propósito e o plano de Deus para nós

Somos filhos de Deus e vivemos com Ele antes de nosso nascimento

Deus é o Pai de nosso espírito. Somos literalmente Seus filhos, criados à Sua própria imagem. Cada um de nós tem uma natureza divina como um filho ou uma filha de Deus. Esse conhecimento pode nos ajudar em tempos difíceis e pode nos inspirar a nos tornar o melhor que pudermos.

Vivemos com Deus como Seus filhos espirituais antes de nascermos na Terra. Somos membros de Sua família.

Presidente M. Russell Ballard

“Há uma identidade importante que todos compartilhamos agora e para sempre, uma que nunca devemos perder de vista e pela qual devemos ser gratos. É a de que vocês são e sempre foram filhos ou filhas de Deus com raízes espirituais na eternidade.

(…) Compreender essa verdade — realmente entendê-la e aceitá-la — é algo que muda sua vida. Ela lhes dá uma identidade extraordinária que ninguém nunca poderá tirar de vocês. Porém, mais do que isso, ela deve trazer a vocês um enorme sentimento de valor e um significado de seu valor infinito. Por fim, ela fornece a vocês um propósito divino, nobre e digno na vida” (M. Russell Ballard, “Children of Heavenly Father”, devocional da Universidade Brigham Young, 3 de março de 2020, p. 2, speeches.byu.edu).

Nós escolhemos vir à Terra

Nosso Pai Celestial nos ama e deseja que nos tornemos semelhantes a Ele. Ele é um ser exaltado com um corpo físico glorificado.

Em nossa vida pré-mortal, aprendemos que Deus tem um plano para nos tornarmos semelhantes a Ele. Uma parte de Seu plano era que deixássemos nosso lar celestial e viéssemos à Terra para receber um corpo físico. Também precisaríamos adquirir experiência e desenvolver fé durante um tempo longe da presença de Deus. Não nos lembraríamos de ter vivido com Deus. No entanto, Ele proveria o que precisássemos para que pudéssemos voltar a viver com Ele.

O arbítrio, ou a liberdade e capacidade de escolha, é uma parte essencial do plano de Deus para nós. Em nossa vida pré-mortal, cada um de nós escolheu seguir o plano de Deus e vir à Terra para poder dar o próximo passo em nosso progresso eterno. Entendemos que, enquanto estivéssemos aqui, teríamos muitas novas oportunidades de crescer e vivenciar alegria. Também entendemos que enfrentaríamos oposição. Passaríamos por tentações, provações, tristezas e pela morte.

Ao escolhermos vir à Terra, confiamos no amor e na ajuda de Deus. Confiamos em Seu plano para nossa salvação.

O Pai Celestial escolheu Jesus Cristo para nos redimir

Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Antes de virmos à Terra, sabíamos que não poderíamos voltar sozinhos à presença de Deus. O Pai Celestial escolheu Jesus Cristo, Seu Filho primogênito, para tornar possível que retornássemos a Ele e tivéssemos a vida eterna.

Jesus aceitou de bom grado. Ele concordou em vir à Terra e nos redimir por meio de Seu sacrifício expiatório. Sua Expiação e Sua Ressurreição permitiriam que os propósitos de Deus para nós fossem cumpridos.

Estudo das escrituras

Filhos de Deus

O propósito de Deus

Vida pré-mortal

Saiba mais sobre esse princípio

pôr do sol sobre o oceano

A Criação

O plano do Pai Celestial previa a criação da Terra, onde Seus filhos espirituais receberiam um corpo físico e ganhariam experiência. Nossa vida na Terra é necessária para progredirmos e nos tornarmos semelhantes a Deus.

Sob a direção do Pai Celestial, Jesus Cristo criou a Terra e tudo o que vive nela. O Pai Celestial então criou o homem e a mulher à Sua própria imagem. A Criação é uma expressão do amor de Deus e de Seu desejo de que tenhamos a oportunidade de crescer.

Estudo das escrituras

Saiba mais sobre esse princípio

Leaving the Garden of Eden, de Joseph Brickey

A Queda de Adão e Eva

Antes da Queda

Adão e Eva foram os primeiros filhos espirituais do Pai Celestial a virem à Terra. Deus criou o corpo físico deles à Sua própria imagem e os colocou no Jardim do Éden. No jardim eles eram inocentes, e Deus proveu suas necessidades.

Quando Adão e Eva estavam no jardim, Deus lhes deu o mandamento de não comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se obedecessem a esse mandamento, eles poderiam permanecer no jardim. No entanto, eles não seriam capazes de progredir ao aprender com a oposição e com os desafios da mortalidade. Não seriam capazes de saber o que é alegria porque não poderiam sentir tristeza ou dor.

Satanás tentou Adão e Eva para que comessem do fruto proibido, e eles escolheram comê-lo. Por causa dessa escolha, eles foram expulsos do jardim e separados da presença de Deus. Esse evento é chamado de Queda.

Depois da Queda

Depois da Queda, Adão e Eva se tornaram mortais. Não estando mais em um estado de inocência, eles entenderam e vivenciaram tanto o bem quanto o mal. Eles poderiam usar seu arbítrio para escolher entre essas coisas. Uma vez que Adão e Eva enfrentaram oposição e desafios, eles aprenderam e progrediram. Por terem vivenciado tristeza, eles também puderam vivenciar alegria (ver 2 Néfi 2:22–25).

Apesar de suas dificuldades, Adão e Eva sentiram que ser mortais era uma grande bênção. Uma dessas bênçãos era a de que eles poderiam ter filhos. Isso proporcionou o caminho para os outros filhos espirituais de Deus virem à Terra e receberem um corpo físico.

Com relação às bênçãos da Queda, tanto Adão quanto Eva se alegraram. Eva disse: “Se não fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido [filhos] e jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes” (Moisés 5:11; ver também o versículo 10).

Estudo das escrituras

No Jardim

A Queda

Saiba mais sobre esse princípio

Nossa vida na Terra

Muitas pessoas se perguntam: “Por que estou aqui na Terra?” Nossa vida na Terra é uma parte essencial do plano de Deus para nosso progresso eterno. Nosso propósito final é nos preparar para voltar à presença de Deus e receber a plenitude da alegria. A seguir estão descritas algumas das maneiras pelas quais a vida terrena nos prepara para isso.

menino sorrindo

Receber um corpo físico

Um dos propósitos de vir à Terra é receber um corpo físico no qual nosso espírito possa habitar. Nosso corpo é uma criação sagrada e milagrosa de Deus. Com um corpo físico, podemos fazer, aprender e vivenciar muitas coisas que nosso espírito não poderia vivenciar. Podemos progredir de maneiras que não poderíamos progredir como espírito.

Como nosso corpo é mortal, vivenciamos dores, doenças e outras provações. Essas experiências podem nos ajudar a aprender paciência, compaixão e outras qualidades divinas. Elas podem fazer parte de nosso caminho para a alegria. Escolher o que é certo quando é difícil fazê-lo é geralmente como a fé, a esperança e a caridade se tornam parte de nosso caráter.

Aprender a usar o arbítrio com sabedoria

Outro propósito da mortalidade é aprender a usar nosso arbítrio com sabedoria — a escolher o que é certo. Aprender a usar nosso arbítrio com sabedoria é essencial para nos tornarmos semelhantes a Deus.

O Pai Celestial e Jesus Cristo nos ensinam o que é certo e nos dão mandamentos para nos guiar à felicidade. Satanás nos tenta a fazer o mal, querendo que sejamos tão miseráveis como ele próprio. Enfrentamos oposição entre o bem e o mal, algo que é necessário para aprendermos a usar nosso arbítrio (ver 2 Néfi 2:11).

Ao obedecermos a Deus, crescemos e recebemos Suas bênçãos prometidas. Quando desobedecemos, nós nos distanciamos Dele e recebemos as consequências do pecado. Embora às vezes pareça o contrário, o pecado sempre traz infelicidade. Frequentemente, as bênçãos da obediência — e os efeitos do pecado — não são imediatamente evidentes ou visíveis exteriormente. Mas eles virão, pois Deus é justo.

Mesmo quando fazemos nosso melhor, todos pecamos e “destituídos [estamos] da glória de Deus” (Romanos 3:23). Sabendo disso, o Pai Celestial providenciou uma maneira de nos arrependermos e voltarmos a Ele.

O arrependimento traz o poder de nosso Redentor, Jesus Cristo, para nossa vida (ver Helamã 5:11). Ao nos arrependermos, tornamo-nos limpos do pecado por meio do sacrifício expiatório de Jesus Cristo e do dom do Espírito Santo (ver 3 Néfi 27:16–20). Por meio do arrependimento, vivenciamos alegria. O caminho de volta ao nosso Pai Celestial está aberto para nós, pois Ele é misericordioso (ver seção “Arrependimento”, na lição 3).

Aprender a andar pela fé

Outro propósito desta vida é adquirir experiência que só pode advir por meio de nossa separação do Pai Celestial. Como não O vemos, precisamos aprender a andar pela fé (ver 2 Coríntios 5:6–7).

Deus não nos deixou sozinhos nessa jornada. Ele providenciou o Espírito Santo para nos guiar, fortalecer e santificar. Ele também proporcionou escrituras, profetas, a oração e o evangelho de Jesus Cristo.

Cada parte de nossa experiência mortal — as alegrias e as tristezas, os sucessos e os reveses — pode nos ajudar a crescer à medida que nos preparamos para retornar a Deus.

Estudo das escrituras

Um tempo para crescer e progredir

Escolhas

O bem e o mal

O pecado

Devemos ser limpos para estar com Deus

Saiba mais sobre esse princípio

A Expiação de Jesus Cristo

Por causa da Queda de Adão e Eva, todos estamos sujeitos ao pecado e à morte. Não podemos vencer os efeitos do pecado por nós mesmos. No plano de salvação estabelecido por nosso Pai Celestial, Ele providenciou uma maneira de superarmos os efeitos da Queda e retornarmos a Ele. Antes de o mundo ser criado, Ele escolheu Jesus Cristo para ser nosso Salvador e Redentor.

Somente Jesus Cristo poderia nos redimir do pecado e da morte. Ele é o Filho literal de Deus. Ele viveu uma vida sem pecados e foi completamente obediente a Seu Pai. Ele foi preparado e estava disposto a fazer a vontade do Pai Celestial.

A Expiação do Salvador incluiu Seu sofrimento no Getsêmani, Seu sofrimento e Sua morte na cruz, e Sua Ressurreição. Ele sofreu além de nossa compreensão — tanto que sangrou por todos os poros (ver Doutrina e Convênios 19:18).

A Expiação de Jesus Cristo é o evento mais glorioso de toda a história humana. Por meio de Seu sacrifício expiatório, Jesus tornou operante o plano do Pai. Estaríamos desamparados sem a Expiação de Jesus Cristo porque não podemos nos salvar do pecado e da morte (ver Alma 22:12–15).

O sacrifício de nosso Salvador foi uma expressão suprema de amor por Seu Pai e por nós. “A largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do amor de Cristo excedem nosso entendimento (Efésios 3:18; ver também o versículo 19).

A Crucificação, de Harry Anderson

Jesus Cristo venceu a morte por todos

Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Seu espírito foi separado de Seu corpo. No terceiro dia, Seu espírito e Seu corpo se reuniram para nunca mais serem separados. Ele apareceu a muitas pessoas, mostrando-lhes que tinha um corpo imortal de carne e ossos. Essa reunião do espírito e do corpo é chamada de ressurreição.

Sendo mortais, cada um de nós morrerá. No entanto, por Jesus ter triunfado sobre a morte, toda pessoa nascida na Terra ressuscitará. A ressurreição é uma dádiva divina para todos, concedida por meio da misericórdia e da graça redentora do Salvador. O espírito e o corpo de cada pessoa serão reunidos e cada um de nós viverá para sempre com um corpo perfeito e ressurreto. Se não fosse por Jesus Cristo, a morte acabaria com toda a esperança de uma existência futura com o Pai Celestial (ver 2 Néfi 9:8–12).

Jesus torna possível que sejamos purificados de nossos pecados

Para entender a esperança que podemos receber por meio de Cristo, precisamos entender a lei da justiça. É uma lei imutável que traz consequências para nossas ações. A obediência a Deus traz consequências positivas, e a desobediência traz consequências negativas (ver Alma 42:14–18). Quando pecamos, nós nos tornamos espiritualmente impuros, e nada impuro pode viver na presença de Deus (ver 3 Néfi 27:19).

Jesus Orando no Getsêmani, de Harry Anderson

Durante o sacrifício expiatório de Jesus Cristo, Ele ficou em nosso lugar, sofreu e pagou o preço por nossos pecados (ver 3 Néfi 27:16–20). O plano de Deus dá poder a Jesus Cristo para interceder em nosso favor — para Se colocar entre nós e a justiça (ver Mosias 15:9). Por causa do sacrifício expiatório de Jesus, Ele pode reivindicar Seus direitos de misericórdia em nosso favor ao exercermos fé para o arrependimento (ver Morôni 7:27; Doutrina e Convênios 45:3–5). “E assim a misericórdia pode satisfazer as exigências da justiça e envolve-[nos] nos braços da segurança” (Alma 34:16).

Somente por meio da dádiva da Expiação do Salvador e de nosso arrependimento podemos voltar a viver com Deus. Ao nos arrependermos, somos perdoados e purificados espiritualmente. O fardo da culpa por nossos pecados será aliviado. Nossa alma ferida é curada. Estaremos repletos de alegria (ver Alma 36:24).

Embora sejamos imperfeitos e possamos cometer erros novamente, há mais graça, amor e misericórdia em Jesus Cristo do que falhas, imperfeições ou pecados em nós. Deus está sempre pronto e ansioso para nos receber quando nos voltamos a Ele e nos arrependemos (ver Lucas 15:11–32). Nada nem ninguém “nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:39).

Jesus tomou sobre Si nossas dores, nossas aflições e nossas enfermidades

Em Seu sacrifício expiatório, Jesus Cristo tomou sobre Si nossas dores, nossas aflições e nossas enfermidades. Por isso, Ele sabe, “segundo a carne, como socorrer seu povo, de acordo com suas enfermidades” (Alma 7:12; ver também o versículo 11). Ele nos convida: “Vinde a mim”, e, ao fazê-lo, Ele nos dá descanso, esperança, força, perspectiva e cura (Mateus 11:28; ver também os versículos 29–30).

Se confiarmos em Jesus Cristo e em Sua Expiação, Ele pode nos ajudar a suportar nossas provações, doenças e dores. Podemos ter uma vida repleta de alegria, paz e consolo. Tudo o que é injusto na vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo.

Estudo das escrituras

A Expiação do Salvador

A ressurreição

Saiba mais sobre esse princípio

família visitando um túmulo

O mundo espiritual

Muitas pessoas se perguntam: “O que acontecerá depois que eu morrer?” O plano de salvação fornece algumas respostas importantes para essa pergunta.

A morte faz parte do “plano misericordioso” de Deus para nós (2 Néfi 9:6). Em vez de ser o fim de nossa existência, a morte é o próximo passo em nosso progresso eterno. Para nos tornar como Deus, devemos passar pela morte e depois receber um corpo ressurreto e perfeito.

Quando nosso corpo físico morre, nosso espírito continua a viver no mundo espiritual. Esse é um estado temporário de aprendizado e preparação antes da ressurreição e do julgamento final. O conhecimento que adquirimos em nossa vida mortal permanece conosco.

No mundo espiritual, as pessoas que aceitaram e viveram o evangelho de Jesus Cristo “[serão recebidos] num estado de felicidade, que é chamado paraíso” (Alma 40:12). As criancinhas também são recebidas no paraíso quando morrem.

Os espíritos no paraíso estarão em paz, livres de seus problemas e tristezas. Eles continuarão seu crescimento espiritual, fazendo a obra de Deus e ministrando a outras pessoas. Eles ensinarão o evangelho às pessoas que não o receberam durante sua vida mortal (ver Doutrina e Convênios 138:32–37, 57–59).

No mundo espiritual, as pessoas que não puderam receber o evangelho na Terra ou que optaram por não seguir os mandamentos enfrentarão algumas limitações (ver Doutrina e Convênios 138:6–37; Alma 40:6–14). No entanto, por Deus ser justo e misericordioso, elas terão a oportunidade de aprender o evangelho de Jesus Cristo. Se aceitarem o evangelho e se arrependerem, elas serão redimidas de seus pecados (ver Doutrina e Convênios 138:58; ver também 138:31–35; 128:22). Elas serão recebidas na paz do paraíso. Por fim, elas receberão um lugar em um reino de glória com base nas escolhas que fizeram na mortalidade e no mundo espiritual.

Nós permaneceremos no mundo espiritual até ressuscitarmos.

Estudo das escrituras

Saiba mais sobre esse princípio

  • Guia para Estudo das Escrituras: “Paraíso

A ressurreição, a salvação e a exaltação

A ressurreição

O plano de Deus nos possibilita crescer e receber vida eterna. Após cumprirmos nosso tempo no mundo espiritual, o passo seguinte nesse crescimento é a ressurreição.

A ressurreição é a reunião de nosso corpo com o nosso espírito. Todos nós ressuscitaremos. Isso é possível graças à Expiação e à Ressurreição do Salvador (ver Alma 11:42–44).

Quando ressuscitarmos, cada um de nós terá um corpo físico perfeito, livre de dores e doenças. Seremos imortais, vivendo para sempre.

A salvação

Uma vez que todos ressuscitaremos, todos seremos salvos — ou ganharemos a salvação — da morte física. Essa dádiva é dada a nós por meio da graça de Jesus Cristo.

Também podemos ser salvos — ou obter salvação — das consequências que a lei da justiça exige por nossos pecados. Essa dádiva também se torna possível por meio dos méritos e da misericórdia de Jesus Cristo quando nos arrependemos (ver Alma 42:13–15, 21–25).

A exaltação

A exaltação, ou vida eterna, é o estado de maior alegria e glória no reino celestial. A exaltação é uma dádiva condicional. O presidente Russell M. Nelson ensinou: “Os requisitos incluem a fé no Senhor, o arrependimento, o batismo, o recebimento do Espírito Santo e a fidelidade até o fim às ordenanças e aos convênios do templo” (“Salvação e exaltação”, A Liahona, maio de 2008, pp. 8–9).

Exaltação significa viver com Deus para sempre em uma família eterna. Significa conhecer a Deus e a Jesus Cristo, tornar-se como Eles e ter o tipo de vida que Eles têm.

Estudo das escrituras

Saiba mais sobre esse princípio

raios de sol brilhando através das nuvens

O julgamento e os reinos de glória

Observação: Quando ensinar pela primeira vez sobre os reinos de glória, ensine em um nível básico, de acordo com as necessidades e a compreensão da pessoa.

Quando ressuscitarmos, Jesus Cristo será nosso justo e misericordioso juiz. Com pouquíssimas exceções, todos nós receberemos um lugar em um reino de glória. Embora todos nós ressuscitaremos, nem todos receberemos a mesma glória eterna (ver Doutrina e Convênios 88:22–24, 29–34; 130:20–21; 132:5).

As pessoas que não tiveram a oportunidade de entender plenamente as leis de Deus e de obedecer a elas durante sua vida mortal terão essa oportunidade no mundo espiritual. Jesus julgará cada pessoa de acordo com sua fé, suas obras, seus desejos e seu arrependimento na mortalidade e no mundo espiritual (ver Doutrina e Convênios 138:32–34, 57–59).

As escrituras ensinam sobre reinos de glória celestial, terrestrial e telestial. Cada um deles é uma manifestação do amor, da justiça e da misericórdia de Deus.

As pessoas que exercerem fé em Cristo, arrependerem-se de seus pecados, receberem as ordenanças do evangelho, cumprirem seus convênios, receberem o Espírito Santo e perseverarem até o fim serão salvos no reino celestial. Esse reino também incluirá pessoas que não tiveram a oportunidade de receber o evangelho durante sua vida mortal, mas que “o teriam recebido de todo o coração” e o fizeram no mundo espiritual (Doutrina e Convênios 137:8; ver também o versículo 7). As crianças que morreram antes da idade da responsabilidade (8 anos de idade) também serão salvas no reino celestial (ver Doutrina e Convênios 137:10).

Nas escrituras, o reino celestial é comparado à glória ou ao brilho do sol (ver Doutrina e Convênios 76:50–70).

As pessoas que tiveram uma vida honrada e “que não receberam o testemunho de Jesus na carne, mas receberam-no depois” receberão um lugar no reino terrestrial (Doutrina e Convênios 76:74). O mesmo acontecerá com as pessoas que não foram valentes em seu testemunho de Jesus. Esse reino é comparado à glória da lua (ver Doutrina e Convênios 76:71–80).

As pessoas que continuaram em seus pecados e não se arrependeram nesta vida nem aceitaram o evangelho de Jesus Cristo no mundo espiritual receberão sua recompensa no reino telestial. Esse reino é comparado à glória das estrelas (ver Doutrina e Convênios 76:81–86).

Estudo das escrituras

Saiba mais sobre esse princípio

Esboço de lição de duração curta a média

O esboço a seguir é uma amostra do que você pode ensinar a alguém se tiver pouco tempo. Ao usar esse esboço, selecione um ou mais princípios para ensinar. O alicerce doutrinário de cada princípio é fornecido no início da lição.

Ao ensinar, faça perguntas e ouça. Faça convites que ajudarão as pessoas a aprender como se aproximar de Deus. Um convite importante é para que a pessoa se reúna com vocês novamente. A duração da lição dependerá das perguntas que você fizer e do que ouvir da pessoa.

O que você pode ensinar às pessoas entre 3 e 10 minutos

  • Todos somos filhos espirituais de Deus. Somos membros de Sua família. Ele conhece e ama a cada um de nós.

  • Deus providenciou um plano para nossa felicidade e nosso progresso nesta vida e na eternidade.

  • No plano de Deus, precisávamos vir à Terra para receber um corpo físico, aprender e crescer.

  • Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Ele nos possibilita receber a vida eterna.

  • Sob a direção de Deus, Jesus criou a Terra.

  • Nossas experiências na Terra têm o propósito de nos ajudar a nos preparar para retornarmos à presença de Deus.

  • Todos nós pecamos e todos nós morreremos. Porque Deus nos ama, Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, à Terra para nos redimir do pecado e da morte.

  • Tudo o que é injusto nesta vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo.

  • Quando nosso corpo físico morre, nosso espírito continua vivo. Por fim, todos nós ressuscitaremos. Isso significa que o espírito e o corpo de cada pessoa serão reunidos, e cada um de nós viverá para sempre em um corpo perfeito e ressurreto.

  • Quando ressuscitarmos, Jesus Cristo será nosso juiz. Com pouquíssimas exceções, todos os filhos de Deus receberão um lugar em um reino de glória. Podemos voltar a viver na presença de Deus se formos fiéis.