“Capítulo 3: Lição 2 — O plano de salvação estabelecido pelo Pai Celestial”, Pregar Meu Evangelho: Um Guia para Compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo, 2023
“Capítulo 3: Lição 2”, Pregar Meu Evangelho
Capítulo 3: Lição 2
O plano de salvação estabelecido pelo Pai Celestial
O evangelho restaurado de Jesus Cristo nos ajuda a responder a importantes perguntas da alma. Por meio do evangelho, aprendemos sobre nossa identidade divina e sobre nosso potencial eterno como filhos de Deus. O evangelho nos dá esperança e nos ajuda a encontrar paz, felicidade e significado. Viver o evangelho nos ajuda a crescer e encontrar forças ao enfrentarmos os desafios da vida.
Deus quer o melhor para Seus filhos e deseja nos dar Suas maiores bênçãos, que são a imortalidade e a vida eterna (ver Moisés 1:39; Doutrina e Convênios 14:7). Por nos amar, Ele preparou um plano para recebermos essas bênçãos. Nas escrituras, esse plano é chamado de plano de salvação, o grande plano de felicidade, e o plano de redenção (ver Alma 42:5, 8, 11, 13, 15, 16, 31).
No plano de Deus, cada um de nós faz uma jornada pela vida pré-mortal, pelo nascimento, pela vida mortal, pela morte, e pela vida após a morte. Deus providenciou o que precisamos durante esta jornada para que, depois de morrermos, possamos retornar à Sua presença e receber a plenitude da alegria.
Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Por meio de Sua Expiação e de Sua Ressurreição, Jesus Cristo tornou possível para cada um de nós receber a imortalidade e a vida eterna.
Durante nossa vida na Terra, não nos lembramos de nossa vida pré-mortal. Nós também não entendemos completamente a vida após a morte. No entanto, Deus revelou muitas verdades sobre essas partes de nossa jornada eterna. Essas verdades fornecem conhecimento suficiente para entendermos o propósito da vida, sentirmos alegria e termos esperança de que coisas boas estão por vir. Esse conhecimento é um tesouro sagrado para nos guiar enquanto estivermos na Terra.
Sugestões didáticas
Esta seção fornece um modelo de esboço a fim de ajudá-lo a se preparar para ensinar. Ela também inclui exemplos de perguntas e convites que você pode fazer.
Ao se preparar para ensinar, pondere em espírito de oração a situação e as necessidades espirituais de cada pessoa. Decida o que seria mais útil ensinar. Prepare-se para explicar termos que as pessoas podem não entender. Planeje de acordo com quanto tempo você terá, lembrando-se de ser breve nas lições.
Selecione escrituras para usar ao ensinar. A seção “Alicerce doutrinário” desta lição inclui muitas escrituras úteis.
Pense em quais perguntas fazer ao ensinar. Planeje fazer convites que vão encorajar cada pessoa a agir.
Destaque as bênçãos prometidas por Deus e preste testemunho do que você ensina.
O que você pode ensinar às pessoas entre 15 e 25 minutos
Selecione um ou mais dos princípios a seguir sobre o plano de salvação para ensinar. O alicerce doutrinário de cada princípio é fornecido após este esboço.
Vida pré-mortal: O propósito e o plano de Deus para nós
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Todos somos filhos espirituais de Deus. Ele nos criou à Sua própria imagem.
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Vivíamos com Deus antes de nascermos na Terra. Somos membros de Sua família. Ele conhece e ama a cada um de nós.
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Deus providenciou um plano para nossa felicidade e nosso progresso nesta vida e na eternidade.
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Na vida pré-mortal, decidimos aceitar o plano de Deus. Isso significava vir à Terra para que pudéssemos dar o próximo passo em nosso progresso eterno.
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Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Ele nos possibilita ter a imortalidade e vida eterna.
A Criação
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Sob a direção do Pai Celestial, Jesus Cristo criou a Terra.
A Queda de Adão e Eva
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Adão e Eva foram os primeiros filhos espirituais de Deus a virem à Terra. Deus criou o corpo deles e os colocou no Jardim do Éden.
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Adão e Eva transgrediram, foram expulsos do jardim e separados da presença de Deus. Esse evento é chamado de Queda.
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Depois da Queda, Adão e Eva se tornaram mortais. Como mortais, eles foram capazes de aprender, progredir e ter filhos. Eles também vivenciaram tristezas, o pecado e a morte.
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A Queda foi um importante passo para a humanidade. A Queda nos possibilitou nascer na Terra e progredir no plano do Pai Celestial.
Nossa vida na Terra
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No plano de Deus, precisávamos vir à Terra para receber um corpo físico, aprender e crescer.
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Na Terra, aprendemos a andar pela fé. Entretanto, o Pai Celestial não nos deixou sozinhos. Ele forneceu muitas dádivas e muitos guias para nos ajudar a retornar à Sua presença.
A Expiação de Jesus Cristo
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Todos nós pecamos e todos nós morreremos. Porque Deus nos ama, Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, à Terra para nos redimir do pecado e da morte.
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Graças ao sacrifício expiatório de Jesus, podemos ser perdoados e purificados de nossos pecados. Nosso coração pode mudar para melhor quando nos arrependemos. Isso nos possibilita que voltemos à presença de Deus e recebamos a plenitude da alegria.
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Graças à Ressurreição de Jesus, todos vamos ressuscitar depois de morrermos. Isso significa que o espírito e o corpo de cada pessoa serão reunidos, e cada um de nós viverá para sempre em um corpo perfeito e ressurreto.
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Jesus Cristo oferece consolo, esperança e cura. Seu sacrifício expiatório é a expressão máxima de Seu amor. Tudo o que é injusto nesta vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo.
O mundo espiritual
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Quando nosso corpo físico morre, nosso espírito continua a viver no mundo espiritual. Esse é um estado temporário de aprendizado e preparação antes da ressurreição.
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O evangelho de Jesus Cristo é ensinado no mundo espiritual e podemos continuar a crescer e a progredir.
A ressurreição, a salvação e a exaltação
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Após cumprirmos nosso tempo no mundo espiritual, o passo seguinte em nossa jornada eterna é a ressurreição.
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A ressurreição é a reunião do nosso espírito com o nosso corpo. Cada um de nós ressuscitará e terá um corpo físico perfeito. Nós viveremos para sempre. Isso é possível graças à Expiação e à Ressurreição do Salvador.
O julgamento e os reinos de glória
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Quando ressuscitarmos, Jesus Cristo será nosso juiz. Com pouquíssimas exceções, todos os filhos de Deus receberão um lugar em um reino de glória.
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Embora todos nós ressuscitaremos, nem todos receberemos a mesma glória eterna. Jesus nos julgará de acordo com nossa fé, nossas obras e nosso arrependimento na mortalidade e no mundo espiritual. Podemos voltar a viver na presença de Deus se formos fiéis.
Perguntas que você pode fazer
As perguntas a seguir são exemplos do que você pode perguntar às pessoas. Essas perguntas podem ajudá-lo a ter conversas significativas e entender as necessidades e a perspectiva de uma pessoa.
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Qual é o propósito da vida para você?
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O que lhe traz felicidade?
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Para quais dificuldades você gostaria de receber a ajuda de Deus?
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O que você tem aprendido com os desafios que tem enfrentado?
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O que você sabe sobre Jesus Cristo? Como a vida e a missão Dele afetaram sua vida?
Convites que você pode fazer
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Você vai orar a Deus para que Ele o ajude a saber que o que ensinamos é verdadeiro? (Ver seção “Ideias de ensino: Oração”, na última seção da lição 1.)
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Você vai à igreja conosco neste domingo para aprender mais sobre o que ensinamos?
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Você vai ler o Livro de Mórmon e orar para saber que ele é a palavra de Deus? (Você pode sugerir capítulos ou versículos específicos.)
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Você vai seguir o exemplo de Jesus e ser batizado? (Ver seção “O convite para ser batizado e confirmado”, que se encontra logo antes da lição 1.)
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Podemos marcar nossa próxima visita?
Alicerce doutrinário
Esta seção fornece doutrinas e escrituras para você estudar a fim de fortalecer seu conhecimento e seu testemunho do evangelho e ajudá-lo a ensinar.
Vida pré-mortal: O propósito e o plano de Deus para nós
Somos filhos de Deus e vivemos com Ele antes de nosso nascimento
Deus é o Pai de nosso espírito. Somos literalmente Seus filhos, criados à Sua própria imagem. Cada um de nós tem uma natureza divina como um filho ou uma filha de Deus. Esse conhecimento pode nos ajudar em tempos difíceis e pode nos inspirar a nos tornar o melhor que pudermos.
Vivemos com Deus como Seus filhos espirituais antes de nascermos na Terra. Somos membros de Sua família.
“Há uma identidade importante que todos compartilhamos agora e para sempre, uma que nunca devemos perder de vista e pela qual devemos ser gratos. É a de que vocês são e sempre foram filhos ou filhas de Deus com raízes espirituais na eternidade.
(…) Compreender essa verdade — realmente entendê-la e aceitá-la — é algo que muda sua vida. Ela lhes dá uma identidade extraordinária que ninguém nunca poderá tirar de vocês. Porém, mais do que isso, ela deve trazer a vocês um enorme sentimento de valor e um significado de seu valor infinito. Por fim, ela fornece a vocês um propósito divino, nobre e digno na vida” (M. Russell Ballard, “Children of Heavenly Father”, devocional da Universidade Brigham Young, 3 de março de 2020, p. 2, speeches.byu.edu).
Nós escolhemos vir à Terra
Nosso Pai Celestial nos ama e deseja que nos tornemos semelhantes a Ele. Ele é um ser exaltado com um corpo físico glorificado.
Em nossa vida pré-mortal, aprendemos que Deus tem um plano para nos tornarmos semelhantes a Ele. Uma parte de Seu plano era que deixássemos nosso lar celestial e viéssemos à Terra para receber um corpo físico. Também precisaríamos adquirir experiência e desenvolver fé durante um tempo longe da presença de Deus. Não nos lembraríamos de ter vivido com Deus. No entanto, Ele proveria o que precisássemos para que pudéssemos voltar a viver com Ele.
O arbítrio, ou a liberdade e capacidade de escolha, é uma parte essencial do plano de Deus para nós. Em nossa vida pré-mortal, cada um de nós escolheu seguir o plano de Deus e vir à Terra para poder dar o próximo passo em nosso progresso eterno. Entendemos que, enquanto estivéssemos aqui, teríamos muitas novas oportunidades de crescer e vivenciar alegria. Também entendemos que enfrentaríamos oposição. Passaríamos por tentações, provações, tristezas e pela morte.
Ao escolhermos vir à Terra, confiamos no amor e na ajuda de Deus. Confiamos em Seu plano para nossa salvação.
O Pai Celestial escolheu Jesus Cristo para nos redimir
Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Antes de virmos à Terra, sabíamos que não poderíamos voltar sozinhos à presença de Deus. O Pai Celestial escolheu Jesus Cristo, Seu Filho primogênito, para tornar possível que retornássemos a Ele e tivéssemos a vida eterna.
Jesus aceitou de bom grado. Ele concordou em vir à Terra e nos redimir por meio de Seu sacrifício expiatório. Sua Expiação e Sua Ressurreição permitiriam que os propósitos de Deus para nós fossem cumpridos.
A Criação
O plano do Pai Celestial previa a criação da Terra, onde Seus filhos espirituais receberiam um corpo físico e ganhariam experiência. Nossa vida na Terra é necessária para progredirmos e nos tornarmos semelhantes a Deus.
Sob a direção do Pai Celestial, Jesus Cristo criou a Terra e tudo o que vive nela. O Pai Celestial então criou o homem e a mulher à Sua própria imagem. A Criação é uma expressão do amor de Deus e de Seu desejo de que tenhamos a oportunidade de crescer.
A Queda de Adão e Eva
Antes da Queda
Adão e Eva foram os primeiros filhos espirituais do Pai Celestial a virem à Terra. Deus criou o corpo físico deles à Sua própria imagem e os colocou no Jardim do Éden. No jardim eles eram inocentes, e Deus proveu suas necessidades.
Quando Adão e Eva estavam no jardim, Deus lhes deu o mandamento de não comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se obedecessem a esse mandamento, eles poderiam permanecer no jardim. No entanto, eles não seriam capazes de progredir ao aprender com a oposição e com os desafios da mortalidade. Não seriam capazes de saber o que é alegria porque não poderiam sentir tristeza ou dor.
Satanás tentou Adão e Eva para que comessem do fruto proibido, e eles escolheram comê-lo. Por causa dessa escolha, eles foram expulsos do jardim e separados da presença de Deus. Esse evento é chamado de Queda.
Depois da Queda
Depois da Queda, Adão e Eva se tornaram mortais. Não estando mais em um estado de inocência, eles entenderam e vivenciaram tanto o bem quanto o mal. Eles poderiam usar seu arbítrio para escolher entre essas coisas. Uma vez que Adão e Eva enfrentaram oposição e desafios, eles aprenderam e progrediram. Por terem vivenciado tristeza, eles também puderam vivenciar alegria (ver 2 Néfi 2:22–25).
Apesar de suas dificuldades, Adão e Eva sentiram que ser mortais era uma grande bênção. Uma dessas bênçãos era a de que eles poderiam ter filhos. Isso proporcionou o caminho para os outros filhos espirituais de Deus virem à Terra e receberem um corpo físico.
Com relação às bênçãos da Queda, tanto Adão quanto Eva se alegraram. Eva disse: “Se não fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido [filhos] e jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes” (Moisés 5:11; ver também o versículo 10).
Nossa vida na Terra
Muitas pessoas se perguntam: “Por que estou aqui na Terra?” Nossa vida na Terra é uma parte essencial do plano de Deus para nosso progresso eterno. Nosso propósito final é nos preparar para voltar à presença de Deus e receber a plenitude da alegria. A seguir estão descritas algumas das maneiras pelas quais a vida terrena nos prepara para isso.
Receber um corpo físico
Um dos propósitos de vir à Terra é receber um corpo físico no qual nosso espírito possa habitar. Nosso corpo é uma criação sagrada e milagrosa de Deus. Com um corpo físico, podemos fazer, aprender e vivenciar muitas coisas que nosso espírito não poderia vivenciar. Podemos progredir de maneiras que não poderíamos progredir como espírito.
Como nosso corpo é mortal, vivenciamos dores, doenças e outras provações. Essas experiências podem nos ajudar a aprender paciência, compaixão e outras qualidades divinas. Elas podem fazer parte de nosso caminho para a alegria. Escolher o que é certo quando é difícil fazê-lo é geralmente como a fé, a esperança e a caridade se tornam parte de nosso caráter.
Aprender a usar o arbítrio com sabedoria
Outro propósito da mortalidade é aprender a usar nosso arbítrio com sabedoria — a escolher o que é certo. Aprender a usar nosso arbítrio com sabedoria é essencial para nos tornarmos semelhantes a Deus.
O Pai Celestial e Jesus Cristo nos ensinam o que é certo e nos dão mandamentos para nos guiar à felicidade. Satanás nos tenta a fazer o mal, querendo que sejamos tão miseráveis como ele próprio. Enfrentamos oposição entre o bem e o mal, algo que é necessário para aprendermos a usar nosso arbítrio (ver 2 Néfi 2:11).
Ao obedecermos a Deus, crescemos e recebemos Suas bênçãos prometidas. Quando desobedecemos, nós nos distanciamos Dele e recebemos as consequências do pecado. Embora às vezes pareça o contrário, o pecado sempre traz infelicidade. Frequentemente, as bênçãos da obediência — e os efeitos do pecado — não são imediatamente evidentes ou visíveis exteriormente. Mas eles virão, pois Deus é justo.
Mesmo quando fazemos nosso melhor, todos pecamos e “destituídos [estamos] da glória de Deus” (Romanos 3:23). Sabendo disso, o Pai Celestial providenciou uma maneira de nos arrependermos e voltarmos a Ele.
O arrependimento traz o poder de nosso Redentor, Jesus Cristo, para nossa vida (ver Helamã 5:11). Ao nos arrependermos, tornamo-nos limpos do pecado por meio do sacrifício expiatório de Jesus Cristo e do dom do Espírito Santo (ver 3 Néfi 27:16–20). Por meio do arrependimento, vivenciamos alegria. O caminho de volta ao nosso Pai Celestial está aberto para nós, pois Ele é misericordioso (ver seção “Arrependimento”, na lição 3).
Aprender a andar pela fé
Outro propósito desta vida é adquirir experiência que só pode advir por meio de nossa separação do Pai Celestial. Como não O vemos, precisamos aprender a andar pela fé (ver 2 Coríntios 5:6–7).
Deus não nos deixou sozinhos nessa jornada. Ele providenciou o Espírito Santo para nos guiar, fortalecer e santificar. Ele também proporcionou escrituras, profetas, a oração e o evangelho de Jesus Cristo.
Cada parte de nossa experiência mortal — as alegrias e as tristezas, os sucessos e os reveses — pode nos ajudar a crescer à medida que nos preparamos para retornar a Deus.
A Expiação de Jesus Cristo
Por causa da Queda de Adão e Eva, todos estamos sujeitos ao pecado e à morte. Não podemos vencer os efeitos do pecado por nós mesmos. No plano de salvação estabelecido por nosso Pai Celestial, Ele providenciou uma maneira de superarmos os efeitos da Queda e retornarmos a Ele. Antes de o mundo ser criado, Ele escolheu Jesus Cristo para ser nosso Salvador e Redentor.
Somente Jesus Cristo poderia nos redimir do pecado e da morte. Ele é o Filho literal de Deus. Ele viveu uma vida sem pecados e foi completamente obediente a Seu Pai. Ele foi preparado e estava disposto a fazer a vontade do Pai Celestial.
A Expiação do Salvador incluiu Seu sofrimento no Getsêmani, Seu sofrimento e Sua morte na cruz, e Sua Ressurreição. Ele sofreu além de nossa compreensão — tanto que sangrou por todos os poros (ver Doutrina e Convênios 19:18).
A Expiação de Jesus Cristo é o evento mais glorioso de toda a história humana. Por meio de Seu sacrifício expiatório, Jesus tornou operante o plano do Pai. Estaríamos desamparados sem a Expiação de Jesus Cristo porque não podemos nos salvar do pecado e da morte (ver Alma 22:12–15).
O sacrifício de nosso Salvador foi uma expressão suprema de amor por Seu Pai e por nós. “A largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do amor de Cristo excedem nosso entendimento (Efésios 3:18; ver também o versículo 19).
Jesus Cristo venceu a morte por todos
Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Seu espírito foi separado de Seu corpo. No terceiro dia, Seu espírito e Seu corpo se reuniram para nunca mais serem separados. Ele apareceu a muitas pessoas, mostrando-lhes que tinha um corpo imortal de carne e ossos. Essa reunião do espírito e do corpo é chamada de ressurreição.
Sendo mortais, cada um de nós morrerá. No entanto, por Jesus ter triunfado sobre a morte, toda pessoa nascida na Terra ressuscitará. A ressurreição é uma dádiva divina para todos, concedida por meio da misericórdia e da graça redentora do Salvador. O espírito e o corpo de cada pessoa serão reunidos e cada um de nós viverá para sempre com um corpo perfeito e ressurreto. Se não fosse por Jesus Cristo, a morte acabaria com toda a esperança de uma existência futura com o Pai Celestial (ver 2 Néfi 9:8–12).
Jesus torna possível que sejamos purificados de nossos pecados
Para entender a esperança que podemos receber por meio de Cristo, precisamos entender a lei da justiça. É uma lei imutável que traz consequências para nossas ações. A obediência a Deus traz consequências positivas, e a desobediência traz consequências negativas (ver Alma 42:14–18). Quando pecamos, nós nos tornamos espiritualmente impuros, e nada impuro pode viver na presença de Deus (ver 3 Néfi 27:19).
Durante o sacrifício expiatório de Jesus Cristo, Ele ficou em nosso lugar, sofreu e pagou o preço por nossos pecados (ver 3 Néfi 27:16–20). O plano de Deus dá poder a Jesus Cristo para interceder em nosso favor — para Se colocar entre nós e a justiça (ver Mosias 15:9). Por causa do sacrifício expiatório de Jesus, Ele pode reivindicar Seus direitos de misericórdia em nosso favor ao exercermos fé para o arrependimento (ver Morôni 7:27; Doutrina e Convênios 45:3–5). “E assim a misericórdia pode satisfazer as exigências da justiça e envolve-[nos] nos braços da segurança” (Alma 34:16).
Somente por meio da dádiva da Expiação do Salvador e de nosso arrependimento podemos voltar a viver com Deus. Ao nos arrependermos, somos perdoados e purificados espiritualmente. O fardo da culpa por nossos pecados será aliviado. Nossa alma ferida é curada. Estaremos repletos de alegria (ver Alma 36:24).
Embora sejamos imperfeitos e possamos cometer erros novamente, há mais graça, amor e misericórdia em Jesus Cristo do que falhas, imperfeições ou pecados em nós. Deus está sempre pronto e ansioso para nos receber quando nos voltamos a Ele e nos arrependemos (ver Lucas 15:11–32). Nada nem ninguém “nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:39).
Jesus tomou sobre Si nossas dores, nossas aflições e nossas enfermidades
Em Seu sacrifício expiatório, Jesus Cristo tomou sobre Si nossas dores, nossas aflições e nossas enfermidades. Por isso, Ele sabe, “segundo a carne, como socorrer seu povo, de acordo com suas enfermidades” (Alma 7:12; ver também o versículo 11). Ele nos convida: “Vinde a mim”, e, ao fazê-lo, Ele nos dá descanso, esperança, força, perspectiva e cura (Mateus 11:28; ver também os versículos 29–30).
Se confiarmos em Jesus Cristo e em Sua Expiação, Ele pode nos ajudar a suportar nossas provações, doenças e dores. Podemos ter uma vida repleta de alegria, paz e consolo. Tudo o que é injusto na vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo.
O mundo espiritual
Muitas pessoas se perguntam: “O que acontecerá depois que eu morrer?” O plano de salvação fornece algumas respostas importantes para essa pergunta.
A morte faz parte do “plano misericordioso” de Deus para nós (2 Néfi 9:6). Em vez de ser o fim de nossa existência, a morte é o próximo passo em nosso progresso eterno. Para nos tornar como Deus, devemos passar pela morte e depois receber um corpo ressurreto e perfeito.
Quando nosso corpo físico morre, nosso espírito continua a viver no mundo espiritual. Esse é um estado temporário de aprendizado e preparação antes da ressurreição e do julgamento final. O conhecimento que adquirimos em nossa vida mortal permanece conosco.
No mundo espiritual, as pessoas que aceitaram e viveram o evangelho de Jesus Cristo “[serão recebidos] num estado de felicidade, que é chamado paraíso” (Alma 40:12). As criancinhas também são recebidas no paraíso quando morrem.
Os espíritos no paraíso estarão em paz, livres de seus problemas e tristezas. Eles continuarão seu crescimento espiritual, fazendo a obra de Deus e ministrando a outras pessoas. Eles ensinarão o evangelho às pessoas que não o receberam durante sua vida mortal (ver Doutrina e Convênios 138:32–37, 57–59).
No mundo espiritual, as pessoas que não puderam receber o evangelho na Terra ou que optaram por não seguir os mandamentos enfrentarão algumas limitações (ver Doutrina e Convênios 138:6–37; Alma 40:6–14). No entanto, por Deus ser justo e misericordioso, elas terão a oportunidade de aprender o evangelho de Jesus Cristo. Se aceitarem o evangelho e se arrependerem, elas serão redimidas de seus pecados (ver Doutrina e Convênios 138:58; ver também 138:31–35; 128:22). Elas serão recebidas na paz do paraíso. Por fim, elas receberão um lugar em um reino de glória com base nas escolhas que fizeram na mortalidade e no mundo espiritual.
Nós permaneceremos no mundo espiritual até ressuscitarmos.
A ressurreição, a salvação e a exaltação
A ressurreição
O plano de Deus nos possibilita crescer e receber vida eterna. Após cumprirmos nosso tempo no mundo espiritual, o passo seguinte nesse crescimento é a ressurreição.
A ressurreição é a reunião de nosso corpo com o nosso espírito. Todos nós ressuscitaremos. Isso é possível graças à Expiação e à Ressurreição do Salvador (ver Alma 11:42–44).
Quando ressuscitarmos, cada um de nós terá um corpo físico perfeito, livre de dores e doenças. Seremos imortais, vivendo para sempre.
A salvação
Uma vez que todos ressuscitaremos, todos seremos salvos — ou ganharemos a salvação — da morte física. Essa dádiva é dada a nós por meio da graça de Jesus Cristo.
Também podemos ser salvos — ou obter salvação — das consequências que a lei da justiça exige por nossos pecados. Essa dádiva também se torna possível por meio dos méritos e da misericórdia de Jesus Cristo quando nos arrependemos (ver Alma 42:13–15, 21–25).
A exaltação
A exaltação, ou vida eterna, é o estado de maior alegria e glória no reino celestial. A exaltação é uma dádiva condicional. O presidente Russell M. Nelson ensinou: “Os requisitos incluem a fé no Senhor, o arrependimento, o batismo, o recebimento do Espírito Santo e a fidelidade até o fim às ordenanças e aos convênios do templo” (“Salvação e exaltação”, A Liahona, maio de 2008, pp. 8–9).
Exaltação significa viver com Deus para sempre em uma família eterna. Significa conhecer a Deus e a Jesus Cristo, tornar-se como Eles e ter o tipo de vida que Eles têm.
O julgamento e os reinos de glória
Observação: Quando ensinar pela primeira vez sobre os reinos de glória, ensine em um nível básico, de acordo com as necessidades e a compreensão da pessoa.
Quando ressuscitarmos, Jesus Cristo será nosso justo e misericordioso juiz. Com pouquíssimas exceções, todos nós receberemos um lugar em um reino de glória. Embora todos nós ressuscitaremos, nem todos receberemos a mesma glória eterna (ver Doutrina e Convênios 88:22–24, 29–34; 130:20–21; 132:5).
As pessoas que não tiveram a oportunidade de entender plenamente as leis de Deus e de obedecer a elas durante sua vida mortal terão essa oportunidade no mundo espiritual. Jesus julgará cada pessoa de acordo com sua fé, suas obras, seus desejos e seu arrependimento na mortalidade e no mundo espiritual (ver Doutrina e Convênios 138:32–34, 57–59).
As escrituras ensinam sobre reinos de glória celestial, terrestrial e telestial. Cada um deles é uma manifestação do amor, da justiça e da misericórdia de Deus.
As pessoas que exercerem fé em Cristo, arrependerem-se de seus pecados, receberem as ordenanças do evangelho, cumprirem seus convênios, receberem o Espírito Santo e perseverarem até o fim serão salvos no reino celestial. Esse reino também incluirá pessoas que não tiveram a oportunidade de receber o evangelho durante sua vida mortal, mas que “o teriam recebido de todo o coração” e o fizeram no mundo espiritual (Doutrina e Convênios 137:8; ver também o versículo 7). As crianças que morreram antes da idade da responsabilidade (8 anos de idade) também serão salvas no reino celestial (ver Doutrina e Convênios 137:10).
Nas escrituras, o reino celestial é comparado à glória ou ao brilho do sol (ver Doutrina e Convênios 76:50–70).
As pessoas que tiveram uma vida honrada e “que não receberam o testemunho de Jesus na carne, mas receberam-no depois” receberão um lugar no reino terrestrial (Doutrina e Convênios 76:74). O mesmo acontecerá com as pessoas que não foram valentes em seu testemunho de Jesus. Esse reino é comparado à glória da lua (ver Doutrina e Convênios 76:71–80).
As pessoas que continuaram em seus pecados e não se arrependeram nesta vida nem aceitaram o evangelho de Jesus Cristo no mundo espiritual receberão sua recompensa no reino telestial. Esse reino é comparado à glória das estrelas (ver Doutrina e Convênios 76:81–86).
Esboço de lição de duração curta a média
O esboço a seguir é uma amostra do que você pode ensinar a alguém se tiver pouco tempo. Ao usar esse esboço, selecione um ou mais princípios para ensinar. O alicerce doutrinário de cada princípio é fornecido no início da lição.
Ao ensinar, faça perguntas e ouça. Faça convites que ajudarão as pessoas a aprender como se aproximar de Deus. Um convite importante é para que a pessoa se reúna com vocês novamente. A duração da lição dependerá das perguntas que você fizer e do que ouvir da pessoa.
O que você pode ensinar às pessoas entre 3 e 10 minutos
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Todos somos filhos espirituais de Deus. Somos membros de Sua família. Ele conhece e ama a cada um de nós.
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Deus providenciou um plano para nossa felicidade e nosso progresso nesta vida e na eternidade.
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No plano de Deus, precisávamos vir à Terra para receber um corpo físico, aprender e crescer.
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Jesus Cristo é o ponto central do plano de Deus. Ele nos possibilita receber a vida eterna.
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Sob a direção de Deus, Jesus criou a Terra.
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Nossas experiências na Terra têm o propósito de nos ajudar a nos preparar para retornarmos à presença de Deus.
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Todos nós pecamos e todos nós morreremos. Porque Deus nos ama, Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, à Terra para nos redimir do pecado e da morte.
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Tudo o que é injusto nesta vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo.
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Quando nosso corpo físico morre, nosso espírito continua vivo. Por fim, todos nós ressuscitaremos. Isso significa que o espírito e o corpo de cada pessoa serão reunidos, e cada um de nós viverá para sempre em um corpo perfeito e ressurreto.
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Quando ressuscitarmos, Jesus Cristo será nosso juiz. Com pouquíssimas exceções, todos os filhos de Deus receberão um lugar em um reino de glória. Podemos voltar a viver na presença de Deus se formos fiéis.