“Procurar conhecê-los — entender suas circunstâncias, suas necessidades e seus pontos fortes”, Aperfeiçoamento Didático do Professor: Amar as pessoas a quem você ensina, 2023
“Procurar conhecê-los — entender suas circunstâncias, suas necessidades e seus pontos fortes”, Aperfeiçoamento Didático do Professor: Amar as pessoas a quem você ensina
Princípios do ensino cristão: Amar as pessoas a quem você ensina
Procurar conhecê-los — entender suas circunstâncias, suas necessidades e seus pontos fortes.
Habilidade
Observar e fazer perguntas sobre os interesses dos alunos.
Definir
Os professores podem aprender sobre as circunstâncias de seus alunos e identificar algumas de suas necessidades de aprendizagem observando e perguntando sobre os interesses deles. Geralmente, é mais fácil ter essas conversas antes e depois da aula, mas elas também podem ocorrer durante a aula. Existem várias maneiras de fazer isso. O professor pode observar um livro, um projeto, um adesivo, um equipamento esportivo ou qualquer outra coisa que o aluno traz para a aula. Ou pode se lembrar de um evento do qual os alunos estavam participando e perguntar a eles sobre isso. As perguntas que fazemos nos ajudarão a conhecer os alunos e seus interesses e podem incluir frases como:
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“Conte um pouco mais sobre…”
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“Qual a sua opinião sobre…”
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“Estou curioso para saber…”
Quando os professores fazem perguntas sinceras e genuínas, eles podem aprender mais sobre as circunstâncias e necessidades de aprendizagem dos alunos, e os alunos sentirão que o professor realmente se importa com eles. Quando os alunos sentem que o professor se preocupa de verdade com eles, é mais provável que venham para a aula prontos para aprender e compartilhar suas percepções e experiências com o professor e com as outras pessoas da classe.
Exemplificar
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A irmã Munhoz se lembra de que Rosa teve uma grande partida de futebol que a deixou nervosa. Ao ver Rosa, a irmã Munhoz para e pergunta como foi o jogo.
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As chaves do Aurélio estão sobre a mesa. Ao passar por ele, você percebe a bandeira de um país diferente no chaveiro. Você fica curioso e diz: “Aurélio, conte-me sobre essa bandeira no seu chaveiro”. Aurélio conta que a irmã fez missão em Portugal e que ele foi com a família buscá-la no final da missão. Você continua a conversa e pergunta: “O que você achou de ir ver sua irmã na missão?”
Clique aqui para ver um vídeo deste exemplo.
Praticar
Prática nº 1: Em cada uma das imagens a seguir, o que pode ajudá-lo a conhecer melhor as circunstâncias ou as necessidades de aprendizado destes alunos?
Prática nº 2: Que perguntas você pode fazer para conhecer melhor os interesses dos alunos?
Debater ou ponderar
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O que você aprendeu ao observar e perguntar sobre os interesses dos alunos?
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Como observar e perguntar sobre os interesses dos alunos demonstra que você os ama?
Incorporar
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Na aula desta semana, procure oportunidades de perguntar aos alunos sobre seus interesses, coisas que aconteceram com eles ou sobre as circunstâncias atuais. Mostre que você se importa genuinamente com o que está conhecendo a respeito deles. Busque entender como isso influencia a experiência de aprendizagem do aluno. Reserve cinco minutos após a aula para escrever o que aprendeu sobre os alunos e como isso pode ajudá-lo a criar experiências de aprendizado que conduzam à conversão e ao sentimento de que são importantes e fazem parte do grupo.
Quer saber mais?
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Lori Newbold, “Ver o indivíduo”, transmissão do Treinamento Anual dos Seminários e Institutos de Religião, 13 de junho de 2017, broadcasts.ChurchofJesusChrist.org
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Chad H Webb, “Não chegamos até aqui para chegarmos somente até aqui”, transmissão do treinamento anual dos Seminários e Institutos de Religião, 9 de junho de 2020, broadcasts.ChurchofJesusChrist.org
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“Reaching the Individual”, vídeo, ChurchofJesusChrist.org
Habilidade
Fazer uma pausa, refletir e responder perguntas que fazemos a nós mesmos que trazem um espírito cristão de discernimento, amor e empatia em nossas interações.
Definir
Cada aluno vem para a aula com diferentes experiências de vida e relacionamentos que moldam a maneira como pensam e sentem as verdades do evangelho. Essas visões criam um ponto de partida para o pensamento de uma pessoa, conhecido como premissa. Identificar a premissa de uma pessoa pode nos ajudar a ensinar a verdade com empatia e amor, como Jesus Cristo fez. Diferentes premissas não mudam a doutrina; elas nos permitem ver a perspectiva de outra pessoa de modo que nos ajuda a aumentar nossa compreensão sobre as necessidades de cada aluno de, por sua vez, aumentar a fé em Jesus Cristo.
Durante a preparação da aula, os professores podem pensar em verdades eternas ao fazer uma pausa, refletir e responder às seguintes perguntas:
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Como as experiências e os relacionamentos dos meus alunos moldam a maneira como eles pensam, sentem e vivem essas verdades?
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Ao estudar essa verdade, algum dos alunos poderia se sentir excluído, incomodado ou magoado devido a suas circunstâncias?
Enquanto se concentram no comentário ou na pergunta de um aluno durante a aula ou em uma conversa, os professores podem se perguntar:
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“Que experiências e relacionamentos este aluno pode ter que o levariam a pensar diferente de mim?”
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“O que mais preciso saber para entender completamente seu ponto de vista?”
Essas perguntas podem atrair a presença do Espírito Santo e trazer um espírito cristão de discernimento, amor e empatia em nossas interações. Elas também podem nos ajudar a evitar que tratemos os alunos de maneira desdenhosa, crítica ou que fiquemos na defensiva. Elas podem nos ajudar a ensinar a verdade de uma maneira que abençoe a classe e ajude outras pessoas a edificar a fé em Jesus Cristo.
Os exemplos e práticas abaixo são modelos que podem ser aplicados de maneira geral. O treinamento será mais eficaz se os exemplos e as oportunidades de praticar estiverem relacionados às próximas lições que serão abordadas no currículo.
Exemplificar (durante a preparação da aula)
Ao preparar uma lição sobre seguir os sussurros do Espírito Santo, eu reflito sobre as seguintes perguntas: “Como as experiências e os relacionamentos dos meus alunos podem moldar a maneira como eles pensam, sentem e vivem essas verdades?” e “Ao estudar esta verdade, algum dos meus alunos poderia ter dificuldades ou se sentir excluído, confuso ou magoado porque suas circunstâncias não são ideais quanto a esta doutrina?”
Depois respondo: “Posso ter alunos que acham que nunca receberam uma inspiração antes, ou que acham que o Espírito Santo não fala com eles. Posso ter alguns alunos que acham que não são dignos. Pode haver ocasiões em que os alunos não tenham certeza se uma inspiração veio do Espírito Santo. Pode haver alunos cansados de ouvir histórias de outras pessoas sobre seguir o Espírito porque sempre parecem milagrosos demais e essas coisas nunca acontecem com eles”.
Praticar (durante a preparação da aula)
Ao preparar uma lição sobre 1 Néfi 3:7, “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor”:
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Reflita e responda: “Como as experiências e os relacionamentos dos meus alunos podem moldar a maneira como eles pensam, sentem e vivem essas verdades?” e “Ao estudar esta verdade, algum dos meus alunos poderia ter dificuldades ou se sentir excluído, confuso ou magoado porque suas circunstâncias não são ideais quanto a esta doutrina?”
Ao preparar uma lição sobre como o gênero é uma característica essencial de nossa identidade eterna e propósito na lição intitulada “Gênero e identidade eterna”:
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Reflita e responda: “Como as experiências e os relacionamentos dos meus alunos podem moldar a maneira como eles pensam, sentem e vivem essas verdades?” e “Ao estudar esta verdade, algum dos meus alunos poderia ter dificuldades ou se sentir excluído, confuso ou magoado porque suas circunstâncias não são ideais quanto a esta doutrina?”
Exemplificar (durante a aula)
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Em um debate sobre a doutrina do Dia do Senhor, um aluno comenta: “Minha família gosta de assistir a eventos esportivos aos domingos”. Ao se concentrar nos comentários do seu aluno, reflita: “Que experiências e relacionamentos esse aluno pode ter que o faria pensar diferente de mim?” ou “O que mais preciso saber para entender completamente o seu ponto de vista?”
Clique aqui para ver um vídeo deste exemplo.
Praticar (durante a aula)
Ao conversar sobre o trabalho missionário, um aluno pergunta: “Por que é tão importante que todo rapaz sirva missão?”
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Pense silenciosamente: “Que experiências e relacionamentos este aluno pode ter que o faria pensar diferente de mim?” e “O que mais preciso saber para entender totalmente o seu ponto de vista?”
Em um debate sobre profetas e revelação, uma aluna pergunta: “Quando a Igreja se adaptará ao resto do mundo no que diz respeito a suas normas?”
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Pense consigo mesmo: “Que experiências e relacionamentos esta aluna pode ter que a fariam pensar diferente de mim?” e “O que mais eu preciso saber para entender completamente o seu ponto de vista?”
Debater ou ponderar
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O que você está aprendendo sobre ensinar a verdade com empatia ao praticar como identificar as premissas dos alunos antes e durante a aula?
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Como essa prática pode ajudar você a ensinar de maneira mais semelhante a Jesus Cristo?
Incorporar
Escolha uma das práticas acima nas quais vai se concentrar nas próximas duas semanas. Planeje como você continuará a praticar essas habilidades. Por exemplo:
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A cada verdade que você preparar, reserve cinco minutos para fazer uma pausa, refletir e responder às perguntas que ajudam você a identificar a premissa de um aluno.
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Antes da aula, pense sobre um aluno e medite a respeito de um comentário ou uma dúvida que ele possa ter sobre cada verdade. Em seguida, pense consigo mesmo: “Que experiências e relacionamentos este aluno pode ter que o fariam pensar diferente de mim?” e “O que mais eu preciso saber para entender totalmente o ponto de vista dele?” Desse modo, você se preparará para fazer isso durante a aula, ao se concentrar nos comentários e nas perguntas do aluno.
Quer saber mais?
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Chad H. Webb, “Empatia”, transmissão do Treinamento Anual dos Seminários e Institutos de Religião, 26 de janeiro de 2021, broadcasts.ChurchofJesusChrist.org
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Jean B. Bingham, “Ensinar a verdade na linguagem do amor”, transmissão do Treinamento Anual dos Seminários e Institutos de Religião, 19 de janeiro de 2021, broadcasts.ChurchofJesusChrist.org
Habilidade
Procurar esclarecer e compreender a real intenção das perguntas, dos sentimentos e das crenças dos alunos.
Definir
Procurar esclarecer e entender a real intenção das perguntas, dos sentimentos e das crenças de um aluno envolve conhecer mais sobre a experiência, a situação ou o sentimento que motivou a pergunta. Depois que um aluno fizer uma pergunta, ou falar de um sentimento ou de uma crença, agradeça a ele pelo que foi compartilhado e pergunte se o aluno está aberto a responder algumas perguntas. Se o aluno disser não, assegure-o de que está tudo bem e anote a pergunta ou declaração original. Se o aluno disser sim, faça uma pergunta de acompanhamento que encoraje o aluno a falar mais sobre o que motivou a pergunta ou declaração. Fazer isso pode ajudar você e outras pessoas de sua classe a compreenderem melhor umas às outras e a demonstrarem empatia e amor.
Os exemplos e práticas abaixo são modelos que podem ser aplicados de maneira geral. O treinamento será mais eficaz se os exemplos e as oportunidades de praticar estiverem relacionados às próximas lições que serão abordadas no currículo.
Exemplificar
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A irmã Garcia está ensinando sobre o sacerdócio nas escrituras quando um de seus alunos pergunta: “Por que os negros não tinham permissão para ter o sacerdócio até 1978?”
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Irmã Garcia: Obrigada por perguntar. Essa é uma pergunta sobre a qual muitos de nós pensaram. Posso fazer algumas perguntas a você?
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Aluno: Claro!
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Irmã Garcia: O que o fez pensar nessa pergunta?
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O irmão Muniz está ensinando sobre o sacerdócio nas escrituras quando um de seus alunos pergunta: “Por que os negros não tinham permissão para ter o sacerdócio até 1978?”
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Irmão Muniz: Obrigado por perguntar. Essa é uma pergunta sobre a qual muitos de nós pensaram. Posso fazer algumas perguntas a você?
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Aluno: Não.
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Irmão Muniz: Não tem problema. Fico feliz por você ter perguntado. Vamos conversar sobre a pergunta.
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Outros exemplos de uma pergunta de acompanhamento que você pode fazer:
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Agradeço sua disposição de falar sobre isso conosco. Há alguma experiência ou situação que o fez pensar nisso?
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Obrigado por perguntar! Pode me explicar mais sobre de onde vem essa pergunta?
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Obrigado por perguntar! Você pode me ajudar a entender o que o levou a essa pergunta ou fez com que você desejasse saber disso?
Clique aqui para ver um vídeo deste exemplo.
Praticar
Procure entender e esclarecer o que motivou a pergunta, o sentimento ou a crença nas seguintes situações:
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Durante uma lição sobre o casamento entre homem e mulher, que foi ordenado por Deus, um aluno pergunta: “Por que não gostamos daqueles que fazem parte da comunidade LGBTQ? Por que eles não devem se casar se eles se amam?”
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Durante um debate sobre o trabalho missionário, um aluno diz: “Pensei que os rapazes não pudessem escolher se vão para a missão, mas as moças sim”.
Debater ou ponderar
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Por que você acha que devemos reservar tempo para entender claramente o que está sendo dito? Como você acha que nossos esforços para entender claramente a real intenção de um aluno podem afetar uma experiência em sala de aula? Como nosso entendimento da real intenção de um aluno nos ajuda a direcioná-lo para Cristo?
Incorporar
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Na sala de aula, ouça com atenção o que está sendo dito e pondere cuidadosamente sobre o que você gostaria que fosse mais claro. Depois de agradecer ao aluno que fez a pergunta, faça uma pergunta de acompanhamento que permita ao aluno esclarecê-la.
Quer saber mais?
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“Fazer Perguntas de Acompanhamento”, vídeo, ChurchofJesusChrist.org
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Randall L. Ridd, “Viver com real intenção”, A Liahona, outubro de 2015, p. 44